O corpo de um bebê de 1 ano foi encontrado carbonizado dentro de uma piscina de plástico sob entulhos em uma casa casa no setor Parque Santa Rita, em Goiânia, nesta quinta-feira (21). A mãe foi presa suspeita de matar a filha e colocar fogo no local. Outro filho dela, de 12 anos, foi socorrido e levado para o Cais do Bairro Goiá.
De acordo com o Conselho Tutelar, o garoto está estável, relatou ter ficado ao menos cinco dias sem comer e está recebendo soro para combater a desnutrição.
Segundo as investigações, o corpo tinha marcas de traumas nos ossos. A Polícia Civil encontrou um machado com manchas de sangue no quarto da vítima, indicando que ela pode ter sido golpeada antes de ser queimada.
O Corpo de Bombeiros informou que encontrou a mãe quase desacordada quando chegou ao local do incêndio. Ela foi socorrida pela corporação, levada a uma unidade de saúde e depois a Polícia Civil a encaminhou à Central de Flagrantes, onde ela está presa.
A diarista Maria (nome fictício) mal conseguiu trabalhar nesta quinta-feira (21). A mulher ainda está em estado de choque depois que recebeu a notícia de que sua amiga, Alessandra Fiuza Neves, de 33 anos,(Foto) matou a marretadas a própria filha de 1 ano e 8 meses, hoje no setor Parque Santa Rita, em Goiânia. Maria conta que ainda está absorvendo o fato, uma vez que sempre viu a amiga como uma mulher “extrovertida e amorosa com os filhos”.
Em entrevista, Maria conta que Alessandra e ela são amigas próximas. “Sempre ia na casa dela, a gente cozinhava juntas, malhava juntas na mesma academia. Eu jamais esperava por isso”. A diarista conta que Alessandra é formada em Educação Física, e já chegou a substituir o professor na academia que frequentam. Entretanto, sua principal fonte de renda seria a revenda de produtos como roupas e sapatos.
Segundo Maria, a extrema vaidade de Alessandra foi algo que sempre chamou a atenção da amiga. “Ela é muito vaidosa, muito. Se cuida demais, do corpo, tudo. Mas depois que ela teve a filha, mudou muito”, revela. Maria conta que Alessandra vinha tomando já há algum tempo medicamentos para emagrecer, uma vez que a mulher havia ganhado muito peso desde que teve a filha.
Alessandra teve dois filhos: um menino de 8 anos e a menina, de 1 ano e 8 meses, que foi morta pela própria mãe. Entretanto, uma coisa chama a atenção: segundo Maria, Alessandra escondeu a segunda gravidez de todos até onde pôde. Maria conta que, mesmo convivendo diariamente com Alessandra, só foi saber que a amiga estava grávida no sétimo mês de gestação. “Ela escondeu até onde deu, mas todo mundo comentava, desconfiava que ela estava grávida mas ela não falava nada”, lembra.
Segundo Maria, Alessandra teve um relacionamento conturbado com o pai da filha. Ela conta que Alessandra se separou do homem quando ainda estava grávida. Reatou um tempo depois, ainda durante a gravidez, rompendo definitivamente depois. O motivo da primeira separação teria sido, segundo a amiga de Alessandra, traição por parte dele.
Alessandra não aparentava ter problemas mentais, conta a amiga
Uma das principais hipóteses com a qual a polícia trabalha no caso do assassinato da criança pela própria mãe, é a de que Alessandra sofre de problemas psicológicos. Entretanto, essa possibilidade parece ser ligeiramente refutada pela amiga.
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Por Madalena França