O profissional que é Pai de todas as outras profissões no Brasil é desrespeitado, desvalorizado e mal ouvido. Tanto no sentido de remuneração, como em condições de trabalho. Profissão muito bonita, é quase um sacerdócio ! A gente não ensina apenas letras e números, a gente ensina o amor, a verdade, os princípios éticos e morais, o respeito as diferenças, resumindo- nós somos os construtores da Cidadania. Porém ao em vez de sermos tratados com respeito e dignidade, os que ensinamos tornam-se governantes e nos enfraquecem. Desde a saída do PT do poder, que nossos salários vem desvalorizando a cada ano. O Piso Salarial do professor brasileiro, que já é o menor de qualquer outro profissional com 3º Grau que tenha um piso, foi caindo de porcentagem a cada ano , de 2016 para cá. Com o advento da pandemia foi a cereja do bolo para o presidente Bolsonaro que é declaradamente inimigo de Paulo Freire , Patrono da Educação brasileira e por conseguinte de todo professor que pensa, age e informa. Valendo-se do momento difícil, ele congelo o Piso Salarial da categoria. Desde que começou o FUNDEF, a quase duas décadas nunca houve um ano, sem reajuste do nosso piso salarial mesmo que mínimo. Porém, Bolsonaro nos deu esse presente de grego. Em 2021 passou batido. Como se pouco fosse nosso castigo, os prefeitos e vereadores não estão nem ai para gente. Mesmo o pouco que chega do FUNDEB que agora deve ser 70% do todo, não chega corretamente as nossas contas. Não há transparência nem prestação de contas.
Se houve aumento de 60% para 70% no NOVO FUNDEB mesmo Bolsonaro proibindo reajuste salarial em 2021, a lei é clara. 70% é do professor. Os 10% de aumento na verba ,garantido na nova lei do FUNDEB deveria chegar as nossas mãos em forma de abono, rateio, já que está proibido o aumento em folha.
As perguntas que não querem calar: Onde e com quem está esse dinheiro?
Quando esses 10% será repassado?
A diferença que passou de 60% para 70% em vigor em 2021 realmente entrou nos cofres das prefeituras ou a lei só existe no Papel?
Por que há audiências públicas para prestação de contas do dinheiro da saúde e de todas as pastas que mexem com dinheiro, menos na Educação?
Onde estão, quem são e como funcionam os Conselhos do FUNDEB e da Educação do seu município? você sabe? Do meu, eu não sei.
Sabem porque essas coisas acontecem?
Porque o professor e a Educação é o que menos importam aos governantes. É lamentável a forma como se trata o professor no Brasil. Ao Pai de todas as profissões reserva-se a condição de invisível quando se trata de valorização. Nem mesmo quando os prêmios de Melhores do Ano aparecem, quem vai lá receber o mérito é o prefeito e a Secretária de Educação. E nas manchetes dos veículos de comunicação, ainda se ler :Prefeito Fulano de tal, eleva a Educação aos patamares de primeiro mundo, prefeito nota 10. E o professor que nota ganha? Se eles pudessem, talvez nos entregaríamos o troféu de indigentes.
Veja estudo Apresentado hoje na Coluna do Jornalista Magno Martins:
Professores na pior – Os professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental têm os piores salários entre 40 países avaliados em um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dados do levantamento sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus também mostraram que o Brasil foi o País que fechou as escolas por mais tempo durante a pandemia. O piso salarial dos docentes brasileiros se mostrou o mais baixo entre 37 nações do bloco e dos três países parceiros representados no levantamento. Em média, um professor brasileiro recebe R$ 131.407 (US$ 25.030), por ano no nível pré-primário; R$ 133.171 (US$ 25.366), no nível primário; R$ 135.135 (US$ 25.740), no nível secundário inferior geral; e R$ 140.301 (US$ 26.724), no nível secundário superior geral
Postado por Madalena França.
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