O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua imbatível para as eleições de 2022. Ele lidera as intenções de voto com possibilidade de vitória no primeiro turno na corrida pelo Palácio do Planalto, de acordo com a mais recente pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira (09/02). A sondagem está registrada no TSE sob o nº BR-08857/2022, contratada por BANCO GENIAL S.A. ao custo de R$ 268.742,48.
O percentual obtido pelo petista supera numericamente a soma de seus adversários nos quatro cenários simulados, mas está dentro da margem de erro do levantamento.
Além disso, a pesquisa indica que mais da metade dos eleitores considera a escolha do voto definitiva, o que explicaria a consolidação do cenário registrado nos últimos meses e mantido sem variações significativas.
Os índices registrados por Lula variam entre 45% e 47%, conforme é reduzido o número de candidatos na disputa. Em todos os cenários, o petista é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que pontua entre 23%, na simulação mais pulverizada, e 26%, no quadro com menos postulantes.
Nenhum dos outros nomes incluídos no levantamento supera os dois dígitos.
Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados dizem livremente o nome de quem votaria para presidente, Lula obtém 28%, Bolsonaro, 16%, e os demais concorrentes somam 4%. Quase metade, 48%, afirmaram estar indecisos, e 4% indicaram querer anular ou votar em branco.
No primeiro cenário estimulado, em que o entrevistador apresenta uma lista de candidatos, Lula lidera com 45%, seguido por Bolsonaro, com 23%. Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) empatam na terceira posição, com 7% cada.
João Doria (PSDB) e André Janones (Avante) também coincidiram nas intenções de voto, com 2%, e Simone Tebet (MDB) marcou 1%. Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D’Ávila (Novo) não pontuaram, nulos e brancos somam 8%, e os indecisos são 5%. Assim, Lula marca 3 pontos percentuais a mais que a soma dos votos de seus adversários.
Intenção de voto para presidente no 1º turno – Cenário 1 – Estimulada
- Lula (PT) – 45%
- Bolsonaro (PL) – 23%
- Moro (Podemos) – 7%
- Ciro Gomes (PDT) – 7%
- João Doria (PSDB) – 2%
- André Janones (Avante) – 2%
- Simone Tebet (MDB) – 1%
- Rodrigo Pacheco (PSD) – 0%
- Felipe d’Ávila (Novo) – 0%
- Branco/nulo/não vai votar – 8%
- Indecisos – 5%
No segundo cenário, todas as variações ocorrem dentro da margem de erro, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos: Lula fica com 45%; Bolsonaro, 24%; Moro, 9%; Ciro, 8%; e Doria, 3%.
Quando Janones substitui o tucano, os índices dos quatro primeiros colocados se mantêm, e o mineiro marca 2%. Por fim, o quarto cenário, sem Moro, Lula vai a 47%; Bolsonaro, 26%; Ciro, 9%, e Janones, 3%. Nos três cenários, os indecisos são 4% e os nulos e brancos variam de 8% a 10%.
Intenção de voto para presidente no 1º turno – Cenário 2 – Estimulada
- Lula (PT) – 45%
- Bolsonaro (PL) – 24%
- Moro (Podemos) – 9%
- Ciro Gomes (PDT) – 8%
- João Doria (PSDB) – 3%
- Branco/nulo/não vai votar – 8%
- Indecisos – 4%
Intenção de voto para presidente no 1º turno – Cenário 3 – Estimulada
- Lula (PT) – 45%
- Bolsonaro (PL) – 24%
- Moro (Podemos) – 9%
- Ciro Gomes (PDT) – 8%
- André Janones (Avante) – 2%
- Branco/nulo/não vai votar – 8%
- Indecisos – 4%
Intenção de voto para presidente no 1º turno – Cenário 4 – Estimulada
- Lula (PT) – 47%
- Bolsonaro (PL) – 26%
- Ciro Gomes (PDT) – 9%
- André Janones (Avante) – 3%
- Branco/nulo/não vai votar – 10%
- Indecisos – 4%
Segundo turno
O instituto simulou cinco cenários de segundo turno, todos com vitória de Lula: sobre Bolsonaro (54% a 30%); Moro (52% a 28%); Ciro (51% a 24%); Doria (55% a 16%); e Janones (56% a 14%). O índice de nulos e brancos cresce respectivamente em cada uma dessas simulações, variando de 13% a 26%.
Cenário 1
- Lula (PT) – 54%
- Bolsonaro (PL) 30%
- Branco/nulo/não vai votar – 13%
- Indecisos – 3%
Cenário 2
- Lula (PT) – 52%
- Moro (Podemos) – 28%
- Branco/nulo/não vai votar – 17%
- Indecisos – 3%
Cenário 3
- Lula (PT) – 51%
- Ciro Gomes (PDT) – 24%
- Branco/nulo/não vai votar – 22%
- Indecisos – 4%
Cenário 4
- Lula (PT) – 55%
- João Doria (PSDB) – 16%
- Branco/nulo/não vai votar – 26%
- Indecisos – 3%
Cenário 5
- Lula (PT) – 56%
- André Janones (Avante) – 14%
- Branco/nulo/não vai votar – 25%
- Indecisos – 4%
Definição de voto
A Quaest também perguntou aos entrevistados o quanto a escolha de voto é definitiva. Quase 6 em cada 10 eleitores (58%) consideram sua decisão tomada, ante 40% que não descartam mudança caso algo aconteça.
E são justamente os dois líderes da pesquisa que registram, entre seus eleitores, os maiores índices de certeza de voto, o que torna ainda mais difícil o caminho para os candidatos que tentam quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro.
Dos eleitores do atual presidente, 65% disseram que a decisão é definitiva, ante 35% que afirmam poderem mudar caso ocorra algo inesperado. No caso do petista, a consolidação é ainda maior: 74% disseram que é uma escolha definitiva e 25% não descartam mudança se algo acontecer.