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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Postagens de fanáticos e fascistas que expuseram criança que fez aborto após ser estuprada por pedófilo terão que ser excluídas por determinação da justiça

Fonte: Noelia Brito
Postado por Madalena França






Terrorista ligada a grupos bolsonaristas expôs nome da criança estuprada nas Redes Sociais

“Eles tentaram invadir o hospital, chegaram até a quebrar a porta do hospital. A polícia teve que intervir. Gritavam, chamando a menina de assassina, dizendo que ela tinha que gestar um feto causado por decorrentes estupros que vinha sofrendo há quatro anos. Estamos aqui tentando salvaguardar o direito dessa criança de realizar o aborto legal, que é previsto em lei desde o código de 1940”, disse Elisa Aníbal, advogada e integrante da organização Grupo Curumim ao Portal
Confiram o vídeo
Deputados evangélicos bolsonaristas fizeram aglomeração sem máscaras em frente ao hospital na tentativa de intimidar criança estuprada e familiares 


Painel, da Folha de São Paulo


Neste domingo (16), o hospital em Recife (PE) no qual ela estava internada foi cercado por manifestantes que a pressionavam para que não fizesse o aborto autorizado pela Justiça. A família da menina e profissionais do hospital foram hostilizados.

extremista Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, chegou a publicar o nome da vítima, contrariando o que preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Suas publicações entraram na ação da Defensoria e deverão ser retiradas do ar pelas plataformas.

"A gente se deparou com um cenário de exposição extrema dessa criança. Um perfil bem conhecido de toda a sociedade colocou um vídeo expondo o nome da criança, o procedimento a que ia ser submetida e a localização. Exposição da menina e de fatos de um processo sigiloso", diz Maria Gabriela Agapito, coordenadora de Promoção dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública do Espírito Santo.

"Além de ofensa à dignidade e à privacidade dela, a gente teve dano à integridade psicológica e ameaça à integridade física. Ela está passando por um procedimento, em hospital, e toda aquela situação gerou danos à criança e a todos os usuários do hospital", completa.

Agapito aponta o fenomêno da "revitimização" das mulheres que passam por situações de violência sexual.

"É muito perigoso que passem novamente pelos danos da agressão."

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