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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

14 pessoas mortas por intoxicação alimentar e o fim da 'ração humana'


Após críticas (até de aliados) e repercussão negativa, João Doria desistiu da ração humana. No entanto, os interesses por trás da tentativa quase bem-sucedida de emplacar o estranho projeto não podem ser esquecidos

Alex Tajra, Outras Palavras

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Muito tem se falado sobre o projeto da Prefeitura de distribuir um complexo nutritivo chamado de “farinata” para supostamente combater a fome na cidade. A gestão João Doria, em parceria com a nebulosa Plataforma Sinergia, produziu um alimento de qualidade duvidosa, com um aspecto peculiar (lembra uma mistura do tradicional doce cajuzinho com uma pedra de crack), proveniente de uma maçaroca de produtos próximos do vencimento, desinteressantes para bares, restaurantes, supermercados, etc.
Não há qualquer informação nutricional sobre o produto, tampouco foi feita uma consulta aos órgãos competentes que deveriam fiscalizar os acordos alimentícios feitos pelo poder público com empresas privadas, tais quais o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Plataforma Sinergia também é uma empresa sobre a qual poucas informações estão disponíveis. Uma delas é de que é gerida pela empresária Rosana Perrotti, entusiasta do “Allimento” (nome do produto, elaborado com um trocadilho sórdido) e fã declarada do prefeito. Mas quem é Perrotti?
Numa pequena consulta feita na internet, nota-se que Rosana possui uma posição político-partidária muito explícita. Não raro em sua página pessoal no Facebook posta vídeos e textos criticando os “esquerdopatas”. Em uma das publicações, uma crítica virulenta à “ideologia de gênero” que o Ministério da Educação quer nos colocar “goela abaixo”. O professor Felipe Nery, no vídeo, diz que “está acontecendo uma explosão de crianças confusas com o próprio sexo” e que as crianças estão “duvidando de si mesmas nas salas de aula”.
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Marcada de vermelho, Rosana Perrotti, que se empenha em postagens ultraconservadoras na internet. Entre os “colaboradores” citados por sua empresa, a PUC-SP. Que relações obscuras ligariam Dom Odilo (o Grão Chanceler da universidade, ao microfone) com a “farinata”?
As postagens não são antigas; pelo contrário, foram publicadas nas últimas semanas. Em outro vídeo, o pastor e senador Magno Malta (PR), discorre sobre o ECA e como a performance do artista carioca Wagner Schwartz, no MAM, supostamente incentiva a pedofilia. “Se a Organização Mundial de Saúde pede para os fumantes não fumarem perto das crianças, quanto mais um adulto induzir uma criança a tocar no órgão genital do outro”, é uma das comparações feitas por Malta.
Em outra publicação, um vídeo de uma criança de no máximo cinco anos explicando “como Deus escolheu David para ser rei”. Esse, sim, em clara violação do Estatuto da Criança e do Adolescente, já que explora uma criança com fins de proselitismo religioso. Rosana também não deixa de lado o arauto da ética e da moral brasileiras, Sérgio Moro, e reserva espaços em sua linha do tempo para alguns vídeos do magistrado, exaltando a Operação Lava-Jato e seus feitos heroicos.
Profissionalmente a trajetória de Perrotti é igualmente cerceada por uma neblina cinzenta. Em seu perfil no Linkedin, apresenta-se como “Controller” na empresa Mead Johnson Nutrition, companhia estadunidense “líder no mercado de nutrição” e concentrada na “investigação científica” de nutrição para bebês e crianças.
No campo de experiência, a criadora da Sinergia se define como “CFO (Diretora Financeira, em tradução livre) com foco em alimentação, agronegócio e farmacêuticas multinacionais”, com passagens pela maior empresa do mundo de alimentação, a Kraft Foods, e a gigante do agrotóxico Monsanto.
