O entrave de Raquel está na política
A Assembleia Legislativa elege, hoje, o conselheiro substituto de Teresa Dueire no Tribunal de Contas do Estado. A disputa, antes com seis candidatos, se afunilou entre os deputados Rodrigo Novaes (PSB) e Joaquim Lira (PV), com amplo favoritismo do primeiro, que deve ter entre 32 e 35 votos, segundo prognósticos de aliados.
Se isso se confirmar, a maioria dos 49 parlamentares terá feito a opção pelo candidato da Casa, num movimento liderado pelo presidente Álvaro Porto (PSDB). No caso inverso, sai vitoriosa a governadora Raquel Lyra, também tucana. Mas as chances de Rodrigo perder, segundo o mais leigo integrante da Casa, são mínimas.
Líquida e certa, a vitória de Novaes dá sequência a uma série de derrotas da governadora no confronto direto com o Legislativo, onde transita muito mal. Raquel perdeu quando os deputados mexeram na distribuição do empréstimo de R$ 3,4 bilhões, na aprovação da PEC que o Legislativo pode tratar de matérias financeiras e, principalmente, quando foi aprovado o sistema de votação secreta para escolha dos conselheiros do TCE.
As seguidas derrotas são consequências da frágil relação do seu Governo com a Assembleia Legislativa. Passados quase seis meses de gestão, a governadora não tem secretário de Articulação Política, função acumulada pelo secretário da Casa Civil, Túlio Villaça, que entende tanto de política quanto eu de veterinária. E quando a vice-governadora Priscila Krause avoca para si essa condição, o desastre é bem maior.
Não conheço – e parece que a governadora quer inventar a roda – nenhuma gestão pública bem-sucedida relegando a uma posição intermediária ou até de abandono mesmo a área política. Platão já profetizou que não existe nada de errado com aqueles que não gostam de política. “Simplesmente, serão governados por aqueles que gostam”, conclui ele.
Fica a lição para Raquel.(da Coluna do Magno)
Postado por Madalena França
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