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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bem- Vindo Março...

Estamos nas últimas horas de fevereiro, Deixe que ele leve nossas dores e que março devolva nossas alegrias.


Resultado de imagem para bem vindo março Vem chegando o friozinho do outono e as folhas das árvores caem para renascer novas folhagens , e novas roupagem, se multiplicarem e florescerem.
Que assim seja as nossas vidas. Que fevereiro leve as nossas dores, e março devolva nossa alegria de viver.
Não cai uma folha de uma árvore sem a permissão do criador. Assim também, Deus nos permite que passamos por provações ,desilusões  e angústias, para que possamos valorizar muito mais os momentos alegres de afetividade, de carinho, de saúde, e de partilha com os nossos.
Eu desejo a você  amigo leitor, que que março chegue renovando a árvore da sua vida e que você possa sorrir e ser feliz.
Vamos dá um até breve a esse fevereiro que finda, e que ele volte melhor em 2019 . Vamos nos preparar para abraçar o março das chuvas, das mulheres e da renovação. Que ele nos traga brilho, e dias mais favoráveis à felicidade.
Tentam bons sonhos e um belo amanhecer!

Por Madalena França.

A “entrevista” do general e o “no grito não funciona”


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Acompanho o debate no Facebook entre meu sábio professor Nilson Lage e o combativo Luís Costa Pinto sobre a “entrevista coletiva” (assim mesmo, entre aspas) do general Walter Braga Netto, ontem, que está lhe rendendo “pauladas” na mídia.
O primeiro lembra que, em matéria de autoridade moral na questão da violência, falta autoridade moral na imprensa  para tratar seriamente da questão, pela sua história de “criminalização” midiática de quase tudo que se tentou fazer para que a cidade se integrasse, sem guetos, e as iniciativas de elevar a qualidade de vida dos pobres, de D. Hélder Câmara até o programa educacional dos Cieps:
“O ódio editorial e notícias falsas sistematicamente veiculadas demoliriam o projeto dos Cieps de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, iniciativa que teria barrado o processo de degradação da vida urbana no io. Sucedeu-se a fraude midiaticamente promovida de Moreira Franco.
Por todo tempo, a grande imprensa apoiou os esquadrões da morte, escondeu a dolorosa remoção e extermínio de mendigos, explorou a pobreza sempre pelo ângulo da violência e da segregação, derramou pelas crianças pobres lágrimas de crocodilo mas sempre exigiu mais forte repressão – e só. Tudo que cuidou de exaltar foram operações espetaculares, cinematográficas, a fantasia de cobrir guerras e jantar em casa.”
Já Costa Pinto condena o comportamento dos militares e dos repórteres:
 Os militares demonstraram profundo desprezo pela informação e pela transparência. A entrevista deixou mais dúvidas do que ofereceu respostas – talvez porque a intervenção foi um ato de desespero político, e não um gesto em defesa da sociedade. [Foi] Desoladora porque revelou-nos uma geração de repórteres-cadete e de aspirantes a jornalistas que se acadelaram ante a boçalidade dos oficiais e aceitaram as regras impostas por eles – enviar perguntas antes, por escrito; definição randômica, por parte dos entrevistados, das perguntas que seriam feitas; proibição de interrupções; limitação unilateral do tempo.
Sem dar uma de tucano, acho que há razões em ambas as argumentações e explico.
Durante muitos anos fui responsável por convocar e realizar “coletivas”. É coisa de quem quer detalhar e convencer e, portanto, precisa e deve se expor ao contraditório. Não quer fazer isso? Distribua, então,  uma nota  ou uma declaração, não chame toda a imprensa para simplesmente dizer – por mais que seja a verdade – que está planejando (sem dizer o quê) e para anunciar nomes que há dias estavam nos jornais.
É, aliás, o mais próprio numa instituição militar.
Acontece que se revela aí o problema mais grave, insanável mesmo, deste improviso politiqueiro da intervenção.
O Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, insistentemente no Twitter e em artigo na Veja que “convém salientar que a intervenção federal não é uma intervenção militar” e que apenas “um cidadão brasileiro fardado foi escolhido para exercer a função de interventor”. A concordar com o general, portanto, o interventor, ao contrário do que diz decreto improvisado que o nomeou não está em função militar, pois seria um interventor militar e, assim, resguardado para dizer o mínimo possível.
Se a intervenção não é militar, é civil. Não há, como na virgindade ou na gravidez, “meio” militar, há um militar exercendo excepcionalmente uma função civil. Isso  passa a exigir comunicação com a sociedade. E nada justifica uma “entrevista coletiva” que não foi nem entrevista – só se responde àquilo que se quis responder – e nem coletiva – só se respondeu a quem se quis responder.
É preciso, claro, entender que Braga Netto é alvo de pressões imensas, que não pode revelar, ainda que o Comandante do Exército esteja indo além do que pode e deve para protegê-lo e à tropa das consequências da vontade insana que vem do Planalto para que torne irresponsavelmente a Força em órgão de repressão sem limites.
O general foi coerente com o que pode fazer num momento em que – segundo suas próprias palavras – a violência no Rio de Janeiro é grande, mas imensamente amplificada por “muita mídia”. E penso que o que falou sobre a insistência de alguns repórteres de fazer outras perguntas fora do roteiro que o próprio Braga Netto escolheu – “no grito a coisa não funciona” – se presta como uma luva para explicar porque não optou, até agora, por ações espetaculares, bombásticas e, claro, inócuas, como é o desejo das empresas de comunicação, Globo à frente.
Mas incoerente na formas e nas regras que quis impor a uma entrevista da qual – e aí Costa Pinto tem toda a razão – na minha geração, a dos anos 80 e 90, teriam todos (ou quase todos) os jornalistas saído, abandonando a sala, por não haver nem liberdade nem um mínimo de pluralidade nas perguntas. Afinal, não era uma solenidade militar, não se é obrigado a bater os calcanhares e levar a mão ao quepe.