Na rede social voltada para o mundo corporativo, a Plataforma Sinergia é descrita como uma “rede de especialistas e organizações dividindo sinergia para promover desenvolvimento sustentável por meio das melhores práticas sociais e ambientais”. Apresentada como um Instituto ou uma ONG pelos meios de comunicação, a empresa tecnicamente é uma entidade privada com “atividades associativas não especificadas anteriormente”, segundo dados do Cadastro Nacional. Em seu site, pede doações pouco objetivas, em um grande banner onde se pode ler “A CADA R$10 VOCÊ NUTRE 1 CRIANÇA POR 1 MÊS”, com dados bancários da empresa abaixo.
A Sinergia, como já revelado pela rádio CBN, não possui sequer uma fábrica. Atua em parceria com “indústrias licenciadas”, segundo Perrotti, que não podem ser reveladas por conta de acordos de confidencialidade. Aí entra também uma contradição, já que a comandante da empresa disse nesta mesma entrevista que só foram produzidas amostras da farinata, as quais foram distribuídas em algumas creches.
No texto de divulgação elaborado pela Prefeitura e publicado no dia 9 de outubro, todavia, a gestão afirma que a Sinergia já possui 50 toneladas do produto em estoque. Não se sabe onde, nem quando e nem o porquê dessa produção.
Tem como colaboradores nomes de peso, como a Câmara Internacional de Comércio, a CNBB e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Também não há qualquer menção sobre como ou por qual razão essas organizações mantêm vínculo com a Sinergia.
Chamam atenção, porém, mais que qualquer colaborador, os nomes da Fazenda da Esperança e da Missão Belém no portal da empresa. A primeira é uma conhecida rede de “comunidades terapêuticas” privadas, onde se tratam dependentes de drogas, e que possui uma série de contratos com o poder público. A segunda também trata de dependentes químicos, porém abriga moradores em situação de rua. Em junho deste ano o jornal O Estado de São Paulo publicou uma reportagem contando que, só naquele mês, 14 pessoas morreram na Missão Belém, todas com sinais de intoxicação alimentar.
A situação da Fazenda da Esperança é ainda mais conturbada. São diversas denúncias de alimentação ruim, tratamento negligente e até acusações de escravidão. Em 2014, quatro jovens de Alagoas, internados na unidade de Poço das Trincheiras, denunciaram que estavam sendo tratados como escravos, recebendo uma comida de péssima qualidade e que a situação é maquiada quando um grupo vinculado à Igreja Católica fazia visitas.
Cristiano dos Santos, Max Gonçalves, Italo Henrique e Jonata da Silva foram entrevistados pela Rádio Milênio e as denúncias foram amplamente repercutidas por veículos regionais. “A comida não prestava. A que prestava quem comia era o coordenador Josafá”, disse Jonata à rádio na época, ainda relatando que o local não possuía psicólogos e nem médicos.
Em 2015, um caso de violência marcou a Fazenda da Esperança de Guaratinguetá. Um homem teria invadido o local e assassinado uma freira para roubar dinheiro. O crime, no entanto, nunca foi esclarecido, e houve uma clara tendência em afastar a possibilidade de ter sido cometido por alguém de dentro da instituição.
A última notícia que se tem do assunto é um alento aos conselhos de nutrição e aos profissionais do segmento, que se posicionaram de forma contrária à farinata nas últimas semanas. A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de São Paulo instaurou em 19/10 um procedimento administrativo afim de obter mais informações sobre o “granulado nutricional” de João Doria e Rosana Perrotti. Além disso, a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, da Câmara Municipal de São Paulo também pediu esclarecimentos à prefeitura.
O Ministério Público da capital encaminhou cinco perguntas sobre o “Allimento” para a Prefeitura, entre elas o do porquê o granulado substituir os alimentos convencionais. Outro questionamento é a composição e o valor nutricional do produto, onde o MP também solicitou um laudo técnico para diagnosticar cientificamente o “Allimento”. O texto é assinado pelo promotor José Carlos Mascari Bonilha.

