O Teatro da Política e a Persistência da Mentira no Agreste setentrional
Não resta dúvida que o marketing mais eficiente para se ganhar eleição é a mentira. Essa e a realidade que atravessa séculos e continua a se repetir em pleno século XXI. A política, que deveria ser o espaço do debate racional e da construção coletiva, tem se transformado em um espetáculo onde falácias, manipulações e pirotecnia midiáticas valem mais do que propostas concretas.
O espetáculo da política
No nosso Agreste setentrional, as campanhas eleitorais são verdadeiros shows, em que candidatos disputam não apenas votos, mas a atenção de uma plateia cada vez mais seduzida por narrativas simplistas. A mentira, nesse contexto, é moldada como produto: embalada em discursos emocionais, slogans fáceis e promessas impossíveis. O eleitor, nunca é tratado como cidadão crítico, mas como consumidor de ilusões.
A persistência da mentalidade primitiva
Note-se que, mesmo em pleno século XXI, a população do Agreste setentrional continua a se comportar como “homens das cavernas”. É muito cruel, e real, em vez de buscar informação, reflexão e análise, a sociedade ainda reage instintivamente a estímulos básicos medo, esperança, raiva. É como se a racionalidade fosse constantemente sufocada pela emoção, tornando o eleitor vulnerável às manipulações.
A mídia como palco
A mídia e as redes sociais potencializam esse cenário. O algoritmo privilegia o escândalo, a polêmica e a mentira bem contada. O resultado é um ciclo vicioso, quanto mais espetacular a narrativa, maior a sua propagação; veja o caso dos concursados de Surubim, onde o prefeito entrou com ação no Tribunal de Contas para anular o concurso e indicar seus cabos eleitorais, a não obter sucesso no tribunal de Contas, tem o descaramento de se apresentar como salvador do concurso.
Enquanto a mentira continuar sendo o marketing mais eficiente para vencer eleições, a democracia permanecerá fragilizada. O desafio não está apenas nos candidatos, mas especialmente nas escolas, nas associações, nos sindicatos, na sociedade em geral, que precisam abandonar a postura primitiva e assumir seu papel de protagonista crítico. Sem isso, continuaremos a assistir ao mesmo espetáculo, promessas vazias, pirotecnia política e a eterna repetição da história.
Crédito do texto. Morador que vive ausente de Surubim mas defende ardentemente sua Terra natal.
Postado por Madalena França

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