/03/2015 12:06
O estafe de Robinho já confirmou algumas sondagens / Ricardo Saibun/Div Santos
Por: Luciano Ribeiro
A direção fica orgulhosa, a comissão técnica, também. O torcedor, então, nem se fale... É sempre uma alegria ver um jogador do seu time na seleção brasileira. Mas o chamado de Robinho para jogar os amistosos contra a França (quinta-feira) e o Chile (domingo) traz, também, risco para os planos do jogador e do clube, além, é claro, do desejo do torcedor.
A camisa verde e amarela é uma das principais vitrines do futebol mundial e um bom desempenho do atacante do Peixe poderá ajudar o Milan, que deseja vendê-lo até o meio desta temporada. A janela de transferências para a Europa está fechada, mas reabrirá no meio do ano. O problema, para a vida do Santos, é a Liga Americana, que ainda recebe inscrições.
O estafe de Robinho já confirmou algumas sondagens. Entre elas, uma dos Estados Unidos. Embora não haja nenhuma confirmação oficial, o Orlando City, mesmo clube de Kaká, já procurou o Milan. O temor na Vila Belmiro é de que o atacante passe a chamar a atenção de outros interessados, de olho no fim do empréstimo, em junho — ele tem contrato até agosto de 2016 com o Milan.
Confiança/ O presidente Modesto Roma Jr. reconhece o risco, mas garante confiar muito mais no desejo de Robinho. “Ele não tem mais vontade de sair do Brasil, já conversou comigo sobre isso. O que ele falou antes, publicamente, não foi conversinha para a imprensa, não. Ele realmente quer ficar”, disse o dirigente, em contato com o DIÁRIO, ontem.
Modesto, no entanto, é a exceção internamente. A seleção dá calafrios na cúpula santista. O fato de Robinho querer ficar é uma grande arma para o Peixe, é claro, mas os dirigentes — e o próprio atleta — levam em conta o desejo do Milan.
O Santos fez duas propostas para manter Robinho — por intermédio do estafe do jogador — no mês passado. Até agora, não recebeu resposta. Por outro lado, a advogada do atacante, Marisa Alija, já comunicou ao Peixe que o Milan quer esperar pelo fechamento de outras janelas internacionais.
É aí que mora o perigo.
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