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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Governo Temer gosta de subir no telhado. Por Aziz Filho


laertemenu
Do jornalista Aziz Filho, hoje, na newsletter BússolaBR:
Os descuidos políticos e econômicos do presidente Michel Temer concorrem para zerar de vez o capital político herdado da rejeição ao PT mas limitado, desde o início, por sua expressiva impopularidade. A capa de todos os jornais destacam a suspensão, por liminar de um juiz de Niterói, da posse no Ministério do Trabalho de uma ministra que, além de ser herdeira legítima e parecidíssima com o pai, o histriônico Roberto Jefferson, em poucos dias virou ícone de desprezo pelos direitos trabalhistas. Claro que a AGU vai recorrer, mas é mais um desgaste e meio para o Planalto. E de compreensão tão ou mais fácil para o eleitor humilde do que malas de dinheiro ou conversas subterrâneas sobre corrupção. A previsão para hoje é de chuva de liminares. Aqui e ali, jornais, como Folha, também lembram que Cristiane Brasil, a quase ex futura ministra, é acusada por uma empreiteira de receber R$ 200 mil pessoalmente e em espécie em 2012.
 
Outro tremor do governo também destacado pela imprensa, este mais sentido entre os formadores de opinião, é manchete do Valor. A dupla Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) foi convocada para reiterar o compromisso do governo em manter este ano a “regra de ouro”, mas (!) admitiu que, em um segundo momento (quando?), será necessário discutir mudanças no regramento. Dyogo Oliveira estimou entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões o estouro em 2019. No país que derruba presidente por pedaladas fiscais, é muita coisa. O objetivo da regra é evitar o aumento da dívida pública. Ela permite que o governo se endivide para levantar recursos para investimentos, pois geram emprego e renda, mas não para despesas correntes. Caso o dispositivo seja descumprido, o presidente pode ser processado por crime de responsabilidade.
 
“Henrique Meirelles alegou que a discussão (sobre flexibilizar a ‘regra de ouro’) ‘não é adequada ao momento’. Óbvio que não é. E, se não é, por que foi lançada? Para causar mais um enorme desgaste por nada?”, irritou-se Eliane Cantanhêde (Estadão), para quem Temer tem algo de masoquista: “Mais um passo errado de um governo que adora virar alvo à toa.” Miriam Leitão, no Globo, traduz: no governo admite-se que dá para fechar as contas de 2018, mas não dá para fazer o Orçamento do próximo ano. “A ideia é apresentar um conjunto de propostas junto com a suspensão da regra de ouro”, conta. A situação fiscal é dramática, diz ela. O país está passando por sete anos de déficits, um fato inédito. Em editorial, O Globo diz que o “princípio da regra de ouro é intocável”.
 
Tão intocável como a reforma da Previdência, que sobe mais alguns metros no telhado a cada escorregão do governo no ano eleitoral. Junto sobe a ideia de um super candidato que una todos os partidos governistas para conquistar metade do tempo de propaganda eleitoral, defender o legado de Temer e vencer a polarização entre Lula e Bolsonaro. Em entrevista de página inteira no Globo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chama o plano da candidatura única de “arrogante” e defende o lançamento de dois ou três candidatos do centro comprometido com o equilíbrio fiscal. No rastro das declarações de FHC de que o PSDB pode apoiar o nome de outro partido com mais perspectiva de vitória, Maia aponta a decepção com o desempenho de Geraldo Alckmin e a apreensão com o risco da mistura de política e economia por Henrique Meirelles, o ex-durão que agora frequenta até igreja evangélica na periferia de Brasília e fala em flexibilizar uma regra de ouro. O Estadão, em matéria com chamada de capa, diz que Maia tenta dinamitar a pré-candidatura de Meirelles. Sônia Racy, do mesmo jornal, afirma que Maia foi picado pela “mosca azul”. Quem achava fácil uma aliança entre PSDB, DEM e PMDB vai ficando triste.

