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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Após declarações de Comandante do Exército no Twitter, órgão do Ministério Público Federal solta nota repudiando qualquer iniciativa de interferência "no livre exercício da missão constitucional do Supremo Tribunal Federal

Do Blog da Noelia Brito




A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, lançou nesta quarta-feira (4/4) nota pública na qual reafirma sua defesa intransigente das instituições democráticas e de respeito ao Poder Judiciário. A manifestação destaca que ameaças, explícitas ou veladas, de violação à autonomia do Supremo Tribunal Federal por parte do Poder Executivo são inadmissíveis em quaisquer hipóteses - mais grave se partem da cúpula de instituições que detêm o monopólio do uso da força armada no País.

Íntegra da nota pública:

A democracia se constrói e se fortalece quando todas as instituições respeitam as regras do jogo, a começar pela observância da separação de poderes, nos estritos termos da Constituição Federal. Ameaças explícitas ou veladas de violação à autonomia do Supremo Tribunal Federal por parte do Poder Executivo são inadmissíveis em quaisquer hipóteses. Mais grave se partem da cúpula de instituições que detêm o monopólio do uso da força armada no País.

O Brasil completa em 2018 o trigésimo aniversário da promulgação da Constituição de 1988. Constituição restauradora da ordem democrática, a qual foi abatida em 1964, por um golpe de Estado que deu origem a graves violações aos direitos humanos, ainda mantidas impunes. A mera cogitação por parte de alguns agentes do Estado e de segmentos da sociedade civil de intervenção militar contra o exercício legítimo da competência judicial pelo Supremo Tribunal Federal revela que a tarefa de consolidação democrática no processo transicional brasileiro não foi concluída, até mesmo porque seguem pendentes os acertamentos judiciais de crimes contra a humanidade e reformas institucionais, como reiteradamente já se pronunciaram diversos órgãos e mecanismos das Nações Unidas e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

O Supremo Tribunal Federal, ao decidir o Habeas Corpus nº 152752, não deliberará entre punição ou impunidade, mas sim sobre qual interpretação confere, em última instância, a normas constitucionais sobre os direitos do acusado. Essa missão é exclusivamente sua, nos termos do artigo 102 da Constituição. É extremamente saudável que a sociedade civil compreenda e livremente se manifeste, critique e debata a atividade do poder judicial e suas decisões (CF, art. 5º, IV, IX e XXXIII). A liberdade de manifestação protege, inclusive, agentes públicos que, no exercício de sua cidadania privada, se expressem sobre processos judiciais. Todavia, o Poder Executivo – por qualquer de seus órgãos de cúpula – não pode ameaçar o exercício livre da competência judicial. Um ato de ameaça ao Supremo Tribunal Federal é da mais alta gravidade constitucional e pode caracterizar, em tese, crime de responsabilidade (Lei nº 1079/50, art. 6º, 6: São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados: usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício). Se suposta ameaça ocorresse no plano estadual, poderia dar ensejo, inclusive, à intervenção federal (CF, art. 34, IV).

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do Ministério Público Federal, reafirma sua defesa intransigente das instituições democráticas e de respeito ao Poder Judiciário e repudia qualquer iniciativa de interferência indevida no livre exercício da missão constitucional do Supremo Tribunal Federal.

Deborah Duprat
Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão

Domingos Sávio Dresch da Silveira
Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

Marlon Weichert
Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

João Akira Omoto
Procurador Federal Adjunto dos Direitos do Cidadão

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O discurso criminoso de PMs em ônibus de Belo Horizonte

MINAS GERAIS04/APR/2018 ÀS 16:36COMENTÁRIOS

PMs fazem discurso político em ônibus de Belo Horizonte alertando para “pandemônio” que vai virar o Brasil a partir deste 4 de abril com a decisão do STF sobre o caso Lula e sugerem que passageiros saiam do País

Passageiros do transporte coletivo de Belo Horizonte (MG) foram surpreendidos na tarde dessa terça-feira (3) por um inusitado discurso sobre a situação política do país proferido pela Polícia Militar.

