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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

TRF4 ensaia JULGAMENTO de EXCEÇÃO contra LULA


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Não deu tempo nem de piscar. Menos de 48 horas após a mais recente pesquisa Datafolha mostrar que a maioria esmagadora do eleitorado brasileiro NÃO acredita na seriedade das condenações que a Justiça está impondo a Lula, essa mesma Justiça se apressou em dar provas de que o eleitorado tem razão.
O recurso do ex-presidente Lula contra a condenação imposta pelo juiz Sergio Moro tramita em velocidade supersônica no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Segundo relato do diário gaúcho Zero Hora, precisamente às 14h16min da última sexta-feira(1/12), o relator da Lava-Jato naquela Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, concluiu seu voto exatos 100 dias após a apelação do ex-presidente chegar ao seu gabinete.
Levantamento do Jornal Zero Hora nas apelações já julgadas pelo tribunal mostra que, em média, o relator demora 275,9 dias para proferir seu voto. Para Lula, porém, não foram necessários mais do que cem dias.
Em nota oficial em que comentou a tramitação dos casos da Lava-Jato, o desembargador Paulsen – um dos três que julgará Lula – justificou assim a rapidez inédita para Lula:
Embora cada processo tenha a sua particularidade, muitas questões já contam com precedentes e isso tem facilitado gradualmente os julgamentos, tornando-os menos trabalhosos, o que permite que sejam aprontados mais rapidamente. A razão é, portanto, prática, relativa à preparação dos julgamentos. Não tem nenhum caráter político”
Me engana que eu gosto.
Lula foi condenado em 12 de julho a nove anos e seis meses de prisão. Na sentença, Moro diz que o petista recebeu da OAS R$ 2,4 milhões em propina. Em troca, teria direcionado à empreiteira contratos na Refinaria Presidente Getúlio Vargas e na Refinaria Abreu e Lima.
Que provas Moro usou para condenar Lula? As acusações do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, e Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás que mantinha negócios com a OAS, e de José Afonso Pinheiro, ex-zelador do condomínio em que fica o tríplex no Guarujá.
Tanto Pinheiro quanto Duque negavam envolvimento de Lula, mas, após serem condenados a penas que vão de 30 a 50 anos de prisão, fecharam acordo com a Lava Jato e passaram a acusar Lula. Nunca apresentaram qualquer prova das acusações que fizeram.
Já o ex-zelador disse ao jornal O Globo que viu Lula mais de uma vez visitando o Triplex e, assim, acabou saindo várias vezes naquele jornal. A exposição o estimulou a uma tentativa de se eleger vereador em Santos nas últimas eleições municipais, pelo Partido Progressista (PP). Ele não se elegeu e tampouco apresentou qualquer prova de suas acusações.
Essas três pessoas (Pinheiro, Duque e o ex-zelador) são tudo que Moro usou para condenar Lula pela posse de um apartamento que nunca foi habitado por ninguém e que está até hoje em nome da empreiteira OAS, que, inclusive, deu o imóvel em garantia de negócios que fez.
A apelação de Lula chegou ao TRF4 em 23 de agosto, 42 dias após a sentença de Moro, que atuou como pôde para garantir que o processo fosse julgado com rapidez inaudita pela segunda instância.
Caso tenha a condenação confirmada antes disso, ainda cabem recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, mas seria uma situação inédita nas disputas eleitorais no país.
Os próximos passos
1) Revisor da Lava-Jato no TRF4, Leandro Paulsen, examina o processo e elabora seu voto.
2) Votos são disponibilizados para os três desembargadores da 8ª Turma
3) Quando os três integrantes estiveram com seus votos prontos, o presidente da turma, Leandro Paulsen, marca o julgamento da apelação.
4) Se o julgamento for por unanimidade, cabem embargos de declaração, recurso para explicar algum ponto da decisão. Contudo, em caso de condenação, os desembargadores podem decretar execução imediata da pena.
5) Após julgamento dos embargos, cabe recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça e recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal.
6) Se o julgamento na 8ª Turma não for por unanimidade, cabe novo recurso, os embargos infringentes.
7) Os embargos serão julgados pela 4ª sessão do TRF4, que inclui a 7ª e a 8ª turma.
8) Após essa decisão, ainda cabe recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça e recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal. Se aceito, o recurso cessa efeitos sobre eventual condenação.
É assustador ver a pressa do Judiciário – ou, ao menos, dessas instâncias do Judiciário para condenar Lula. Nunca se viu um processo tramitar com tal velocidade. E não se explica por que tanta pressa.
O Judiciário nunca foi assim. O processo do ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo tramita na Justiça há 12 anos e ainda não se tem uma condenação definitiva dele, apesar de haver sido encontrado até um cheque de propina em sua conta.
A pressa é inimiga da Justiça. O Judiciário parou todos os seus trâmites só para impor condenação com uma velocidade que jamais um tribunal brasileiro impôs a políticos amigos da Corte como os do PSDB.
Os trâmites e as decisões serenas da Justiça constituem condição primordial para que, ao tirar a liberdade de um ser humano, ainda mais sendo idoso como Lula, todos os caminhos e recursos possíveis sejam esgotados.
Lula tem 72 anos. É um idoso. Existe a possibilidade de não sobreviver à condenação imposta por Moro. Se for condenado e preso, terminará seus dias na prisão. A Justiça brasileira abriu uma exceção para Lula e foi ineditamente rápida. Por isso esse tipo de julgamento se chama julgamento de exceção, um tipo de julgamento próprio de ditaduras.
Mas que a direita não se engane. Pode prender o corpo de Lula, mas não pode prender o que ele significa. Se quiserem tornar mártir o primeiro presidente brasileiro que reduziu de fato a pobreza e a desigualdade, darão ao povo um símbolo da eterna Lula contra essa burguesia nefasta que infelicita o Brasil.
Assista, abaixo, a reportagem em vídeo e, em seguida, um segundo vídeo que explica como você pode ser notificado toda vez que o Blog da Cidadania publicar nova matéria.

