Do G1
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decretou de forma liminar e em caráter imediato, a indisponibilidade dos bens do ex-prefeito de Maraial, na Mata Sul de Pernambuco, Marcos Antônio Ferreira Soares, o Marquinhos Maraial, até o valor de R$3.579.086,85.
A reportagem tentou entrar em contato para obter uma resposta, mas até a publicação desta matéria não obteve êxito.
A medida está pautada nos indícios da prática de fraudes e outras irregularidades nas contas apresentadas perante o Tribunal de Contas de Pernambuco, em especial a ausência de comprovação de despesas, no exercício financeiro de 2012, quando ocupava o cargo de prefeito do município. O MPPE ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa, com pedido de liminar de bloqueio de bens e valores.
O TCE julgou irregulares as contas apresentadas nos períodos compreendidos entre 11 de janeiro de 2012 e 13 de setembro de 2012 e de 6 de novembro de 2012 a 31 de dezembro de 2012 (TC n°1330234-6) ao considerar as falhas nos registros contábeis, a exemplo da ausência de controle dos registros contábeis na realização da conciliação bancária e escrituração incompleta dos empenhos, agravadas pelo descumprimento de determinação imposta pelo TCE, por meio da Decisão TC nº 632/2011.
Também a ausência de comprovação das despesas no montante de R$ 3.579.086,85, na medida em que não foram apresentados quaisquer documentos, sequer as notas de empenho. O MPPE entende que as práticas configuram atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário e violação aos princípios da Administração Pública, por isso requereu a condenação do ex-prefeito a ressarcir o dano causado.
Durante o mandato Marcos Antônio foi afastado do cargo duas vezes, a primeira vez em dezembro de 2011 e a segunda, em setembro de 2012, pela acusação de vários atos de improbidade administrativa, entre eles, segundo a decisão judicial (2012) dada pelo juiz José Wilson Soares Martins em ação ajuizada pelo MPPE, atraso de salários, não recolher as contribuições previdenciárias, retenção dolosa de valores descontados em empréstimos consignados e recusa injustificada de prestar contas ao TCE.
Opinião: Muito bom assim. Se todos os corruptos do Brasil fossem obrigado a devolver aos cofres públicos o produto do seu ilícito, um serviria de exemplo ao outro, que teria medo de também perder seus bens. Mas no Brasil se condena para nada. O cara fica solto ,daqui a pouco o povo esquece e vota outra vez.Essas leis do Brasil tem um divisor de águas entre a lei e a prática. Madalena França.