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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

PGR investiga suspeita de ação orquestrada em incêndios na Amazônia


Uma das suspeitas é relacionada ao "dia do fogo", pela qual ruralistas teriam convocado um mutirão para realizar queimadas na Amazônica, a partir de Altamira, no Pará. "Há suspeita de ação orquestrada, há suspeita de uma atuação que foi longamente cultivada para chegar a esse resultado", afirmou Raquel Dodge
247 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira (26) que o Ministério Público (MP) investiga suspeitas de que tenha havido uma ação planejada para realizar incêndios criminosos na floresta amazônica. 
Uma das suspeitas é relacionada ao "dia do fogo", onde rualistas teriam convocado um mutirão para realizar queimadas na Amazôniza, a partir de Altamira, no Pará.
"Há suspeita de ação orquestrada, há suspeita de uma atuação que foi longamente cultivada para chegar a esse resultado. E o que nós percebemos da conversa de hoje é que há sinais disso, há elementos que justificam a abertura de inquéritos para investigar e punir os infratores", afirmou Dodge.
"Como resultado da reunião de hoje, estou requisitando a instauração de inquérito para promover a persecução penal daqueles que incentivaram que queimadas fossem adotadas em terras federais e em terras de unidade de conservação federal ao longo da floresta", disse a procuradora.
"O que nós queremos é sincronizar a atuação do Ministério Público brasileiro para que as queimadas e os incêndios cessem e para que os infratores, aqueles que estão cometendo esses gravíssimos crimes de por fogo na floresta sejam identificados e punidos", finalizou.
Do 247
Por Madalena França

Canonização de dom Hélder avança no Vaticano 20 anos após sua morte…


O processo de reconhecimento como santo do religioso brasileiro dom Hélder Pessoa Câmara (1909-1999) entrará em nova etapa na semana que vem.

Trata-se da abertura da fase romana das investigações. A morte do cearense com forte atuação em Pernambuco completa 20 anos nesta terça (27).

“O próximo passo será o papa reconhecer, em nome da Igreja, que dom Hélder praticou em grau heroico as virtudes cristãs. Aí ele será declarado venerável”, disse à Folha Jociel Gomes, frade franciscano responsável por realizar o pedido junto ao Vaticano.

O processo de canonização de dom Hélder foi aberto oficialmente em fevereiro de 2015, nove meses depois de a Arquidiocese de Olinda e Recife solicitar a questão à cúpula da Igreja. Desde então, frei Jociel e sua equipe vasculharam sua biografia e ouviram pessoas que conviveram com o religioso.

O resultado, enviado ao Vaticano em dezembro, foi um dossiê de 197 páginas, com depoimentos de 54 pessoas.

Se dom Hélder for considerado venerável, relatos de milagres passam a ser compilados. Os casos selecionados são analisados por um junta de especialistas do Vaticano.

Para se tornar beato, é preciso ter um primeiro milagre reconhecido pela Igreja. A canonização, ou seja, o status de santo, só vem após um segundo milagre.

Neste ano, a freira baiana Irmã Dulce teve a sua canonização anunciada pelo Vaticano e será a primeira mulher nascida no Brasil e a se tornar santa. A cerimônia será em outubro.

Décimo primeiro filho de um jornalista e de uma professora primária, dom Hélder entrou para a vida religiosa em 1923, aos 14 anos, no Seminário da Prainha, instituição católica de sua cidade natal, Fortaleza.

Foi ordenado padre aos 22 anos. Ainda jovem, envolveu-se com causas sociais. Coordenou os chamados círculos operários cristãos e liderou a Juventude Operária Católica. Dedicou-se a atividades de lazer e alfabetização de jovens sem acesso à formação.

Também fundou, em 1933, a Sindicalização Operária Feminina, organismo que lutava por direitos de empregadas domésticas e lavadeiras.

Convidado pelo escritor e político Plínio Salgado (1895-1975), ingressou no grupo conservador e nacionalista Ação Integralista Brasileira. Foi considerado o maior propagandista do tema no Ceará.

Contudo se desiludiu rapidamente com o movimento, considerado de extrema-direita. Ao fim da década de 1930 se autodefinia como humanista integral e democrata cristão.

