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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Prende-solta-prende, agora com Garotinho, mostra juízes com ‘causa pessoal’


dukejustica
O juiz que mandou prender Garotinho há um ano, mandou prendê-lo de novo.
Como da outra vez, parece ser uma prisão a ser revogada, em poucos dias, pelos tribunais superiores.
Vai ficando claro que muitos juízes abandonaram o papel de equilíbrio e segurança nas decisões para entregarem-se ao que minha avó chamaria “tomar pinimba” do réu.
Se mandarem soltar, arranja-se uma razão para prender de novo. E, quem sabe, de novo e de novo.
As razões legais são menores que as “convicções pessoais”  e o convencimento do juiz acontece muito antes da sentença, porque baseado na sua soberana “cognição sumária”.
Tudo, claro, como na boa e velha Idade Média, com o povo “apreciando” o desfile dos prisioneiros nas carroças – agora caminhonetes.
A criação, com Sérgio Moro, do Deus-Juiz levou a este espetáculo de degradação do Judiciário, ajudada pela  crescente assunção de  uma “ideologia do Judiciário”, moralista (sem deixar de ser seletiva, como os moralistas são) e elitista.
O protagonismo do Judiciário é, com o tempo, a ferramenta de sua degradação.

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