12/10/2014 14:26
Presidente do PSB declara seu apoio a Dilma
Roberto Amaral afirmou que apoio do PSB ao tucano "trai" a luta de Eduardo Campos e dos fundadores
Amaral pressupõe que o governo tucano pode representar retrocesso no Brasil / Divulgação
Por: Diário SP Online
Neste fim de semana, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, afirmou que apoia a reeleição de Dilma Rousseff (PT) para a presidência. Ele ainda declarou que seu partido traiu a luta de Eduardo Campos e ignorou o legado de seus fundadores ao se filiar com ideários direitistas pela primeira vez na história do PSB. A ex-presidenciável, Marina Silva, também declarou seu apoio ao tucano Aécio Neves neste domingo (12).
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Em seu blog pessoal, Amaral critica a posição majoritária do partido e acredita que o tucano pode significar um atraso na sociedade brasileira. "Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e desconhece sua própria contribuição nos últimos anos", diz uma das passagens do texto com data de publicação de sábado (11).
O presidente do PSB, que foi um dos integrantes que votou pela neutralidade no segundo turno, também denunciou que, em Brasília, há conversas sobre quais ministros do PSB ocupariam cargo em um eventual governo de Aécio Neves.
Em defesa à "esquerda socialista e democrática", Amaral pressupõe que o governo tucano pode representar retrocesso na vida dos brasileiros. "O apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global."
Na segunda-feira (13), membros do Diretório Nacional do PSB deve se reunir para eleger nova Executiva, inclusive o cargo de presidência do partido.
Rebeldia/ Beto Albuquerque, candidato derrotado a vice na chapa de Marina Silva (PSB), lamentou o apoio de Roberto Amaral à candidata a reeleição Dilma Rousseff. De acordo com o G1, Albuquerque lamentou a postura do presidente e enfatizou a direção tomada pelo PSB: "A rebeldia do Amaral não muda nossa convicção".
Ele ainda afirmou que o cargo de Amaral como presidente interino não o permite impor seus ideários sobre os outros integrantes do partido.
Semelhanças/ Para a candidata petista, o apoio do PSB a Aécio Neves é compreensível. Em uma coletiva neste domingo, que aconteceu em São Paulo, Dilma afirmou que há mais semelhanças entre os planos econômicos dos adversários do que entre Marina e PT. "Eu acho que esse anúncio, essa opção, é compreensível, porque a proximidade que ela tem é com o programa econômico do Aécio. E tem menos proximidade com o programa social do meu governo", disse ao G1.
"Não acredito que haja uma transferência automática de votos para ninguém. Acredito na democracia", completou.
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