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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Jovem abusado por padre escreve relato emocionante ao Papa Francisco

Fonte: pragmatismo politico

"Tomei banho por meia hora, senti-me sujo, muito sujo. Eu chorei. Eu me deitei, não dormi. Ouvi passos no corredor e isso me assustou. Naquela semana eu tomei banho pelo menos três vezes por dia...". O chocante relato de um jovem abusado por um padre que pede justiça ao Papa Francisco

abusado por padre igreja
O relato a seguir é de um jovem que foi abusado por um sacerdote católico quando tinha 18 anos, no início dos anos 2000. Na época, a experiência o levou a afundar-se em culpa, depressão e profunda confusão.
Apesar dos traumas, hoje ele é um homem com mais de 30 anos, confiante de si mesmo e de suas ideias. Agora, ele pede justiça ao Papa Francisco.
A carta foi originalmente publicada pela BBC Mundo. Confira:
“Acho que era final de novembro. Eu fiz uma viagem a Medellín com amigos da faculdade para um retiro. Pedi para ficar por uma semana na casa que minha paróquia de Bogotá tinha em Medellín, para conviver com os seminaristas e compartilhar momentos com eles. Um amigo meu falou com o padre que era diretor do seminário.
Fomos à missa, levaram-nos para uma fazenda e esse padre me intimidou muito. Por quê? Porque ele era o chefe do curso e, como eu queria ser padre, seu voto era muito importante para a admissão.
Tudo começou em um domingo ou num feriado, porque fomos convidados para uma fazenda para tomar um lanche…
Fomos para a fazenda e então o padre começou a olhar para mim. Nos sentamos em uma mesa, eram dez pessoas, havia um contato visual e eu não entendi o que estava acontecendo. Ele estava olhando para mim. E eu olhava para ele e pensava : ‘Este homem é o mais importante da casa, deve estar me analisando, atento às minhas atitudes, eu não sei …’.
E quando estávamos a caminho da casa, ele se aproximou de mim e disse: ‘Vamos bater um papo?’. Como ele era uma figura de autoridade para mim, eu disse: ‘Sim, vamos conversar’.
Já estava começando a escurecer.
Ele disse: ‘Vamos ao meu escritório e conversaremos’. Há algo que eu não sabia: o escritório também era seu quarto. Chegamos ao escritório e ele pergunta: ‘Uma bebida?’.
Havíamos tomados algumas cervejas no almoço. Ele falou: ‘Puxa, não tenho mais cervejas, quer uísque?’. Eu respondi que não havia problema.
Aos 18 anos, eu não bebia muito.
Começamos a conversar, ele sabia que eu estava muito interessado em entrar na comunidade e que eu queria ser padre. Ele começou a me perguntar os motivos para esta vontade, o que minha família dizia, por que eu estava na universidade. E em um momento, ele me fez a seguinte pergunta: ‘Quando você entra, se você entrar, há três votos a serem feitos: o que você acha do voto de obediência? O que você acha do voto de pobreza? E do voto de castidade?’
Então falei do que pensava do voto de obediência, falei do que pensava do voto de pobreza e falei do que pensava do voto de castidade.
Aos 18 anos, eu nunca tinha feito nada com ninguém. Nem com homem, nem mulher, nada. Às vezes, somente algumas brincadeiras de conversa sexual com primos, primas, algo que acho ser comum. Mas, além disso, nada.
Então eu disse a ele: ‘Eu não acho que isso seja inconveniente na medida em que nunca estive com ninguém e nunca explorei minha sexualidade, e acho melhor se alguém quiser ser casto, não saber o que existe’. Então ele me perguntou: ‘Mas você nunca se sentiu atraído por ninguém?’
Naquela época, passava um bom tempo com uma amiga na faculdade, então eu disse: ‘Bem, tem essa garota’.
– O que há de errado com ela?
– Ela é um pouco louca.
– Mas o que você sente quando está com ela?
– Eu me sinto muito bem, mas ela é casada. Mesmo assim, ela me atrai, é linda. Estamos o tempo todo juntos, ela vai para a minha casa e nos falamos à noite.
Quando conversamos sobre os outros votos, foram apenas cinco minutos. Mas nesse assunto, houve uma ênfase.
– Se você nunca esteve com alguém, como você faz suas descobertas sexuais?
– Eu me masturbo, como muitas pessoas.
– Quando você se masturba, você se acaricia, como você faz?
Obviamente, desde quando pequeno, eu temia ser gay, mas pensei que não poderia dizer isso a um padre porque este iria me rechaçar. Então, para mim, o mais fácil era falar sobre minha amiga.
Então ele insistiu:
– Mas então, o que você faz?
– Eu imagino coisas.
– O que você imagina?
– Me imagino dormindo com alguém. À noite, me masturbo ou tenho uma ereção.
– E você nunca se permitiu [acariciar-se em outras partes do corpo]?
– Não.
– Por que você não se permite?
– Nunca fiz isso, nunca me permitiu e nunca me ocorreu fazer isso.
As perguntas eram tão estranhas. Eu pensava que ele ia me propor algo, mas não sabia como reagir. Eu pensei: ‘Eu não quero’.
Eu me questionava: ‘O que está acontecendo? Não entendo, mas vamos ver se ele quer saber se sou gay ou não’. Essa era a minha maior preocupação, se ele sabia ou não e se permitiria o meu acesso à comunidade. Para mim, a aceitação dele era muito importante. Então minha tendência era de agradá-lo.
***
Chegamos a essa casa às seis horas da tarde, quando estava escurecendo. Conversamos por duas horas, então estávamos bebendo por duas horas, e meu copo nunca estava vazio – ele se certificava para que meu copo estivesse sempre cheio.
Então ele continuou me perguntando:
– Mas você não toca atrás?
– Não.
– Você não toca as suas pernas?
– Não.
Lembro claramente que ele colocou a mão no meu joelho e disse:
– Nunca fez isso com sua própria mão?
– Não.
– Incomoda que minha mão esteja aí?
– Não.
– E se eu fizer isso? – ele subia e descia com a mão. – O que você sente?
– Nada, eu não sei.
Eu estava em estado de choque, já me sentia muito invadido em meu espaço pessoal. Era também muito difícil para mim – agora não tanto, mas naquela época muito mais – que alguém me abraçasse, tocasse.
– Te incomoda?
– Não.
E ele continuava e continuava, o filho da p*ta.
– O que sente?
– Nada.
– Você gosta?
– Sim.
A próxima coisa que lembro é ele dizendo: ‘Vamos para o meu quarto?’. Ele se levanta, me leva pela mão. Eu realmente não me lembro do que eu disse. Havia um corredor, eu achava que era o corredor do banheiro, mas era o corredor do quarto. Então eu me sento na beira da cama, ele senta na beira da cama.
Eu estava muito nervoso, tremendo.
