13/04/2016 14:00
Decisão foi tomada numa reunião com o líder na Câmara, Weverton Rocha, e o presidente do PDT, Lupi
Por: Agência Brasil
portalweb@diariosp.com.br
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Enquanto o governo perdeu o apoio do PMDB, PP e PRB que anunciaram que vão votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo domingo (17) na Câmara, nesta quarta (13), alguns antigos aliados decidiram reforçar o apoio ao Palácio do Planalto. O PDT, mesmo com parlamentares críticos a algumas conduções do Executivo, principalmente na área econômica, avisou que se mantém na base e fechou questão para votar contra o impedimento da presidenta.
A decisão foi tomada numa reunião na casa do líder na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA), com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o ministro André Figueiredo, das Comunicações, que terminou à 1h30 da madrugada. “A reunião foi longa. É característica do partido ter discussões. O partido tem muitas criticas desde o início do governo”, disse Weverton.
Defesa da democracia/ Mesmo com as divergências, os 19 dos 20 deputados que integram a bancada confirmaram que vão seguir a orientação nacional. “O partido decidiu que lutará contra o impeachment porque a solução do problema não será apenas tirando Dilma de seu mandato. A bancada reitera que ficará do lado da democracia e não apoiaremos este golpe”, completou.
O único que não participou do encontro foi o deputado Mário Heringer (MG), um dos maiores críticos do governo dentro da legenda. Mas, Weverton afirmou que sua ausência não teve relação com a decisão, disse estar confiante de que a bancada votará unida e alertou que, se algum parlamentar votar a favor do impedimento, poderá sofrer sanções a serem decididas na reunião da Executiva da legenda, marcada para maio. Heringer foi procurado pela Agência Brasil, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
PSD reunido/ Na manhã desta quarta, deputados do PSD estão reunidos, também para afinar a posição da legenda. A assessoria do partido sinalizou que a decisão pode não sair hoje, mas a legenda - liderada por Rogério Rosso (DF) -, que presidiu a comissão especial sobre o impeachment, vai se manter na base aliada do governo.
Não há certeza sobre o fechamento de questão ou se o PSD vai liberar seus parlamentares para votar como quiserem. No encontro, além dos parlamentares, participa o ministro Gilberto Kassab, das Cidades, que foi presidente da legenda.
Como a tendência é a manutenção na base, Rosso não teria como encaminhar uma votação contrária ao impeachment, ainda que 26 deputados do partido tenham declarado que são favoráveis ao afastamento da presidenta. Apenas cinco peesedebistas estão contra o processo e outros cinco se declaram indecisos. Rosso quer liberar os votos, mas isto dependerá de uma decisão da bancada e só será anunciado amanhã, quinta-feira.
As conversas entre partidos vão continuar durante os próximos dias. Na tarde de hoje, o PTB, de Jovair Arantes (GO) - relator do processo contra Dilma na comissão especial – tem reunião marcada para definir os procedimentos que serão adotados durante a votação.
Texto atualizado às 12h43 para acréscimo de informações