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Quem vai ficar com Temer? Meirelles dá um “caia fora” em Alckmin


candsimesmo
A entrevista em que, na Folha, Henrique Meirelles produz o “autolançamento” de sua candidatura a Presidente é um retrato pronto e acabado das pretensões tecnocráticas sobre o Brasil.
“Dono do país”, Meirelles, do alto de sua portentosa intenção de voto de 1% e do crescimento de 0,1% do PIB, proclama seu direito imperial de ser o legítimo detentor do “legado” do Governo Michel Temer.
Logo ele que, quando surgiu a ameaça de cassação do atual presidente pelas denúncias da JBS (que ele presidia, até 2016) ofereceu-se logo para continuar no cargo.
Tão “legítimo” legatário do presidente ilegítimo se acha que dá logo um “chega pra lá” na amizade “colorida” de Geraldo Alckmin com Temer:
 (…)uma coisa é o apoio a determinadas reformas, outra é o apoio à política econômica atual, com todas as suas medidas e consequências. Não há, pelo menos até o momento, um comprometimento do PSDB em defesa dessa série de políticas e do legado de crescimento com compromisso de continuidade.
Vai além do “eu sou do Temer”, vai ao “o Temer é meu”.
Além de pretensiosa, uma declaração de enorme estupidez política, às vésperas da “última chance”  de aprovar a reforma presidencial, deixando claro ao tucanato que o governo quer dele o papel de “bucha de canhão” de uma decisão impopular para apresentar a ele, Meirelles, como o “herói da reforma” diante do mercado.
À espera do milagre de um crescimento veloz da economia – aqui não se discutem questões de pura fé – o autocandidato diz que o povo o espera: “a grande maioria da população ainda aguarda um candidato que não tenha posições extremadas e que vai refletir essa posição de comprometimento com o crescimento do país”.
E, claro, “este cara sou eu!”.
Triste a situação de um país que, escancaradamente, tem a economia e a Justiça regida por interesses eleitorais, embora com um diáfano verniz de que são tratadas por um olhar “técnico”.
A viabilidade política de Meirelles, no quadro de hoje, é risível e não dá a ele a menor condição de sustentar a soberba que manifesta em sua entrevista, inclusive ao tratar Rodrigo Maia como “um garoto de futuro”.
Mas isso não impedirá que haja quem o leve a sério, até porque contam com que a ânsia de ser o candidato “do mercado” alargará as possibilidade de ganhos financeiros e de mais avanço sobre o patrimônio público para os donos do dinheiro.

