Um vídeo publicado nas redes sociais mostra uma das cenas do massacre em Paraisópolis ocorrido na madrugada de domingo (1), que resultou na morte de nove jovens da comunidade, todos na faixa entre 16 a 28 anos e estavam em baile funk.
Ação repressiva da PM paulista quebrou todas as normas e protocolos legais. Nas imagens, a PM encurrala os jovens, agride e insulta nos becos e vielas da favela de Paraisópolis. Veja:
Vídeo mostra PM chutando e pisando frequentador do baile da Dz7, na favela do Paraisópolis (zs), em ação que terminou com 8 pessoas mortas supostamente pisoteadas pela multidão. E aí, @jdoriajr e comando da @PMESP, qual a explicação?
Para o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) de São Paulo, a versão oficial da polícia para as nove mortes ocorridas em Paraisópolis é “insuficiente” e “insatisfatória”. O presidente do Condepe, o advogado Dimitri Sales, acompanhou o protesto realizado neste domingo (1º) por moradores e familiares contra a violência policial e ouviu os testemunhos das pessoas que contrariam a versão da polícia. Ele também relatou a suspeita de que os corpos das vítimas não estariam sendo fotografados durante perícia realizada no Instituto Médico Legal (IML). Os laudos apresentados atribuem uma única causa para as nove mortes ocorridas, que teriam sido causadas por “asfixia mecânica”.
“A versão de que a polícia havia reagido e isso teria desatado numa correria que culminou com algumas pessoas sendo pisoteadas não é uma versão que satisfaz a essas pessoas, que repetiam insistentemente que tratou-se de uma execução. As nove mortes de Paraisópolis foram execução, num contexto de um massacre”, afirmou o advogado aos jornalistas Marilu Cabañas e Cosmo Silva, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (2).
Embora ocorridas num mesmo contexto, Sales diz que é preciso apontar a singularidade das mortes. Já a falta de imagens dos corpos que teriam sido pisoteados representariam o risco de extinção da materialidade de eventuais abusos cometidos pelos agentes policiais. “A Polícia diz que as pessoas foram pisoteadas. É preciso ter as imagens dos hematomas nos corpos para que se faça a investigação. Se foram pisoteadas, há marca de coturno?” Ele destacou a existência de vídeos que mostram policiais pisando nas pessoas.
Reportagem de Arthur Stabile e Fausto Salvadori, publicada na Ponte Jornalismo, mostra que policiais fizeram ameaças diárias aos moradores, após a morte do PM Ronald Ruas Silva, baleado na barriga durante uma troca de tiros, nas imediações de Paraisópolis. Mais de uma dezena desses moradores afirmaram suspeitar que a ação da polícia, que emboscou frequentadores de um baile funk, seria uma espécie de vingança das forças policiais.
A PM alega que alega que dois homens viajando em uma motocicleta teriam atirado contra policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam uma operação na região. Os agentes teriam perseguido os dois até o baile , causando tumulto generalizado entre as mais de 5 mil pessoas presentes.
Diante do choque de versões e do indício de destruição de provas, o presidente do Condepe diz que a investigação do ocorrido não pode ficar a cargo desse mesmo batalhão. “Não cabe ao batalhão local fazer a investigação. É um caso terrível, de grande repercussão. Cabe à corregedoria da PM promover uma efetiva investigação.” Ao fim da apuração, que será acompanhada pelo Condepe, Sales defendeu a responsabilização dos envolvidos. “O Condepe vai atuar para pressionar as autoridades para que esse episódio seja desvendado na sua totalidade e os responsáveis, diretos ou indiretos – ou seja, quem deu comandou, organizou e executou a operação – possam, dentro dos marcos da lei, serem devidamente punidos.”
Discurso da morte O advogado afirmou que o massacre de Paraisópolis é resultado de discursos que estimulam a letalidade policial, como aqueles adotados pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem defendido o excludente de ilicitude – que impede a punição a agentes por mortes ocorridas em ação – para policiais e membros das Forças Armadas, e também pelo governador João Doria, que chegou a homenagear policiais envolvidos em ação que matou 11 pessoas numa tentativa de assalto a banco na região da Grande São Paulo.
“Não é possível que, em pleno século 21, a gente ainda conviva com massacres, chacinas e extermínios no estado de São Paulo. Temos uma responsabilidade legal e civilizatória de cobrar e exigir que essas mortes sejam apuradas, como uma espécie de recado para dizer que a letalidade policial e a impunidade não podem mais vigir no estado de São Paulo”, disse Dimitri Sales.
Duas horas depois de ter lamentado as mortes ocorridas em Paraisópolis o governador de São Paulo elogiou a política de segurança pública paulista, durante a solenidade de filiação do ex-ministro Gustavo Bebianno ao PSDB do Rio de Janeiro.
“Não há hipótese de uma comunidade, uma população, uma cidade, um estado ou uma grande região ter paz sem ter segurança. Em São Paulo, isso se faz com seriedade, com planejamento, com estruturação, com inteligência para permitir a ação preventiva do crime, com respeito aos policiais”, disse. “Hoje, São Paulo tem uma polícia preparada, equipada e bem informada.”