Dom Hélder teve papel importante durante a Segunda Guerra Mundial. Fundou a Comissão Católica Nacional de Imigração e trabalhou para acolher refugiados que chegavam ao país.

Tornou-se bispo aos 43 anos, em 1952. No mesmo ano, conseguiu a aprovação do Vaticano para criar a Conferência Nacional do Bispos do Brasil, a CNBB.

A partir de então passou a se dedicar a causas como a Cruzada São Sebastião, que resultou em conjuntos habitacionais para moradores de favelas, e o Banco da Providência, para atender aos sem renda.

Participou ativamente das quatro sessões do Concílio Ecumênico Vaticano 2º, nos anos 1960, e foi um dos proponentes do Pacto das Catacumbas, em que 42 sacerdotes de todo o mundo se comprometeram a assumir atitudes com o objetivo de reduzir a pobreza global.

O documento é considerado o embrião da Teologia da Libertação, corrente cristã que determina assumir “a opção preferencial pelos pobres”.

Dom Hélder tornou-se arcebispo de Olinda e Recife em 1964. Foi um período de forte envolvimento com causas sociais, e ele se tornou um contraponto à ditadura militar.

Incentivou e fortaleceu as comunidades eclesiais de base e foi alçado ao posto de resistência ao regime. Passou a ser visto como líder na defesa dos direitos humanos.

Foi acusado de comunista, chamado de “arcebispo vermelho” e perseguido pelos militares, sobretudo depois do Ato Institucional nº 5.

Sua atuação leva a inferir que a eventual canonização, em um período como o atual, possa ser utilizada de forma política. Dom Hélder foi um dos interlocutores da família de Fernando Santa Cruz, militante de esquerda desaparecido durante o período da ditadura e alvo de recente ataque do presidente Jair Bolsonaro.

Frei Jociel descarta o uso político. “Dom Hélder foi um homem altamente coerente com a doutrina social da Igreja, um homem profundamente evangélico no sentido de que colocou em prática a opção preferencial pelos pobres e a busca da justiça e da paz”, afirma.

Em uma de suas frases famosas, dom Hélder disse: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo; quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”.

“O discurso fajuto atual que diz que aquele que busca uma sociedade melhor é comunista é completamente anacrônico”, diz frei Marcelo Toyansk Guimarães, da Comissão Justiça, Paz e Integridade da Criação dos Frades Capuchinhos do Brasil. “Dom Hélder nos ilumina como aquele que defende os direitos humanos, o direito à vida, o direito dos pobres em um momento difícil.”

Para o religioso brasileiro Reginaldo Roberto Luiz, padre que trabalha com processos de canonização no Vaticano, o envolvimento político de dom Hélder deve exigir um maior detalhamento nos pareceres da canonização.

“Trata-se de uma figura muito controversa da política. Isso precisará ser esclarecido durante o processo”, diz. “[A canonização] vai demorar porque certamente será um processo muito detalhado para explicar e esclarecer, minuciosamente, a sua biografia.”

À reportagem da Folha de S.Paulo ele comparou o caso com o do arcebispo de San Salvador (El Salvador) Óscar Romero (1917-1980), canonizado em 2018. Há semelhanças: Romero também lutou contra a ditadura em seu país e era adepto da Teologia da Libertação.

“Mas ele foi mártir -o que é uma ‘vantagem’ em processos de canonização”, ressalta Roberto Luiz. Romero foi assassinado por um atirador de elite do exército salvadorenho enquanto celebrava uma missa.

Dom Hélder realizou diversas viagens ao exterior para denunciar os abusos da ditadura brasileira. Isso lhe rendeu títulos honoris causa de universidades de 32 universidades estrangeiras. Também foi indicado quatro vezes ao Nobel da Paz. Em 2017, foi declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos, em lei federal.