Um PM, fardado e com colete à prova de balas, pediu a passageiros que “fizessem o papel de cidadão”, porque o país poderia se transformar a partir desta quarta-feira (4) em um “pandemônio”.
De acordo com Sara Azevedo, que se apresenta no Facebook como professora, os ônibus estavam sendo parados por militares nas imediações da Praça da Liberdade, onde aconteceria uma manifestação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PM alegava, segundo Sara, que a abordagem era em razão da informação de que “ônibus seriam queimados pela esquerda” e, devido a isso, pedia ainda que os cidadãos denunciassem quem “é contra o Brasil”.
A preleção do militar foi gravada em vídeo que viralizou nas redes sociais (assista abaixo). O PM, que não foi identificado pela corporação, se referia à sessão de julgamento desta quarta no Supremo Tribunal Federal (STF) do habeas corpus de Lula.
O PM começou seu discurso de quase dois minutos com uma advertência: “Todos que estão aqui vão sofrer as consequências. Estamos vivendo um momento crítico neste país. Vocês falam português e, então, sabem o que está acontecendo neste país. Então façam seu papel de cidadão (sic)”.
O policial segue fazendo previsões catastróficas: “Atinge a todo mundo, não só ao povo, mas a cidadania. Se uns pensam no futuro e se vocês querem sair deste país saiam agora, porque provavelmente isso aqui vai virar um pandemônio”.
Nas redes sociais, o discurso provocou reações. “Eles têm muita razão. O Brasil vai virar um pandemônio: executaram uma vereadora que lutava pelos direitos humanos, inclusive apoiando viúvas de militares mortos; executaram cinco jovens inocentes também militantes de direitos humanos em Maricá; praticaram atentados terroristas contra a Caravana de Lula. A polícia até agora não descobriu nem os executores nem os mandantes desses crimes horrorosos. É, vai virar um pandemônio mesmo se a Constituição continuar a ser desrespeitada pelo Judiciário, com o apoio criminoso da mídia e de associações e de empresários fascistas“, desabafou um internauta.
Assista:
BHAZ

Ladrões invadem e roubam casa de Leandro Hassum no Rio


O ator não estava no local durante o roubo

Ladrões invadem e roubam casa de Leandro Hassum no Rio
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 21 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA VIOLÊNCIA
Leandro Hassum entrou nas estatísticas da violência no Brasil no última sexta-feira santa (30). De acordo com o colunista Leo Dias, o ator teve sua casa na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, invadida e teve eletrônicos e bebidas roubados.

Hassum não estava na casa durante o roubo. O humorista passa maior parte do tempo nos Estados Unidos, para onde se mudou com a mulher e a filha.
O caso foi registrado na 16ª DP. Os bandidos usaram um Renault Fluence para transportar os objetos.

Gilmar bate duro na mídia, no fascismo e na Lava Jato em seu voto


glimidia
O melhor do voto de Gilmar Mendes, que votou pela concessão parcial do habeas corpus a Lula, para que ele possa responder em liberdade durante a tramitação de seu recurso no Superior Tribunal de Justiça.
1- Evidenciar o óbvio: que o habeas corpus seja uma peça subjetiva (no sentido de ter um ou mais sujeitos identificados) o fato de que é uma tese que estava sendo julgada e, por isso, Rosa Weber poder prolatar um voto coerente com a sua posição já manifestada de não aceitar a execução antecipada da pena e não se escudar em seguir a “colegialidade”.
2- Denunciar as pressões da mídia e dos grupos fascistas sobre o STF. Essas foram as verdadeiras fontes de pressão que Cármen Lúcia aceitou.
3 – Protestar contra o quadro de abusos de “policiais, procuradores e juízes” da Lava Jato.
Sobrou para Luís Roberto Barroso, ao dizer que não era advogado dos ricos, e para Luís Fux, com o auxílio-moralista.
Foi duro e irrespondível, tanto que Barroso se torcia na cadeira à espera de um aparte em que pudesse encostá-lo na parede. Em vão, pois cobriu muito bem o ponto onde seria vulnerável: a mudança de seu voto anterior.
A Globonews se retorce quase tanto quanto Barroso, por Gilmar ter invertido a ordem dos votos, que chegariam a Rose Weber com um placar de 3 a 0 contra Lula.