No Parlamento Europeu, Humberto afirma que Lula sofre 'violenta perseguição'


Humberto Costa (PT) participa de atividades no Parlamento Europeu
Humberto Costa (PT) participa de atividades no Parlamento EuropeuFoto: Divulgação
Durante encontro com congressistas de esquerda e embaixadores no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o senador Humberto Costa (PT) declarou, nesta terça-feira (27), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre uma violenta perseguição por parte do Judiciário e do Ministério Público brasileiros. O senador se reuniu com Giacomo Flibeck, do Partido da Democracia da Itália, e Serguei Stanichev, presidente do Partido Socialista Europeu, social-democrata. 

Humberto também se encontrou com o Grupo da Esquerda Unida no Parlamento Europeu e com embaixadores da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia. A reunião contou ainda com a presença de Javier Couso, eurodeputado da Esquerda Unida da Espanha e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu.

Na conversa, o senador brasileiro afirmou aos colegas que integrantes da Operação Lava Jato no Brasil tentam encontrar um crime, a qualquer custo, que jamais foi cometido por Lula. De acordo com Humberto, o objetivo é prejudicar o PT e tirar o ex-presidente da disputa eleitoral deste ano. 


“Estou relatando que o que se passa no Brasil é muito grave, tendo em vista a série de violações cometidas contra uma pessoa que não cometeu qualquer crime e sobre a qual não há nenhuma prova contra. Estamos diante de uma continuação do golpe aplicado contra a presidenta Dilma Rousseff em 2016. Tornar Lula inelegível e o PT um partido proscrito é, agora, o passo final dos que atentam contra a democracia no País”, contou. 

O parlamentar avaliou que é necessário denunciar ao mundo o que vem ocorrendo no Brasil. Além disso, Humberto lembrou que vários políticos ligados à direita estão envolvidos em irregularidades e, contra eles, há fartas e incontestáveis provas. Porém, segundo o senador, esses nomes seguem impunes e ocupando cargos públicos importantes no país.

Agenda
Nesta quarta (28), ele participa de ato público com manifestantes brasileiros que vivem na Europa sobre o que considera violações cometidas no Brasil. Já na quinta-feira (1º), o petista vai participar de ato de lançamento de um comitê em defesa do presidente Lula na Associação Cultural Casa N'Ativa, também em Bruxelas.