A Plataforma Sinergia e o “combate à fome”

Uma das relações pouco exploradas pela mídia até agora é a da Plataforma Sinergia com o Projeto de Lei 6867 de 2013, que instala a Política Nacional de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos – PEFSA. A norma foi proposta pelo deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e, depois de alguns meses parada, voltou a circular com mais intensidade pelas comissões da Câmara dos Deputados no segundo semestre desse ano. A última movimentação foi no dia 14 de setembro, cerca de um mês antes do anúncio feito pela Prefeitura do acordo com a Sinergia.
A lei, que estabelece diversas diretrizes em relação ao combate à fome e ao desperdício de alimentos, possui alguns dispositivos que claramente tendem a beneficiar o setor privado e seguem quase que exatamente o mesmo modus operandi que João Doria adotou com a Sinergia. No PL, diversas formas de isenção fiscal e incentivos ao setor privado estão regulamentadas, tais como o inciso terceiro do Art. 9º:
III – isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados na fabricação pela indústria nacional de máquinas e equipamentos cujo uso esteja comprovadamente associado ao combate à insegurança alimentar;”
A relação mais explícita entre a Plataforma Sinergia e o Projeto de Lei de 2013, porém, está na justificativa escrita por Jardim, ao fim do documento:
Ao mesmo tempo, também em Roma, na sede da FAO, reunir-se-ão representantes do projeto “Save Food”, que discute 170 soluções selecionadas em nível global voltadas para a otimização do uso de alimentos e salvar vidas. Dentre as soluções selecionadas, encontra-se a proposta pelo ‘Projeto Fome’ da Plataforma Sinergia, que desenvolve processos para evitar a destinação inadequada de alimentos.”

Os votos dos pernambucanos sobre arquivamento da investigação de Temer…

Ontem (25), o presidente Michel Temer esteve mais uma vez nas mãos da Câmara. Mas, o resultado novamente não surpreendeu. Com 251 votos a favor e contando com as 25 ausências, a base aliada conseguiu garantir o arquivamento da segunda denúncia contra o presidente.

Na bancada pernambucana a votação foi empatada, com 11 votos a favor do arquivamento e 11 contra. Confira abaixo o voto de cada um dos deputados de Pernambuco:  

Olhem bem para esses nomes e caras:Foto de Drfeliciano Souza.

Votaram “sim” (11):

Augusto Coutinho (SD)

Bruno Araújo (PSDB)

Eduardo da Fonte (PP)

Fernando Filho (sem partido)

Fernando Monteiro (PP)

Jorge Côrte Real (PTB)

Luciano Bivar (PSL)

Marinaldo Rosendo (PSB)

Mendonça Filho (DEM)

Sebastião Oliveira (PR)

Zeca Cavalcanti (PDT)

Votaram “não”(11):

André de Paula (PSD)

Betinho Gomes (PSDB)

Daniel Coelho (PSDB)

Danilo Cabral (PSB)

Gonzaga Patriota (PSB)

Jarbas Vasconcelos (PMDB)

Luciana Santos (PCdoB)

Pastor Eurico (PHS)

Silvio Costa (Avante)

Tadeu Alencar (PSB)

Wolney Queiros (PDT)

Ausentes:

Ricardo Teobaldo (Podemos)

João Fernando Coutinho (PSB)

Adalberto Cavalcanti (Avante)

(Diário de Pernambuco)

CPI: MAIORES SONEGADORES DEVEM QUASE R$ 1 TRILHÃO À PREVIDÊNCIA



Antonio Cruz/ Agência Brasil: <p>O senador Paulo Paim, durante audiência pública interativa para debater o racismo sofrido pelos os jogadores negros nos estádios (Antonio Cruz/Agência Brasil)</p>

Rede Brasil Atual - Em sessão de quase 12 horas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência apresentou ontem (23), no Senado, o relatório das investigações feitas pelos senadores com instituições diversas ao longo de seis meses. A constatação a que eles chegaram foi de que a Previdência Social não possui déficit, se forem retiradas dessa conta despesas que não fazem parte do setor. Segundo eles, bastaria o governo executar os grandes devedores da União por sonegação previdenciária para arrecadar perto de R$ 1 trilhão.
“Esse argumento de déficit está sendo utilizado pelo governo Temer para, com o apoio do empresariado, conseguir aprovar a reforma que eles querem e que só vai tirar mais direitos dos trabalhadores e prolongar o tempo de serviço de todos”, afirmou o presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS) (foto), ao final da reunião.
Segundo o relatório, quando são separadas da lista dos grandes devedores apenas as empresas privadas, estas devem R$ 450 bilhões. Dados da Procuradoria da Fazenda Nacional, entretanto, comprovaram que deste volume somente R$ 175 bilhões correspondem a débitos recuperáveis, em função dos programas de isenção fiscal.
“Esse débito decorre do não repasse das contribuições dos empregadores, mas também da prática empresarial de reter a parcela contributiva dos trabalhadores, o que configura um duplo malogro; pois, além de não repassar o dinheiro à previdência esses empresários embolsam recursos que não lhes pertencem”, explicou Paim.