“Dom Hélder dedicou toda a sua vida à defesa da vida e da dignidade dos mais pobres. Convocou toda a sociedade para uma ação não violenta em favor da justiça e da paz”, diz Marcelo Barros, 74, monge beneditino e biógrafo de dom Hélder Câmara. (Folha Press)

Postado por Madalena França

Maia pode barrar PEC sobre agropecuária indígena


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avisou que pode “não criar” a comissão especial que debateria a PEC 187, que trata da possibilidade de comunidades indígenas explorarem suas terras para agropecuária. Hoje, Maia avisou que não irá interferir na pauta das comissões (a PEC deve ser votada nesta semana na CCJ), mas que pode não dar prosseguimento à tramitação do texto caso “gere mais narrativas negativas sobre o Brasil”.
“Se avançar na CCJ, vou avaliar se, neste momento, cabe ou não. Se for algo que sinalize alguma polêmica, algum encaminhando que gere mais narrativas negativas sobre o Brasil, é claro que vai ficar onde está”, disse Maia ao portal da Câmara. A questão ambiental é a mais recente dor de cabeça para o Planalto, que se viu em meio a uma tempestade causada pelos incêndios e desmatamentos na Amazônia somados com as declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro.
Postado por Madalena França.

Ainda Não foi com você Bolsonaro: Não surte precocemente.


Bolsonaro surta após Intercept anunciar nova denúncia

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Publicado em 26 de ago de 2019
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Não está fácil ser Bolsonaro. Nesta segunda-feira, ele entrou em pânico após o Intercept anunciar nova denúncia. Consciência pesada é uma tortura mesmo... O pânico do presidente, porém, mostrou como os alvos de Glenn Grennwald estão apavorados. ACESSE O SITE DO BLOG DA CIDADANIA www.blogdacidadania.com.br
Por Madalena França

Instituto Maria da Penha inaugura segunda unidade do País em Recife



Será inaugurada nesta quinta-feira (05), às 14h30, a primeira Unidade do Instituto Maria da Penha, em Pernambuco. A primeira também fora de Fortaleza, onde funciona o IMP. O endereço é o 2° andar do prédio da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado de Pernambuco, situado à Rua Marquês de Olinda, 150, Bairro do Recife, na capital pernambucana. Na ocasião, além de Maria da Penha e da modelo e ativista Luiza Brunet, estarão a presidente do Instituto Vasselo Goldoni, representantes dos grupos Bradesco,  Hinode e Carrefour, entre outros colaboradores.

O Instituto Maria da Penha (IMP) foi fundado em agosto de 2009 em Fortaleza, no Ceará, onde funciona como organização não governamental sem fins lucrativos. No Recife, o IMP mantém uma representação que funcionava em locais provisórios o que dificultava a execução plena de suas atividades. O IMP tem entre seus objetivos o acolhimento, à atenção  psicológica e jurídica, a formação voltada à empregabilidade e empreendedorismo com fins de fortalecer às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

O surgimento do Instituto está diretamente ligado à história de vida de Maria da Penha, que se tornou um símbolo de luta no combate à violência doméstica contra a mulher. A Lei 11.340/2006 leva o nome de Maria da Penha como uma forma de reparação simbólica depois de tantos anos de omissão do Estado brasileiro e de impunidade do seu agressor. Ela também representa o acesso à justiça e foi criada para garantir os direitos de milhares de mulheres vítimas de violência no País.

O Instituto Maria da Penha tem o objetivo ainda, de contribuir e fortalecer mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme Lei 11.340/2006. Para isso, conta com o apoio da sociedade civil organizada e de instituições comprometidas com o seu papel de transformador social. Assim, o papel do Instituto Maria da Penha nesse contexto é estimular e contribuir para a aplicação integral da lei, bem como monitorar o desenvolvimento das melhores práticas e políticas públicas para o seu cumprimento, promovendo a construção de uma sociedade sem violência doméstica e familiar contra a mulher.(Blog do Agreste)
postado por Madalena França

Gretchen pede desculpas a Macron por fala de Bolsonaro


postado por Madalena França via Blog da Cidadania
reprodução/Facebook
reprodução/Facebook
Gretchen decidiu se posicionar diante da polêmica envolvendo os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da França, Emmanuel Macron.
A cantora saiu em defesa da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, que foi alvo de um comentário sexista feito por Bolsonaro.
Nas redes sociais, Gretchen pediu desculpa, em francês, para Macron e exaltou Brigitte. “Perdão, presidente Emmanuel Macron. Brigitte Macron é uma mulher maravilhosa e inspiradora como você. Eu a admiro e amo muito a sua história”, escreveu a cantora, que mora na França.

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...