Gilmar culpa PT por violência no país, mas vota a favor de Lula


Ministro concordou com concessão de habeas corpus ao ex-presidente contra prisão após condenação em segunda instância

Gilmar culpa PT por violência no país, mas vota a favor de Lula
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 29 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA JULGAMENTO
Oministro Gilmar Mendes pediu para antecipar seu voto, em acordo com os colegas, durante a sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga habeas corpus do ex-presidente Lula. Ele votou pela concessão do recurso em favor do petista.

Em janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a pena imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, a 12 anos e um mês em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.Por meio do habeas corpus, os advogados de Lula querem evitar sua prisão, após condenação pela segunda instância da Justiça Federal, no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Gilmar é o segundo a falar, logo após o relator do caso na Corte, ministro Edson Fachin, que votou contra o habeas corpus. Depois, o plenário seguirá a ordem normal de votação: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lúcia.
Gilmar iniciou seu voto destacando que é o plenário do Supremo que está deliberando sobre o tema e que há muito era sabida sobre a necessidade do debate. "E ele veio", disse. Segundo o ministro, é perfeitamente possível rever jurisprudência em plenário, por meio de um habeas corpus. "Estamos decidindo o tema", afirmou.
O ministro Gilmar Mendes lembrou que está na Casa há 15 anos e que "devemos muito desse quadro de intolerância nesse país à práatica que o PT desenvolveu ao longo dos anos." "Gestou-se esse germe ruim da violência. Acho que o PT tem uma grande chance nesse momento de fazer um pedido de desculpas público por esse tipo de ataque", completou.
O ministro argumentou que o recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode mudar a pena, portanto, ela não deve começar a ser cumprida antes de decisão desta Corte. Sobre a prisão após condenação em segunda instância, Gilmar Mendes disse que "a possibilidade virou obrigação".
Segundo ele, as prisões automáticas, após a confirmação de condenações em segunda instância, o levaram a rever posicionamento sobre a matéria. "Se um tribunal for se curvar a isso, é melhor que ele desapareça, melhor que ele deixe de existir".
O ministro ainda destacou que os nazistas já defenderam a ideia da prisão automática. "Não se pode falar nisso sob pena de comprometer a democracia".
Para ele, o julgamento pelo STJ dá maior segurança para a execução da pena, e que o fim da prisão automática no segundo grau não altera o entendimento majoritário do STF. "Apenas muda-se o marco".
Gilmar Mendes disse ainda que o trânsito em julgado progressivo está em sintonia com as decisões do STF.

Estupradores e pedófilos serão soltos se STF conceder habeas corpus a Lula?

JUSTIÇA04/APR/2018 ÀS 15:58COMENTÁRIOS

É verdade que centenas de condenados por estupro, homicídio, latrocínio e corrupção serão soltos caso o STF conceda o habeas corpus a Lula? Mensagens assim têm circulado nas redes sociais. Doutor em Direito Processual Penal esclarece a polêmica

