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terça-feira, 30 de julho de 2019

Família de Santa Cruz cobra de Bolsonaro onde está o cadáver


Os restos mortais de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, podem estar entre os de outros desaparecidos encontrados na vala de Perus. As identificações ainda não foram concluídas.
O caso voltou à tona depois que Bolsonaro, ao atacar a OAB, afirmou que sabe como Santa Cruz foi morto.
E a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos, presidida pela procuradora regional Eugênia Augusta Gonzaga, pode acionar o Congresso para que Bolsonaro dê explicações sobre as afirmações. (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)
Madalena França via Magno Martins

Dúvida: Bolsonaro rackeado ou não?


Ação de hacker contra Bolsonaro segue como dúvida no Planalto
Informação de que o celular do presidente foi alvo de ataque não convenceu parte do núcleo do governo
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
A informação de que o celular de Jair Bolsonaro foi hackeado não convenceu parte do núcleo duro do governo federal.
Assessores do presidente ainda duvidam que isso tenha ocorrido, apesar da nota divulgada pelo Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.
Uma das razões para a descrença é que as comunicações entre Bolsonaro e essas pessoas nunca sofreram interferência nem o presidente se queixou de qualquer anormalidade.
Já o hacker Walter Delgatti Neto declarou à Polícia Federal que invadiu os celulares de diversas autoridades —mas nenhuma do atual governo federal. 
O The Intercept Brasil desmente os rumores de que tem em seus arquivos diálogos de magistrados do STF (Supremo Tribunal Federal). “O Intercept não tem conversas extraídas de Telegram de ministros”, diz o site. 
 As versões surgiram depois que Moro disse ao STF que um dos magistrados havia sido alvo dos hackers
Postado por Madalena França

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Para conselho de economistas, o país está ‘sob um governo nazista’


postado por Madalena França.
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reprodução
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As declarações sobre o assassinato do pai de Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, praticado por meganhas das Forças Armadas à época da ditadura militar, deveriam merecer o maior nível de manifestações de repúdio da sociedade em todos os bairros dos estados brasileiros. Indignas de um ser humano, foram proferidas pelo atual ocupante da cadeira de presidente da República – ilegalmente usurpada da ex-presidenta Dilma Rousseff pelo ignominioso Michel Temer por meio de um golpe jurídico, midiático e parlamentar, levado a cabo pelos serviçais dos banqueiros, empresários e rentistas, nacionais e internacionais.
A afirmação cruel de que “Se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade” ofende não só a memória de Fernando Santa Cruz Oliveira, que nunca mais foi visto após ter sido preso por agentes do DOI-CODI, em 1974, mas também das 400 pessoas que foram assassinadas ou desapareceram durante o regime, segundo a Comissão Nacional da Verdade e, mais do que isto, revela a natureza daninha de seu autor e de seu clã de cérberos.
Não são recentes as manifestações de Jair Bolsonaro favoráveis à ditadura militar. Como deputado federal, homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador. Neste ano, pretendia comemorar os 55 anos do golpe militar, o que foi duramente criticado pelo Ministério Público Federal sob a alegação de que tal iniciativa poderia configurar em improbidade administrativa.
A Comissão Nacional da Verdade confirmou que a ditadura militar praticou crimes contra a humanidade, com graves violações aos direitos humanos. Como representante de autarquia federal que tem o seu olhar voltado para a justiça social, não poderia deixar de manifestar repulsa aos posicionamentos do atual ocupante da cadeira presidencial, que utiliza a estrutura pública para defender crimes do passado e do presente, atentando não só contra os direitos humanos, mas também contra os princípios da administração pública.
Importante registrar que esse ataque leviano e vergonhoso a Felipe Santa Cruz é uma tentativa de tirar da pauta nacional a mais grave acusação contra Sérgio Moro que veio à luz hoje pelo Intercept Brasil e pela Folha de S.Paulo, uma vez que fica inequívoca a utilização criminosa da delação premiada de Antonio Palocci, na qual nem Moro acreditava, para eleger Bolsonaro.
A política de conciliação nos trouxe até aqui e me pergunto, estarrecido, até quando o povo brasileiro irá tolerar a construção da Bastilha nazista em nosso País, a qual está em curso, sem resistir à altura.
Todo repúdio às declarações ignominiosas do fascista agressor.
Presidente do Cofecon – Wellington Leonardo da Silva
De Cofecon

Glenn tuíta denúncia ao mundo: ‘Bolsonaro é um sociopata’


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arquivo pessoal
arquivo pessoal
Na tarde desta segunda-feira (29), o editor do site The Intercept fez uma postagem em inglês denunciando ao mundo que o Brasil está sob o comando de um sociopata, ao atacar o presidente da OAB e a memória do pai dele, morto na ditadura.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode contar ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu no período militar, afirmando que ele teria participado do grupo “mais sanguinário” da Ação Popular, movimento que combateu a ditadura no Brasil.
Today Bolsonaro crossed from authoritarian into outright psychopath. This is what he said in the media to the head of Brazil's Bar Association, whose father was kidnapped & murdered by the military dictatorship that ruled the country until 1985. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/07/se-presidente-da-oab-quiser-saber-como-pai-dele-desapareceu-na-ditadura-eu-conto-diz-bolsonaro.shtml 
Postado por Madalena França.