STJ arma cama de gato para Lula

Por EsmaelO Superior Tribunal de Justiça armou a cama de gato para o ex-presidente Lula ao adiar o julgamento do habeas corpus, previsto para amanhã (1º), na Quinta Turma da Corte. Isto significa que, após a apreciação dos embargos de declaração, pelo TRF4, muito provavelmente o petista será preso.
O STJ remarcou o julgamento para a próxima terça-feira, dia 6 de março. No entanto, o tribunal “não deu satisfação” sobre o adiamento da tão esperada pauta.
No final de janeiro, o vice-presidente do STJ Humberto Martins, em decisão monocrática, negou o habeas corpus à defesa de Lula. Então, os advogados recorreram ao colegiado e esta semana a Quinta Turma havia pautado para votar a questão nesta quinta-feira.
Além da omissão do STJ, trama contra o ex-presidente Lula a má vontade da presidenta do STF Carmén Lúcia, a Carminha, que vem rejeitando pautar a matéria sobre a execução da pena para condenados na segunda instância. O tema é bastante controverso no Supremo.
Lula foi condenado pelo TRF4 a 12 anos e um mês de prisão no caso tríplex. A defesa do petista apontou 38 omissões do acórdão do tribunal, que agora julga o último recurso antes de determinar a prisão imediata do ex-presidente da República.

Afiliada da Globo choca ao mostrar cadáver antes das 7h da manhã


A imagem do corpo apareceu às 06h49min

Afiliada da Globo choca ao mostrar cadáver antes das 7h da manhã
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 11 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA APELAÇÃO
Abusca por pontos a mais na audiência levou a Rede Bahia, afiliada da Globo no estado, a apelar: no Jornal da Manhã, o noticiário matinal das 7h, o canal apresentou uma reportagem exibindo explicitamente um cadáver no chão.
A imagem do corpo apareceu no vídeo às 06h49, em segundo plano, durante um link ao vivo do repórter Vanderson Nascimento, que não tinha muitas informações sobre o caso, reforçando o tom apelativo. O repórter falou, apenas, que o corpo foi encontrado.
A Rede Bahia é controlada pela família Magalhães, poderosa no estado, e é a segunda colocada no Ibope, perdendo para a TV Itapoan, da Record, com riscos de descer para o terceiro lugar.

Demóstenes, cassado por corrupção, dá banho de champanhe de R$5 mil na enteada



Cassado por corrupção, Demóstenes Torres (ex-DEM) dá banho de champanhe de R$5 mil na enteada. Vídeo que mostra a "ostentação" do corrupto tem provocado indignação

Demóstenes Torres banho de champanhe corrupção
Demóstenes Torres e enteada (reprodução)
O ex-senador Demóstenes Torres (PTB-GO), que teve o mandato cassado em 2012, voltou a ser notícia na noite desta segunda-feira (26). Em um vídeo, ele aparece estourando uma garrafa de champanhe e dando um banho em sua enteada ao despejar o líquido nela.

A cena viralizou por se tratar de uma bebida da marca francesa de luxo Veuve Clicquot, considerada uma das principais e mais tradicionais casas produtoras de champanhe no mundo. Uma garrafa de 3 litros, como a que Demóstenes parecia segurar, pode chegar a custar R$ 3 mil.
A “brincadeira” aconteceu em um momento de comemoração, em que o senador cassado e familiares estavam celebrando a aprovação da enteada no vestibular para o curso de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Assista ao vídeo:

Inelegível até 2023

Atualmente, Demóstenes é procurador do Ministério Público de Goiás. Seu cargo como senador foi cassado depois de ser apontado como parte de um esquema de corrupção que envolvia o empresário Carlinhos Cachoeira. Ele é acusado de crimes como corrupção passiva e advocacia privilegiada.
Dessa forma, o goiano fica inelegível a qualquer cargo político até 2023. Porém, desde julho do ano passado, seus advogados insistem em tentativas para reaver seus direitos políticos na Justiça.
Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em 2016, de anular as provas de processo contra o ex-senador , ele permanece sem poder se eleger. Na tentativa de voltar à vida política, Demóstenes deixou o partido que fazia parte, o DEM, e afiliou-se ao PTB.

