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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Sem o “maldito” pré-sal, como estaríamos hoje?


Em em dezembro de 2010, quando a produção do pré-sal estava começando – o campo de Lula, o maior do Brasil, ainda atendia pela sigla TLD-BM-11-S  – a Bacia de Campos, que carregava desde o final dos anos 70 a responsabilidade de prover o Brasil de petróleo, produzia 2,05 milhões de barris de óleo e gás por dia.
Esgotada por quatro décadas de intensa exploração, a velha senhora que respondeu por quase 90% do petróleo brasileiro, faz o que pode, mas sua produção caiu, em dezembro passado, para 1,36 milhão diários.
Em nada isso tira dela a condição de heroína, porque nos veio logo após o primeiro choque de preços do petróleo (1973) e nos abriu as portas para um espantoso desenvolvimento de tecnologia própria de extração de petróleo em águas profundas.
O fato é, porém, que sem o pré-sal, hoje, estaríamos pendurados numa necessidade de importação de pelo menos 700 mil barris/dia. Óleo a 63 dólares, na média entre os diversos tipos, faça a conta.
Não estamos assim porque aquele “campinho” da Bacia de Santos, que produzia meros 70 mil barris por dia, então, hoje é um dos maiores campos de petróleo do mundo, produzindo 1,14 milhão de barris de óleo equivalente por dia e, com seu vizinho Sapinhohá, elevando a produção da Bacia de Santos a 1,73 milhãode barris/dia.
Custou muito mais que os mal-feitos de alguns picaretas e ainda nos custa, com o enfraquecimento da Petrobras pós Lava-Jato.
O pré-sal – desdenhado, atacado, menosprezado pelos ‘sábios’ que dizem que “a era do petróleo terminou”, embora o mundo ainda viva em guerra por ele, tem um papel ainda maior, muito maior, a desepenhar na produção de energia no Brasil.
Lá estão todos os maiores poços produtores do Brasil, e como destacou o rofessor Roberto Moraes, em seu Facebook, vários com marcas de produção dignas de figurarem entre as maiores do mundo, acima de 35 mil barris equivalentes/dia.
Mas eles são apenas a ponta do iceberg petrolífero que se oculta nas profundezas de nossa costa, dez ou vinte vezes maior do que foi a bendita Bacia de Campos.
Reparem com os outros campos, maiores que o de Lula, Libra e Franco, desapareceram do noticiário. Áreas de imenso potencial só chamam a atenção da mídia para um objetivo: leiloar e ajudar a fechar as contas do déficit público. Nada do que possam representar em termos de desenvolvimento da indústria de componentes e de logística (petroleiros, navios-sonda, barcos de apoio à exploração e produção) entra mais nas contas do país.
Se os investimentos não tivessem sido cortados, nossa produção deveria estar beirando os 5 bilhões de barris diários, em lugar dos  3,4 milhões de barris equivalentes (óleo e gás).
Não é preciso ser nenhum  gênio econômico para ver o quanto isso estaria rendendo em royalties para União, estados e municípios, alem da propria participação do Estado brasileiro no valor do produto, em lugar dos bônus dos leilões, que entram e somem em instantes.
As jazidas de petróleo, tal como acontece na Venezuela – que tem as maiores reservas do mundo – não podem ser abduzidas e levadas para os países centrais. É mais simples abduzir a soberania das nações e dominá-las.
Se Nicolás Maduro fosse saudita, usasse turbante, mandasse degolar pessoas a espada em praça pública, ordenasse a execução de um jornalista em plena embaixada do país no exterior e depois dissolvesse seu corpo em ácido isso não seria motivo para derrubá-lo, como lá na península árabe não é. (Tijolaço).
Madalena França


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