Ainda conseguia sentir minhas pernas. Não me lembro do que veio depois. Eu sei que ele me beijou, ele não me beijou na boca, ele me beijou nas orelhas, nos ombros. Não me lembro de como ele me despiu. Mas lembro que já estávamos ambos nus.
Eu não sabia o que fazer.
Eu estava nu com alguém, algo que eu sempre quis fazer em uma descoberta sexual, mas não sabia o que fazer. Ele conduziu tudo:
‘Deite-se’.
Nos deitamos.
Para mim, houve algo que foi forte e é como eu lembro disso na minha cabeça: que nunca pensei que o pênis de outra pessoa fosse assim. Isso é estranho de dizer, mas eu lembro dele como muito marcante, seu tamanho e tudo. E tentei brincar, fazer coisas, mas não sabia o que fazer.
Não sei quanto tempo passou, perdi a noção do tempo. Houve umas brincadeiras sexuais. Eu meio que não fiz nada. Acho que ele ficou aborrecido, é minha teoria, porque a próxima coisa que me lembro é ele dizendo: “Vamos ao banheiro e nos masturbamos”. Eu não sei se ele estava esperando que eu fizesse mais coisas, não sei.
Nós fomos ao banheiro, nos masturbamos. Eu me vesti, acho que ele também, e fui ao meu quarto.
Mas foi uma m*rda.
***
Para mim, sair do quarto deste homem foi como se o mundo tivesse caído sobre mim. Além disso, eu estava do seminário, com seus longos corredores e oito mil portas. Era tarde da noite e meu quarto estava na mesma ala que a dele. Fui ao meu quarto, não queria ver nenhum dos meus amigos. Quando cheguei, a primeira coisa que fiz foi fechar o meu quarto.
Me sentia mal.
Acho que ali começou a parte difícil, começou o que mais me machuca, o que depois de muitos anos eu descobri que doía… Eu queria estar com um homem, mas não foi agradável.
Eu não queria, não escolhi fazê-lo. Eu não disse: ‘Você, pessoa A, nos conhecemos, conversamos e decidimos entre os dois que vamos fazê-lo’. Eu queria ter feito isso com alguém que me atraiu, com quem eu tivesse algum tipo de relacionamento. Não sei.
Foi a influência do poder, é aí que tudo se torna uma m*rda, que é o que vem depois, quando eu me mato internamente. Não foi agradável, havia um tema de fé, onde eu fiz o que estava proibido.
Tomei banho por meia hora, senti-me sujo, muito sujo. Eu chorei, acho que chorei.
Eu me deitei, não dormi. Ouvi passos no corredor e isso me assustou. Não lembro quantas vezes, mas naquela semana eu tomei banho pelo menos três vezes por dia.
O assunto era muito difícil, porque eu queria conversar com alguém, mas era embaraçoso. Além disso, com quem eu iria falar?
Nos dias em que estávamos em um momento de oração, quando eu estava orando, meditando, só me lembrava disso. Eu não queria vê-lo, não queria estar perto dele, nada. Ele olhava para mim, mas não veio falar comigo.
Eu chorei, chorei e chorei e não pude chamar minha mãe, porque eu não disse a ela que estava em um seminário. Além do que, ela ia me dizer o que sempre dizia: ‘Os sacerdotes vão abusar de você, por isso não quero que você seja sacerdote’.
Minha mãe estava certa.
Procurei o padre (o mesmo daquela noite) e disse: ‘Padre, quero confessar’. Não queria confessar a outro padre. Eu me perguntava: ‘Com quem vou falar disso? Só posso falar com a pessoa com quem isto aconteceu’. Confessei porque naquele dia ou no dia seguinte havia uma missa e eu tinha que receber uma comunhão, então, sendo rigoroso como eu era, não poderia ter uma comunhão pecadora – e isso foi um grande pecado para mim.
Fui e me confessei com ele. Quase não consegui confessar com ele. A penitência foi ‘rezar uma Ave Maria’, como se eu tivesse dito que roubei um doce na loja. Era estranho para mim, porque pensei que tinha feito algo muito ruim. E continuei com a dinâmica de tomar banhos e banhos, trancado no meu quarto, chorando e chorando.
Voltei para Bogotá.
Ele me ligava. Me ligava para perguntar: ‘Como você está?’. Eu obviamente me escondia para atender as chamadas. Eu via o nome dele no celular, ficava nervoso, atendia, mas não queria falar com ele.
Depois de alguns meses, o padre foi transferido para Bogotá. E ele era a única pessoa com quem eu poderia conversar. Então, um dia, disse a mim mesmo: ‘Vou encontrá-lo e dizer que tudo o que aconteceu é errado, que ele é um padre filho da p*ta, que quebrou seus votos, que já estou em outra e que ele não me ferre mais’.
Nos primeiros dois meses depois [do episódio] lembro-me de chamadas dele. Uma vez fui para o seminário, começamos a conversar e o cara me traz o assunto: ‘Como você se sente sobre o que aconteceu? É que para mim te ver me excita muito, olha como você me deixa. Por que você não se senta nas minhas pernas?’. Para mim, ele ainda era uma figura de autoridade. E pronto, ele começou a me mostrar o pênis de novo.
Eu me perguntei: ‘Isso está acontecendo de novo?’.
Eu me senti como um bunda, mas não consegui parar. Hoje eu questiono, por que não. Eu não sei se pela influência que ele tinha… Eu não sei, mas não consegui e acabamos nos masturbando de novo e eu voltei a me confessar.
Procurei outro padre, mas… não era capaz. Como na primeira confissão, e agora na segunda, não disse: ‘Eu venho confessar-me porque dormi com um homem’. Eu dizia, de uma forma muito diplomática: ‘Meu pecado foi usar meu corpo por prazer’. Era um grande tema dentro da igreja, fazia sentido dizer isso.
***
Logo, o assunto tinha sido fechado para mim, mas foi reaberto cerca de sete anos depois.
Ele foi aberto porque eu estava morava em outro país e ainda tinha o sonho de ser padre. Para mim, estava claro que não queria estar na mesma comunidade do padre que abusava de mim. Conheci um menino em uma casa que compartilhava com outros católicos como eu, homens e mulheres. Começamos a sair. Ficamos muito atraídos um pelo outro, mas éramos católicos super certinhos. Nunca foi algo sexual, víamos filmes juntos. Um dia, disse a ele: ‘Acho que sou gay’.
Ele parou de falar comigo. E para mim, isso gerou muita instabilidade emocional.
Costumava passar o tempo com os jesuítas e comecei a dizer-lhes o que estava acontecendo com esse cara. Havia um seminarista, hoje padre jesuíta, a quem amo muito, porque ele era meu diretor espiritual.
E começamos a falar sobre o assunto do menino, minha sexualidade e minha vocação.
Foi a primeira vez na minha vida que falei sobre o que aconteceu em Medellín. Percebi que não tinha feito nada de errado. Ele disse: ‘Desculpe, peço desculpas pela Igreja por alguém ter feito isso com você’.
Ele me disse:
– Você vale muito, você tem coisas muito valiosas e não está certo o que fizeram com você.