habeas corpus de Lula mitos
Um boato começou a circular nas redes sociais desde que o Supremo Tribunal Federal decidiu pautar o habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o intuito de criar uma certa comoção popular contra Lula e pela aceitação do HC, mensagens publicadas em vários grupos de WhatsApp e páginas do Facebook afirmam que diversos condenados (estupradores, pedófilos, traficantes e assassinos) serão soltos caso o STF conceda o habeas corpus ao ex-presidente.
Aury Lopes Jr., professor de Direito da PUC-RS com doutorado em Direito Processual Penal pela Universidade Complutense de Madrid, decidiu esclarecer a polêmica em uma publicação na internet.
Leia o que o professor escreveu:
Se o STF conceder o habeas corpus do Lula, centenas de condenados por estupro, homicídio, latrocínio e, claro, corrupção, serão imediatamente soltos! Ninguém mais poderá ser preso antes do trânsito em julgado! Verdade?
Não, isso é fake news do processo penal ou argumento terrorista falacioso. Populismo punitivista. O que se está discutindo é apenas a possibilidade ou não de alguém ser preso, automaticamente, após a decisão de segunda instância, ainda na pendência de recursos e sem trânsito em julgado.
Qualquer pessoa pode ser presa em qualquer fase do processo, incluindo obviamente a fase de investigação e a fase recursal, desde que exista necessidade, periculum libertatis. Ou seja, qualquer um pode e continuará podendo ser preso preventivamente a qualquer momento.
Quanto aos estupradores, homicidas, etc., a imensa maioria está presa a título de prisão preventiva e não serão soltos por conta desse julgamento.
Quem está cautelarmente preso, assim continuará. E, eventualmente, aqueles que não estiverem cautelarmente presos é porque não existe necessidade da prisão cautelar, porque não representam qualquer perigo para o processo ou para aplicação da lei penal.
Estavam em liberdade por isso e assim devem permanecer até o trânsito em julgado. Portanto, podem ficar tranquilos que não haverá uma soltura em massa de delinquentes perigosos. Não haverá uma horda de delinquentes bárbaros descendo pelas ruas, saqueando tudo.

Cármen Lúcia suspende sessão do STF


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A presidenta do STF Carmén Lúcia, a Carminha, suspendeu a sessão por 30 minutos após o ministro Gilmar Mendes proferir o voto de empate no julgamento do habeas corpus para Lula.
O placar está empatada em 1 a 1, pois o relator Edson Fachin — o primeiro a votar — votou contra o petista.
A sessão iniciada às 14h foi interrompida às 16h. O pleno voltará daqui a 30 minutos.
Continue acompanhando ao vivo no Blog do Esmael.

MEC vai cancelar diplomas de faculdades com irregularidades…



Como Fica quem Estudou, Pagou por isso, perdeu Tempo e Dinheiro?
as informações é do Blog de Dimas Santos.

As faculdades investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), terão diplomas cancelados por determinação do Ministério da Educação (MEC). A investigação sobre irregularidades nas instituições de ensino teve início em 2016. A medida foi determinada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres)/MEC e alcança 19 instituições investigadas. Outras cinco faculdades já possuem medidas cautelares específicas determinadas, tendo uma delas, a Escola Superior de Relações Públicas (ESURP), já sido descredenciada pelo Ministério. Pelo menos 1,3 mil diplomas serão suspensos.

O MEC diz que a determinação visa o cumprimento da legislação brasileira e reforça o compromisso para garantir a qualidade da educação do ensino superior no país. Além de proteger os interesses da sociedade, impedindo que ingressem no mercado de trabalho profissionais que possuem diplomas irregulares, e que não obtiveram a formação exigida para o exercício da sua profissão.

A Seres/MEC já determinou uma série de medidas cautelares sobre as instituições citadas na CPI da Alepe. Com base nas investigações, foram detectadas as seguintes irregularidades: oferta de cursos superiores fora do domicílio autorizado pelo MEC; estabelecimento de parcerias irregulares com entidades não credenciadas pelo poder público; a convalidação irregular desses estudos; e o registro de diplomas de cursos ofertados em circunstâncias irregulares.

As instituições deverão iniciar o cancelamento dos diplomas irregulares no prazo de noventa dias, por meio de procedimento administrativo interno que confira a eventuais estudantes afetados o exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa. A medida deverá ser publicizada no Diário Oficial da União, em jornais de grande circulação e no sítio eletrônico da instituição. Os alunos que agiram de boa fé e se sentirem prejudicados pelos atos cometidos pelas instituições podem acionar a Justiça. (Diário de Pernambuco)

Orobó: Um encontro para celebrar a dignidade política e a vitória de ser cidadão pleno...

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