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domingo, 6 de setembro de 2015

Quem são, por que e de onde saem os refugiados que entram na Europa?


Problemas com guerra, economia, política e corrupção são as causa mais 

comuns da imigração em massa para a Europa


Afeganistão
Eritreia
Paquistão
Kosovo
Nigéria
Síria
O maior grupo de imigrantes é de sírios, que fogem da violenta guerra civil em curso no país. Afegãos e eritreus vêm em seguida, geralmente tentando escapar da pobreza e de violações aos direitos humanos.
Os grupos originários da Nigéria e do Kosovo também são grandes – pobres e marginalizados integrantes do povo romà (cigano) são boa parte dos imigrantes vindos do último país.
Na Itália, pessoas que chegam da Eritreia formam o maior grupo, seguidas por aquelas que vêm da Nigéria. Já na Grécia, os sírios formam a maior população de imigrantes, seguidos pelos afegãos

  70% entram por três rotas

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A Frontex, agência que controla as fronteiras externas da União Europeia, monitora as diferentes rotas usadas por imigrantes e como essas pessoas chegam aos limites do continente.
Segundo o órgão, cerca de 340 mil foram detectados nas fronteiras desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado, foram 123,5 mil.

                     Síria

Síria
Desde 2011, a Síria vive uma guerra civil que matou mais de 240 mil pessoas, das quais 12 mil eram crianças. O conflito entre tropas leais ao regime, vários grupos rebeldes e curdos ficou ainda mais caótico com a chegada de organizações jihadistas, como o Estado Islâmico.
Segundo a ONU, aproximadamente de 7 milhões de sírios abandonaram suas moradias dentro do próprio país. O número de refugiados no exterior beira os 4 milhões.
A pobreza, estimada pelas Nações Unidas como parte da vida de quase 60% da população, é outro aspecto que empurra os sírios para o exterior. A Turquia é o país que mais recebeu sírios (1,8 milhão). A Europa, no primeiro semestre de 2015, foi destino de 44 mil refugiados. 

     Afeganistão e Paquistão

Afeganistão
Paquistão
A situação no Afeganistão se agravou após a invasão pelos Estados Unidos, em 2001. A ocupação começou logo depois do atentado às Torres Gemêas, orquestrado pelo terrorista Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda. 
No entanto, o país sofria há anos com o domínio do grupo radical Talibã, que foi retirado do poder e guerreou por muito tempo contra os norte-americanos. 
De acordo com a ONU, da invasão para cá, mais de 150 mil pessoas morreram no país e no vizinho Paquistão. Somente no primeiro semestre deste ano, 1.592 civis afegãos morreram em conflitos. A violência faz os afegãos fugirem para mais de 80 países. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), 96% se refugiam no Paquistão e no Irã.

                   Kosovo

Kosovo
O Kosovo enfrenta uma saída em massa das novas gerações e a economia decai com a corrupção. Além da falta de perspectivas de futuro, expectativas - muitas vezes falsas - em relação à vida na Europa Ocidental também levam muitos a partir.
Somente no final de fevereiro, Alemanha, Áustria e Hungria começaram a expulsar refugiados que pediram asilo. A política endureceu depois de 100 mil kosovares abandonarem país - que não é reconhecido por metade dos países-membros da ONU. Um outro destino comum dos cidadãos do Kosovo é a Sérvia.

                    Eritreia

Eritreia
Os imigrantes da Eritreia, país localizado no Chifre da África, respondem por grande parte dos desembarques após o cruzamento do Mediterrâneo em direção ao sul da Itália.
Um dos motivos de fuga é a obrigatoriedade de prestação do serviço militar, o que muitos comparam a um regime de escravidão. Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o país vive sob forte repressão política.

                    Nigéria

Nigéria
Após viver uma guerra civil, a Nigéria vem sofrendo constantemente com conflitos entre diferentes grupos étnicos e religiosos.
O principal, Boko Haram, é formado por insurgentes islâmicos que tentam dominar o país ao preço de milhares de vidas.
Os ganhos territoriais são negados, na maioria das vezes, pelos militares da Nigéria, porém agências internacionais e fontes independentes afirmam que o grupo já controla cerca de 20 cidades nigerianas, concentradas nos estados de Borno e Yobe, no nordeste do país.

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