Petição

A defesa do ex-senador entrou com petição para que o Senado decida até quarta-feira (28) se irá ou não anular a cassação de seu mandato. O pedido foi feito em julho de 2017 e ainda não tem relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Para poder se candidatar, é necessário que ele se desincompatibilize do cargo de procurador seis meses antes das eleições, ou seja, até abril. “O STF invalidou as provas que levaram à minha cassação. Só falta o Senado reconhecer”, afirmou Demóstenes.

Último Segundo – iG
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Temer em último até no PMDB


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Poder360 publica hoje uma nota narrando uma daquelas coisas que fazem o humorista José Simão dizer que o Brasil ser o “país da piada pronta”. Piada tragicômica, deve-se acrescentar.
É que tiveram acesso a uma pesquisa eleitoral encomendada pelo Palácio do Planalto em que, claro, todos os candidatos “da casa” estão na rabeira.
Mas onde Michel Temer, o chefe da trupe, amarga a  lanterninha” até entre os “lanternas”.
Fica atrás de Henrique Meirelles, Paulo Hartung (para o quase todo mundo que não sabe, governador do ES) e de Paulo Pato Skaf. Não é citado da matéria, mas o Rodrigo Pimpão Maia também, provavelmente, está á sua frente.
A pesquisa oculta foi feita antes da intervenção, grande aposta eleitoral do presidente que jura que não será candidato.
É a comédia bufa dos “micróbios da política”, o caldo imundo que nos deixaram com a criminalização da política e a “moralização da política” que resultou na imoralidade ampla geral e irrestrita do poder.
Virou um pastelão: Meirelles diz que recebe “inúmeros apelos para ser candidato”, Fernando Henrique e Jair Bolsonaro se envolvem em discussões sobre cérebro e intestino e o mesmo FHC “ralha” em público com Geraldo Alckmin que se oferece para privatizar a Petrobras, como o guru econômico de Bolsonaro sugeriu, segunda-feira.
No mesmo Poder360,  Alon Feuerwerker  resume a anomalia brasileira: “quem é eleito não manda, e quem manda não é eleito”.
E, se pretender ser, tem de apelar para as mais grosseiras violações da normalidade democrática, excluindo quem tem voto.

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Enquanto o pobre esta morendo os deputaodos Mesmo preso, Picciani continua com salário de deputado de R$ 25,3 mil



Mesmo presos, os deputados do MDP Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo continuam com as
 prerrogativas dos cargos. Detidos desde novembro, graças à Operação Cadeia Velha, os ex-parlamentares
 permanecem recebendo salários de R$ 25,3 mil, pagos pela Assembleia Legislativa e o Tribunal de Contas do 
Estado, segundo o portal da Transparência da Casa.
Conselheiros mantidos afastados por causa da operação e indicados dos deputados também continuam com 
privilégios. No total, o gasto com o pagamento e manutenção de cargos chega a R$ 1,7 milhão para os cofres 
públicos durante os três meses. Ainda conforme o site e no Diário Oficial, Picciani continua como presidente 
estadual do MDB e presidente da Assembleia. No entanto, quem ocupa o lugar dele, interinamente, é André 
Ceciliano (PT).

Segundo informações da Folha de S. Paulo, não estão sendo computadas faltas aos deputados por causa do 
afastamento, apesar de, no painel de votações, constar que o trio, denunciado pelo Ministério Público Federal sob 
suspeita de elaborar leis a favor de empresas de transporte em troca de pagamentos, é ausente.
Questionada sobre a continuidade do pagamento dos salários, a direção da Casa afirmou que, "como se trata de
 afastamento judicial, os deputados continuam na titularidade de seus mandatos e, portanto, recebendo salários".
 A justificação da Assembleia ainda citou a situação idêntica no TCE como argumento.
Após a prisão de Picciani, a Assembleia se viu em uma situação delicada: o que faze com os mandatos se não 
houver habeas corpus. O regimento prevê que convocação de suplentes para licenças superiores a 120 dias. Já
 para o interino na Casa, Ceciliano, o afastamento por ordem judicial é "atípico", ou seja, não está no regimento
 nem na Constituição. Apesar disso, o funcionamento dos gabinetes dos presos é normal.
Postado Por Madalena França Via Daniel Mello

