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sábado, 12 de outubro de 2019

Visita surpresa: alunos protestam contra deputados do PSL


Madalena França via Magno Martins
Estudantes do Pedro II protestam contra deputados do PSL que fizeram visita surpresa. Na campanha eleitoral, os deputados quebraram uma placa de rua com o nome de Marielle.
Estudantes protestam contra deputados do PSL no Rio de Janeiro Foto: Reprodução
Época - Por Guilherme Amado 

Alunos dos Colégio Pedro II de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, protestaram hoje a uma visita surpresa que o deputado federal Daniel Silveira e o estadual Rodrigo Amorim, ambos do PSL, fizeram à unidade.
Ao fim da visita, os estudantes chamaram os deputados de "deputado da milícia":
"Ô, Marielle, quero justiça, não aceitamos deputado da milícia."
Durante a campanha de 2018, os dois quebraram uma placa de rua com o nome de Marielle, do alto de um carro de som.
Amorim não deu bola:
“Grito de torcida. O árbitro no jogo ouve e sabe que não é verdade. É diferente de alguém me acusar de ligação com milícia formalmente, aí cabe processo e eu nunca hesito em processar"

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Triste Notícia: Lamento informar que o Jovem Matias da Cidade de Orobó sofreu um acidente fatal, próximo a Limoeiro.

Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos.



A fonte é:
Na noite desta quinta - feira, 10 / 10 ocorreu nas redondezas da comunidade de Gameleira em Limoeiro um acidente grave envolvendo um caminhão baú e um carro Onix. A vítima que dirigia o carro se chamava Mathias e residia na cidade de Orobó. que veio a óbito, Segundo testemunhas o carro Onix estava em alta velocidade em direção a carpina e colidiu com o caminhão que vinha na pista em direção a Limoeiro. outros dois ocupantes que estava no carro foi socorrido para o hospital em estado grave conhecido por Cezar, genro de Lenim de manibu.
a outra vitima conhecida por D irmão de gá da oficina e irmão de Eta, 
foi socorrido e se encontra consciente.
No local estão viaturas da PM e GATI, além de curiosos e populares. 

Tratamento usa células do próprio paciente e consegue reduzir câncer


Do R7

Postado por Madalena França

Senhor de 63 anos com previsão de um ano de vida reverteu avanço da doença após um mês de procedimento


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Grupo da USP é o 1º a testar procedimento na América Latina

Grupo da USP é o 1º a testar procedimento na América Latina

Divulgação
Diagnosticado com câncer e submetido a diferentes linhas de quimioterapia desde 2017, um homem de 63 anos com previsão de apenas um ano de vida reverteu o avanço da doença com um tratamento inovador feito com células reprogramadas dele próprio.
“A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observamos melhora clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor”, relata Renato Cunha, pesquisador associado ao CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
O tratamento foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do CTC (Centro de Terapia Celular) da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto.
Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático.
A terapia de células CAR-T foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de R$ 1,6 milhão (US$ 400 mil). Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala.
“Trata-se de uma tecnologia muito recente e de uma conquista que coloca o Brasil em igualdade com países desenvolvidos. É um trabalho de grande importância social e econômica para o país”, afirmou Dimas Tadeu Covas, coordenador do CTC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular.
O primeiro paciente foi atendido pela equipe do CTC e do Hemocentro do HC-FMRP-USP na modalidade de tratamento compassivo, que permite o uso de terapias ainda não aprovadas no país em casos graves sem outra opção disponível.
Agora, o grupo pretende iniciar um protocolo de pesquisa com um número maior de voluntários. “Já temos outros dois pacientes com linfomas de alto grau em vias de receber a infusão de células reprogramadas”, contou Cunha.