Em busca do apoio de prefeitos à reforma da Previdência, governo acena com R$ 3 bilhões para municípios…

Na semana decisiva de articulações para tentar aprovar na Câmara a reforma da Previdência ainda neste ano, o governo anunciou que, com as mudanças nas regras previdenciárias, o governo terá folga orçamentária em 2018 para ampliar os investimentos públicos nos municípios em R$ 3 bilhões. Metade deste valor deve ir para a área de saúde.

A ideia é atrair o apoio de prefeitos à reforma da Previdência. Esse foi o tema da reunião do presidente Michel Temer como integrantes da equipe econômica e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) na manhã desta segunda-feira (4).

“Estamos seguros da retomada do crescimento da economia e, com isso, da arrecadação, o que nos dará folga para ampliar os investimentos públicos no país”, disse Moreira Franco, relatando o que foi discutido na reunião desta manhã.

A promessa de investimentos nos municípios desperta interesse ainda maior dos parlamentares porque é justamente em ano eleitoral que eles vão buscar apoio de prefeitos para sua reeleição.

O governo tem feito sucessivos encontros para avaliar as possibilidades de aprovar mudanças no sistema previdenciário e, nesta semana, a estratégia é demonstrar otimismo maior com o placar. (Cristiana Lôbo/G1)

'Praça É Nossa' muda 'velha surda' para briga de 'coxinhas e petralhas'


Estreia do quadro humorístico abordará polêmica sobre arte e nudez

'Praça É Nossa' muda 'velha surda' para briga de 'coxinhas e petralhas'
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 10 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA MUDANÇAS
Após as demissões de Moacyr Franco e Paulo Pioli, "A Praça É Nossa" estreará um novo quadro na próxima quinta-feira (7) em que fará piada com a rivalidade entre "coxinhas" e "petralhas", segundo informações do UOL.
"Eles são de lados opostos, um é da esquerda e outro da direita. Tudo que eu falo, a 'petista' entende que eu agredi, que eu sou um 'coxinha'. O outro acha completamente diferente", contou Carlos Alberto de Nóbrega, em entrevista ao UOL.
O quadro "Os Politizados" é uma versão moderna da "Velha Surda", personagem de Roni Rios (1936-2001) que distorcia informações por não ouvir direito.

"É uma 'Velha Surda' da nova geração. Ele está falando uma coisa e a pessoa não entende. É o que a gente vive hoje nesse momento de esquerda e direita. As pessoas falam o que querem na internet e cada um interpreta do seu jeito, o que bem entende a sua ideologia", afirmou o roteirista Raphael Carvalho.
O primeiro quadro abordará a polêmica recente sobre nudez e sexualidade em exposições de arte. Rosária, a "petralha", levará o cartaz "Arte não é crime", enquanto Jairo, o "coxinha", aparecerá segurando a placa "Safadeza não é arte".

Lula: escolhido o Brasileiro do século...

Por Esmael

O Blog do Esmael tem o orgulho de anunciar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi escolhido O Brasileiro do Século.
Tal escolha se justifica pelos governos que ele fez (2003-2010), os quais retiraram milhões de brasileiros da fome e da miséria; outros milhares tiveram acesso à dignidade com políticas desenvolvimentistas e do pleno emprego; realizaram o sonho da casa própria, do primeiro carro, e entraram na universidade.
Lula é perseguido por setores do judiciário da velhaca mídia nas vésperas de eleições. Eles querem uma eleição presidencial sem o ex-presidente, mas, se isso ocorrer, será fraude.
Esse Prêmio de O Brasileiro do Século é um desagravo do Blog do Esmael e da mídia democrática e independente, bem como daqueles Operários do Direito que não se curvam à ditadura e ao abuso do poder estatal.
Lula é esperança para barrar o entreguismo e o golpe de bancos e rendistas que têm Michel Temer apenas como um fantoche.
O Blog do Esmael espera entregar pessoalmente o merecido Prêmio O Brasileiro do Século para Lula.

