Juiz Moro pediu ao STF autorização para que ex-ministro da Casa Civil ficasse detido no lugar onde Lava Jato é investigada
O Supremo Tribunal Federal autorizou a transferência de José Dirceu para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, nesta segunda-feira (3). O ministro-chefe da Casa Civil do governo Luíz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2005 deve ser transferido para a capital paranaense já nesta terça (4).
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O pedido de transferência foi feito ao STF pelo juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, que justificou ser importante a presença de Dirceu em Curitiba pelo fato de o processo investigativo da Petrobras correr na cidade, na 13ª Vara Federal de Curitiba.
A decisão do Supremo, do ministro Luís Roberto Barroso, afirma que a prisão preventiva desta segunda-feira ocorreu em processo distinto ao da condenação anterior, o mensalão, portanto "não requer consulta ou autorização da Corte".
“Entendo que a concentração dos atos de apuração criminal no foro do Juízo que supervisiona o inquérito é perfeitamente justificável, na medida em que é lá que se encontram em curso as investigações envolvendo as condutas imputadas ao sentenciado”, sentenciou Barroso.
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Dirceu, no entanto, passará a noite desta segunda-feira no Complexo Penitenciário da Papuda, onde permaneceu preso por por pouco menos de um ano até ganhar o direito de cumprir pena em prisão domiciliar, em novembro passado.
De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, Dirceu foi o criador e beneficiário do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Segundo os investigadores, o então ministro da Casa Civil nomeou Renato Duque para a Diretoria de Serviços da estatal, iniciando o esquema de superfaturamento de contratos.
A defesa de Dirceu informou que irá se manifestar somente após ter acesso aos documentos que motivaram sua prisão.