Política entreguista de Bolsonaro para o pré-sal será revista por governos de esquerda, garante Pimenta

Paulo-pimenta -complôO líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), anunciou hoje (10) que numa eventual volta da esquerda ao governo brasileiro as políticas entreguistas que o governo Jair Bolsonaro tem implementado para favorecer empresas petrolíferas estrangeiras na exploração do pré-sal serão revistas, já que ferem a soberania e os interesses nacionais. “O pré-sal é um patrimônio do povo brasileiro, por isso quando voltarmos ao governo, temos o compromisso de rever tudo que está sendo feito pelo governo Bolsonaro”, adiantou o líder. “É um aviso aos oportunistas que estão levando o nosso pré-sal a preço de banana!”.
O alerta do líder petista às empresas estrangeiras que estão se aproveitando das benesses do atual governo foi feito a propósito do megaleilão de petróleo do pré-sal da cessão onerosa, na Bacia de Santos, marcado para o dia 6 de novembro. A estimativa de extração do bloco a ser licitado é de 15 bilhões de barris de óleo equivalente. Pela cotação do barril no mercado internacional nesta quinta-feira (10), o total a ser extraído seria de US$ 885 bilhões, o equivalente à dívida pública brasileira.
Destruição criminosa
“Qualquer projeto político que realmente tenha compromisso com o povo brasileiro tem a obrigação revogar a destruição criminosa que Bolsonaro está promovendo, sobretudo no setor energético!”, comentou o parlamentar.
Pimenta lembrou que o custo de extração de petróleo na área do pré-sal é baixíssimo (US$ 7), o que torna a área uma das mais rentáveis – e produtivas – do planeta. “É um absurdo, é inaceitável o que o governo está fazendo”, disse o líder. Segundo ele, é preciso “lutar e resistir contra o ataque aos interesses nacionais”.
O pré-sal foi descoberto em 2006, graças à tecnologia da Petrobras e à ousadia do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu apostar na exploração do petróleo para impulsionar o desenvolvimento nacional. “O pré-sal era a grande oportunidade para conquistarmos definitivamente nossa soberania e independência tecnológica, abrindo caminho para investimentos maciços na educação, saúde e infraestrutura”, disse Paulo Pimenta.
Porém, conforme ponderou Pimenta, com o governo atual, “entreguista e subalterno aos interesses estrangeiros”, todos os avanços estão sendo jogados por terra. Pimenta lembrou que todos os ativos estratégicos da Petrobras, construídos ao longo de 66 anos da empresa, estão sendo desmantelados ou vendidos a estrangeiros. Se for consolidada a proposta da atual direção da empresa, o Nordeste, por exemplo, só terá presença da Petrobras no Rio Grande do Norte, alertou o líder do PT.
Assista:

Madalena França via Esmael Morais

Lula recebe prêmio internacional de direitos humanos


Publicado em 10 outubro, 2019
Do Blog do Esmael
Postado por Madalena França
O ex-presidente Lula (PT), preso político em Curitiba, recebeu nesta quinta-feira (10) a visita de Richard Trumka, presidente da maior central sindical norte-americana, a AFL-CIO, e de Pepe Alvarez, secretário-geral da maior central espanhola, a UGT.
Os sindicalistas aproveitaram o encontro com o ex-presidente para entregar a ele o Prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos.
“Quando escolhemos entregar o prêmio a Lula, ele foi aceito de maneira unânime por todos. É uma honra poder lhe entregar uma honraria em nome dos 56 sindicatos que, juntos, representam mais de 12,5 milhões de trabalhadores dos EUA”, disse Richard Trumka na saída da Superintendência da Polícia Federal.
Trumka também falou sobre a conversa que teve com Lula.
“Decidimos fazer três coisas em conjunto: pressionar a ONU a tomar uma decisão sobre o caso, também iremos ao Departamento de Justiça dos EUA para exigir explicações sobre o conluio armado por Sergio Moro contra o Lula e, por fim, pressionar para que haja um julgamento justo no STF e, assim, trazer a democracia de volta ao Brasil”, relatou.
Pepe Álvarez, secretário-geral da UGT, maior central sindical espanhola, também se comprometeu a ampliar de maneira aguda a mobilização por Lula no continente europeu.
“Vamos convocar todos os nossos 150 mil filiados para que trabalhem pela liberdade de Lula. Também pressionaremos o governo espanhol para levar aos tribunais internacionais a luta para que Lula seja livre e se acabe esta farsa. Isso é um compromisso que assumo”, disse.