O coreano que crê mais no Brasil que os “economeiros” daqui


hajoon
O economista sul-coreano Ha-Joon Chang, há trinta anos vivendo em Cambridge e lecionando na prestigiadíssima universidade local, é conhecido em todo o mundo por seus livros, escritos em linguagem simples, que desmontam as teses da sabedoria inquestionável do “mercado”. Em entrevista ao Estadão, reproduzida em A Tarde, Chang puxa o tapete dos “economeiros” tupiniquins em vários assuntos, em especial a venda da Embraer para a Boeing, que ele resume numa frase mortal, dizendo que a brasileira vai ser apenas uma “segunda marca” da gigante americana.
Chang discorre,também, sobre o desenvolvimentismo brasileiro, o qual critica menos pelas orientações econômicas e mais pela falta de contrapartidas das empresas nacionais beneficiadas por ele. E tem toda a razão, porque a grande maioria recebeu incentivos e, em lugar de melhorarem seu funcionamento e busca de mercados, passaram para o lado do pato e se agregaram à sedição contra o regime democrático.
Leia, é imperdível:

‘País deveria manter o controle da Embraer’

Ha-Joon Chang, em entrevista a  Luciana Dyniewicz
A ex-presidente Dilma Rousseff adotou medidas protecionistas para algumas indústrias, como o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) no setor automotivo. O que deu errado?
Várias coisas precisam ser feitas para a proteção funcionar. Só proteger não é suficiente. É como mandar uma criança para a escola: se ela não vai à escola e começa a trabalhar aos 6 anos, não se tornará uma pessoa produtiva como um engenheiro. Mas mandá-la à escola não será suficiente, tem de se certificar de que ela estuda. Um dos problemas daqui, não falando apenas do período Dilma, foi não adotar medidas para garantir que a proteção estava aumentando a produtividade. Na Coreia, se as indústrias protegidas não melhoravam a performance, a proteção era retirada. Outro problema no Brasil são as políticas macroeconômicas, como de juros altos e câmbio valorizado. Quando se tem uma taxa de juros de 10%, quem vai pegar crédito para expandir seu negócio? No Brasil, a política econômica não ajudou os investimentos e então o BNDES tinha de fazer empréstimos especiais. Em um ambiente favorável, um banco de desenvolvimento precisa financiar apenas alguns setores. No Brasil, virou a fonte de financiamento geral.
Agora temos um governo mais liberal: o BNDES restringiu os empréstimos e uma reforma trabalhista foi feita para aumentar a produtividade.
Basicamente, governos liberais enfraquecem os direitos dos trabalhadores para reduzir os custos trabalhistas. Na Alemanha, trabalhadores recebem US$ 40 por hora porque a tecnologia justifica esse salário. No curto prazo, relaxar a regulamentação trabalhista pode ter impacto positivo para as corporações. No longo prazo, você não vai conseguir competir com empresas da Alemanha. O que determina o sucesso é a tecnologia e a produtividade, não o custo com salário.
Os ex-presidentes Dilma e Lula tentaram criar empresas ‘campeãs nacionais’ com financiamento do BNDES, em um modelo similar ao dos ‘chaebols’ coreanos (companhias de controle familiar como Samsung). Aqui, essa política não teve muito sucesso no desenvolvimento do País…
É preciso muitas coisas para que o modelo dê certo: as políticas econômicas têm de ser corretas, tem de dar suporte à infraestrutura, à pesquisa, à educação e também proteger essa companhia. Também é preciso ter certeza de que ela não abusa da proteção, com punições, por exemplo, se ela não atingir a meta. Levam-se décadas para que essas empresas cresçam.
O ponto criticado aqui é que o governo escolheu apenas algumas companhias. Elas cresceram, mas com muita corrupção.
Não sei os detalhes disso. Corrupção é sempre um perigo. Por outro lado, se você não direciona essa política a um pequeno número de empresas, é improvável que tenha campeãs. É um conflito de escolhas. Se pode ter uma política mais geral, o que não deve criar muita corrupção, mas acaba espalhando demais os recursos. Para ter sucesso, é preciso concentrar recursos, mas aumenta o perigo de corrupção.
O sr. afirma que é importante para um país ter empresas com alto nível de tecnologia. O Brasil tem hoje a Embraer, que está negociando um acordo com a Boeing. Como o sr. vê isso?
Acho que se deveria tentar manter (o controle da empresa). A Boeing vai tornar a Embraer uma segunda marca, para coisas simples, levar as tecnologias importantes (da Embraer) para os Estados Unidos.
O que o País pode perder com esse negócio?
A habilidade de gerar sua própria tecnologia. Pessoas dizem que empresas nacionais não são mais importantes. Não é verdade. Quando uma empresa alemã compra uma americana, os alemães ficam com a gerência e passam a fazer os trabalhos de desenvolvimento mais importantes na Alemanha. É por isso que compram, para controlar. Não digo que nunca se deve vender as companhias líderes para estrangeiras, algumas vezes é necessário, mas é preciso ter cuidado. A Embraer é a única companhia que compete com Boeing e Airbus, apesar de ser menor. Se for vendida, é muito importante garantir que o Brasil mantenha a capacidade tecnológica.
O Mercosul e a União Europeia estão negociando um acordo de livre comércio. O Brasil pode ganhar com isso?
Se o Brasil assinar um acordo assim com a Europa, vai aumentar a dependência do País de commodities. Provavelmente, no curto prazo, poderá se beneficiar exportando mais soja. No longo prazo, você coloca o País na direção errada. 