Entre as propostas apresentadas no relatório, está o aumento para R$ 9.370,00 do teto dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que atualmente é de R$ 5.531,31, assim como a consolidação da competência material da Justiça do Trabalho para a execução das contribuições previdenciárias não recolhidas no curso do vínculo empregatício apenas reconhecido na sentença.
Outro item sugerido foi a recriação do Conselho Nacional de Seguridade Social – que participará da formulação e fiscalização da proposta orçamentária da Seguridade. O documento ainda recomendou que a Desvinculação das Receitas da União (DRU) deixe de ser aplicada nas receitas da Seguridade Social.
E que seja permitida a flutuação da alíquota de contribuição das empresas, que poderá aumentar ou ser reduzida sempre que a empresa reduzir em 5% ou mais seu quadro de pessoal.
Punição para empresários
Os senadores pediram, ainda, punibilidade para os crimes contra a ordem tributária, que atualmente ocorre com o pagamento do tributo devido e termina protegendo as empresas. O texto faz críticas à atual forma como é administrada a previdência e mostra erros à proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma do setor, em tramitação na Câmara dos Deputados.
Conforme a investigação da CPI, demonstrada no relatório, foram encontradas inconsistências de dados e de informações anunciadas pelo Executivo. “Desenham um futuro aterrorizante e totalmente inverossímil, com o intuito de acabar com a previdência pública e criar um campo para atuação das empresas privadas”, ressalta o documento.
“A Previdência Social brasileira sofre com a conjunção de uma renitente má gestão por parte do governo, que, durante décadas retirou dinheiro do sistema para utilização em projetos e interesses próprios e alheios ao escopo da previdência e protegeu empresas devedoras, aplicando uma série de programas de perdão de dívidas”, afirmou o relator, senador Hélio José (Pros-DF).
“Como se não bastasse, os dados coletados provam que foi ignorada  lei para que empresas devedoras continuassem a participar de programas de empréstimos e benefícios fiscais e creditícios. Buscou-se, enfim, a retirada de direitos dos trabalhadores vinculados à previdência unicamente na perspectiva de redução dos gastos públicos”, acrescentou o parlamentar.
Pedido de indiciamento
A leitura do relatório foi iniciada às 9h30 de ontem e concluída depois das 22h. No final da leitura, Hélio José decidiu incluir em seu relatório sugestão para que sejam indiciados os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, por terem fornecido “dados enganosos e não confiáveis” à CPI. “Foram mentirosos e falaciosos para defender a necessidade da Reforma da Previdência junto aos parlamentares e junto à população brasileira”, acusou.
O relatório foi objeto do pedido de vistas coletivas e está previsto para ser votado ou amanhã (25) na comissão, no período da manhã, ou na próxima terça-feira (31). O documento será encaminhado oficialmente a todas as entidades do setor, todos os parlamentares, para o Executivo e representantes do Judiciário.
“Queremos que fique bem claro que o diagnóstico com a verdade sobre os dados apurados em várias instituições está aqui, neste trabalho. E que os parlamentares que resolverem votar pela reforma da Previdência proposta pelo governo tenham consciência do risco que estão correndo perante a opinião pública e saibam exatamente que estarão decidindo contra o Brasil”, disse .

“Tô inteiro”? Sim, Temer, você voltou a ser inteiramente nada


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“Tô inteiro”, disse ontem, ao deixar o hospital, Michel Temer, pouco ante de ser mantido, por uma votação minguada, na cadeira de Presidente da República.
Nos jornais de hoje, apesar das bravatas de que “a pauta agora é econômica”, a percepção quase unânime de que  lhe faltam forças para aprovar o que quer que seja, concorda a maioria dos analistas políticos.
No “mercado”, a avaliação não é tão pessimista assim, porque se é impossível um Temer forte para fazer a reforma da Previdência, não é mau um Temer fraco para assumi-la como tábua de salvação, com seus “ninguém é amiguinho, muito menos para sempre” Rodrigo Maia e Henrique Meirelles.
Que, no remoto caso de sucesso, ficam com as glórias e no provável fracasso o deixam para o politicamente moribundo presidente.
E, claro, aceleram o processo de liquidação de patrimônio em curso no petróleo, na energia elétrica e em tudo mais for viável “passar nos cobres” no fim de festa temerário.
Temer não tem do que reclamar. A origem conspiratória de sua ascensão ao poder e, nele, a pretensão de ser a “ponte para o futuro” e não entender que a afirmação da transitoriedade era a única coisa que lhe poderia dar alguma legitimidade foram tão ou mais danosas que a gravação de Joesley Batista.
Os seus 77 anos o autorizam a lembrar dos versos de  Haroldo Barbosa e Luiz Reis, imortalizados nos anos 60 por Miltinho: “Cara de palhaço / Pinta de palhaço / Roupa de palhaço /Foi este o meu amargo fim(…) Na tua lista de golpista/Tem um bobo a mais / Quando a chanchada deu em nada / Eu até gostei/ E a fantasia foi aquela que esperei.”