Trump “dá o cano” no “Mito. EUA não apoiam Brasil na OCDE


Samy Adghirni e Justin Sink, da Bloomberg, dizem que tiveram acesso a uma carta do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ao secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, José Angel Gurria, na qual apoia o ingresso apenas da Argentina e da Romênia, sugerindo que a análise de outros pedidos de admissão seria deixada para o futuro.
A entrada do Brasil no organismo, que permitiria mais liberdade ao Brasil em matéria de comércio, era uma das promessas feitas por Donald Trump a Jair Bolsonaro na patética visita do presidente brasileiro aos EUA, em março.
E foi para o ralo.
Em compensação, eles nos levaram a base aeroespacial de Alcântara, de onde poderão lançar foguetes com menos despesa, sem nos deixar sequer entrar para olhar.
Levamos um cano e entramos pelo cano.
Mas a culpa, é claro, é da esquerda, que criou dificuldades para que Sua Hamburguência, Eduardo Bolsonaro, não tenha assumido a embaixada brasileira nos EUA.
Senão, ele ia lá Casa Branca de pistola na cintura e eu queria ver se o Trump não dava seu “talquei” para o ingresso do Brasil. Não para ameaçar de tiros o presidente,, claro, mas para dizer que se não fosse atendido, deixava o Ernesto Araújo assumir a missão diplomática…
Era capaz de fazer mais medo que os mísseis o ​​Kim Jong-un, da Coreia do Norte.
Desculpem, mas só rindo do castigo ao sabujismo.(Tijolaço)
Postado por Madalena França

Papa Francisco: 'Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade'