Mensagem do Dia...

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REPÓRTER ANDRÉ GALLINDO É VÍTIMA DE PRECONCEITO POR SER PERNAMBUCANO E REBATE


Repórter da Globo, André Galindo, inciou carreira da TV Asa Branca. Foto: Globo/Reprodução
“Pelo perfil, trata-se de alguém privilegiado, branco, universitário, teve acesso a outro idioma...”, respondeu o jornalista

Repórter da Globo, André Galindo, inciou carreira da TV Asa Branca. Foto: Globo/Reprodução

O jornalista André Gallindo fez uma série de publicações para rebater um usuário do Twitter que o chamou de "paraíba" nesta segunda-feira (8). "Tem mal gosto hein, Paraíba. A imprensa é uma merda", digitou o perfil ao responder um tuíte do pernambucano. "Caro Sílvio Macedo, não sou 'Paraíba'. Não desse jeito pejorativo que você atribui aos nordestinos. A minha sorte é que pessoas preconceituosas como você são minoria aqui no Rio", respondeu o funcionário da TV Globo.

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O adjetivo "paraíba" - geralmente dito por pessoas do sudeste do país para se referir aos nordestinos de forma preconceituosa - foi utilizado para rebater uma critica do jornalista em torno de uma entrevista dada por Philippe Coutinho a um canal oficial do Barcelona: "Canais oficiais do Barcelona 'entrevistaram' Coutinho várias vezes. Respostas protocolares. Só na coletiva pudemos saber suas opiniões sobre grana, diferença de Neymar, últimos dias de Liverpool, Vasco... Nada supera o jornalismo", diz o tuíte de Gallindo que incomodou o autor da ofensa.

"Seis anos de Rio, já ouvi e li algumas vezes o 'adjetivo' que Sílvio Macedo (@sbrazzjr) me atribuiu aqui embaixo. Pelo perfil, trata-se de alguém privilegiado, branco, universitário, teve acesso a outro idioma... Filho da ‘meritocracia’. Talvez aprenda, um dia, o que é respeito", continuou o jornalista sobre o adjetivo "paraíba". Em tempo, sou NORDESTINO de pai, mãe e parteira. Com um orgulho do tamanho do Rio São Francisco. Isso jamais me será uma ofensa. Mas combaterei qualquer tipo de preconceito com todas as minhas forças", concluiu.

Por: Emannuel Bento - Diário de Pernambuco

Saiba as vantagens e riscos de aderir à tarifa branca de energia…

  DIMAS SANTOS   NO COMMENTS

Em vigor desde o dia 1º de janeiro, a tarifa branca pode representar uma economia na conta de luz para os consumidores disciplinados e atentos aos horários e dias em que a energia custa mais barato. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alerta que a conta poderá ficar mais cara para aqueles que aderirem à nova tarifa, porém continuarem a usar chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar e máquina de lavar roupa nos horários de pico – quando há mais consumo de energia e custo maior.

Em vigor desde o dia 1º de janeiro, a tarifa branca pode representar uma economia na conta de luz para os consumidores disciplinados e atentos aos horários e dias em que a energia custa mais barato.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alerta que a conta poderá ficar mais cara para aqueles que aderirem à nova tarifa, porém continuarem a usar chuveiro elétrico, ar-condicionado, ferro de passar e máquina de lavar roupa nos horários de pico – quando há mais consumo de energia e custo maior.

