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sábado, 5 de setembro de 2020

Supostos funcionários fantasmas de Carlos receberam R$ 7 mi


G1
Onze servidores do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) investigados como supostos funcionários fantasmas na Câmara do Rio receberam um total de R$ 7 milhões, desde 2001.
O valor não foi atualizado pela inflação e consta em um ofício que está anexado à investigação do Ministério Público contra Carlos Bolsonaro por peculato – quando um funcionário público desvia dinheiro para uso próprio.
Os novos documentos foram obtidos com exclusividade pela GloboNews nesta sexta-feira (4).
Transparência da Câmara
O site da Câmara não mostra quais funcionários trabalham nos gabinetes dos 51 vereadores. Só é possível ver uma lista com os nomes de todos os servidores, com um cargo que aparece em códigos.
O salário-base de cada um consta em outra tela, onde não é possível ver o nome dos servidores ou o detalhamento das gratificações de cada um. Também não é possível saber para quem o servidor trabalha.
Quem são os supostos 'fantasmas'
O servidor que recebeu o maior valor em salários foi Guilherme Hudson: quase R$ 1,5 milhão em 10 anos. Ele dirigia todos os dias até outra cidade para levar a esposa para estudar, num total de 5 horas de ida e volta.
O MP apura a que horas ele cumpria as obrigações como servidor. Em depoimento, ele disse que sua função era de assessoria jurídica e fazia análise da constitucionalidade de projetos de lei apresentados.
Ele disse também que acredita ter "trocado pouquíssimos e-mails" com o chefe Carlos Bolsonaro em 10 anos e que "não tem nenhum documento guardado" do tempo em que foi funcionário.
Guilherme Hudson assumiu o cargo de chefe de gabinete que antes era ocupado pela prima, Ana Cristina Siqueira Valle. Ela é ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Entre os 11 funcionários que tiveram os salários informados pela Câmara ao MP, Ana Cristina fica na quinta posição dos maiores valores recebidos, com um total de quase R$ 670 mil.


Postado por Madalena França

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