Arquivo Web

"O lawfare, além de colocar em sério risco a democracia dos países, geralmente é utilizado para minar os processos políticos emergentes e propor a violação sistemática dos direitos sociais. Para garantir a qualidade institucional dos Estados é fundamental detectar e neutralizar esse tipo de práticas que resultam da imprópria atividade judicial em combinação com operações multimidiáticas paralelas", afirma o papa Francisco, em intervenção na Cúpula Pan-Americana de Juízes, em 04-06-2019, promovida pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais, no Vaticano sobre o tema: "Direitos sociais e doutrina franciscana”. A tradução é de Wagner Fernandes
Eis o Discurso
Senhoras e senhores, é motivo de alegria e também de esperança encontra-los nessa Cúpula, na qual deram uma citação que não se limite somente a vocês, mas sim que evoca o trabalho que realizam conjuntamente com advogados, assessores, fiscais, defensores, funcionários e evoca também aos seus povos com o desejo e a busca sincera para garantir a justiça, e especialmente a justiça social, para que possa chegar a todos. Vossa missão, nobre e pesada, pede para se consagrar ao serviço da justiça e do bem-comum com o chamado constante a que os direitos das pessoas e especialmente dos mais vulneráveis sejam respeitados e garantidos. Dessa maneira, vocês ajudam aos Estados que não renunciem a sua mais excelsa e primária função: fazer-se serviço do bem-comum do seu povo. “A experiência ensina que – assinalava João XXIII – quando falta uma ação apropriada dos poderes públicos no econômico, o político ou o cultural, se produz entre os cidadãos, sobretudo em nossa época, um maior número de desigualdades em setores cada vez mais amplos, resultando assim que os direitos e deveres da pessoa humana carecem de toda eficácia prática” (Pacem in Terris, 63).
celebro essa iniciativa de se reunir, assim como a realizada o ano passado na cidade de Buenos Aires, na qual mais de 300 magistrado e funcionários judiciais deliberaram sobre os Direitos Sociais, à luz da Evangelii Gaudium, Laudato Si’ e o discurso aos Movimentos Populares em Santa Cruz de la Sierra. Dali saiu um conjunto interessante de vetores para o desenvolvimento da missão que tem entre mãos. Isso nos recorda a importância e, porque não, a necessidade de se encontrar para enfrentar os problema de fundo que vossas sociedades estão atravessando e, como sabemos, não podem ser resolvidos simplesmente por ações isoladas ou atos voluntários de uma pessoa ou de um país, mas sim que reivindica a geração de uma nova atmosférica; isso é, uma cultura marcada pelas lideranças compartilhadas e valentes que saibam envolver outras pessoas e outros grupos até que frutifiquem em importantes acontecimentos históricos (cf. Evangelii Gaudium, 223) capazes de abrir caminhos às gerações atuais, e também às futuras, semeando condições para superar as dinâmicas de exclusão e segregação de modo que a desigualdade não tenha a última palavra (cf. Laudato Si’,53.164). Nossos povos reivindicam esse tipo de iniciativas que ajudem a deixar todo tipo de atitude passiva ou espectadora como se a história presente e futura tivesse que ser determinada e contada por outros.
Preocupa-me constatar que se levantam vozes, especialmente de alguns “doutrinários”, que tratam de “explicar” que os direitos sociais já são “velhos” - Papa Francisco
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Nos toca viver uma etapa histórica de transformações onde se põe em jogo a alma de 
nossos povos. Um tempo de crise – crise: o caráter chinês, riscos, perigos e 
oportunidades, é ambivalente, muito sábio isso – tempo de crise – na qual se verifica 
um paradoxo: por um lado, um fenomenal desenvolvimento normativo, por outro uma 
deterioração no gozo efetivo dos direitos consagrados globalmente. É como início dos
 nominalismos, sempre começam assim. É mais, cada vez, e com maior frequência, as
 sociedades adotam formas anômicas de fato, sobretudo em relação às leis que
 regulam os direitos sociais, e o fazem com diversos argumentos. Essa anomia está 
fundamentada por exemplo em carências orçamentárias, impossibilidade de generalizar
 benefícios ou o caráter-programático mais que o operativo dos mesmos.
Preocupa-me constatar que se levantam vozes, especialmente de alguns “doutrinários”, 
que tratam de “explicar” que os direitos sociais já são “velhos”, estão fora de moda e 
não tem nada que contribuir a nossas sociedades. Desse modo, confirmam políticas 
econômicas e sociais que levam a nossos povos à aceitação e justificativa da 
desigualdade e da indignidade. A injustiça e a falta de oportunidades tangíveis e
 concretas por trás de tantas análises incapazes de se colocar aos pés do outro – e
 digo pés, não sapatos, porque em muitos casos essas pessoas não têm –, é também
