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domingo, 10 de dezembro de 2017

Escravidão pode render ação por improbidade ao ministro do Trabalho



Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil: <p>Brasília - Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante lançamento da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)</p>

"A escandalosa Portaria que altera os mecanismos de fiscalização e combate ao trabalho escravo, dentre outros absurdos, pode render, ao atual ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, uma ação judicial por improbidade", lembra o deputado Wadih Damous; segundo o Ministério Público Federal do Distrito Federal, o ministro violou os princípios da moralidade pública e administrativa, impessoalidade, legalidade, eficiência, publicidade, interesse público. BR 247

DILMA: DIREITA ATACA LULA POR NÃO TER CANDIDATO


Foto: Ricardo Stuckert/ Insituto Lula


"Se tivessem um candidato não tentariam tanto destruir o Lula. Querem destrui-lo porque não têm um candidato. Usam a lei como arma de guerra política e de destruição civil, da cidadania de uma pessoa, acusando-a de corrupção, e não lhes interessa se depois a pessoa será absolvida, lhes interessa que a inabilitem ou a destituam", disse a presidente deposta Dilma Rousseff, em entrevista à agência EFE; "Para nós é fundamental conseguir reverter este projeto, e ele só poderá ser revertido agora em 2018", afirmou
Brasil247

PT FAZ ESTUDO SOBRE PERFIL DE ELEITOR DE BOLSONARO

 

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O PT encomendou uma série de levantamentos para entender melhor o perfil do eleitor do deputado Jair Bolsonaro, que se consolida na segunda colocação em intenções de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o mapeamento encomendado pelo PT inclui pesquisas qualitativas, quantitativas e análises de redes sociais; dados mostraram Bolsonaro com força no Rio e em Estados com tradição no agronegócio

QUE O DESTINO DE AÉCIO SEJA O DE TODOS OS GOLPISTAS


Willian Dias: <p>Rogério Correia (deputado estadual PT/MG)</p>

Por Rogério Correia, em seu facebook
Aécio Neves , que em Minas era chamado pelos tucanos de O MAIS QUERIDO, entrou junto com Temer pela porta de trás para desgovernar o país e sai pela porta de trás da presidência de seu partido – o PSDB.
Tomara que seja o destino de todos golpistas que estão liquidando com nossa soberania e com os direitos do povo trabalhador.
Em Minas Gerais trabalhei muito para mostrar ao Brasil a verdadeira face de quem, com a mentira do choque de gestão e com muita corrupção , quebrou o Estado, ancorado na mídia amordaçada e nos poderes calados e omissos.

Aécio já era , mas precisa ainda pagar na Justiça!

Liquidação de Natal na Previdência


temerprev1
O Estadão diz que há 215  votos contra a reforma da Previdência – 124 deles da base governista – e dá os nomes e rostos destes  votantes.
O Governo, por sua vez, diz que tem 270 votos – anônimos – e que, portanto, só lhe faltam 38 para ter o número necessário à aprovação da emenda constitucional que tira direitos dos brasileiros.
Verdade, aí, só a de que o sistema representativo parlamentar é um farsa, pois não representa: não se define voto pelo partido e nem sequer pela consonância com o sentimento público.
O resto, é mentira.
O governo não tem 270 votos, é obvio, mas acena com um “estamos quase lá” que diz aos deputados: “a emenda vai passar, você vai perder essa oportunidade de negócios?”
Assim como entre os que declaram voto contrário há aqueles que, com isso, acenam seu desejo de uma proposta melhor para votar a favor.
O dinheiro público, em emendas, anistias de dívidas e repasses, vai-se aos bilhões para comprar os votos faltantes.
Os homens da austeridade e do equilíbrio fiscal pouco se importam: vai-se tirar mais do que o gasto, eliminando direitos dos aposentados. Dá lucro, portanto, e para tê-lo é necessário pagar caro por matéria prima podre.
Na noite de sábado, no Alvorada, o general de Temer (ou de si mesmo) Rodrigo Maia, reuniu-se com o “estado maior”: Michel, o pitbull Carlos Marun, o demissionário tucano Antonio Imbassahy, o angorá Moreira Franco e os “donos do PP” e do PPS. Definiram que tentarão fazer com que se ponham de fora as cabeças dos adversários e a dos “compráveis”, a partir de quinta feira.
Estão decididos a aproveitar o último final de semana antes do Natal para comprarem o presente do “mercado”.
E na base do “é hoje só, amanha não tem mais”