Janio: ser contra Lula é a “razão de viver” da neodireita


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Janio de Freitas, em sua coluna de hoje, na Folha, sai do tiroteio da votação da denúncia contra Temer e olha para frente, enxergando em nome de quê se apresentam os candidatos da neodireita brasileira, em meio aos frangalhos de suas representações tradicionais, as ruínas tucanas e o vasto e desmoralizado horizonte dos agrupamentos políticos convencionais.
E, com a experiência que as décadas de janela lhe dá, vê o que poucos percebem, embora evidente.
A direita não tem um projeto, tem uma negação de projeto. Não importa como e com quem, seu negócio é impedir que o poder seja ocupado por quem o tenha.  Vibra com a destruição que o clima de histeria judicial fez ao país. Espécie oportunista, sabe que só tem chances de vicejar em terra arrasada e, afinal,  porque se importa pouco ou nada com a terra e a gente que nela vive.
Pela negação, representam a afirmação de que este país – pelo desamor que lhe têm suas elites e pela mediocridade com que a mídia as revestiu – acabou reduzido a uma só esperança de voltar àquilo que descobriu, na década passada, que podia ser “o normal’:  ter paz, crescer e tornar-se mais justo.

Sem mostrar ao que vêm, novatos 
dividem desejo de Lula ser candidato

Quando João Doria passar por São Paulo, talvez não perceba, mas seus apoiadores estarão em menor número. Sua base eleitoral esfarinha aos poucos e sem cessar. O que é perceptível até pela diminuição de espaços e tempo que o projetam nos jornais e TV. Sem indício algum de que o desejo de se fazer conhecido resulte em mais notoriedade sua, por aí afora, do que em decepção do seu possível eleitorado. A agenda de Doria para a semana previu sua presença nesta quinta (26) em Aracaju e sexta (27) em Maceió. Para o que pode obter por lá, bastaria ir a quase qualquer um dos municípios paulistas.
Henrique Meirelles, posto diante da realidade de que a presunção e promessas de êxitos no comando da economia não se cumprem, passou-se para o caminho da salvação. Não a da alma. A do mais terreno voto: as igrejas evangélicas e sua comprovada potência eleitoral. Neste caminho, porém, outra ambição neófita busca converter o seu conceito para o de pessoa confiável também pelo eleitorado civil, que sempre desprezou. Meirelles e Bolsonaro estão em disputa entre si.
Jair Bolsonaro, o ex-tenentinho que planejou explodir as entradas de água potável no Rio, pensou que fazer falas de bom moço nos Estados Unidos desse à sua imagem, aqui, alguma dubiedade brasileira. Azeitada, em seu caso, com a evidência de filiação ao americanismo mais vulgar. Mas, entre outras cabeçadas agora sem capacete, oficializou a sujeição dando Trump, o abominável, como sua inspiração. Nem a direita mais monetária gostou.
Luciano Huck não vai nem fica. Não sabe que, em política, ir inclui a possibilidade de desistir com uma desculpa, e até mesmo na excepcionalidade de uma explicação honesta. E protelar decisão, além de sugerir inseguranças, quase sempre leva a perder oportunidades. Logo aparecerá outro aventureiro a comprovar a meia verdade de que em política não há espaço vazio (exceto Lula, nenhum político à esquerda pode empregar tal conceito). Existe, ainda, a velha crítica: “…viu o cavalo passar e não montou”. O DEM já confirmou essa tradição: mal iniciou conversações com Huck, “desistiu dele, porque em três encontros não decidiu se quer ou não quer”.
Nenhum dos quatro novatos da “renovação” (Bolsonaro pensa que é político veterano, sem jamais ter ido além de agitador de extrema direita) mostrou ainda ao que vem. Têm, em comum, o traço básico de serem portadores do desejo inconfessável de que Lula seja candidato. Por serem, todos, pretensos candidatos gerados na visão oportunista de que representar o anti-Lula é uma chance eleitoral como nenhuma outra. Em boa medida, suas candidaturas de direita e a candidatura de Lula são uma coisa só.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Lamentável do Planalto a Orobó o escárnio com o povo é um só...