 uma forma de gerar violência: silenciosa, porém violenta ao fim. A normatividade 
excessiva nominalista, independentista, desemboca sempre na violência.
“Hoje vivemos em imensas cidades que se mostram modernas, orgulhosas e até 
vaidosas. Cidades – orgulhosas de sua revolução tecnológica e digital – que oferecem 
inumeráveis prazer e bem-estar para uma minoria feliz..., porém os nega o teto a
 milhares de vizinhos e irmãos nossos, inclusive crianças, e se os chama, 
elegantemente, 'pessoas em situação de rua'. É curioso como no mundo das injustiças,
 abundam os eufemismos” (Encontro Mundial dos Movimentos Populares, 28-10-2014).
 Parecia que as Garantias Constitucionais e os Tratados Internacionais ratificados, na 
prática, não tem valor universal.
Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na 
desigualdade - Papa Francisco
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A “injustiça social naturalizada” – ou seja, como algo natural – e, portanto, invisibilizada
 que somente recordamos ou reconhecemos quando “alguns fazem barulho nas ruas” e 
são rapidamente catalogados como perigosos ou molestados, termina por silenciar uma
 história de postergações e esquecimentos. Permitam-me dizer, isso é um dos grandes
 obstáculos que encontra o pacto social e que debilita o sistema democrático. Um 
sistema político-econômico, para seu desenvolvimento saudável, necessita garantir
 que a democracia não seja somente nominal, mas sim que possa se ver moldada em 
ações concretas que velem pela dignidade de todos os seus habitantes sob a lógica do
 bem-comum, em um chamado à solidariedade e uma opção preferencial pelos pobres 
(cf. Laudato si’, 158). Isso exige os esforços das máximas autoridades, e por certo do
 poder judicial, para reduzir a distância entre o reconhecimento jurídico e a prática do 
mesmo. Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça
 na desigualdade.
Quantas vezes a igualdade nominal de muitas das nossas declarações e ações não faz 
mais que esconder e reproduzir uma desigualdade real e subjacente, que esconde que 
se está diante de uma ordem fictícia. A economia dos papeis, a democracia adjetiva, e 
a mídia concentrada geram uma bolha que condiciona todos os olhares e opções desde
 o amanhecer até o pôr do sol [1]. Ordem fictícia que iguala em sua virtualidade, porém 
que, no concreto, amplia e aumenta a lógica e as estruturas da exclusão-expulsão 
porque impede um contato e compromisso real com o outro. Impede o concreto, a 
tomada do controle do que é concreto.
Nem todos partem do mesmo lugar na hora de pensar a ordem social. Isso nos 
questiona e nos exige pensar novos caminhos para que a igualdade ante a lei não 
degenere na propensão da injustiça. Em um mundo de virtualidades, mudanças e 
fragmentação – estamos na época do virtual -, os Direitos sociais não podem ser
 somente exortativos ou apelativos, nominais, mas sim sejam farol e bússola para a
 estrada porque “a saúde das instituições de uma sociedade tem consequências no
 meio ambiente e na qualidade de vida humana” (Laudato si’, 142).
Se nos pede lucidez de diagnóstico e capacidade de decisão diante o conflito, se nos 
pede não nos deixarmos dominar pela inércia ou pela atitude estéril como quem os olha,
 os nega ou os anula e segue adiante, como se nada passasse, lavam as mãos para
 poder continuar com suas vidas. Outros entram de tal maneira no conflito que ficam 
prisioneiros, perdem horizontes e projetam nas instituições as próprias confusões e
 insatisfações. O convite é olhar de frente para o conflito, sofrê-lo e resolvê-lo 
transformando-o no enganche de um novo processo (Evangelii Gaudium, 227).
Assumindo que o conflito é claro que o nosso compromisso é o de nossos irmãos para 
dar operacionalidade aos direitos sociais com o compromisso de buscar a desmantelar
 todos os argumentos que prejudicam a sua concretude, e isso através da aplicação ou
 a criação de uma legislação capaz de levantar as pessoas no reconhecimento da sua 
dignidade. As lacunas legais, tanto em termos de legislação adequada como de 
acessibilidade e cumprimento, desencadearam círculos viciosos que privam as pessoas
 e as famílias das garantias necessárias para o seu desenvolvimento e bem-estar. 
Essas lacunas são geradoras de corrupção que encontram nos pobres e no meio
 ambiente os primeiros afetados.
Aproveito essa oportunidade para manifestar minha preocupação por uma nova forma
 de intervenção exógena nos cenários políticos dos países através do uso indevido dos
 procedimentos legais e tipificações judiciais - Papa Francisco
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Nós sabemos que o direito não é apenas a lei ou as regras, mas também uma prática
 que configura as ligações, o que os transforma de algum modo, "praticantes" do direito 