– Não, eu estava lá, eu era maior, tinha 18 anos. Fiz errado.
Foi ele quem me mostrou que nunca tinha feito algo errado, porque até aquele momento pensava que era um filho da p*ta. Eu acreditava que tinha sido o culpado por ter concordado em entrar no quarto, por ter dito sim.
Ali, eu disse: ‘Aquele homem abusou de mim, aproveitou sua influência de poder e o que ele significava para mim para fazer isso’.
Acho que o que também se configurou como um abuso foi tudo o que aconteceu depois, esse sentimento de culpa que tive. Se tivesse tido vontade, por que me sentia culpado? Por que me sentia sujo e pecador? Por que tomei banho 80 vezes por dia por uma semana?
Isso não teria acontecido se eu quisesse ter dormido com ele.
E eu suspeito que o que aconteceu comigo pode ter acontecido com outros.
***
Para mim, foi maravilhoso como os jesuítas me trataram: ‘Você é a criação de Deus, e todos, como criação de Deus, que também é o que a Bíblia diz, fomos criados à imagem e semelhança de Deus’.
Não me sentia julgado por um padre, por Deus ou qualquer um. Algo que na Colômbia é mais difícil, mas que neste outro país era algo em voga. Na minha paróquia, havia casais gays que ficavam de mãos dadas na missa.
Algo que eu gostava muito nos sacerdotes jesuítas neste país é que eles perguntavam abertamente: ‘Você é gay, você é bissexual, você teve uma namorada, você teve namorado, você já se casou?’. E descobri que havia muitos jesuítas gays que viviam no celibato.
Não tive medo de repetir o que aconteceu em Medellín, porque eles estavam abertos.
Nesta época, aceitei que era gay. Aceitei que Deus não ia me julgar e que não me odiaria por ser gay, porque, no final das contas, ele me fez assim.
Para mim, foi como reconhecer minha sexualidade dentro de algo que era muito importante para mim, a minha fé.
Eu gostaria de me casar. Não há necessidade, mas funciona para mim. Assim como creio na confissão, nos sacramentos da Igreja, vou à missa com meu namorado…
Então, tive uma crise com a Igreja em 2011, quando decidi relacionar-me com alguém.
Essa pessoa dizia que Deus não queria que ele fizesse isso, ele era um cristão evangélico.
Naquela época, também decidi que não queria mais ser padre.
***
Sobre o voto de castidade, não sei. Não sei, porque quando estava dentro (da igreja) e queria ser padre, era a favor do voto de castidade, porque não exigia que eu tivesse uma esposa e eu não queria ter uma esposa, por razões óbvias.
Fui celibatário por anos e passava meses sem me masturbar. Porque a religião era muito forte para mim.
Mas acho que é uma escolha de vida no final das contas, que todos devem decidir se querem ou não e não deveria impedir alguém de ser sacerdote.
Tenho um amigo jesuíta estrangeiro, já um senhor, que é gay. Ele me disse que, quando estava no início da formação, teve um namoro e que toda a comunidade sabia disso – isso era bem manejado pela comunidade.
Tenho muitos amigos jesuítas abertamente homossexuais, que não julgam, que aceitam o assunto e que também vivem celibatos.
Um amigo jesuíta estrangeiro me disse abertamente: ‘Nós podemos nos masturbar sempre que quisermos e nada acontece’. Em outra comunidade na qual vivi, não podia se masturbar. É diferente.
***
Quando voltei a visitar o país estrangeiro, eles começaram a explorar todos os escândalos (dos abusos) nos Estados Unidos. Eu vi um documentário sobre o assunto e disse: ‘Estes são filhos da p*ta’. Eu escrevi para o meu diretor espiritual: ‘Vi esse documentário e estou chocado, isso não pode estar acontecendo’. Disse isso a ele porque ele foi o único que me fez ver que não tinha sido eu o desgraçado, mas o padre que me fez sentir assim.
Estes casos da vida real me convidaram a fazer isso, a estar aqui com você hoje, para tomar esta decisão [de contar sua história].
O que eu vejo é que a Igreja, apesar de ter uma posição de ‘vamos julgá-los’, acaba não julgando-os.
Penso que o importante é pedir ao papa que faça justiça, já que em todo o mundo há muitos casos de abuso de autoridade, abuso sexual, manipulação, abuso psicológico… Coisas que não devem ser permitidas dentro da Igreja, porque é uma instituição em que teoricamente a bondade é a coisa mais importante, a fé, a ajuda aos outros, o amor ao próximo.
Mas acredito que haja uma minoria que não é fiel ao que professa. Portanto, que haja justiça, rigidez e que não sejam feitas concessões àqueles que abusaram.
De qualquer forma, com o papa vejo uma melhora. É que mudar uma Igreja tão conservadora e tão grande é algo que não se faz de um dia para o outro. Há algo que para mim tem sido muito especial neste papa: ele é jesuíta. Os jesuítas me educaram na faculdade e acho que me educaram de uma forma integral, e eu gosto dos aprendizados que recebi.
Com eles, eu não me sentia julgado, quando internamente e pessoalmente aceitei minha sexualidade – isso me ajudou a evitar crises que muitos católicos podem ter. E, além disso, entendi muito mais sobre os jesuítas e os avanços que eles representam. Um jesuíta uma vez me falou: ‘A Igreja é como uma série de anéis, dentro há comunidades que permanecem no centro e puxam para o centro, e os jesuítas estão sempre na borda exterior e sempre trouxeram revoluções para a Igreja’.
Então, para mim, o papa é alguém que está puxando para fora e eu acho que é consistente. Acredito que ele gostaria de mudar muitas coisas, mas também acho que ele é um estrategista político e, se fizesse isso de um dia para o outro, perderia o diálogo.
Penso que o papa fez coisas boas. Há alguns jesuítas que amo muito, que se dedicam às comunidades. Hoje, sei que esse era o meu sonho, a razão pela qual sempre quis ser um padre: dedicar-me aos outros. Eu acho que papa Francisco está nessa linha.
Há momentos em que sinto vontade de tentar ser padre novamente. Penso que os anos mais felizes da minha vida foram aqueles, estando no seminário. Provavelmente agora tenho coisas que eu não tinha antes: a liberdade é o que eu mais tenho.
Meu namorado me fez essa pergunta. Deixei o assunto para lá, porque agora estou em um relacionamento e estou construindo isso. Mas eu acho que, no futuro, e porque eu sei de jesuítas que começaram aos 40, é possível que eu descubra que minha coisa não é estar com alguém.
Sendo honesto, não acho que vá me interessar ser padre.’
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Funaro diz que Temer recebia e intermediava repasses de propina