Gás de cozinha vai subir de novo amanhã mais de 8%


04/12/2017
Do G1
A Petrobras elevará os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg, o chamado gás de cozinha, em 8,9% a partir de terça-feira (5). O reajuste foi motivado principalmente devido à alta das cotações do produto nos mercados internacionais, segundo nota enviada pela estatal.
A empresa frisou que reflexos no preço final ao consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores. O aumento não se aplica ao preço do gás destinado a uso industrial e comercial.No ano, o preço médio do gás de cozinha no país acumula alta de 17,7%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O valor médio do botijão para o consumidor saltou de R$ 55,74 na primeira semana de janeiro para R$ 65,64 na semana encerrada em 2 de dezembro.
Pela nova política de preços adotada pela Petrobras desde junho, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passou a ser revisado todos os meses.

A Igreja pede honestidade:A ética está sendo pisoteada’, afirma secretário-geral da CNBB…


De formação franciscana, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, 67 anos, é uma das vozes do clero católico nacional atentas e preocupadas com os rumos político, econômico e social do país. É crítico à maneira como o governo federal conduz a economia e as questões sociais. Para ele, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, o governo do presidente Michel Temer “não está cuidando do Brasil” e também não é “atento às nossas riquezas”. Por não atento às riquezas, entenda-se privatização de empresas públicas e de recursos energéticos, a exemplo das reservas petrolíferas do pré-sal, e projetos que preveem a venda de terras brasileiras a estrangeiros. Por não cuidado com o Brasil, fala dos cortes orçamentários dos programas e dos projetos voltados às camadas pobres da população, bem como das propostas de reformas previdenciária e trabalhista. As preocupações foram expressas por dom Leonardo Steiner, quando de passagem pela capital pernambucana, onde participou, na Unicap, do Fórum Justiça e Paz, promovido pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife. Apesar do horizonte vislumbrado, de crise ética, da supremacia do mercado e do empobrecimento da população, o bispo frade, ligado à Ordem dos Frades Menores e doutor em filosofia, enxerga saídas. E defende uma igreja, tal qual o papa Francisco, a serviço. A serviço dos pobres, em especial.

A CNBB tem criticado os cortes orçamentários e as decisões do governo federal relativos às políticas sociais, mas com frequência se anuncia algo novo. Em matéria de cortes, chegamos ao fundo do poço? 

Só chegaremos ao fundo do poço quando o mercado tiver tomado conta de tudo. O que preocupa a CNBB são justamente os pobres. São eles que mais sofrem com a crise econômica e, especialmente, com a crise ética. A crise econômica é uma crise ética. A crise política é uma crise ética. Milhões de pessoas estão desempregadas. Isso significa famílias com dificuldade com o aluguel, com a alimentação. E o trabalho, antes com carteira assinada, agora é esporádico. Trabalho de exploração. Indígenas sofrem com o descaso e quilombolas, com o abandono. Essas ações contribuem para a violência, que cresce quanto mais a ética desaparece do horizonte. A convivência, a familiaridade com a violência, entra em um beco sem saída.

Continua…

O crescimento da violência seria, então, reflexo dessa tomada do poder pelo mercado? 

Não só. Diria especialmente pela falta de ética na política ou por não mais nos pautarmos pela ética. Então, a coisa pública, a lei, se pode fazer ou cumprir de qualquer forma. Quase não tem diferença da coisa pública e da privada. A ética está sendo pisoteada e ela é o que dá segurança à convivência humana, dá sentido ao estado para elaborar e cumprir leis, ajuda a compreender aquilo que deve ser julgado, aquilo que deve ser absolvido. Quando desaparece, desaparecem elementos vitais, como a questão da educação, da saúde.

Como deve ser retomado o caminho da ética?