sempre que confrontado com as pessoas e realidade. E isso convida a mobilizar toda a
 imaginação legal para repensar as instituições e lidar com as novas realidades sociais
 que estão sendo vivida [2]. É muito importante neste sentido, que as pessoas que
 alcançam as mesas de você e seus bancadas sentir que vieram antes deles, que você 
vir em primeiro lugar, que você conhecê-los e entendê-los na sua situação particular,
 mas especialmente reconhecê-los em sua plena cidadania e em seu potencial para
 serem agentes de mudança e transformação. Nunca perca de vista os setores
 populares não são primariamente um problema, mas uma parte ativa da face de
 nossas comunidades e nações, eles têm todo o direito de participar na busca de
 soluções e construindo inclusive. "O quadro político e institucional não é apenas para
 evitar más práticas, mas também para incentivar as melhores práticas, estimular a 
criatividade buscando novas maneiras de facilitar as iniciativas pessoais e coletivas"
 (cf. Laudato si', 177).
É importante incentivar que desde o início da formação profissional, os operadores 
legais possam fazer contato real com as realidades, conhecendo em primeira mão e 
compreendendo as injustiças quais um dia terão de enfrentar. É também necessário 
encontrar todos os meios e mecanismos para que os jovens em situações de exclusão 
ou marginalização possam ser treinados para que possam desempenhar o papel
 necessário. Muito tem sido dito para eles, também precisamos ouvi-los e dar-lhes voz
 nessas reuniões. O leitmotiv implícito de todo o paternalismo jurídico-social vem à 
mente: tudo para o povo, mas nada com o povo. Tais medidas nos permitirão
 estabelecer uma cultura do encontro "porque nem conceitos nem ideias se amam [...].
 A entrega, a verdadeira entrega, surge do amor de homens e mulheres, crianças e 
idosos, povos e comunidades ... rostos, rostos e nomes que enchem o coração 
"(II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, Santa Cruz de la Sierra, 9 de julho 
de 2015).
O lawfare, além de colocar em sério risco a democracia dos países, geralmente é
 utilizado para minar os processos políticos emergentes e propor a violação sistemática
 dos direitos sociais - Papa Francisco
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Aproveito esta oportunidade de reunir-me convosco para manifestar a minha
 preocupação por uma nova forma de intervenção exógena nos cenários políticos dos
 países através do uso indevido de procedimentos legais e tipificações judiciais. O 
lawfare, além de colocar a democracia dos países em sério risco, é geralmente usado 
para minar os processos políticos emergentes e tender para a violação sistemática dos
 direitos sociais. A fim de garantir a qualidade institucional dos Estados, é fundamental
 detectar e neutralizar este tipo de práticas que resultam de uma atividade judicial 
imprópria em combinação com operações multimídia paralelas. Sobre isso eu não paro, 
mas o julgamento anterior da mídia é conhecido por todos.
Isso nos lembra que, em muitos casos, a defesa ou a priorização dos direitos sociais
 sobre outros tipos de interesses, vocês vão lidar não apenas com um sistema injusto,
 mas também com um sistema de comunicação poderoso, que distorce muitas vezes o
 âmbito de suas decisões, vai questionar a sua honestidade e também a sua probidade,
 eles podem até mesmo julgá-lo. É uma batalha assimétrica e erosiva em que para 
superá-lo é necessário manter não só a força, mas também a criatividade e uma 
elasticidade adequada. Quantas vezes os juízes enfrentam na solidão as paredes da 
difamação e da reprovação, se não da calúnia! Certamente, requer uma grande força
 para lidar. "Felizes são aqueles que são perseguidos por praticar a justiça, porque a 
eles pertence o Reino dos Céus" (Mt 5,10), disse Jesus. A este respeito, estou satisfeito
 que um dos objetivos desta reunião é a criação de um Comitê Permanente
 Pan-Americano de Juízes e Juízas pelos Direitos Sociais, que tenha um dos objetivos
 superar a solidão na magistratura, fornecendo apoio e assistência mútua para 
revitalizar o exercício de sua missão. A verdadeira sabedoria não é alcançada com um
 mero acúmulo de dados - que é enciclopedismo - uma acumulação que acaba 
saturando e obscurecendo uma espécie de poluição ambiental, mas com a reflexão,
 o diálogo e o generoso encontro entre as pessoas, aquele confronto adulto, saudável
, faz nós todos crescermos (cf. Laudato Si', 47).
Em 2015, eu dizia aos membros dos movimentos populares: “Vocês têm um papel 
essencial, não apenas exigindo e reivindicando, mas fundamentalmente criando. 
Vocês são poetas sociais: criadores de obras, construtores de casas, produtores de
 alimentos, especialmente para os descartados pelo mercado mundial" (II Encontro
 Mundial de Movimentos Populares, Santa Cruz de la Sierra, 9 de julho de 2015).
 Queridos magistrados: Você tem um papel essencial: deixem-me dizer-lhe que também
 são poetas, são poetas sociais quando não têm medo de "serem protagonistas na
 transformação do sistema judicial, baseado na coragem, na justiça e na primazia da 
dignidade da pessoa humana"[3] sobre qualquer outro tipo de interesse ou justificativa.
 Eu gostaria de concluir dizendo: "Felizes são aqueles que têm fome e sede de justiça; 
felizes são aqueles que trabalham pela paz "(Mt 5,6,9). Muito obrigado!
Da Folha Impacto
Postado por Madalena França

Um adeus doloroso e precose que jamais queria dar: vá na paz amiga Carminha.

  Meu coração  está  de luto,  meu semblante  entristecido. Me falta  coragem  para ir  me despedir  desse lindo sorriso,  sabendo que não t...