Além disso, doleiro disse que Temer teria cobrado caixa 2 em favor da campanhas de aliados

Funaro diz que Temer recebia e intermediava repasses de propina
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 19 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA DELAÇÃO
Homologada recentemente pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro aponta que o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu e intermediou repasses de propinas a políticos.

Além disso, Funaro disse que Temer teria cobrado caixa 2 em favor da campanhas de aliados, conforme mostram as informações obtidas pela publicação em torno da colaboração, que foi negociada pela defesa do doleiro por três meses.Reportagem da revista Veja deste fim de semana aponta que Temer teria recebido dois repasses de uma 'conta-propina' administrada por Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e que está preso desde outubro de 2016 em Curitiba.
Em sua delação, Funaro admitiu que nunca conversou sobre dinheiro com Temer diretamente. Cabia a Cunha ser o interlocutor do então vice-presidente da República e presidente do PMDB. O doleiro diz que Temer “sempre soube” dos esquemas ilegais.
"Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões [de propina] com Temer", afirmou Funaro na sua delação. O doleiro revelou ainda que Temer teria recebido dois repasses: um de R$ 1,5 milhão, do grupo Bertin, e outro de R$ 7 milhões, originados da JBS.
A assessoria do presidente já divulgou que Temer não conhece Funaro e que pode, em uma ocasião, ter se encontrado com ele no passado em um aeroporto, mas que ambos não tinha qualquer relação.
Funaro confirmou ainda, em sua colaboração, que Joesley Batista, dono da JBS, lhe prometeu R$ 100 milhões em troca do seu silêncio. Os repasses chegaram a R$ 4,6 milhões, até que o empresário virou delator e denunciou o esquema, inclusive gravando uma conversa com Temer na qual teria falado sobre os pagamentos a Funaro e a Cunha.
Nos bastidores, especula-se que a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer dependia da homologação da delação de Funaro. A expectativa é se ela será mesmo feita antes do dia 17 de setembro, quando termina o mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Anteriormente, Janot disse que “enquanto houver bambu, vai haver flecha”, em uma analogia a provas e denúncias contra envolvidos em crimes investigados pela PGR. (Sputnik)