171 Deputados Salvam o Temer lá e  6  Vereadores " estilhaçam " o povo cá. Parabéns Serra Capoeira, agora somos da Zona Urbana!Pague seu IPTU, sua alta taxa de Iluminação, vote em Temer e Chaparral, e viva a escravidão!

Resultado de imagem para imagem da casa dos Deputados do BrasilResultado de imagem para Imagem da casa legislativa de Orobó.
Há momentos que falta até adjetivos para relatar tamanho e hilariante escárnio que se tornou a política brasileira. Não dá ao cidadão nenhum estímulo de sair às urnas. Votar em quem? Para quê? Os tão poucos que ainda tem o mínimo de escrúpulos, não superam a maioria. Neste entendimento da " Democracia" que se tornou o país, do menor município ao alto do Planalto é de provocar náuseas. O Cúmulo da hipocrisia! É insuportável assistir aos pronunciamentos dos menores aos maiores, parlamentares. Deputados voltam em nome do Brasil,da Família, da Ordem e da Lei, para salvar pela segunda vez, um Organização vista como criminosa por mais de 90% dos brasileiros.
No exato momento, aqui em Orobó, vereadores fazem sertão virar mar, ou ironicamente falando, os mais longínquos recantos do município, como Chã de Lima, e Vila da Sardinha ,virarem perímetros Urbanos. É estonteante. Qualquer pessoa que frequentou a primeira série primária, não precisa ser letrado, nem doutor, para saber identificar e diferenciar Zona Urbana e Rural. Como professora da Educação Infantil em 1983, eu já ensinava aos meus primeiros alunos, a rabiscarem os desenhos de bois, cabras, galinhas o cacimbão, o barreiro... coisas do campo e a farmácia, a igreja, as casinhas juntas, coisas da cidade. Mas para quem ainda tem dúvidas, consulte o dicionário ou  popularmente na linguagem formal, o Pai dos "burros".
Diz-se de Zona Rural- o espaço compreendido no campo. É uma região não urbanizada, destinada a atividades da agricultura e pecuária, extrativismo, turismo rural, silvicultura ou conservação ambiental. É no espaço rural onde se produz grande parte dos alimentos consumidos no espaço urbano. Isso não impede, que nele haja moradores e pequenos povoados com algumas benesses . O que o caracteriza como Rural, é o maior espaço em verde e campos.Em contrapartida, Zona urbana é o espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação contínua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende ao conjunto de serviços públicos que possibilitam a vida da população.
A infraestrutura urbana é composta de vários elementos, como o abastecimento de água tratada ou potável, serviços de esgoto, fornecimento de energia elétrica, escolas, hospitais, sistema viário, policiamento, locais de lazer , aterro sanitário , sinalização de trânsito,entre outros. Aos moradores cabe o gozo desses direitos e por conseguinte, o dever de pagarem tributos como IPTU( imposto predial territorial urbano) e taxa de iluminação pública.
Pois bem. Acho que o poder Executivo de Orobó e seu seguidores, precisam voltar aos bancos escolares para diferenciar o que é zona Urbana e Rural.
Nesta noite, em que mais uma vez o Brasil e Orobó emudece, eu não consigo calar. Entre outros projetos foi aprovado  um deles,em que  mais de uma dezena de comunidades foram transformadas em Perímetros Urbanos. Ou seja, um extensão do Centro da Cidade.  O prefeito esteve presente e teve a honra de mandar um recado aos blogs , sites, e rádios, que nossa Serra de Capoeira passa a ser cidade e seu moradores pagarão IPTU, além da altíssima taxa de iluminação já cobrada.Recado dado , notícia na boca do povo!
Para mim não é novidade. Teve até música de Campanha. O povo pediu o povo pagará. Parabéns Senhores capoeirenses eleitores de Chaparral!
Recadinho para vocês: Já que seus endereços de identificação residencial é Urbano. Adeus aposentadoria rural. Sindicato Rural para que mais? Adeus empréstimos em bancos rurais, ou benefícios inerente ao agricultor. Como vocês justificarão que são trabalhadores rurais morando na Cidade e pagando IPTU.? Já que daqui saíram dois prefeitos, Quem sabe um dia nos tornaremos independentes?(rsrsrs). Quem sabe vocês não sintam saudades de Mim? Eu avisei. Quem avisa bom amigo é!
Para não dizer que não falei das flores, Obrigada, aos Vereadores Lívio Aguiar, Amilton do SINTRAF, Paulo Brito e Lúcio Ramos, por não terem votado contra o povo que os elegeram e terem aprendido nos bancos da escola a cartilha do A B C.
Resultado de imagem para imagem de umas caretas chorando.Perguntar não ofende : E agora Capoeirenses desempregados, chaparral e chaparretes,que recebem  um, ou metade de um salário mínimo, como vocês conseguirão pagar IPTU? Para vocês que não sabem, é um imposto bem caro! Alguns precisarão ralar muito para pagá-lo.
Bem feito pra vocês! E agora quem é mesmo o coronel da escravidão?
Não precisa responder. Só Chore!(rsrsrs).
Escrito por Madalena França.

