POR FERNANDO BRITO · 05/10/2018
Editorial do jornal inglês The Guardian, dizendo o que todo mundo sabe, mas a imprensa brasileira não tem a decência de dizer: a democracia está em perigo no Brasil: “Jair Bolsonaro, extremista de direita, está em ascensão com as pesquisas de domingo. Ele não é o Trump – ele é pior”.
“O risco antes impensável de que o político de extrema direita Jair Bolsonaro pudesse se tornar o presidente do Brasil é agora real. O perigo que ele representa para a democracia é imenso. Os milhões de brasileiros, especialmente mulheres, que acabaram apelando para “EleNão” em protestos em massa sabem o que está em jogo. Eles não estão apenas ansiosos: estão, com razão, assustados. No entanto, seu apoio só aumentou nas últimas semanas. As pesquisas o colocam cerca de 10 pontos à frente de seu rival mais próximo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), na primeira rodada de votação de domingo, e sugerem que ele pode até ganhar um segundo turno esperado no final deste mês.
Chamá-lo de Donald Trump da América Latina, como alguns o fizeram, é muito gentil. O Sr. Bolsonaro é um misógino e homófobo, cujas opiniões sobre as comunidades indígenas e o meio ambiente são tão sombrias quanto. Ele elogia os torturadores e a ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. Recentemente, pediu que os oponentes políticos fossem mortos . Seu fanatismo é retratado como “honestidade” .(…)
Há crescentes temores de que o Sr. Bolsonaro poderia até ganhar no primeiro turno com uma maioria absoluta. Outros temem que, em um segundo turno, os candidatos derrotados – e os eleitores que os apoiaram – não consigam se aproximar de Haddad em uma rejeição decisiva de Bolsonaro. Seu companheiro de chapa, um general, sugeriu recentemente que, em uma situação anárquica, o governo poderia promulgar um auto-golpe . Os oponentes temem que, se Haddad vencer, seu rival afirme que o resultado é ilegítimo – e que o exército poderia intervir .
O texto completo está aqui.
Editorial do jornal inglês The Guardian, dizendo o que todo mundo sabe, mas a imprensa brasileira não tem a decência de dizer: a democracia está em perigo no Brasil: “Jair Bolsonaro, extremista de direita, está em ascensão com as pesquisas de domingo. Ele não é o Trump – ele é pior”.
“O risco antes impensável de que o político de extrema direita Jair Bolsonaro pudesse se tornar o presidente do Brasil é agora real. O perigo que ele representa para a democracia é imenso. Os milhões de brasileiros, especialmente mulheres, que acabaram apelando para “EleNão” em protestos em massa sabem o que está em jogo. Eles não estão apenas ansiosos: estão, com razão, assustados. No entanto, seu apoio só aumentou nas últimas semanas. As pesquisas o colocam cerca de 10 pontos à frente de seu rival mais próximo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), na primeira rodada de votação de domingo, e sugerem que ele pode até ganhar um segundo turno esperado no final deste mês.
Chamá-lo de Donald Trump da América Latina, como alguns o fizeram, é muito gentil. O Sr. Bolsonaro é um misógino e homófobo, cujas opiniões sobre as comunidades indígenas e o meio ambiente são tão sombrias quanto. Ele elogia os torturadores e a ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985. Recentemente, pediu que os oponentes políticos fossem mortos . Seu fanatismo é retratado como “honestidade” .(…)
Há crescentes temores de que o Sr. Bolsonaro poderia até ganhar no primeiro turno com uma maioria absoluta. Outros temem que, em um segundo turno, os candidatos derrotados – e os eleitores que os apoiaram – não consigam se aproximar de Haddad em uma rejeição decisiva de Bolsonaro. Seu companheiro de chapa, um general, sugeriu recentemente que, em uma situação anárquica, o governo poderia promulgar um auto-golpe . Os oponentes temem que, se Haddad vencer, seu rival afirme que o resultado é ilegítimo – e que o exército poderia intervir .
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