Queda ocorreu em lugar de difícil acesso na Serra da Cantareira, na zona
norte da capital paulista
Por Da redação
access_time2 dez 2019, 13h32
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Destroços da aeronave na Serra da Cantareira (TV Globo/Reprodução)
O acidente com uma aeronave na região da Serra da Cantareira, na zona norte de São Paulo, não deixou sobreviventes, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O bimotor caiu na manhã desta segunda-feira, 2, em uma área de difícil acesso em meio a mata fechada.
Devido às dificuldades do resgate, os oficiais chegaram ao local no início da tarde desta segunda e encontraram apenas “despojos mortais”, segundo a corporação.
14h45 As equipes do Corpo de Bombeiros permanecem em busca no local da queda do avião e infelizmente não foram localizados sobreviventes, apenas despojos mortais, atualizaremos por aqui qualquer nova informação...#193S
Para acessar o ponto exato do acidente socorristas desceram de rapel, com o auxílio de cordas, de um helicóptero. Oito equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas à Estrada da Santa Inês, na Serra da Cantareira.
Os bombeiros foram acionados após a Aeronáutica perceber a ausência do sinal do avião.
O pré-candidato a prefeito de Bom Jardim, João Neto (Janjão), acompanhou a comitiva do governador Paulo Câmara (PSB) durante agenda em Limoeiro. O professor teve uma rápida conversa ao "pé do ouvido" com o gestor estadual. Notadamente, Janjão pode ser mais uma opção do Palácio do Campo das Princesas nas eleições municipais de 2020. Atualmente, o ex-prefeito Miguel Barbosa (PP) também circula como pré-candidato e tem mantido alinhamento com o ninho socialista.
Exonerado do cargo de secretário de Educação de Bom Jardim por divergências políticas, João Neto aproveitou a “demissão” para intensificar a pré-campanha. E pelo volume de postagens nas redes sociais, parece que gostou do movimento político. Janjão tem ouvido propostas de várias lideranças estaduais, mas ainda não bateu o martelo. Ele e Miguel seguem com os projetos pessoais, mas vale lembrar que não está descartada a possibilidade da unidade, ou seja, não será surpresa uma chapa Miguel – Janjão ou Janjão – Miguel.
A Folha abre inexplicável espaço para que o carluxista secretário de Comunicação da Presidência ataque o jornal por ter criticado, num “editorial infame” o seu chefe Jair Bolsonaro, por não apenas sua censura a que a Folha seja lida nas repartições públicas – sim, é isso e não o preço de 60 ou 70 exemplares o grave nesta história – mas ter usado seu cargo para pressionar os anunciantes do jornal a excluí-lo de suas programações comerciais de publicidade.
Mas como, Brito, então você não é a favor de que todos possam falar o que quiserem?
Podem e devem, mas veículos de comunicação tem, por óbvio, a responsabilidade de que isso respeite os limites do decoro público e da coerência de ideias, sejam elas quais forem.
E o senhor Fábio Wajngarten viola a ambos, de maneira inaceitável.
Diz que o jornal defende “uma conspiração pela saída do presidente da República, num golpe contra as instituições” e a vontade dos brasileiros e, ainda mais grave, que “a Folha de S.Paulo se junta àqueles derrotados nas urnas em outubro passado, aos que tentaram matar o então candidato Jair Bolsonaro”.
Epa! Agora não é só não comprar o jornal, mas acusá-lo de estar junto com um louco feroz que esfaqueou o sr. Bolsonaro, como se criticá-lo fosse o mesmo que se meter numa tentativa de assassinato.
Est modus in rebus, há um limite nas coisas, dizia Horácio e a ideia segue valendo dois mil anos depois, do contrário estaríamos assumindo que se pode promover o nazismo, o autoritarismo, o racismo ou o extermínio porque isso seria “democrático”.
Além disso, há um ano, este mesmo senhor serviu-se da Folha, antes de ser chamado para dirigir a máquina de propaganda do governo federal, para dizer que “veículos de comunicaão fortes” vivem “de anúncios publicitários e/ou modelo de assinatura de conteúdo” e que são a garantia da “tão falada e desejada democracia”.
Portanto, na própria lógica do sr. Wajngarten, asfixiá-los, garroteando a um e a outro fator, significa pretender que não vivam e, por conseguinte, que não garantam a “tão falada e desejada democracia”.
Está nas redes, viralizado, o convite a retirar-se feito pela apresentadora Tonka Tomici, do Canal 13 de Santiago, ao advogado pinochetista Hermógenes Perez de Arce, quando este negou que tivesse havido tortura política sistemática na ditadura chilena.
O incidente, como mostrado há dias por aqui com a agressão física de Augusto Nunes, é um ensinamento de que chamar para espaços democráticos quem nega as práticas democráticas só é convite, apenas, para espetáculos antidemocráticos.
Se o senhor Wajngarten, como seu chefe, não quer ler e nem quer que leiam a Folha e, por um ato arbitrário e ilegal, determina isso ao Estado brasileiro, porque é que deve escrever na Folha, um jornal que, segundo ele mesmo, está junto do insano Adélio Bispo?