(Magno Martins)
Madalena França.
A Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia, aprovou, hoje, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se da primeira vacina contra a doença que teve a comercialização liberada pelo órgão.
Mesmo com essa aprovação, o uso emergencial da vacina ainda precisa ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que divulgará uma decisão no domingo (17).
Em paralelo a isso, a avaliação da CTNBio era necessária, porque essa vacina é constituída por um organismo geneticamente modificado (OGM).
De acordo com a Lei de Biossegurança, cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da comissão, analisar os estudos com OGMs no Brasil, que podem ser plantas, células humanas, animais ou microorganismos, e liberar ou não a sua comercialização.
No caso da vacina de Oxford, é utilizada uma tecnologia conhecida como vetor viral recombinante. O imunizante é produzido a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés – e que não causa doença em humanos.
A esse adenovírus é adicionado o material genético da proteína "spike" do novo coronavírus (Sars-CoV-2) – a que ele usa para invadir as células humanas –, induzindo os anticorpos. Por isso o material é geneticamente modificado.
O anúncio da liberação comercial foi feito pelo ministro Marcos Pontes e o presidente da CTNBio, Paulo Augusto Vianna Barroso, em entrevista à imprensa em Brasília.
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