Continua…


Ex-presidente da Odebrecht diz que Serra levou R$ 52 milhões


novisserra
André Guilherme Vieira, no Valor de hoje, revela que Pedro Novis, ex-‘CEO‘da Odebrecht (entre 2002 a 2008) disse à Lava-Jato, Pedro Novis o hoje senador José Serra de recebeu – para si ou para campanhas eleitorais um total de R$ 52,4 milhões, de 2002 a 2012.Só em 2010, ano de sua segunda candidatura presidencial, propina teria sido de R$ 23,3 milhões, em troca do pagamento liberação, pelo governo paulista que o tucano chefiava, de R$ 170 milhões em créditos devidos a uma empresa do grupo Odebrecht, em 2009, disse o antecessor de Marcelo Odebrecht na empreiteira. Outros R$ 29,1 milhões “teriam sido transferidos como caixa dois eleitoral para as campanhas de 2002, 2004, 2006, 2008 e 2012”.
O curioso é que, no caso de Serra, a delação, feita há quase um ano, gera consequências a passos de tartaruga manca.  Com a ajuda da inapetência do Ministério Público, tão feroz quando não se trata de tucanos:
Em 2006 Serra foi eleito governador de São Paulo. Novis disse que de 2006 a 2007 a Odebrecht repassou R$ 4,5 milhões a conta no exterior – equivalentes a EUR 1,6 milhão no câmbio da época. Contudo, não houve contrapartida ao repasse, conforme o delator. A conta teria sido fornecida pelo lobista José Amaro Ramos, descrito por Novis como amigo de Serra. O delator disse que recebeu das mãos de Ramos “o número da conta para a qual seriam destinados os recursos destinados a José Serra”. Amaro Ramos manteria relação com governo e empresas da França, e teria aproximado a Odebrecht de grupo empresarial daquele país na década de 90, segundo Novis.(…)
José Amaro Ramos foi citado em investigações que apuram ilícitos em contratos do governo de São Paulo para o Metrô. O nome dele chegou a constar de documentos enviados ao Brasil pelo Ministério Público da Suíça, que pediu para ouvi-lo. O pedido de oitiva, no entanto, foi esquecido em um escaninho da Procuradoria da República de São Paulo, de acordo com um investigador.
O resultado objetivo é que os personagens envolvidos vão morrendo e as provas, esvaindo-se.
Até que nada mais venha ao caso e a Justiça seletiva se faça apenas contra que “vem ao caso”.

Pernambuco passa a ter ‘Lei Anticorrupção’ para combater fraudes em licitações e contratos…



Lei Anticorrupção foi sancionada em Pernambuco pelo governador Paulo Câmara (PSB) (Foto: Aluisio Moreira/SEI/Divulgação)

Foi sancionada em Pernambuco, ontem (8), uma lei que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. Chamada de “Lei Anticorrupção”, a medida é válida no âmbito estadual e busca combater atos lesivos praticados por empresas, com o objetivo de evitar fraudes em licitações e contratos.

Com a sanção, a Secretaria da Controladoria-Geral do Estado (SCGE), órgão que tem o objetivo de prevenir e combater a corrupção e defender o patrimônio público, passa a ter autonomia para instaurar Processos Administrativos de Responsabilização para apurar atos ilícitos praticados por empresas no âmbito do Poder Executivo Estadual. Outros órgãos do poder executivo também devem apoiar esse procedimento, sobretudo comissões de licitação, segundo o governo do estado.
Entre as punições previstas para as empresas que desrespeitarem a lei, estão a aplicação de multas e a publicação extraordinária de decisões condenatórias. A medida também prevê acordos de leniência que podem ser firmados com as empresas infratoras, com a participação da SCGE, da Procuradoria Geral do Estado e, eventualmente, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco e do Ministério Público de Pernambuco.

Também foi estabelecido um canal estadual de denúncias anticorrupção, através da Ouvidoria Geral do Estado, para receber informações a serem repassadas à SCGE. As denúncias podem ser feitas através do número 162.

Justiça suspende posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho


Publicado em Notícias por  em 8 de janeiro de 2018
Foto: Gilmar Felix/Câmara dos Deputados
Para o juiz Leonardo Couceiro, nomeação da deputada federal, condenada em duas ações trabalhistas, é ‘flagrante desrespeito ao princípio da moralidade administrativa’. Posse está prevista para esta quarta (9).
Do G1
A Justiça Federal do Rio suspendeu nesta segunda-feira (8) a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. A decisão, em caráter cautelar liminar, é do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói.
A ação popular foi movida após a denúncia de que Cristiane Brasil foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com dois ex-motoristas. O juiz fixou ainda multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento da liminar.
Em seu despacho, o magistrado destaca que decidiu conceder a liminar sem ouvir os demais envolvidos “encontra-se justificado diante da gravidade dos fatos sob análise” e que a nomeação de Cristiane Brasil fere o princípio da moralidade administrativa.
“Em exame ainda que perfunctório, este magistrado vislumbra fragrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa, (…) quando se pretende nomear para um cargo de tamanha magnitude, Ministro do Trabalho, pessoa que já teria sido condenada em reclamações trabalhistas, condenações estas com trânsito em julgado”, escreveu Couceiro.

