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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Consultor pagou propina a diretores da Petrobras

05/02/2015 
Júlio Gerin de Camargo confirmou ter pago R$ 15 milhões a Paulo Roberto Costa e Renato Duque

Camargo firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público / Divulgação

Por: Diário SP Online
portalweb@diariosp.com.br
Em novo depoimento prestado na quarta-feira (4) em uma das ações penais da Operação Lava Jato, o ex-consultor da empresa Toyo Setal Júlio Gerin de Camargo confirmou ter pago R$ 15 milhões em propina aos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, responsáveis pelas diretorias de Abastecimento e Serviços e Engenharia, respectivamente.
De acordo com as declarações de Camargo, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público, o valor foi dividido entre os ex-diretores para que  o consórcio Ecovap, formado pelas empresas Toyo Japão, OAS e Setal Óleo e Gás, assinasse contrato com a estatal. Segundo ele, os valores destinados a Costa eram depositados em contas no exterior, indicadas pelo doleiro Alberto Youssef.
Em outro depoimento prestado nessa terça-feira (3), Júlio Gerin Almeida Camargo confirmou que pagou R$ 12 milhões a Renato Duque. Camargo afirmou que atuou para garantir que o consórcio formado pela Camargo Correa e a Setal Óleo e Gás assinasse um contrato com a estatal para a ampliação da Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná, obra orçada em R$ 2,4 bilhões.
A Agência Brasil não conseguiu contato com os advogados de Costa e Renato Duque. Em outras denúncias, os advogados de Renato Duque disseram que nunca houve recebimento de propina durante a gestão dele. Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada no qual indicou como funcionavam os pagamentos ilegais na estatal.
Nesta quinta-feira (5), a Justiça Federal retoma dos depoimentos de testemunhas do esquema de corrupção na Petrobras. O juiz federal Sérgio Moro deve ouvir os depoimentos de funcionários da Petrobras.
Petrobras divulga nomes de diretores que renunciaram junto com Graça Foster
A Petrobras informou que a renúncia da presidenta da companhia, Graça Foster, e de cinco diretores da empresa, anunciada na quarta-feira (4), valerá a partir de sexta-feira (6), dia em que o Conselho de Administração vai se reunir para eleger os novos membros da diretoria. A informação foi transmitida à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quarta-feira (4) para esclarecimento sobre mudanças na administração.
O comunicado indica, ainda, que, além de Graça Foster,  renunciaram o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa; o diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli; o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza; o diretor de Gás e Energia, José Alcides Santoro; e o diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo.
O comunicado foi assinado pelo diretor Almir Barbassa. A diretoria da Petrobras permanece com o ex-presidente da companhia de 2003 a 2005, José Eduardo Dutra, indicado para a diretoria Corporativa e de Serviços em 2012; e com o diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Júnior, que tomou posse no dia 19 de janeiro de 2015. Os dois não estão incluídos na renúncia.
O Conselho de Administração da Petrobras tem na presidência o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi eleito pelo governo acionista controlador. Também participam do órgão os conselheiros eleitos pelo governo federal: Graça Foster, Luciano Galvão Coutinho, Francisco Roberto de Albuquerque, Márcio Pereira Zimmermann, Sérgio Franklin Quintella e a ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Pelos acionistas preferencialistas, foi eleito conselheiro José Guimarães Monforte; pelos minoritários, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha e pelos empregados, Sílvio Sinedino Pinheiro.

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