Funaro mostrou provas de que Temer recebeu R$ 13,5 milhões em propina



Homologada na última terça-feira (5), a delação premiada de Lúcio Funaro promete revelar que Michel Temer recebeu R$ 13,5 milhões em propina, segundo trechos obtidos pela Veja. Segundo aponta a matéria, o doleiro, que comandava as finanças do PMDB, afirma que nunca conversou diretamente com o presidente sobre o esquema de propina, mas que sempre era informado pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
De acordo com a reportagem, Funaro apontou que Temer recebeu repasses de R$ 1,5 milhão do grupo Bertin, R$ 7 milhões da JBS e outros R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, com parte da campanha de Gabriel Chalita para a prefeitura de São Paulo em 2012. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB", revela Funaro nos trechos obtidos pela revista.

Com o conteúdo da delação em mãos, Rodrigo Janot, deve apresentar em breve a segunda denúncia contra o presidente. A questão agora é sobre a força desta nova acusação após o procurador-geral da República determinar a abertura de uma investigação de indícios de omissão de informações pelos delatores da JBS em acordo prestado com a PGR.
2091 visitas - Fonte: Info MOney

Entrevista:SE TIVESSE CULPA, NÃO OLHARIA NA CARA DO POVO BRASILEIRO DISSE LULA.



Ricardo Stuckert

247 – No dia em que encerrou sua caravana pelo Nordeste, em São Luís (MA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista exclusiva ao 247, em que fez um balanço da viagem e também falou sobre a preparação para o encontro do dia 13, com juiz Sergio Moro.

"A única coisa que eu tenho a oferecer ao povo brasileiro é a minha inocência. Se eu tivesse alguma culpa, eu não teria a coragem de olhar nos olhos do povo brasileiro e de uma velhinha de 90 anos que vem de longe me ver", disse ele, na entrevista concedida aos jornalistas Leonardo Attuch, Paulo Moreira Leite e Leonardo Stoppa.
Sobre o depoimento judicial, que vem logo depois uma avalanche de carinho do povo brasileiro, Lula soltou uma ironia. "Espero que o Moro me abrace", afirmou. 
Confira, abaixo, o vídeo da entrevista e também a transcrição do depoimento, concedido na terça-feira 5, antes do depoimento de Antônio Palocci:
247 – Como nosso tempo  é curto, presidente, gostaria de pedir um balanço da caravana. O que foi mais marcante?
Lula – A caravana atendeu as expectativas que eu tinha quando pensei em fazer a caravana. Primeiro, para medir o nível de vida que as pessoas estão vivendo hoje depois de passar por um período em que houve a maior inclusão social do país. E o que me deixou muito satisfeito é que diferentemente das pessoas que não viveram, que não receberam as políticas sociais ou que não participaram delas, o povo mais humilde deste país tem a nítida noção do que serviu cada política pública que nós fizemos. Seja o Bolsa Família, seja o Luz para Todos, seja o PAA, seja o Prouni, seja o Pronatec... as pessoas têm na cabeça e ninguém vai apagar isso. Essa é a primeira coisa. A segunda coisa que eu queria provar é que a grande imprensa não faz a falta que eles pensam que faz.
247 – Não passou no Jornal Nacional...
Lula – Já não tinha passado a primeira que eu fiz, essa também não passou, e certamente muita gente, muita gente assistiu a caravana, participou da caravana, compartilhou notícias da caravana, sem precisar dos meios de comunicação. Ou seja, aos poucos a gente vai mostrando que se os meios de comunicação quiserem ser respeitados eles tem que ser sérios, ter muita seriedade.
PML – Vi vários comícios e o que o sr. sempre falou foi do ânimo e da esperança. O sr. falou no comício: 'a única coisa que quero dizer a vocês é não desanimem'. Em outro comício: 'vou lutar até o fim da minha vida para provar que o povo pode ser feliz'. O sr. já fez muita caravana aqui. Por que neste ano a mensagem da questão da esperança era tão importante?