Requião Filho: “Não haverá igualdade e justiça se não lutarmos lado a lado com as mulheres”a

O deputado Requião Filho (MDB) lança um verdadeiro manifesto em defesa das mulheres, que são vítimas de abuso sexual, preconceito e desvalorização profissional. “Não haverá igualdade e justiça se não lutarmos lado a lado com as mulheres”, escreve.
Tentar é o mesmo que não fazer!
Requião Filho*
O evento era o Globo de Ouro 2018, transmitido ao vivo para todo o mundo. Em meio aos vencedores do prêmio, uma mulher em especial ganha os holofotes com um discurso sobre a valorização do ser humano, independente da cor ou do gênero. Em especial, o recado de Oprah Winfrey foi voltado às mulheres que, há séculos, lutam contra o abuso sexual, o preconceito e a desvalorização profissional.
Quando o tema é MULHER não há meio termo, ou você se coloca favorável à causa feminina, ou você não está colaborando para o fim do comportamento opressor de violência e abuso que as mulheres enfrentam por séculos.
Não me refiro aqui somente à violência física, mas também à psicológica, em todas as suas formas; não me refiro apenas ao preconceito no mercado de trabalho, aos salários inferiores, mas também ao desrespeito cotidiano vivenciado.
Muitas mulheres além de serem massacradas em seus lares, também o são em seus ambientes profissionais. Dados do IBGE apontam que a desigualdade de gênero e raça no Brasil perdura e as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens, por semana. A jornada total média das mulheres em 2015 correspondia a 53,6 horas, enquanto a dos homens era de 46,1 horas.
A violência física é assustadora e seu fim só será conquistado através da educação de nossas crianças e do empoderamento feminino. Medidas de repressão e de segurança são ações imediatas para a proteção das vítimas, mas infelizmente, não têm contribuído o suficiente para a diminuição de seus índices.
A representatividade feminina parlamentar ainda é muito aquém do ideal, embora seja as mulheres a maioria da população brasileira, e não há dúvidas de que quem perde com isso é a sociedade que deixa de ter seus reais anseios defendidos politicamente.
As mulheres, além de ocuparem o papel de protagonistas em todas as lutas diárias, são as peças principais que lideram os movimentos por seus direitos, mas entendo que outras peças faltam a este grande quebra-cabeça social e elas, necessariamente, passam por nós, homens. Não haverá igualdade e justiça se não lutarmos lado a lado com as mulheres.
“Por muito tempo, as mulheres não foram ouvidas e foram desacreditadas se elas ousassem falar a verdade diante do poder daqueles homens. Mas o tempo deles acabou”, disse Oprah.
Toda mulher quer ser feliz! Para que Todas Mulheres do Mundo possam vivem com dignidade, respeito e igualdade, não basta tentar, vamos à luta!
*Requião Filho, advogado, é deputado estadual pelo MDB do Paraná

