Após acalorado debate na segunda (7) na Alepe, sobre a possibilidade do Ministério da Saúde de mobilizar a tecnologia de produção de hemoderivados (no que se refere ao Fator Recombinante VIII) para uma nova unidade da Hemobrás em Maringá no Paraná, o deputado Zé Maurício (correligionário do Ministro da pasta, Ricardo Barros, pelo PP) se pronunciou, nesta terça (8) na Assembleia, em discordância ao posicionamento de Barros, que afirmou que a Hemobrás em PE ‘terá que encontrar sozinha uma forma de produzir o hemoderivado’ – o que para o parlamentar estadual soou como se o assunto não fosse de responsabilidade do Ministério da Saúde para com a Hemobrás.
“O que seria uma grande usina de sangue e um enorme pólo farmacológico, que já custou mais de 800 milhões aos cofres públicos federal e estadual, seria sepultada como mais um elefante branco desse país”, pontuou o deputado durante o discurso, ressaltando que, caso realmente ocorra a transferência, Pernambuco deixará de desenvolver o produto mais rentável da Hemobrás, para o qual a fábrica instalada em Goiana foi projetada desde o início.
O parlamentar externou, entre outros pontos, também a sua preocupação no desperdício de mão-de-obra especializada, formada para atuar em Goiana, além da infraestrutura já instalada da fábrica, bem como o empenho de instituições de ensino pernambucanas – que pautaram sua atuação no desenvolvimento de habilidades desses profissionais. “Capacitados para trabalhar na empresa, eles (profissionais) seriam simplesmente descartados ou utilizados de forma aquém do que havia sido planejado”, pontuou Zé.
Fonte: Ascom