O crime é um mal que mídia e politicagem não curam


Tijolaço-Viva Rio
Os mais jovens, gente com cerca de 40 anos, hoje, se acostumaram a ouvir  – e não raro a acreditar – que a escaladada violência no Rio de Janeiro se deu a partir do governo de Leonel Brizola, embora o fato de ele ter deixado o governo há um quarto de século já bastasse para mostrar o quanto isso é tolo.
Mas é pior, e bem pior.
Dos arquivos implacáveis de meu amigo Apio Gomes salta a reprodução da capa da Veja de 7 de janeiro de 1981 – portanto, há 37 anos – dizendo que o Rio de Janeiro vivia, naquele longínquo ano uma “Guerra Civil”, assim descrita no seu editorial:
Ao abrir-se o ano de 1981, os brasileiros que vivem nas grandes cidades, sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo, continuam tendo como sua preocupação número um, acima de quaisquer outras, a segurança (…) Certas áreas urbanas do Brasil já se encontram entre as piores do mundo em matéria de criminalidade, superando os mais notórios infernos sociais de que se tem notícia. Pouco a pouco, os hábitos da população vão se alterando em função da violência a que é diariamente submetida (…).
Em nenhum lugar esta escandalosa tragédia brasileira é mais evidente do que no Rio de Janeiro e em suas franjas suburbanas. Não há nada que realmente possa equivaler ao que acontece ali todos os dias. Edifícios inteiros são assaltados. Roubam-se as pessoas dentro dos ônibus que circulam à luz do dia. Criminosos atacam automóveis que param nos sinais de tráfego, ferem e matam suas vítimas, ateiam fogo às suas casas. É raro, na zona sul do Rio, encontrar uma família ou roda de amigos que não tenha tido nenhum de seus membros assaltado. E, pairando sobre tudo, há a incomparável Baixada Fluminense – onde só em 1980 mais de 2.000 pessoas foram assassinadas; algo como uma a cada quatro horas.
É como se fosse uma guerra civil. Na verdade, um princípio de anarquia começa a tomar forma nestas áreas conflagradas, diante do silêncio do Estado. Jamais houve, no país, um problema de seguranças nacional mais genuíno que esse. Jamais tantas pessoas foram tão flagrantemente oprimidas em seus direitos mais fundamentais. Mas, em vez de estar entre as primeiras preocupações do poder, a questão, na prática, está entre as últimas. Após perder o controle sobre as ruas – são os criminosos hoje, que mandam nelas –, o Estado brasileiro parece conformar-se com isso. É uma das marcas mais deprimentes que o país tem a exibir.
Ao recuperar o texto em um de seus tijolaços, em 1994, Brizola relembra também que, naquela época, ” o Sr. Presidente da República era um general do Exército; o Secretário de Segurança do Rio era outro general; a Polícia Militar do Estado tinha como comandante um coronel do Exército e o regime tinha poder total. Nada resolveram; ao contrário, a violência e a criminalidade só se agravaram.”
Dizem que vão tirar os criminosos das ruas, das favelas, dos bairros. Alguns, sim, verdade, talvez até muitos e certamente nem perto de todos.
A fábrica de criminosos, porém, seguirá trabalhando a todo vapor, com a sua matéria- prima de pobreza, de falta de oportunidades, da carência de uma educação libertadora, máquinas cada vez mais azeitadas pelo ressentimento, pela discriminação, pelo tratamento de gado a passar no brete e ser examinado para saber se tem-se nos quartos a marca a ferro dos antecedentes criminais.
A rosca, o sem-fim, a espiral segue há décadas, com os pobres servindo de combustível para a máquina que moer gente que a todos nos salpica de sangue e de dor.
PS. Se você firmar a vista verá que junto ao pontilhado, à esquerda, Brizola pede que se copie e espalhe o que publicava e, com a nova “xerox” do compartilhamento, este pequeno Tijolaço não se envergonha de pedir o mesmo.

