O empresário e ex-presidente da Copergas, Aldo Guedes Álvaro que foi denunciado pela prática de corrupção (3 vezes) e de lavagem de dinheiro (77 vezes), pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, crimes que teria praticado juntamente com seu sócio, o ex-governador de Pernambuco e chefe Eduardo Campos, já falecido e com o colega de partido e de governo, Fernando Bezerra Coelho, atualmente senador, pelo PSB, contando ainda com a participação do empresário e agiota João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, teve rejeitado, pelo novo relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, pedido para que diretores de empreiteiras que os delataram, fossem co-réus na ação (Leia AQUI a decisão).
Outros documentos, a que o Blog teve acesso, com exclusividade, referentes à empresa Jacarandá, de propriedade do ex-sócio de Eduardo Campos, Aldo Guedes e que também foi alvo de buscas e apreensões da Polícia Federal na Operação Catilinárias e que acompanham a denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot, demonstram que essa empresa foi criada em 28 de junho de 2011 para "participação no capital de outras empresas e administração de bens próprios".
O interessante é que logo em outubro de 2011, a Jacarandá adquiriu, por R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) um terreno chamado Propriedade Camboa, Lote "C", em Muro Alto, Ipojuca, a Maria Dulce Arcoverde Campos, Paulo Montenegro Campos Filho, Maurício José Brito Arcoverde e Maria Cristina Correa Arcoverde Correa de Araújo, em 12 parcelas que foram quitadas somente em 30/12/2012:
Mas o que chama a atenção mesmo nesse negócio é a permuta feita do terreno com a Freitas Construções Ltda., que tem entre seus sócios o pregoeiro da Copergas, mesma empresa da qual Aldo Guedes foi presidente até ser alvo do Inquérito 4005 e da Operação Catilinárias, de onde obtivemos os documentos ora mencionados. Trata-se do também empresário Chistiano Walter Freitas, que na época da permuta era presidente da Comissão Permanente de Licitação da estatal pernambucana, portanto, subordinado de Aldo Guedes. Pela permuta, a empresa criada para administrar os imóveis de Aldo Guedes, a Jacarandá, repassou à empresa de seu funcionário, a Freitas Construções, em 03 fevereiro de 2012, pelos mesmos 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil), o terreno em Muro Alto, onde deveria ser construído um empreendimento imobiliário e em troca recebeu 22 apartamentos e mais R$ 600 mil, em dinheiro. De se observar, que sequer terminara de pagar o terreno que acabara de comprar, o que só viria a ocorrer em dezembro daquele mesmo ano.
Dos 22 apartamentos recebidos em pagamento, seis tinham o valor de R$ 60 mil; um valia R$ 54 mil; dois valiam R$ 52 mil; três valiam R$ trinta e quatro mil e dez foram avaliados em R$ 28 mil, totalizando R$ 900 mil em imóveis, portanto:
Mas o tino comercial de Aldo Guedes se mostrou fora de série mesmo, foi com a revenda dos apartamentos que comprara por apenas R$ 204 mil, em outubro de 2012, mês das eleições para prefeitos em todo o Brasil, coincidentemente, aqueles que adquirira por permuta de um imóvel que só terminou de pagar em dezembro de 2012, ou seja, os apartamentos 201, 202, 616, 408 e 417, pelo impressionante valor de R$ 4.495.000,00, em duas parcelas de R$ 2.247.500,00, para o advogado Ricardo do Nascimento Correia, que veio a ser, logo em seguida, o secretário de Assuntos Jurídicos do prefeito eleito naquela eleição, pelo Partido de Aldo Guedes, o PSB, da capital de Pernambuco, Geraldo Júlio, cargo que, inclusive, ocupa até hoje, com outra nomenclatura, a de Procurador-Geral do Município do Recife. Os pagamentos foram feitos com os cheques nºs 272, para saque imediato em 05 de outubro de 2012 e 273, para saque em 05 de novembro, do Banco Bradesco, da conta corrente nº 023645-4, Agência 2322.
Fonte Noelia Brito.
Sem comentários:
Enviar um comentário