Ah, se o mundo pudesse ver
A alma de um sonhador
A angústia de um defensor
De um povo escravizado.
Na cegueira da inocência
Os medos de uma criança
Na luz da imaginação
O sangue da esperança
Jorrando igual cahoeira
Nos passos que a vida dança.
Do grito da liberdade
Nascem as condenações
Da força unida do povo
Se rompem grilhões de aço
Evidenciando a dor
Dos heróis crucificados.
O ar puro do amor
Oxigenando a alma
No sopro que a vida deu
A um coração ofegante
Do ritmo dessas batidas
Nascem notas fascinantes.
Na melodia de um sonho
Suave canto esmagado
Nas corda do violão
Lágrimas dos assassinados
Na música que o Brasil toca
Um povo inconformado.
E no funk das paixões
A métrica que tenho dó
De consciências estupradas
Das mazelas espelhadas
Ao meu povo de Orobó.
Inspiração poética da professora Madalena França
em 21/04/2016.
Inspirações
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