Delator diz que Lava Jato o chamou para “fechar história” contra Lula

Num primeiro momento até pareceu esperteza, mas horas depois ficou evidente que Michel Temer perdeu o controle da Polícia Federal ao terceirizar a demissão do diretor-geral Fernando Segovia e anunciar Rogério Galloro.
Coube ao recém-nomeado ministro da Segurança Pública [do Rio] Raul Jungmann cortar a cabeça de Segovia, que, segundo a mídia chapa-branca, teve a língua maior que a boca. O ex-mandachuva da PF opinou sobre o processo contra Temer, entrou em guerra contra própria corporação, a PGR e o STF. Ficou insustentável e caiu nesta terça (27) depois de três meses no cargo.
O novo diretor-geral da PF é formado pela doutrina da escola norte-americana. Entre abril de 2011 e junho de 2013 foi adido da PF nos Estados Unidos. Ou seja, Golloro não deverá ser hostil à lava jato. Porém, ele deve mais lealdade à corporação e ao chefe que o nomeou — Julgmann.
Diz o ditado que quando a esperteza é muito grande engole o esperto. Seria o caso de Michel Temer?
A PF é um mostrengo que ganhou vida própria nesse período de golpe de Estado. A dita “autonomia” do órgão não se coaduna com o Estado Democrático de Direito nem tem previsão na Constituição Federal.

Delator diz que Lava Jato o chamou para “fechar história” contra Lula


Siga a gente
Um delator da Lava Jato se enrolou e acabou revelando a perseguição da Justiça e da operação ao ex-presidente Lula; em depoimento ao juiz Sérgio Moro na última sexta-feira, o delator da Odebrecht Fernando Migliaccio disse que foi chamado por procuradores da Lava Jato de Curitiba para deliberadamente procurar valores em planilhas da empreiteira que poderiam ser equivalentes aos que a acusação do Ministério Público diz serem ligados a obras em um sítio em Atibaia; diante da derrapada, Moro chegou a tentar interromper as perguntas de Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, ao ex-executivo.
247 – A manipulação da Justiça e da Lava Jato contra o ex-presidente Lula fica cada vez mais difícil de esconder. Dessa vez, foi um delator da operação que se enrolou e acabou revelando a seletividade do caso.
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro na última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, o delator da Odebrecht, Fernando Migliaccio, disse que foi chamado por procuradores da Lava Jato de Curitiba para procurar valores em planilhas da empresa que poderiam ser equivalentes aos que a acusação do Ministério Público diz serem ligados a obras em um sítio em Atibaia.
Migliaccio foi, segundo suas próprias palavras, “fechar a história” da acusação contra Lula, como você mesmo pode ver no fim do vídeo abaixo.
O juiz chegou a interromper as perguntas de Cristiano Zanin Martins ao depoente quando foi ficando claro que os procuradores tinham pedido a colaboração do delator para criar uma acusação contra o ex-presidente.

Por Madalena França

“Ele pediu desculpas como quem rasgou uma camisa”


Pragmatismo Político
Postado por Madalena França

O primeiro dia do julgamento do ex-deputado Carli Filho foi marcado por um pedido de desculpas "meia sola" do réu e por confusão entre as famílias das vítimas e do acusado. Segundo dia de julgamento promete ser ainda mais pesado

Carli Filho julgamento júri popular
Chegada do ex-deputado Carli Filho (esq) no Tribunal do Júri para o primeiro dia de julgamento
O primeiro dia do julgamento de Carli Filho, ex-deputado paranaense que matou dois jovens no trânsito, foi marcado por um pedido de desculpas “meia sola” do réu e pela emoção da mãe de um dos garotos mortos.

“Ele [Carli Filho] pediu desculpas como quem rasgou uma camisa. ‘Desculpa mãe, matei seu filho. Desculpa mãe, rasguei uma camisa’. Eu achava que ele ia se levantar, me dar um abraço e pedir perdão. ‘Perdão mãe, eu errei’. Você acha que eu não ia perdoá-lo?”, desabafou Christiane Yared, mãe de Gilmar Yared, após o primeiro dia de julgamento nesta terça-feira (27).
O ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho encerrou seu depoimento no Tribunal do Júri na noite de ontem. Ele é acusado de duplo homicídio com dolo eventual, quando o réu assume o risco de matar.
Falando ao juiz e respondendo a perguntas do Ministério Público, Carli Filho admitiu ter cometido o “maior erro da vida” naquela noite.
“Eu bebi. Eu dirigi. Assumo minha parcela de culpa. Sou culpado, mas nunca tive a intenção de matar ninguém”, disse, para em seguida virar-se para Christiane e Vera Lúcia de Carvalho, mãe de Carlos Murilo de Almeida, 20 anos, a outra vítima do acidente e pedir desculpas.
“Eu sei que eu nunca tive a oportunidade de pedir desculpa para a dona Christiane e para a dona Vera. Quero hoje poder pedir desculpas pelo que eu causei.”
Após a morte do filho, Christiane fundou uma ONG para combater a violência e a impunidade no trânsito. Em 2014, ela foi eleita a deputada federal mais votada do Paraná com 200 mil votos.

