A atriz diz que achou curioso quando ouviu de prostitutas que elas não sentiam prazer nas relações sexuais com os clientes, mas que os eles acreditavam que sim
© Divulgação / Raphael Dias / Gshow
FAMA RELAÇÃO
Aatriz Carol Duarte, 26, encara sua segunda novela com a prostituta Stefânia em "O
Sétimo Guardião", trama das 21h da Globo que estreou nesta segunda-feira (12). Ela
conta que conversou com prostitutas e visitou bordéis para entender um pouco a rotina
delas e compor sua personagem. Nas visitas, percebeu que atrizes e prostitutas têm muito
em comum."Nós duas usamos o corpo, nós duas usamos nossa imagem, nós duas
representamos. Nós duas temos que separar as coisas e não levar tudo para cama", disse a
atriz.
Carol Duarte afirmou que achou curioso quando ouviu das prostitutas que elas não
sentiam prazer nas relações sexuais com os clientes, mas que os homens acreditavam
que sim. "Elas riam muito disso. Isso me fez perceber que isso é mesmo um trabalho para
elas e que o prazer é encontrado em outro lugar."
Stefânia chegou à fictícia Serro Azul no porta-malas de um carro. Ondina (Ana Beatriz
Nogueira), dona da pousada e bordel da cidade, a adotou. No bordel, a atriz vai dançar
tango com João Inácio (Paulo Vilhena), por quem irá se apaixonar.
A prostituta deve sofre também com uma gagueira quando está nervosa. Para compor a
personagem, Carol Duarte conta que trabalha com uma fonoaudióloga e com o diretor
artístico Rogério Gomes para encontrar o tom certo.
Ela não sabe se a característica vai ser levada para o lado cômico ao longo da trama, mas
diz querer evitar cair em um estereótipo. "Minha pesquisa é entender o que é engraçado
ou não. Por que a gente ri de uma pessoa gaga?".
Carol Duarte fez carreira no teatro e seu primeiro papel em novela foi o jovem transexual
Ivan em "A Força do Querer" (2017), que lhe rendeu boa repercussão. Ela diz, contudo, que ainda estranha a reação em grande escala do público, muito maior do que o alcance do teatro.
"Não sabia o que era, como era uma novela. [...] Fico muito feliz com o carinho das pessoas, com a repercussão que teve, mas é esquisito para mim. Eu sou do teatro e lá a
repercussão do trabalho é diferente." Com informações da Folhapress.
Por Madalena França