sábado, 9 de dezembro de 2017

O DESESPERO ANALÍTICO DOS DERROTADOS MORAIS



"O fracasso moral do golpe se assemelha a um grande depósito de lodo e lixo acumulado ali por uma imensa enxurrada que devastou as praças, ruas e avenidas de uma grande cidade. Neste depósito não estão apenas os líderes do golpe, hoje os políticos mais rejeitados do país, mas também os seus escudeiros intelectuais, dentre eles jornalistas, economistas e cientistas sociais, que aberta ou envergonhadamente apoiaram um impeachment sem crime de responsabilidade", diz o colunista Aldo Fornazieri

Criança morre após ser atingida por tiro acidental disparado por primo


De acordo com a Polícia Militar, três crianças brincavam sozinhas em casa, quando uma delas começou a manusear uma espingarda calibre 16

Criança morre após ser atingida por tiro acidental disparado por primo
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 26 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
BRASIL ESPÍRITO SANTO
Um menino morreu depois de ser atingido por um tiro acidental disparado pelo próprio primo. O acidente aconteceu na tarde deste sábado (9), no Povoado Lages, em Itabaianinha, em Sergipe. De acordo com a Polícia Militar, três crianças brincavam sozinhas em casa, quando uma delas começou a manusear uma espingarda calibre 16.
Segundo informações do G1, no momento em que brincavam, um disparo atingiu o rosto da vítima. O major Alexsandro Ribeiro, comandante do 11º Batalhão da PM, afirmou que quem efetuou o tiro não pode ser apreendida por ter apenas 8 anos de idade. A polícia investiga o caso.

O general Mourão vai ser vice de Bolsonaro? Ou Ministro da Defesa?


informex
A batata do General Antonio Mourão, no forno desde que ele defendeu uma ditadura militar em setembro, assou no forno do General Eduardo Villas Bôas e ele foi afastado do cargo de general sem tropa da Diretoria de Finanças do Exército, depois de repetir a dose, dizer que o Governo Temer é um “balcão de negócios” e se espalhar na defesa da candidatura de Jair Bolsonaro.
Era previsível que isso acontecesse, tanto que, há três meses, aqui se escreveu:
 “O general Mourão vai ser punido, mas sem espalhafato, porque é  exatamente isso que ele pretendia ao fazer a gravação que gerou toda esta polêmica.”
Mourão vai para a reserva em março próximo. Bem a tempo de filiar-se a um partido e de ser candidato.
A que? Bolsonaro certamente não o quer como candidato a vice, embora vá surgir este clamor entre os seus apoiadores.
Talvez por isso, a publicação que fez, há 40 minutos, no Facebook, tenha caráter preventivo:
Temos que ter um Ministro da Defesa, um Oficial-General preocupado com sua tropa e com os interesses dos cidadãos de bem de seu país, sem a afeição exclusiva com representação política partidária como acontece há tempos no Brasil.
Quem quiser, leia como uma oferta do cargo a Mourão.
É algo que dá arrepios na alta oficialidade: uma aliança Bolsonaro-Mourão  significa meio século de retrocesso na profissionalização do Exército Brasileiro e só fascina os tresloucados da tropa.
Mas por que Bolsonaro não quer Mourão de vice, afinal?
Por que Bolsonaro sabe  que defensor de golpe como Vice é um perigo.
Dilma Rousseff que o diga.
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Você não pede deixar de assistir esses vídeo: O pau Cantou no Evento do PSDB...