Tiririca diz que não disputará reeleição em 2018…


“Totalmente” decepcionado com a política, um dos deputados mais presentes em plenário, Tiririca (PR-SP) disse nesta quarta-feira (25) que não vai disputar a reeleição em 2018, depois de dois mandatos.
“Não volto”, disse à Folha de S.Paulo o deputado, ator e palhaço.
“Precisava do segundo mandato para mostrar que não foi só voto de protesto”, afirmou Tiririca, que irá se dedicar integralmente à vida de ator.
“Esperava chegar aqui e aprovar projetos, mas a mecânica daqui é complicada”, disse ele, que nega pretensão de escrever livro para contar o que viu nos bastidores do Congresso.
Ele, que nunca fez um discurso no plenário, disse que, até o final do mandato, falará se “despedindo da galera”.
“Isso aqui é coisa séria, apesar de ter uns que fazem palhaçada.”
Lula
Na eleição de 2018, afirmou que apoiará o ex-presidente Lula “se não aparecer nada” contra ele.
“Pro povo ele foi fera e eu sou povo”, justificou o deputado.
Assim como na primeira denúncia, votará contra o presidente Michel Temer nesta segunda.
“Tão fodidos. É doido? Isso é problema deles”, disse Tiririca, quando questionado como agiria se o governo dependesse do voto dele para livrar Temer.
Ele disse não ter nem mesmo sido procurado para mudar de voto.
“Devem ter alergia”, afirmou. (Folhapress)

Deputado preso no semiaberto é o voto número 171 a favor de Temer


Celso Jacob (PMDB-RJ) vai para a Câmara, durante o dia, e à noite dorme na prisão

Deputado preso no semiaberto é o voto número 171 a favor de Temer
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 57 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA IRONIA DO DESTINO
Odeputado Celso Jacob (PMDB-RJ), que cumpre pena em regime semiaberto, foi o voto de número 171, durante sessão no plenário da Câmara, nesta quarta-feira (25), na sessão que rejeitou a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

O peemedebista foi preso no último 6 de junho, no Aeroporto de Brasília, em cumprimento à determinação expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 23 de maio, e estava cumprindo pena no complexo penitenciário da Papuda.Jacob, condenado a 7 anos e 2 meses, votou a favor Temer. Durante o dia, ele vai para a Câmara e, à noite, dorme na prisão.

No dia 30 do mesmo mês, foi liberado para voltar ao trabalho, pelo juiz Valter André Bueno de Araújo, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. O parlamentar foi condenado por falsificação de documentos e dispensa de licitação, em 2002, para a construção de uma creche na cidade de Três Rios (RJ), quando era prefeito da cidade.

Começa hoje a mais linda festa da região: Viva Nossa Senhora da Conceição de Orobó...

  O coração bate mais forte. É a primeira noite de 10, que vem todos os anos derramar bênçãos e graças sobre os devotos de Nossa Senhora. Nã...