Não é “normal” a política ser o mundo da mentira


metaaecioaroeira
Impossível deixar, nesta hora, de lembrar a frase que ouvi, certa vez, de Leonel Brizola: “eu uso as palavras para revelar minhas ideias, não para escondê-las”.
Claro, a política tem as suas chicanas, a desconversa, as parábolas, onde curvas são o caminho natural do que se almeja. Em todos os relacionamentos humanos – individuais ou sociais – é assim: a reta não é quase nunca o menor trajeto entre dois pontos.
Mas o que estamos assistindo, hoje, nada tem a ver com isso: vivemos mesmo o império da mentira e da hipocrisia descaradas.
A começar pelo julgamento de Lula, construído com desavergonhados – além dos métodos – cronograma, para afastá-lo do processo eleitoral. A reportagem de ontem da Folha, sobre a “atropelada” que o TRF-4 deu em sua pauta  para antecipá-lo e “limpar a área” da disputa eleitoral de 2018 é a confirmação de que tudo se move ali impulsionado pela política e, ao menos em parte do tribunal, sem qualquer preocupação, sequer, com o decoro.
Não é só aí o clima de falsidade se evidencia. O desavergonhado “esquenta” da campanha de Luciano Huck – que jura que não é, diz que pode ser, quem sabe, mas se comporta como candidato – passou a se fazer já não sob o patrocínio discreto da Globo, mas com a despudorada utilização da emissora para promovê-lo, como se viu no “Domingão do Faustão”.
É evidente que o espetáculo não se faria sem deliberação dos irmãos Marinho, em completa e flagrante contradição com o que, oficialmente, dizia a emissora há dois meses, afirmando que exigiria uma definição sobre candidaturas de seus funcionários. Não consta que, dois dias depois do “cirquinho” do Faustão, alguém tenha procurado a Globo e pergunte: “e aí, como fica aquilo que vocês disseram sobre candidaturas?”
A genial inspiração do Aroeira, na charge que “filo” para o post resume a preparação do novo Aécio, de mentirinha.
Mente-se, mente-se, mente-se e a fila incluiu Fernando Henrique Cardoso e seu “apoio” a Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia e seu “não serei candidato” enquanto articula o que nega, a fé evangélica de Henrique Meirelles e a “desistência” de João Doria Jr.
Projetos, planos para o Brasil? Zero. A reforma da previdência que, se vier, vem antes. Mais nada.
A Lava Jato, focada desde o início em destruir Lula e o PT foi devastadora para o conservadorismo, que tem de apelar para farsas que, mesmo com o apoio unânime da imprensa, cada vez menos ilude a parcela lúcida e esclarecida da população.
A outra, já nem sabe eles o que fazer, está entregue à besta-fera Bolsonaro, a quem tentam, talvez tardiamente, destruir, depois de terem-no criado.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Ratinho se dá mal com comentário homofóbico. Defensoria Pública denuncia apresentador

A Defensoria Pública de São Paulo fez uma representação contra o apresentador Ratinho, do SBT, que, na semana passada, fez comentário homofóbico nas redes sociais.
Na quarta-feira (3), o titular do Programa do Ratinho postou um vídeo em seu Instagram afirmando que a programação da TV Globo tem “muito veado”.
RELEMBRE ASSISTINDO AO VÍDEO:
A Defensoria diz que o termo foi utilizado pejorativamente e pede que a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado aplique multa por discriminação homofóbica.
O apresentador se retratou depois na internet, afirmando que “não quis ofender nenhum gay”, que “fez uma brincadeira” e que “lamentavelmente algumas pessoas não entenderam assim”.
No sábado (7), o presidente do grupo LGTBI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais…), Toni Reis, em carta aberta (leia a íntegra), respondeu ao apresentador Ratinho acerca do comentário homofóbico sobre a quantidade de ‘viados’ na programação da Globo.
“Quem não está com sede não toma água”, lembrou o líder do movimento gay, que ainda parafraseia Jung: “quando Pedro fala de João, sei mais de Pedro que de João”, sapecou o líder do movimento gay.

Temer deixa filha de Jefferson cozinhar no “fogo amigo”


frita
Michel Temer não devia brincar com Roberto Jefferson.
O homem dos “instintos mais primitivos” já identificou que vem do Palácio do Planalto boa parte da artilharia que se detonou contra a sua filha Cristiane Brasil.
Foi dele, claro, o pedido para antecipar a posse, de amanhã para hoje, e criar um fato que interrompesse o bombardeio de denuncias contra o “arranjo” que paga sua dívida trabalhista com o dinheiro de uma assessora sinaliza que os Jefferson queriam testar a solidariedade de Temer diante da ameaça que pode inviabilizar a própria ascensão da filha-deputada ao cargo, bastando que um dos vários juízes que receberam ações contra a sua posse dê uma liminar.
Foi negado, porém.
Jefferson sabe que a moça pode não aguentar mais 24 horas e irritou-se profundamente com os comentários – em off – que estão alimentando O Globo, como o atribuído a um ” assessor palaciano”.
— Ela no Ministério do Trabalho é como alguém sair de Bangu e assumir a Secretaria de Segurança Pública. Sem contar que ela não é nenhuma Madre Teresa, o passado da família já condena.
Se aguentar, assume sem poder, vigiada por mil olhos.
O papai ” resgatado” está uma fera.

Um dia a casa cai: casal na mira do MPP

 O MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO ABRE OS OLHOS PARA A “FARRA DAS FESTAS” EM SURUBIM E CASINHAS A paciência acabou. O Ministério Público d...