VÍDEO | Após Aécio fugir de convenção do PSDB, integrantes do partido trocam tapas e até cadeiradas e evento vira campo de guerra

Chacina: grupo armado mata dez da mesma família


Quatro das vítimas eram crianças e outras quatro mulheres

Chacina: grupo armado mata dez da mesma família
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 59 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
MUNDO ÁSIA
Quatro homens armados invadiram uma residência e mataram dez pessoas da mesma família, sendo quatro delas crianças e outras quatro mulheres, na noite dessa sexta-feira. A chacina que vitimou uma família e deixou mais duas pessoas feridas ocorreu em Cabul, na capital do Afeganistão,
Segundo informações da agência Efe, o Ministério do Interior afegão já se pronunciou sobre o crime, que será "investigado muito seriamente e os culpados serão detidos logo que possível", afirmou o porta-voz Nasrat Rahimi. A polícia de Cabul também informou à agência que alguns suspeitos já foram detidos e que a investigação segue em curso.
Chacinas como esta não são comuns no país, apesar de o Afeganistão ser conhecido como território violento devido aos conflitos entre as tropas governamentais e os insurgentes, que costumam vitimar milhares de civis.
Ainda segundo a Efe, a violência no território afegão chegou a um dos níveis mais altos desde a invasão da nação pelos Estados Unidos, ocorrida em 2001. Dados da ONU revelaram que apenas no primeiro trimestre deste ano 2.640 pessoas morreram e 5.379 foram feridas nos conflitos.

Alckmin ataca Lula e ‘esquece’ Temer. Mas o povo lembra, Chuchu…


Alal
Geraldo Alckmin deixou de lado a sobriedade com que vinha se comportando e usou seu discurso para entrar no ‘coro do anti-Lula’, um grupamento que reúne cobras e lagartos.
Não se sabe ser foi por vontade própria ou se o discurso faz parte do acordo que costurou para reunir os frangalhos tucanos.
Seja como for, um péssimo começo para quem quer se apresentar como candidato do “centro” e alternativa ao que chamam de “polarização” entre Lula e Bolsonaro.
O discurso foi uma barbaridade em matéria de tolices. Falar que Lula quer “voltar à cena do crime” depois de terem ficado inertes diante do escândalo das malas de Aécio Neves e quando há dezenas de inquéritos – que não andam, é verdade – contra todo o alto tucanato, inclusive o próprio governador paulista –  é, como diziam os mais antigos, como falar em corda em casa de enforcado.
Da mesma forma, se ficar falando que “Lula é o responsável pela “maior recessão do país”, não vai ser ouvido muito além da Avenida Paulista e dos Jardins, porque na memória popular o governo Lula é lembrado justamente pelo contrário.
Tão ocupado estava em criticar Lula que o “Picolé de Chuchu” esqueceu que o Brasil é governado, há mais de um ano e meio, por Michel Temer e com seu partido enganchado no Governo.
E é aí que a porca troce o rabo.
Como é que o governador diz que a reforma da Previd~encia é “a mãe de todas as reformas” e não defende o alinhamento de seu partido a favor dela? Será porque, entre os tucanos, segundo o lvantamento publicado pelo Estadão (logo postarei sobre isso) apenas seis tucanos dizem estar decidiso a dar a ela seu voto?
Como é que alguém pretende se tornar popular se silencia ante o governo mais rejeitado da história e, ainda, assume o compromisso de apoiar suas medidas mais impopulares?
O faro político de Alckmin, deste jeito, parece ter se perdido, embora se lhe conserve o nariz

A festa hoje se prolonga na celebração da Vida: Parabéns Jonata Pereira!