É um trabalho longo, exigente, porque é preciso fazer de novo a pessoa despertar para a grandeza da ética. Fazer uma sociedade despertar para a questão da ética é difícil, mas é preciso, através de trabalhos nos meios de comunicação, de debate, de reflexão em pequenos grupos. Creio que a Igreja deve assumir isso com muita força, elaborando subsídios de reflexão para nossas comunidades, para grupos de famílias e de rua, para as nossas comissões de Justiça e Paz. Deve levar isso às universidades católicas. Conversar sobre a questão da ética. Sem a ética, o que é vital, a convivência humana entra em crise.

Para essa retomada, a CNBB já deu passos ou ainda vai iniciá-los?

A CNBB já deu muitos passos. Veja quantas notas temos emitido, quantos diálogos temos estabelecido e nossa presença no Congresso Nacional. Temos participado ativamente das audiências públicas no Congresso. Ou indo um bispo ou eu, como secretário-geral da CNBB. Ou enviando irmãos preparados e de uma boa visão do Evangelho. Temos sido ativos, por exemplo, no momento das eleições, mostrando que a ética tem a ver com o voto. O voto é uma manifestação da ética. Estamos agora elaborando um subsídio para as eleições do próximo ano. Talvez ainda falte fazer mais como Igreja. Irmos às nossas comunidades e abrirmos o espaço necessário para que as pessoas percebam a importância e despertem para a questão da ética. Quando a gente desperta para a grandeza da ética pauta a nossa vida por ela.

É possível o povo despertar para a ética com o desânimo e a descrença que tem hoje com a política?

Na pessoa humana existe sempre bondade. Sempre tem o desejo de justiça, de melhora, de realização, de chegar à plenitude, à maturação de si mesmo. Você pode conversar com a pessoa que se encontra na situação mais difícil, porém, à medida que se conversa, percebe-se que no fundo ainda há um desejo. Em uma pessoa com profunda depressão ainda há sinais da capacidade de amar. Em uma relação que se torna difícil, como em um casamento, você ainda pode perceber sinais evidentes de alguém que ama. E se é capaz de amar, tudo se refaz. Então, na pessoa humana existe essa grandeza. Não é automático. É preciso se deixar tomar de novo, como nos deixamos tomar pela esperança, pelo amor. Não podemos deixar de acreditar na pessoa humana, especialmente nós cristãos, pois toda pessoa humana é filho, é filha de Deus.

A CNBB fala em perdas de direitos. Além das notas emitidas e dos debates, existe uma articulação da Igreja com setores da sociedade para se buscar a reversão do que chama de perdas?

Nós não temos tomado iniciativa como CNBB. É preciso distinguir que quando falamos de Igreja estamos falando de todos os batizados, quando falamos de CNBB falamos dos bispos. No sentido de Igreja existem iniciativas. Católicos cristãos, por exemplo, têm tomado iniciativa nos sindicatos. Não é preciso esperar que o bispo ou a CNBB tome uma decisão. E grupos têm vindo conversar sobre as perdas dos direitos. Há inclusive uma iniciativa popular para se rever a reforma trabalhista. Muitos buscam na CNBB um apoio, uma palavra de iluminação, uma ajuda para reflexão. Mas não é tarefa da CNBB tomar essas iniciativas.

Nas críticas às reformas, trabalhista e previdenciária, a CNBB fala em desmontes de direitos. A entidade entende que está em curso um desmonte da constituição de 1988?

É mais do que evidente. Pessoas que não são bispos, que não são da Igreja, especialistas, dizem isso. Participei de um debate, no Senado, sobre a Previdência. E a reforma não é algo que todo mundo tem que engolir. Tem que debater. Que haja necessidade de mudança, nós nunca nos manifestamos contra, mas não pode ser uma mudança de cima para baixo, sem discutir com a sociedade. O grande problema em relação ao teto dos gastos públicos, à lei trabalhista, é que é feito em um gabinete, imposto à população. Deputados e senadores, não esqueçam que foram eleitos. E nossa sociedade, não se esqueça nas próximas eleições, no momento de votar, daqueles que tiraram direitos e empobreceram a população brasileira.

