O delegado federal Eduardo Mauat Silva, ex-integrante do grupo de policiais da Lava Jato, gravou, em julho de 2016, um vídeo sobre seu afastamento da operação, divulgado pelo grupo direitista Nas Ruas, onde agradecia o apoio ao “lavajatismo”, dizia que ““a sociedade é legítima para fazer o questionamento que ela entender pertinente para debater, interagir, para perguntar, o que cada ato vai repercutir no andamento da Operação” e dizia ter sido afastado das investigações ( “meu afastamento foi determinado pelo diretor geral”), ao afirmar que “enquanto o Dr. Leandro (Daiello) for diretor-geral, eu não vou retornar à operação Lava Jato.”.
Marcelo Auler, como jornalista consagrado que é, fez o que a grande imprensa não fez e mostrou que o próprio Mauat se increvera – e foi aprovado – num concurso de remoção, obteve-a e, apesar disso, continuou ligado à Operação, relatando que ele recebia diárias por atuar em Curitiba. Tudo com documentos oficiais.
Pois Mauat processa Auler pela Justiça Cível, cobrando dele mais de R$ 37 mil de indenização por danos morais por ter mostrado fatos, e fatos documentados.
Na audiência de conciliação, porém, Mauat mostrou que seu objetivo não é nem mesmo a defesa de sua honra, ao propor que o jornalista “retire o seu blog do ar” e que “indique quem são as fontes, na Polícia Federal, que lhe passam informações”.
Ou seja, o que quer é a censura e a violação constitucional que se garante ao jornalistas (Art. 5°, XIV) para que preservem o sigilo das suas fontes.
É este o grau de “legalidade” de certos policiais federais, os “novos heróis” do Brasil.
E depois somos nós, blogueiros que fazemos jornalismo, os “sujos”.
Auler, que não dispõe de recursos empresariais, está sendo defendido graças à generosa consciência jurídica de um advogado gaúcho, o Dr. Antonio Carlos Porto Jr., do escritório Defesa Social, de Porto Alegre.
Leia os detalhes no Blog do Marcelo Auler, aquele que o delegado quer “retirar do ar”.
O “cala a boca” não morreu, Dra, Cármen Lúcia, Estpa vivinho, em autoridades policiais que vão bater à porta do Judiciário para fazer censura.
Por Madalena França.
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