João Campos: Bolsonaro, respeite a democracia e a memória de quem não está aqui para se defender!




O presidente da República se supera a cada dia em declarações irresponsáveis. Hoje, ele fez mais do que isso. A fala atacando o presidente nacional da OAB, o pernambucano Felipe Santa Cruz, mostra todo a sua desumanidade. É um ataque desqualificado e que faz referência a seu pai, Fernando Santa Cruz, um homem que não está aqui para se defender, desaparecido em meio a uma ditadura militar. Infelizmente, a referência a esse regime antidemocrático não é novidade na postura de um presidente que já defendeu o coronel Ustra. Sou de uma família que sentiu na pele o peso dos anos de chumbo e defendo que as práticas desse período jamais nos sirvam como referência. Enquanto pernambucano, não me calo diante do ódio destilado por um presidente que nunca desceu do palanque. Bolsonaro, respeite a democracia e a memória de quem não está aqui para se defender!
Postado por Madalena França

Alta comissionada da ONU emite dura declaração sobre morte de cacique


postado por Madalena França
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AFP
AFP
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile, emitiu uma dura nota ao governo brasileiro sobre o assassinato do líder indígena Emrya Wajãpi.
Leia a íntegra:
O assassinato de Emrya Wajãpi, líder do povo indígena Wajãpi, é trágico e repreensível por si só. É também um sintoma perturbador do crescente problema de invasão de terras indígenas – especialmente florestas – por mineiros, madeireiros e agropecuaristas no Brasil.
A política proposta pelo governo brasileiro de abrir mais áreas da Amazônia para a mineração pode levar a incidentes de violência, intimidação e assassinatos do tipo infligido ao povo Wajãpi na semana passada.
É essencial que as autoridades reajam rápida e eficazmente para investigar este incidente e levar à justiça todos os responsáveis, em total conformidade com a lei. Além disso, medidas efetivas devem ser tomadas para salvar a vida e a integridade física do povo Waiãpi, inclusive por meio da proteção de seu território pelas autoridades.
A proteção dos povos indígenas e da terra em que vivem tem sido uma questão importante em todo o mundo, não apenas no Brasil. Embora tenham sido feitos alguns progressos nos últimos anos, também vimos a fraca aplicação das leis e políticas existentes e, em alguns casos, o desmantelamento das estruturas institucionais ambientais e indígenas existentes, como agora parece ser o caso no Brasil.
Exorto o governo do Brasil a agir de maneira decisiva para deter a invasão de territórios indígenas e garantir o exercício pacífico de seus direitos coletivos sobre suas terras. Quando os povos indígenas são expulsos de suas terras, não é apenas uma questão econômica. Como a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas * deixa claro, isso afeta todo o seu modo de vida.
Exorto o Governo do Brasil a reconsiderar suas políticas para os povos indígenas e suas terras, para que o assassinato de Emrya Wajãpi não prenuncie uma nova onda de violência com o objetivo de expulsar pessoas de suas terras ancestrais e permitir mais destruição da floresta tropical, com todos as consequências cientificamente reconhecidas sobre o agravamento da mudança climática ”.
* A Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotada pela Assembléia Geral da ONU em 2007, enfatiza os direitos dos povos indígenas às terras, territórios e recursos que eles tradicionalmente possuíram, ocuparam, usaram ou adquiriram, bem como seu direito.
“Não ser retirado à força de suas terras ou territórios”. Não haverá recolocação sem o consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas em questão ”(artigo 10). Os povos indígenas têm o direito de manter e fortalecer seu relacionamento espiritual com suas terras e outros recursos e de manter suas responsabilidades para as gerações futuras a esse respeito.
Os povos indígenas também têm direito à conservação e proteção do meio ambiente e da capacidade produtiva de suas terras. Nesse sentido, eles têm o direito de determinar e desenvolver prioridades e estratégias para o desenvolvimento ou uso de suas terras.
De acordo com a Declaração, os Estados devem reconhecer e proteger legalmente essas terras, territórios e recursos. Além disso, a Convenção 169 da OIT, ratificada pelo Brasil em 2002, também garante que, de acordo com o artigo 16, “… os povos interessados ​​não serão removidos das terras que ocupam… Onde a deslocalização desses povos é considerada necessária como uma medida excepcional. , tal recolocação só acontecerá com seu consentimento livre e informado.
De OHCHR