Em uma de suas últimas notas emitidas, a CNBB fala em divórcio grave entre os políticos e o povo. Onde se deu essa ruptura ou será que já existiu esse casamento?

Creio que houve mais diálogo, mais sensibilidade. É preciso dizer que temos deputados e senadores que não estão divorciados da realidade. Não só porque têm ido conversar com a CNBB, mas porque são homens e mulheres que têm defendido a sociedade nos seus direitos. Quando falamos em divórcio, estamos nos referindo no sentido genérico de que existe insensibilidade de grande número de deputados e senadores em relação a questões sociais e aos pobres. Da parte do governo, existe uma insensibilidade muito grande. Senão não haveria criado medidas provisórias para atacar os direitos.

A insensibilidade do governo teria motivado a portaria que alterava a definição de trabalho escravo?

Ali, creio, existe uma dificuldade um pouco maior. Existe um pouco de lobby, no sentido de grandes proprietários quererem modificar o conceito de trabalho escravo e também do modo de verificação e julgamento. Existem elementos de uma espécie de lobby para se continuar com as pessoas trabalhando em lugares degradantes, mas não podemos esquecer que é pelo trabalho que a pessoa se dignifica. Não é pelo trabalho escravo que a pessoa se torna mais digna, mais 

madura.

O papa Francisco pede que a Igreja Católica seja uma “igreja em saída”. Como isso se dá no Brasil?

Temos cada vez mais leigos, homens e mulheres, a serviço dos pobres. Diria que uma igreja em saída é uma igreja tomada pela misericórdia, atenta aos encarcerados. Olhem para o trabalho extraordinário das pastorais Carcerária, do Menor, do Povo de Rua, da Mulher Marginalizada. Por aí vemos que é uma Igreja em saída. Não é uma Igreja distanciada do mundo dos irmãos, mas atenta aos conflitos, ao sofrimento, ao descarte das pessoas. A Igreja do Brasil, neste sentido, é um sinal para outras igrejas de como a gente pode estar a serviço das pessoas. Creio que esse trabalho que temos tentado fazer, como CNBB, tem mostrado que queremos ser uma Igreja em saída, missionária, e que muitas vezes sofre. Sofre por causa da intolerância religiosa, da intolerância política, da intolerância de pessoas que não querem perceber que a Igreja está para servir. Que nós, como cristãos, como bispos, estamos para servir. E, às vezes, temos que servir realidades não aceitas na sociedade brasileira e que, às vezes, implica, em questões morais.

Por último, como o senhor vê o programa de privatização de grandes empresas e de fontes energéticas, como o tocado pelo governo Temer. Esse seria um governo, sob o que define o papa, em saída?

Não é um governo em saída. É um governo que não sai, que não está cuidando do Brasil, não atento às nossas riquezas. É um governo que não sabe nem cuidar de si mesmo. Muito menos do Brasil, para favorecer grupos. Isso é grave. Grave no sentido de que o Brasil precisa de suas riquezas. Porque o Brasil vai viver de suas riquezas. Essas riquezas devem estar, em primeiro lugar, a serviço dos brasileiros. Nós não podemos entregá-las. Isso significa depreciar a própria Petrobras. Significa que nós, devagar, estamos entregando nossas empresas. Economistas chamam atenção para tal aspecto. Vejamos a Lava-

Jato. Uma das críticas que se pode fazer à Lava-Jato, não em relação ao combate à corrupção, no que concordamos e achamos necessário, é que está penalizando as empresas e, com isso, penalizando as pessoas, que ficam sem emprego. Talvez uma das razões de tanta gente desempregada não seja só a crise econômica, mas a penalização das empresas envolvidas na corrupção. Em outros países salvaram as empresas e condenaram os donos. ( Jailson da Paz / Diário de Pernambuco)

Orobó: O que acontece com a fé e a Esperança da Nossa gente?

A Tradicional Noite dos Motoristas em homenagem a Padroeira como sempre muito carro, mas na Missa o vazio foi inédito!

