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domingo, 20 de agosto de 2017

Dinheiro Fala mais Alto: Gilmar mendes Manda Soltar mais quatro do grupo de Sérgio Cabral.

Gilmar liberta mais 4 investigados ligados a esquema de
Cabral
Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu ontem sábado dia 
(19) habeas corpus a quatro pessoas ligadas a um suposto esquema de corrupção do ex-
governador Sérgio Cabral e que haviam sido presas preventivamente em julho no Rio pela 
operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato.
Gilmar estendeu ao grupo o habeas corpus que havia concedido a Jacob Barata Filho, 
conhecido como "rei do ônibus", e decretou medidas alternativas à prisão a Cláudio Sá 
Garcia de Freitas, Marcelo Traça, Enéas da Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro.
Na decisão, o ministro afirma que "juízes não podem ceder à pressão do grupo de trêfegos e barulhentos procurado
res nem se curvar ao clamor popular"."A liberdade é a regra no processo penal; a prisão, no curso do processo, 
justifica-se em casos excepcionais, devidamente fundamentados, e a via do habeas corpus é o instrumento
 precípuo desta tutela: a proteção da liberdade", escreveu.

Na quinta (17), Gilmar concedera um habeas corpus a Jacob Barata Filho. Pouco depois, 
o juiz federal Marcelo Bretas determinou nova prisão preventiva contra o empresário. 
Nesta sexta (18), o ministro deu nova decisão e soltou Barata Filho.
Os investigados terão que comparecer em juízo para informar e justificar atividades e
 estão proibidos de manter contato entre si e de deixar o país –eles deverão entregar os 
passaportes. Também devem cumprir recolhimento domiciliar noturno e estão suspensos 
de exercer atividades em sociedades e associações ligadas ao transporte coletivo de 
passageiros
As investigações apuram o pagamento, de 2010 a 2016, de R$ 260 milhões em propina a 
políticos e funcionários de departamentos públicos de fiscalização ligados ao setor de 
transportes.
Dados apontam que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) obteve no período R$ 122

 milhões no esquema. Outros R$ 43 milhões foram destinados, de acordo com a apuração, para o ex-presidente do Detro (Departamento Estadual de Transporte Rodoviário) Rogério Onofre.
Gilmar foi padrinho de casamento da filha de Barata Filho. No fim de julho, a Procuradoria
 Regional da República no Rio solicitou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que 
entre com pedido de suspeição para impedir Gilmar de atuar em casos que envolvam o 
empresário.
O pedido da Procuradoria no Rio ainda está sob análise do procurador-geral, Rodrigo 
Janot. Com informações da Folhapress.
Fonte:noticias ao minuto

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