Lula – Primeiro, você não participou de nenhum comício. Você participou de manifestações públicas. Veja, não acho que seja possível alguém viver se não tiver esperança, se não tiver um sonho. E eu não quero que o povo desanime. Acho que o povo tem que acreditar que da mesma forma que ele conseguiu conquistar muitas coisas no período de 2003 a 2014, ele pode conquistar, ah estamos num momento difícil, economia, política e tal. Mas isso é passageiro. A gente pode levantar a cabeça e conquistar. E acho que este povo do Nordeste tem disposição de continuar lutando para que a gente mantenha a esperança acesa, que a gente possa reconquistar a cidadania que já tivemos um dia.
247 – Hoje, ao que tudo indica, se for pela vontade pública, o sr. poderá assumir novamente a presidência. Como o sr. vai fazer para trazer de volta aquele Brasil dos seus oito anos de governo?
Lula – Penso que fazer o óbvio é a coisa que mais dá certo em um governo. Ou seja, você tem que fazer aquilo que é preciso fazer. Precisamos fazer com que o povo volte a sonhar, que o povo volte a ter expectativa de trabalho, que o povo volte a ter perspectiva de ganhar um salário, que o povo volte com a perspectiva de que com pequenas medidas econômicas a gente possa voltar a movimentar a chamada macroeconomia.
Quando eu estava na Presidência eu dizia nos debates aí fora, estava o Meirelles, Dilma, Guido e eu, e eu dizia que a macroeconomia brasileira só deu certo porque tinha uma microeconomia funcionando fortemente. Muito financiamento, muito crédito, muito dinheiro para inclusão social. Bolsa Família, Luz Para Todos eram programas que colocava dinheiro na veia para que as pessoas pudessem ter acesso as coisas.
Tem gente que ainda fala que não, que o Lula fez uma política econômica baseada no consumo e é preciso fazer uma política econômica baseada no desenvolvimento industrial. De vez em quando eu vejo isso. Quero saber se haverá política industrial se não houver consumo. Ou seja, qualquer investimento industrial parte do pressuposto de que o povo vai consumir o produto produzido. Portanto, as duas coisas caminham juntas.
247 – Para não fugir da caravana, quais foram os momentos mais emocionantes que o senhor viu nestes 20 dias?
Lula – Uma das coisas mais emocionantes para mim, hoje de manhã aqui, no prédio, eu ia descendo e tinha uma médica e ela disse pra mim: 'olha presidente, queria lhe dizer que eu sou médica e antes do Senhor chegar no governo eu dava atestado médico para criança que morria de fome e durante o seu governo eu nunca dei um atestado para criança que morria de fome'. Isso para mim valeu a pena de ter governado o país. Outras coisas que mais ouço são os agradecimentos que as pessoas tem pela possibilidade de subirem um degrau na escala social.
Seja o Prouni, o FIES, seja o Pronatec, ou seja, as pessoas são agradecidas aquilo que possibilitou eles evoluírem um pouco. Então fico muito sensível, emocionado. Às vezes choro porque é muito gratificante você saber que uma pessoa te diga na tua cara assim ó: 'eu passava fome e por sua causa eu parei de passar fome'.
247 – O sr. fazia questão de aparecer, parava na estrada. O senhor chegava, tinha cem pessoas reunidas, o sr. saía e pelo menos saudava a população, mesmo quando os médicos, quando a médica dizia “não faça isso porque a voz está ruim”. Como foi isso? 
Lula – Foi para isso que fiz a caravana. Para ter contato direto com o povo. Ou seja: não é possível que passe numa estrada e tenha 50 pessoas, dez pessoas, e eu não pare para cumprimentar, pelo menos para falar um bom dia. É o mínimo de respeito que tenho que ter pelas pessoas que foram... Tem pessoas que andaram 200 quilômetros para estar na beira da estrada só pra pegar na mão. Isso para mim vale tanto quanto um comício de 1 milhão de pessoas porque minha relação com a sociedade não é de quantidade, é de qualidade. É ver os olhos das pessoas, sentir o coração das pessoas. Uma coisa que me impressiona muito são as mulheres, as velhinhas de 80 anos, de 85 anos dizerem que me ama. É um amor de respeito, um amor de gratidão, sabe?
247 – O sr. foi recebido por uma onda de carinho inédita, poucas vezes vista na história do país. Mas semana que vem, de certa forma, o sr. tem um encontro com o Judiciário, tem um depoimento. Como é que vai ser este contraste do Lula que foi abraçado pela população e agora tem mais um depoimento, todo aquele stress?
Lula – Eu espero ser abraçado pelo Moro. Eu trato isso tranquilo, porque eu tenho consciência da minha inocência. O Ministério Público criou uma nave-mãe monstruosa, com aquele power point. Eu vou lá com a mesma tranquilidade que fui no primeiro, sabendo que vou dizer a verdade, mesmo que eles não queiram ouvir. Eu to como naquela música do Zeca Pagodinho: deixa a vida me levar.
247 – A internet hoje mostra uma verdade diferente daquela que a Globo e outros meios transmitem. Que mensagem o sr. mandaria para quem o assiste agora?
Lula – A internet vai fazer com que os meios de comunicação deixem de achar que são os donos da verdade e deixem de agir como donos da verdade. São milhões de pessoas que conseguem ter acesso a informação e estão interagindo com a informação. Aos poucos, a televisão vai percebendo que não dá mais para fazer televisão mentirosa. Essa caravana provou que é o possível o povo ter informação sem precisar da Rede Globo.
247 – Muita gente avalia que o objetivo dessa caçada é banir o sr. da vida pública deste país. Se isso vier a acontecer, como o sr. acha que o povo brasileiro vai reagir e como acha que deve reagir?
Lula – Eu não posso dizer como o povo deveria reagir. O povo deve reagir de acordo com a sua consciência. Eu espero que as pessoas possam se informar e acompanhar para fazer o meu julgamento e o do juiz. Eu tenho dito o seguinte sempre: o que tenho a oferecer ao povo brasileiro é a minha inocência. Eu não teria coragem de olhar nos olhos do povo brasileiro e de beijar uma velhinha chorando se tivesse alguma culpa. Eu não vou mentir para o povo brasileiro.

Nota de Falecimento...

