Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia pregam no deserto para que a direita pare com os ataques furiosos que se fazem contra eles nas redes sociais.
Não vão parar.
Não que haja ideias ou planos de se fazer assim, até porque de ambos depende a sorte da reforma previdenciária, Rubição financeiro que o presidente tem de atravessar.
Não vão parar porque Jair Bolsonaro é a encarnação do ódio e dele se alimenta, como o gigante Anteu tirava da terra pelos pés, suas energias.
O erro está em que acham que com apaziguamentos conquistarão espaços e relevância.
Engano: nada pode vicejar na seara do bolsonarismo, que exige de todos – e sobretudo das instituições – o avassalamento e a capitulação.
Olhem para Bebiano, olhem para o STF – que Bolsonaro vê arder antes de fechar com um cabo e um soldado ou, mais provavelmente, com mais quatro ministros “seus”, com a anulação da PEC da Bengala.
Olhem para Hamilton Mourão, engolindo sapo após sapo e até o despacho do presidente informal Carluxo no Planalto.
Na felicidade juvenil de que está possuído em seu “País das Maravilhas”, na visita aos EUA, o presidente tem se permitido arroubos de sincerida, como ao dizer que era preciso “descontruir” o Brasil e que tinha “conseguido” um partido para candidatar-se, a muito custo (talvez, literalmente).
Bolsonaro não é um líder agregador, mas um aproveitador das instituições das quais se aproxima, como faz com os militares e, agora, com o Judiciário e o Legislativo.
Como busca, rastejando, obter o apoio do governo Trump.
Se não entenderem que precisam manter em banho-maria a reforma da previdência como um contrapeso aos ímpetos do bolsonarismo serão eles e não o presidente que logo estarão na condição de descartáveis.(Tijolaço)
Por Madalena França
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