A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, óculos de sol e close-up Hoje é dia de ressaca e celebração. A festa se prolonga. Celebremos a vida desse rapaz guerreiro.  Nada define melhor você amigo Jonata, do que força de vontade, determinação e superação.
Meu aluno obediente porém, mediano. Não era o dez nota; que lhe fazia um aluno especial. Era o 7 ou o 8 com valor de dez, pelo gigantesco esforço de sempre querer um décimo a mais. O tempo passou e como passa rápido não é mesmo?
Em poucos anos ,sou testemunha do profissional que você se tornou. Ampliando um degrau a cada dia o Professor Jonata é amado e querido por alunos, colegas professores, equipe gestora, e funcionários outros. Sabe qual é o resultado disso meu amigo? Doação!
Jonata é o faz tudo da José Miguel. Muitas vezes faz o trabalho dele e parte dos outros.Quando estou engalhada nas coisas da informática pergunto ao Jonata, quando os alunos vão resolver conclusão de curso, tudo é Jonata, e quando tem festa na escola , está lá o Jonata resolvendo quase tudo. Resumindo, Jonata está em todas e sem ele a José Miguel não teria  o sucesso que tem. Muito útil em tudo e para todos.
Além disso , você é um ser humano digno, divertido, generoso, e um gatão.
Deus te reserve uma dona que seja merecedora deste coração enorme e cheio de amor.
Você é uma criaturinha que deve ser muito feliz em todos os aspectos, sociais, financeiros, intelectuais, e principalmente amoroso, que é o que determina o sucesso espiritual.
Deus te abençoe poderosamente.
Muitos anos de vida com saúde e muitas felicidades. Obrigada pela pessoa boa que você é.

Um feliz e abençoado aniversário para você.

Resultado de imagem para diseres de aniversário para homem


Por Madalena França.

Sobre a distopia nossa de cada dia





Numa sociedade melancólica de corações partidos e ilusões perdidas, precisamos reaprender a imaginar um futuro onde se possa viver e onde se queira viver. A pergunta que paira no ar é: isso ainda é uma possibilidade?