Desde que me entendo por católica,ou seja, desde a infância que  já que dura 5 décadas, nunca vi uma Missa tão vazia no dia dos motoristas! Algo muito estranho está acontecendo. Os andores muito bonitos, a rua bem enfeitada, a Praça da Matriz está linda, porém faltou o principal. Calor Humano!
Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. A desesperança, talvez ! 
O Evangelho tratou do Primeiro Advento, tempo em que o povo clamava a Deus como se perguntasse ,porque nos  abandonastes? Vivia governado por um ditador e já não tinha tanta esperança, quando Deus veio o acolher e resgatar como barro na mão do oleiro . Coincidência ou não, eu vi de perto na nossa Orobó, a lembrança daquele povo. Um governante adentrar ao pátio da igreja praticamente sozinho, acompanhado de um ex-vereador e sua família de sangue. Mais atrás, seguia o andor o vereador Lúcio Ramos e cadê o povo?
Se entrassem todos, não enxeriam todos os bancos da Matriz.
Enquanto o padre celebrava, pessoas do meu lado conversavam sobre tudo, menos de Deus. Falava da pintura da casa que ficou mal feita, outros passeavam pra lá e pra cá. Eu me perguntava: Meu Deus ,o que está acontecendo com a fé do povo Oroboense?
Não sou de estar na missa todos os dias. Porém se vou a missa , é pra ouvir Jesus através da voz dos evangelizadores, e recebê-lo em meu coração.
Posso estar errada. Mas acho que a mistura de muita política com as coisas da fé ,deve estar afastando os fieis da igreja.
Os carros oficiais da PMO foram exibidos como troféus, saindo em destaques. Os motociclistas fizeram da Devoção Evento como Trilhas de Motos, barulhentos, muita algazarra,exibicionismo. Não sou dona da verdade. Só achei algo muito estranho,que nem eu mesma consegui entender. Para mim, foi algo, inédito!
Que Nossa Senhora  da Conceição, possa abençoar a todos nós, nos permitindo um coração mais humilde para festejarmos o grande Dia de 8 de dezembro. Que pelo menos nesse dia, esqueçamos as diferenças e limpemos nossa alma para sermos merecedores das bênção da Nossa Padroeira e Mãe de todos nós.
Do ponto de vista social. Era de se esperar menos pessoas na festa. Tempos difíceis! Crise econômica, falta do pagamento do Décimo, que em outros tempos ,já estava no nosso bolso antes do primeiro novenário, assaltos e violência constantes, o medo de sair de casa, tudo isso conta para o fracasso. Mas nada justifica aquela Missa tão Vazia.
Senhor! Nós cremos no vosso amor. Tende misericórdia de nós e aumentai a nossa fé.

Escrito por Madalena França.

Inflação semanal acelera em cinco das sete capitais pesquisadas…


A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em cinco das sete capitais pesquisadas, entre as semanas encerradas em 22 e 30 de novembro. Segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), na semana encerrado no último dia do mês a taxa foi a 0,36%, alta de 0,04 ponto percentual em relação à semana encerrada no último dia 22 (0,32%).

Os dados divulgados pela FGV indicam que a maior variação de preços ocorreu no Rio de Janeiro, onde a taxa saltou de uma deflação (inflação negativa) de 0,02% para uma variação positiva de 0,23% – alta de 0,25 ponto percentual.

A maior inflação, no entanto, continua sendo registrada na cidade de Porto Alegre, onde o IPC-S saltou de 0,69% para 0,74%. Já a menor taxa foi registrada em Recife, onde o IPC-S ficou em 0,14%, a menor taxa entre as sete capitais.

Em Brasília a taxa variou de 0,33% para 0,37%; em São Paulo, de 0,33% para 0,34%; em Belo Horizonte, de 0,2% para 0,28%; e em Salvador, de 0,5% para 0,2%. (Folha de Pernambuc

Orobó: Um encontro para celebrar a dignidade política e a vitória de ser cidadão pleno...

  No último domingo, 17 de Outubro, houve um encntro de amigos, que celebraram juntos o direito de ser livre, de ter dignidade cidadã, de di...