Confusão

No primeiro dia, foram ouvidas seis testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação, e o próprio réu. Abalada com imagens do acidente, que ainda não tinha visto, Christiane não conteve o choro e desabafou:
“Não tem vencedor, não há vencedor (no julgamento)… o filho morto eu não trago de volta. Eu posso chorar, ver as imagens, ficar chocada de ver… eu não tinha visto essas imagens, mas eu sei que nós precisamos lutar pelos filhos vivos”, disse, explicando de onde tirar forças para lutar pela mudança da “cultura do trânsito brasileiro em que é considerado normal beber e dirigir”.
“Esse juri vai ser um divisor de águas… A justiça não é para os mortos, é para os vivos”.
Durante o intervalo da audiência, uma tia de Carli Filho, que não se identificou, pediu a Yared que perdoe o sobrinho.
“Perdoe, vai falar com a mãe dele e o pai… Você promete? Ele não teve intenção de causar o acidente… não saiu de casa para matar… Seu filho morreu, mas foi um acidente… e se fosse seu filho?”, questionou a tia.
O pedido causou revolta. Yared argumentou que nunca recebeu o pedido de perdão, apesar do vídeo que foi publicado pelo réu nas redes sociais.
“Carli Filho não me pediu perdão. Ele não pediu perdão a mim, ele pediu perdão a uma rede social. Ele pediu perdão para tentar melhorar a imagem dele perante a sociedade. Perdão se pede olhando nos olhos, chorando e abraçando”, afirmou.

Segundo dia de julgamento

O segundo dia do julgamento já está em andamento nesta quarta-feira (28) e Christiane Yared afirmou que espera um ambiente ainda mais pesado se comparado a ontem, quando foram ouvidas as testemunhas e o réu.
“Peço à Deus que nos dê forças para aguentar porque são dias horríveis, nós revivemos toda aquela dor e angústia. A todo momento que eu e meu esposo conseguíamos tentar descansar nós acordávamos naqueles solavancos. Eu com aquela imagem que eu vi do meu filho com a cabeça nos joelhos. Foi uma coisa desumana, mas necessária”, afirmou.

Relembre o caso

O acidente ocorreu na madrugada do dia 7 de maio de 2009, em uma rua que liga o Mossunguê (um dos bairros mais caros de Curitiba) ao centro da cidade. Horas antes, o então deputado estadual Carli Filho havia jantado e bebido, primeiro com familiares e depois com um casal de amigos. Pelo menos três garrafas de vinho foram consumidas em uma mesa com três pessoas.
Carli Filho deixou o local bêbado, conforme o relato de Altevir Santos, funcionário do restaurante. Chegou a entrar no carro do seu médico e amigo pessoal Eduardo Missel da Silva. Combinaram, segundo o depoimento de Missel, que Daniela Daretti, namorada do médico, iria dirigir por ter bebido menos. O casal levaria Carli Filho para casa e o ex-deputado pegaria seu carro no estacionamento apenas no outro dia.
O combinado, porém, durou segundos. Ele saltou do banco de passageiros do carro dos amigos. Ao sair, tropeçou e precisou ser amparado por Altevir. Desvencilhou-se do porteiro e entrou em seu carro, um Passat Variant. Com a carteira suspensa com mais de 130 pontos e 30 multas, deixou o local bêbado e em alta velocidade.
O inquérito policial indica que o ex-deputado dirigia entre 161km/h e 173 km/h no momento da colisão e que seu Passat teria alçado voo, atingindo a metade de cima do Honda Fit.

INSS realiza mutirão de perícia médica para pessoas com deficiência em Pernambuco

  O Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social realiza, a partir da segunda-feira (22), um multirão de perícia...