Recados de Dia dos Finados A família França, perdeu ontem ,mais um de seus membros aqui na terra. Com certeza, junta-se-á a tantos outros , no lugar a que Deus nos reservou mais pertinho dele. Faleceu ontem , no finalzinho da tarde a senhora Severina Maria de França Silva. Irmã de Margarida (conhecida por Margarida de Santinha),. Não tive muito convívio com ela, pois viveu muito tempo em Recife e é uma das minhas primas mais velha. Porém o sentimento é de solidariedade a todas os primos, seus irmãos e irmãs, sobrinhos e filha.
Sabemos que  a morte não é o fim. Apenas um passo a mais para perto de Deus.
Descanse em paz minha prima Severina. Segure na mão de Deus e vá confiante. Os anjos lhe esperam.
Convidamos a todos para o sepultamento logo mais as 14;00 h no cementério de Orobó e agradecemos desde já, a presença de  todos que comparecerem a este ato de fé cristã.

Por Madalena França.

Escolas estaduais Rita e Abílio Abrilhantaram o 7 de Setembro com muita emoção...

As escolas deram um Show Pela Avenida Principal da Cidade. Emocionados emocionaram a todos.

Foto de Emíllia Manuella. Quem viu e ouviu não conteve as lágrimas. Este blog por razão de força maior, não esteve presente. Mas teve a oportunidade de assistir alguns vídeos. Foi magnífico  vê esses alunos da Escola Rita, gritarem o nome de Assunção, como se grita desesperado por uma Mãe. Foi de arrepiar!
Bateu uma enorme saudade daqueles olhinhos brilhantes e aquele sorriso meigo.
 Para as blusas, escolheram a melhor foto dela. Parecia que ela estava viva não só no coração mas sorrindo brilhante ali presente. E podem ter certeza  que ela realmente estava. Deus e os anjos não iriam deixar que ela não se fizesse presente no lugar onde ela foi mais feliz. Aquela força e garra com que aqueles alunos tocaram e gritaram, era um eco vindo do Céu ,presente de Deus, para os oroboenses saudosos daquela que foi um ícone na Educação de Orobó. Deus te abençoe e te guarde querida Assunção.Foto de Sandra Silva.
Mas o meu Abílio ,onde estudei e tenho Orgulho de dizer, que era um dos primeiros lugares da 5ª a 8ª séries, não ficou devendo nada. Lindos nas cores azul e branco, lembraram o também o colorido do Céu e da Paz. Não tive acesso as fotos ,mas vi um vídeo lindo, onde as meninas dançaram graciosamente o balé  Arrebenta. Tudo muito lindo. Parabéns a todos!

DEPOIS DESSA MATÉRIA ENCERRADA COMEÇARAM A CHEGAR AS FOTOS DA MINHA AMADA ESCOLA ABÍLIO. E AQUI ESTOU EU PUBLICANDO. LINDOS!



Foto de Luciana Silva.
Por Madalena França.

Temer e Cunha pagaram propina a deputados para derrubar Dilma, diz Funaro



No ano passado, no período em que começou a tramitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha e Michel Temer “confabulavam diariamente”, segundo o doleiro e delator Lúcio Bolonha Funaro.

Na véspera da votação da aceitação do processo na Câmara, Cunha enviou uma mensagem a Funaro perguntando se ele teria disponibilidade de recursos para comprar os votos necessários para que a Câmara aprovasse a abertura do processo. Sem outros detalhes, Funaro diz que disponibilizou o dinheiro. http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=98481&po=s

Geddel vai preso. Será que vai dizer que o dinheiro era de Lula?


confirmaporco
A Polícia Federal prendeu, de novo, Geddel Vieira Lima.
A Globo, em toda a cobertura, diz que ele foi “ministro de Lula”.
A menos que a dinheirama esteja guardada nas malas desde março de 2010, quando ele saiu do governo para se candidatar contra Dilma, há alguma relação com o ex-presidente?
Geddel esteve no governo Lula por que o PMDB o exigiu, pela mesma razão que esteve na Caixa, cota de Temer também ocupada por Moreira Franco.
Mas na antessala de Michel Temer, desde o primeiro dia do golpe, esteve por livre opção – ou necessidade, como mostrou o caso do ex-ministro Antonio Calero.
É impressionante como se faz notícia no Brasil, o que faz a charge do Aroeira, acima, ter um sentido amargo.
Ninguém lembra que ele era articulador de Fernando Henrique, como líder do PMDB na Câmara em seu governo, ou que era cabo eleitoral de Serra, em 2002 e 2010.
Lula é uma obsessão da qual não se livram.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Palocci e a miséria humana