distopia nossa futuro presente melancolia psicologia
João Miranda*, Pragmatismo Político
A nossa época tem sido atravessada por muitos acontecimentos, às vezes de grandes tragédias. Não raro o adjetivo de “histórico” é reivindicado antes de o dia acabar. Num mundo globalizado, a aceleração do processo histórico também é globalizada. Do país das calças bege aos Emirados Árabes Unidos, da terra do Tio Sam à terra do sol nascente, tudo parece acontecer mais rápido.
Se non è vero, è vem trovato que nunca a humanidade viveu transformações tão radicais, tão rápidas e tão complexas como as que vivemos na atualidade. Radicais transformações nas percepções do tempo impactam hoje a nossa vida em todos os sentidos e faz com que sejamos capaz de olhar para uma década atrás e conceber esse pouco tempo quase como um passado remoto.
A historiografia, especialmente a que parte de uma perspectiva teórica de cunho marxista, propõe a tese de que esse processo de aceleramento das transformações do processo sócio histórico inicia-se com a Primeira Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Tem início nesse período e se intensifica no XIX, ao ponto de o XX ser compreendido por Hobsbawm como a ‘Era dos extremos’. Foi um processo de mudança não só na velocidade com que as coisas se transformam, mas também nas percepções do tempo e da história. Antes dessas duas revoluções, não se acreditava numa ruptura com o passado. Isto é, as pessoas acreditavam que suas vidas seriam basicamente semelhantes às dos seus antepassados. As revoluções inseriram o coeficiente de mudança na consciência histórica delas.
Paulatinamente, o tempo deixa de ser concebido como estático e o horizonte passa a apontar para um futuro aberto de múltiplas oportunidades. Sapere aude!, brandava Kant em seu manifesto. Ouse saber! Faça história! Tenha coragem de usar o seu próprio entendimento. No umbral da modernidade, atingir a autonomia intelectual era condição sine qua non da possibilidade do indivíduo emancipar-se. Os indivíduos, especialmente os ocidentais, percebiam-se no direito de escolher seu rumo e sentiam estar caminhando para um mundo melhor (a noção de progresso). Para essa concepção de tempo histórico, preponderante no século XIX, o passado está sendo cada vez mais deixado para trás pela locomotiva da história e o presente é considerado um estado de transição para um futuro repleto de possibilidades.
Ainda permanece conosco a percepção de uma aceleração das mudanças, mas, diante da deterioração da vida que sentimos objetiva e subjetivamente no nosso cotidiano e a expectativa ameaçadora de um aquecimento global, será que ainda acreditamos que o mundo está progredindo para um lugar melhor? Será que ainda acreditamos que podemos fazer história? O futuro ainda é compreendido como uma janela aberta de possibilidades?
A concepção social de tempo dominante na contemporaneidade é outra. O futuro não parece mais aberto de possibilidades. Concebe-se que a janela está fechada por ameaças, ou, no mínimo, significantemente reduzida. O presente deixou de ser somente um espaço temporal de transição e se torna amplo, repleto de simultaneidades, no qual o indivíduo sente que o seu papel de transformação perde força. O passado não fica mais para trás. Ele é concebido como algo que não passa e que constantemente inunda o presente.
Portanto, o indivíduo contemporâneo, não só o brasileiro, carrega nos ombros o peso da projeção de um futuro distópico. O que será de fato ninguém pode dizer que sabe. Vive, assim, em total dúvida sobre o amanhã. As séries, produção cultural com maior poder disseminação na atualidade, representam bem essa distopia: são cada vez mais sombrias, quando não apocalípticas, como se vê em “The Walking Dead (AMC)”.
Arrisco dizer que essa distopia tem origem na sensação de se estar de mãos atadas – que, aparentemente, permeia em demasia a sociedade atual. Há muitos outros fatores que levam ao fatalismo. A crescente ideia de que o nosso poder de ação no mundo é ínfimo pode ser um deles. Ou seja, frequentemente o sujeito teme o que virá e no fundo acha que pouco, ou até mesmo nada, pode ser feito para que seja diferente. “O inverno está chegando”, frase da série de “Game of Trones (HBO)”, expressa bem isso.
Uma sociedade despida da crença do seu próprio poder de transformação é uma sociedade melancólica. Para Freud (1917/2006), a melancolia seria um distúrbio na autoestima relacionado a perda de um objeto, sendo que tanto “perda” quanto “objeto” devem ser compreendidos em um sentido amplo. Diferentemente de um estado de luto, quando ocorre o processo normal de retirada da libido do objeto perdido e a seguir seu deslocamento para outro objeto, os melancólicos identificam-se com o objeto que tinha sido perdido e desloca para si próprio críticas que deveriam ser dirigidas ao objeto. Ao mesmo tempo que ocorre essa depreciação do eu, há um processo de supervalorização e idealização do objeto perdido.
Esse estado de melancolia que aparentemente percorre a sociedade é preocupante, porque os indivíduos, mergulhados nesse distúrbio, não se veem na capacidade de transformar a realidade. Depreciam o eu não se percebendo como sujeitos históricos capazes de transformar e, concomitantemente, agigantam o objeto a ser transformado. A incapacidade de ser afetado de outras maneiras, consequentemente, impede-o de vislumbrar um futuro que não seja Black Mirror (Netflix).
Perceba que o modo como o futuro é projetado incide no que acontecerá no presente, porque o que o sujeito sente por tudo o que viveu condiciona o que ele fará no agora, assim como a forma como ele se relaciona com tudo o que ainda não viveu. Diante da aceleração dos acontecimentos e da paralisia originada numa ideia prévia de dúvida em relação ao amanhã, que é entendido como imutável, não raro a sensação que paira no ar é de se estar num trem-bala em alta velocidade vendo a vida passar pela janela numa sucessão de cores e formas, sem saber para aonde se está indo e sem se sentir capaz (melancolia) de mudar a própria situação. Ou seja, o indivíduo na atualidade depara-se com um mundo inteiro por fazer e acredita que, depois de muito trabalho, ainda muito estará por fazer. Imobilizado pela idealização do objeto a ser transformado, restringe-se a autodepreciação.
No entanto, o amanhã não pode ser apenas inverno. Numa sociedade melancólica de corações partidos e ilusões perdidas, precisamos reaprender a imaginar um futuro onde se possa viver e onde se queira viver. A pergunta que paira no ar é: isso ainda é uma possibilidade?
*João Miranda é acadêmico de História na Universidade Estadual de Ponta Grossa, foi colunista do Jornal da Manhã e colaborou para Pragmatismo Político.
Referências
Freud, S. (2006). Luto e melancolia. In: S. Freud, Escritos sobre a psicologia do inconsciente. (L. Hans, trad., Vol. II: 1995-1920, pp. 99-122). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1917)

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

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