sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Eduardo Cunha desistiu de ir à Itália após tornar-se alvo de inquérito no país europeu, que enviou dados ao Brasil. Ou seja, Cunha ficou com medo de ser preso na Europa, depois de a Suíça encontrar quatro contas bancárias de Eduardo Cunha
O Ministério Público na Suíça encontrou cerca de US$ 5 milhões em contas controladas por Eduardo Cunha. No registro das contas o nome de Cunha, da mulher Cláudia Cruz e de uma de suas filhas aparecem como reais responsáveis pela movimentação financeira.
As informações foram repassadas às autoridades brasileiras, que passarão a investigar crime de lavagem de dinheiro.
Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmar que o presidente da Câmara e familiares dele têm contas bancárias na Suíça que são investigadas por autoridades do país europeu, o peemdebista desistiu da viagem que faria a partir desta quinta-feira para a Itália. Fragilizado pelo aumento de denúncias contra ele por suspeita de participação no esquema da Petrobras, o parlamentar reagiu com ironia ao ser perguntado se estaria perdendo apoio à sua permanência na presidência da Casa.
O presidente da Câmara negou-se novamente a comentar sobre o envio, pela Promotoria da Suíça, dos autos de investigação contra ele sob suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, explicando que quem fala por ele é seu advogado. Indagado sobre as contas no exterior, Cunha não respondeu.
Cunha iria à Itália para passear. Antes, ele iria dar umas voltinhas em Milão. Para todos os efeitos,ele ia participar Fórum Parlamentar Itália-América Latina e Caribe. Ao informar sobre o cancelamento da viagem, Cunha disse que acha melhor comparecer ao casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), no sábado.
Cunha é cobrado em plenário sobre conta na Suíça, mas não responde
Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto
Eduardo Cunha foi questionado em plenário no início da tarde desta quinta-feira (1º) se possui ou não conta bancária na Suíça, mas se recusou a responder.
A pergunta foi feita da tribuna do plenário pelo deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL. Cunha, que presidia a sessão, não olhou para o deputado em nenhum momento do discurso e, ao final, não tocou no assunto.
"É simples assim, a pergunta está reiterada: presidente Eduardo Cunha, tem ou não tem contas na Suíça sob investigação do Ministério Público de lá, como nos comunica o Ministério Público do Brasil? Será que esse assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados do Brasil?", discursou Alencar.
Ao final da fala do deputado do PSOL, Cunha retomou a palavra e seguiu com a votação de um projeto na área de segurança pública. "Como vota a Rede?", se limitou a dizer.
Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, autoridades da Suíça mandaram ao Brasil documentos mostrando que o presidente da Câmara e familiares são investigados por ter contas secretas naquele país.
Desde então, Cunha se nega a dizer se é ou não titular de conta fora do país. Suas declarações à Justiça Eleitoral não trazem essa informação.
Omissão de conta no exterior com saldo superior à US$ 100 mil representa crime de evasão de divisas, com pena de dois a seis anos de prisão. A prática também é listada pelo Código de Ética da Câmara como um dos motivos para cassação do mandato.
Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto
Eduardo Cunha foi questionado em plenário no início da tarde desta quinta-feira (1º) se possui ou não conta bancária na Suíça, mas se recusou a responder.
A pergunta foi feita da tribuna do plenário pelo deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL. Cunha, que presidia a sessão, não olhou para o deputado em nenhum momento do discurso e, ao final, não tocou no assunto.
"É simples assim, a pergunta está reiterada: presidente Eduardo Cunha, tem ou não tem contas na Suíça sob investigação do Ministério Público de lá, como nos comunica o Ministério Público do Brasil? Será que esse assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados do Brasil?", discursou Alencar.
Ao final da fala do deputado do PSOL, Cunha retomou a palavra e seguiu com a votação de um projeto na área de segurança pública. "Como vota a Rede?", se limitou a dizer.
Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, autoridades da Suíça mandaram ao Brasil documentos mostrando que o presidente da Câmara e familiares são investigados por ter contas secretas naquele país.
Desde então, Cunha se nega a dizer se é ou não titular de conta fora do país. Suas declarações à Justiça Eleitoral não trazem essa informação.
Omissão de conta no exterior com saldo superior à US$ 100 mil representa crime de evasão de divisas, com pena de dois a seis anos de prisão. A prática também é listada pelo Código de Ética da Câmara como um dos motivos para cassação do mandato.