Gleisi: Bolsonaro se tornou cúmplice de um assassinato e reú confesso de um crime da ditadura


Postado por Madalena França
247:
"Bolsonaro sabe como foi o desaparecimento do pai do presidente da OAB, sabe de um crime e não tomou nenhuma providência? Isso é corresponsabilidade. Bolsonaro é cúmplice e, a partir de hj, réu confesso!", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores

— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) July 29, 2019


Solidariedade ao presidente da OAB
247 – "Bolsonaro sabe como foi o desaparecimento do pai do presidente da OAB, sabe de um crime e não tomou nenhuma providência? Isso é corresponsabilidade. Bolsonaro é cúmplice e, a partir de hj, réu confesso!", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores. Confira seu tweet e declarações de outros parlamentares sobre o novo crime de responsabilidade cometido por Jair Bolsonaro:
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara repudiaram, pelas redes sociais, as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o desaparecimento de Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, no período da ditadura militar. Em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (29), Bolsonaro disse: “Se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele”.
As palavras foram classificadas pelos petistas como um crime, com requintes de sadismo e crueldade. Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira desapareceu em fevereiro de 1974, após ter sido preso no Rio de Janeiro por agentes da ditadura.
Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), as palavras de Bolsonaro demonstram que o atual presidente não tem apreço algum pela democracia. “Não podemos mais tapar o sol com a peneira. Bolsonaro tem que ser impedido. Ele é um criminoso que idolatra genocidas, torturadores e ditadores. Ele e seu clã miliciano conduzem o País para um estado policial autoritário que corrói a democracia e as instituições da República”, afirmou.
Na mesma linha a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), destacou que se Bolsonaro tomou conhecimento de como ocorreu o desaparecimento, e não tomou providência, se tornou cúmplice do ato. “Bolsonaro sabe como foi o desaparecimento do pai do presidente da OAB, sabe de um crime e não tomou nenhuma providência? Isso é corresponsabilidade. Bolsonaro é cúmplice e, a partir de hoje, réu confesso! ”, acusou.
Outros parlamentares da bancada ressaltaram a falta de solidariedade humana e desapreço pela vida demonstrada por Jair Bolsonaro. O deputado Odair Cunha (PT-MG) disse que “é impressionante a frieza de Bolsonaro ao atacar o presidente da OAB”. Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a declaração do presidente atesta que Bolsonaro chegou ao “fundo do poço”.
“Tanta torpeza indicaria que sim, mas em se tratando de Bolsonaro tememos coisa pior. Não merece só deixar o cargo ocupado por fakenews e Judiciário parcial. Suas ideias merecem ser esmiuçadas pelos democratas. Temos um incapaz na presidência”, apontou.
Ainda sobre o ataque ao presidente da OAB, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que é “inacreditável” que uma frase desse tipo tenha sido pronunciada “de forma fria e cheia de ódio pelo cidadão que ocupa o Palácio do Planalto”.
Já o deputado Bohn Gass (PT-RS) afirmou que “o Brasil tem um sádico na presidência” e questionou a sanidade mental de Bolsonaro. “A crueldade da fala de Bolsonaro sobre Fernando de Santa Cruz Oliveira, assassinado pela ditadura em 1974, cruza a linha da sanidade”, disse.
Ao também criticar a declaração de Bolsonaro publicada pela imprensa, a deputada Maria do Rosário (PT-RS)escreveu que “é indignante ter de ler uma afirmação com este nível de covardia sobre pessoas que foram torturadas e assassinadas pela ditadura militar”.
Diante do cruel ataque ao presidente da OAB, parlamentares da bancada também demonstraram solidariedade a Felipe Santa Cruz. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que classificou a declaração de Bolsonaro como “truculência autoritária” de um presidente que “tenta intimidar e silenciar as vozes que se opõem aos desmandos do seu governo”. “Minha solidariedade ao presidente da OAB”, disse.
O deputado José Guimarães (PT-CE) também demonstrou solidariedade a Felipe Santa Cruz. “Família perseguida pela Ditadura que deu ao país um presidente da OAB como o atual”, afirmou.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) ressaltou ainda que, “nos tempos de ódio, instaurados por Bolsonaro, primeiro nos inspiram a defesa do jornalismo, na figura de Glenn Greenwald, e agora da advocacia e da OAB – entidade atacada pelo presidente”. “Felipe Santa Cruz, e aos advogados e advogadas que se recusam em abaixar a cabeça ao autoritarismo, nossa solidariedade”, declarou.



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