judas
Comento, com mais calma, o episódio do depoimento de Antonio Palocci a Sérgio Moro, pois  trabalhei precariamente entre a tarde de ontem e agora, em função de uma participação num debate sobre jornalismo econômico no Congresso do Conselho de Economistas do Brasil, em Belo Horizonte,ao lado  de Luís Nassif ( GGN), Ricardo Conceição (editor da revista Conjuntura Econômica, da FGV) e João Borges ( da Globonews) que, brevemente, publicarei aqui.
Tenho um “defeito” antigo de observar, além do “o que se diz” o “como se diz”, é é justamente aí que a “bomba” de Palocci perde a força.
Embora lhe tenha dado as manchetes, até a imprensa conservadora manteve um “pé atrás” com as supostas revelações do ex-ministro.
As frases de efeito  – como a do “pacto de sangue” – e os ronronados para Sérgio Moro, a quem oferecia mais do que lhe era pedido nas perguntas deixavam claro que ali estava um gato, disposto a arquear o dorso ao novo dono e a cravar as garras no velho amigo.
Em nada lembrou o comportamento constrangido que teve na história do caseiro Francenildo ou na sua demissão do governo Dilma, quando não foi capaz de justificar suas rendas pessoais, alegando “cláusulas de confidencialidade” nos negócios que teve com empresas.
Ali, era um Palocci contido, constrangido, escorregando em evasivas, nem um pouco com o este, assertivo, afirmativo e… sem provas.
Como disse antes, o Palocci sabujo foi inconvincente até para a a direita e pode ter  fracassado no seu evidente objetivo de, somado às iniciativas do igualmente desmoralizado janto, levar um Lula alquebrado para seu segundo confronto com Sérgio Moro, daqui a três dias, em seu depoimento.
É aposta errônea, pois não o levaram ao desespero e , ainda que o consigam, a história mostra  que o sacrifício  pode acabar sendo vitória.
Creio que seguem o mesmo padrão de erro e nele se aprofundam.
Andam à procura de um Judas, sem saber que também com  um Judas se faz um Cristo.

Palocci não é Delcídio nem Pinheiro, mas precisa apresentar provas...

 Trecho de Um texto do Blog do Magno Martins.

Ontem, Palocci disse que o tal “pacto de sangue” entre Lula e Emílio Odebrecht teria sido relatado a ele pelo ex-presidente numa conversa no dia seguinte. Em outros momentos, indagado como soube dos fatos que tornou públicos, ele repetiu que os ouviu diretamente de Lula.
Portanto, mais uma vez é a palavra de um acusador contra a de Lula. O caso JBS está mostrando como é arriscado confiar na palavra de quem deseja se livrar da cadeia. Palocci deu um depoimento ontem que contraria falas anteriores dele. O testemunho também tem contradições com depoimentos de Marcelo Odebrecht e do próprio Emílio Odebrecht.
Palocci mudou a sua versão após quase um ano na cadeia e depois de ter sido condenado por Moro a 12 anos de prisão, situação semelhante à que aconteceu com Leo Pinheiro. É necessário que ele vá além das palavras e apresente provas, sob pena de Moro condenar Lula mais uma vez, como fez no caso do apartamento no Guarujá, fundamentalmente ancorado na palavra de um acusador. Naquele caso, que guarda semelhança com o tema debatido ontem, a compra de um imóvel para nova sede do Instituto Lula que acabou não se concretizando, Moro se baseou na versão de Leo Pinheiro.
Palocci é muito mais próximo de Lula do que Pinheiro, mas precisará ir além de expressões como “pacto de sangue” ou de dizer que palestras contratadas pela Odebrecht eram propinas, porque diversas outras empresas pagaram o mesmo valor para ouvir Lula. Essas empresas pagaram propinas também?
Mais uma vez, um acusador usa a palavra propina para definir toda a relação entre uma empresa e um político. Havia concordância ideológica entre a Odebrecht e Lula. A empresa achava importante disputar projetos na América do Sul e na África. Lula tinha interesse na integração latino-americana e via na África um mercado promissor para empresas brasileiras. A projeção geopolítica do Brasil nessas regiões incomodava interesses americanos, chineses e franceses.
Logo, colocar tudo num balaio de propina é dizer exatamente o que acusadores e Moro querem ouvir. O depoimento de Palocci tem gravidade, mas não pode ser comprado 100% pelo valor de face.
No áudio de Joesley Batista que veio a público, ele conta a Ricardo Saud que a saída é chamar todo mundo de bandido para dizer o que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, gostaria de ouvir. É óbvio que Palocci busca um acordo de delação premiada com o que falou ontem a respeito de Lula, Dilma e o PT.
Para rebater o ex-ministro da Fazenda, a defesa de Lula deverá manter a linha estratégica de que a obtenção de depoimentos contra Lula contraditórios com falas anteriores acontece após longo períodos de prisão, ferindo o devido processo legal. Portanto, é preciso cautela e ouvir Lula, que vai depor na semana que vem novamente perante Moro em Curitiba.

Temer é recebido com vaias no desfile do 7 de setembro





O evento custou aos cofres públicos cerca de R$ 790 mil, R$ 300 mil a menos do que em 2016

O ilegítimo e golpista Michel Temer foi recebido sob fortes vaias, na manhã desta quinta-feira (7/9), no desfile do 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios. Temer, achando que estava abafando chegou às 9h acompanhado da  Marcela Temer, e o filho mais novo, Michelzinho. A família subiu ao palanque onde esperam a chegada de vários ministros. Temer dispensou o carro aberto e a faixa presidencial.Mas o povo não dispensou as vaias que correram soltas até o povo cansar

Compareceram também ao evento os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Raul Jungmann (Defesa), Torquato Jardim (Justiça), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) e a advogada geral da União, Grace Mendonça. Além deles, os presidentes do Congresso, Eunicio Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia. De autoridades do Distrito Federal, só está no local o governador Rodrigo Rollemberg, acompanhado da esposa, Márcia Rollemberg.

Em meio à crise econômica em que vive o país, o desfile cívico militar custou cerca de R$ 790 mil, para os cofres público. Dinheiro dos nossos impostos, que deveria estar sendo gasto com coisa muito mais util.  


Um dia a casa cai: casal na mira do MPP

 O MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO ABRE OS OLHOS PARA A “FARRA DAS FESTAS” EM SURUBIM E CASINHAS A paciência acabou. O Ministério Público d...