Geraldo Alckmin deixou de lado a sobriedade com que vinha se comportando e usou seu discurso para entrar no ‘coro do anti-Lula’, um grupamento que reúne cobras e lagartos.
Não se sabe ser foi por vontade própria ou se o discurso faz parte do acordo que costurou para reunir os frangalhos tucanos.
Seja como for, um péssimo começo para quem quer se apresentar como candidato do “centro” e alternativa ao que chamam de “polarização” entre Lula e Bolsonaro.
O discurso foi uma barbaridade em matéria de tolices. Falar que Lula quer “voltar à cena do crime” depois de terem ficado inertes diante do escândalo das malas de Aécio Neves e quando há dezenas de inquéritos – que não andam, é verdade – contra todo o alto tucanato, inclusive o próprio governador paulista – é, como diziam os mais antigos, como falar em corda em casa de enforcado.
Da mesma forma, se ficar falando que “Lula é o responsável pela “maior recessão do país”, não vai ser ouvido muito além da Avenida Paulista e dos Jardins, porque na memória popular o governo Lula é lembrado justamente pelo contrário.
Tão ocupado estava em criticar Lula que o “Picolé de Chuchu” esqueceu que o Brasil é governado, há mais de um ano e meio, por Michel Temer e com seu partido enganchado no Governo.
E é aí que a porca troce o rabo.
Como é que o governador diz que a reforma da Previd~encia é “a mãe de todas as reformas” e não defende o alinhamento de seu partido a favor dela? Será porque, entre os tucanos, segundo o lvantamento publicado pelo Estadão (logo postarei sobre isso) apenas seis tucanos dizem estar decidiso a dar a ela seu voto?
Como é que alguém pretende se tornar popular se silencia ante o governo mais rejeitado da história e, ainda, assume o compromisso de apoiar suas medidas mais impopulares?
O faro político de Alckmin, deste jeito, parece ter se perdido, embora se lhe conserve o nariz
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