Deu ruim para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo o Ministério da Saúde, perdeu 

votação em audiência pública sobre a vacinação de criança com idade entre 5 e 11 anos.

Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga, que comanda a pasta, vêm questionando a segurança

 da vacina para as crianças. Ele queriam condicionar a imunização à autorização de pais e à 

prescrição médica.Segundo informou o Ministério da Saúde, nesta terça-feira (04/01), a maioria das 

100 mil pessoas que participaram consulta pública é contra prescrição médica para vacinar criança

 de 5 a 11 anos.

O “beijo da morte” nas pretensões de Bolsonaro e de Queiroga foi dado hoje por Rosana Leite de

 Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, após escrutinar

 o resultado da consulta.

“Tivemos 99.309 pessoas que participaram neste curto intervalo de tempo em que o documento 

esteve para consulta pública, sendo que a maioria se mostrou concordante com a não

 compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidade. A maioria foi

 contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação”, afirmou a secretária 

extraordinária.

Embora a maioria tenha sido contrária à obrigatoriedade da prescrição médica no ato de vacinação,

 o Ministério da Saúde apenas “consultou” e isso não quer dizer que voltará atrás da proposta de 

exigir a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais. O documento final será 

divulgado nesta quarta-feira, dia 5.O Ministério da Saúde disse que as doses pediátricas serão entregues por meio de contrato do governo para receber 100 milhões de vacinas da Pfizer em 2022, que pode ser ampliado

 a 150 milhões de unidades.

A secretária extraordinária informou ainda que a vacina contra Covid-19 desenvolvida para crianças 

é segura, que o imunizante é uma ferramenta de proteção e que a vacinação vai atenuar

 interrupções de aulas na pandemia.

Assista ao comunicado de Rosana Leite de Melo