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terça-feira, 8 de maio de 2018

Argentina, de novo, bate às portas do FMI


argfmi
A história é velha conhecida.
E a gente sabe bem onde vai dar.
O presidente argentino, Maurício Macri, ex-queridinho da direita por ter vencido (e sem golpe) os governos “populista” dos Kirchner, acaba de anuncia, oficialmente, que seu governo vai bater às portas do Fundo Monetário Internacional.
Pedirá “ao menos” US$ 30 bilhões.
Claro, o fracasso, depois de dois anos e meio de governo, continua sendo “dos outros”.
E o dinheiro, provavelmente, vai financiar a continuidade da saída de capitais do país.
Afinal, é a melhor “segurança” para o capital é ter uma porta de saída bem larga e protegida.
O incêndio deve devorar apenas os nacionais e, entre eles, os mais pobres.
Madalena frança Via Tijolaço

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Dois anos que se foi Mané do Povo...



O tempo corre apressado
O sol nasce e se põe
E renasce em dia novo
Assim se passaram dois anos
Que se foi Mané do Povo.

Homem que espalhou sorrisos
Acolheu os inocentes
Fez casinhas para os pobres
Apagou os candeeiros
Disse aqui é luz pra todos
Mané foi um bom guerreiro.

Mané está pra Orobó
Como Lula é pro Brasil
Governava para todos
Mas o pobre não esqueceu
Das feiras básicas e ajudas
Que a muitas famílias deu.

Era bravo e meio rude
Mas de um grande coração
Tinha amor pelas crianças
Atendia seus chamados
Me dá um real Mané João
Logo o carro era parado.

Não fazia inimigos
Não perseguia ninguém
Desarmava os palangues
Quando a campanha passava
Quem votou ou não votou
Todo mundo ele abraçava.

Três mandatos de prefeito
E muito nome ele ergueu
Os mesmos a quem ajudou
Lhe fizeram ingratidão
Complicando ainda mais
O seu frágil coração.

Seu nome usado sem dó
Nas mazelas de Orobó
Tornou trites os últimos dias
Parece que o mal apagava
Com a borracha da maldade
Todo bem que tinha feito
No campo e na cidade.

Os "amigos " que lhe usaram
Muitas pedras lhe atiravam
Assim o mundo ficou feio
O coração não resistiu
Mané foi falar com Deus
Pra eternidade partiu.

Mané vive em cada letra
Da palavra  Oração
Na prece do povo humilde
Nos laços do coração
Na saudade dos que vivem
Dois anos sem Mané João
Pai dos pobres e mãe dos ricos
Para sempre do Povão.


Madalena França.










APENAS 9% DOS BRASILEIROS ACHAM QUE BRASIL MELHOROU COM PRISÃO DE LULA








Que maravilhosa tela!
Como o povo ensina as coisas!
Que lição nos sugere os números do Paraná pesquisa?
Que o servilismo do judiciário ao mercado e a fixação de Moro contra Lula, somado ao massacre diário de uma mídia canalha contra Lula e o PT, foram misericordiosamente condenados pelo povo.
Para 66% dos entrevistados, o país permanece igual depois da prisão de Lula.
Para 22,3%, o país piorou após sua prisão.
São dados reveladores porque mostram que o apoio da sociedade à Lava Jato é outra farsa de Moro, Dallagnol e Globo.
Dessas breves estatísticas, conclui-se que a sociedade brasileira está numa fase de maturidade política e que o jogo sujo da escória do golpe, usando qualquer artifício para tirar Lula da disputa presidencial, tem a mísera aprovação dos de sempre, dos que ainda apoiam o golpe, que são os mesmos que votariam em Alckmin, Aécio ou Temer. Imagina isso!
Digamos que seriam os patos resilientes e só, não passa disso.
O resto, é farsa sobre farsa.

Mesmo apagados pelo tempo, slogans de Maio de 68 resistem até hoje

O humor e a utopia impregnaram os slogans rebeldes de Maio de 68. Apesar de apagados pelo tempo, as expressões marcaram a história e resistem até hoje

apagados pelo tempo slogans de Maio de 68 resistem ditadura

O humor e a utopia impregnaram os slogans rebeldes de Maio de 68 na França, como o 
clássico “É proibido proibir” (musicalizado anos depois por Caetano Veloso), além de 
A imaginação no poder” e “O poder está nas ruas, não nas urnas”. Embora as frases não 
tenham sobrevivido fisicamente às intempéries da natureza e às pinturas dos muros, 
resistiram à passagem do tempo gravadas na memória de uma geração. Pintados nas 
paredes, principalmente do famoso Quartier Latin de Paris, sede da Universidade Sorbonne
 e epicentro da revolta estudantil, os grafites eram sinônimo de liberdade, diz o jornalista 
Julien Besançon em um livro que compilou centenas de inscrições em Paris e na cidade
 próxima, Nanterre, sede de outra universidade mobilizada durante os acontecimentos de 
maio.
Muitos dos grafites se transformaram em slogans e foram imortalizados na época por uma 
atelier de belas artes de Paris, que imprimiu 600 mil cartazes, pregados na capital e arredores
. A maioria de seus autores conservaram o anonimato. Mas alguns evocam sua fase criativa,
 como Bernard Cousin, estudante que se transformou em médico e que reivindica a 
copartenidade de “Sob os paralelepípedos, a praia”. O slogan foi fruto de uma reflexão dele 
e de um jovem publicitário, Bernard Fritsch, e o ponto de partida foi a frase “Há grama 
debaixo dos paralelepípedos”.
Fritsch me disse: ‘você tem que colocar a praia’. Ele gostou muito. Escreveu isso por toda a
 parte”, explicou Cousin à televisão francesa. O famoso “É proibido proibir” foi criado por um 
humorista e causou furor. A revolta e a recusa à autoridade foram expressas no cartaz 
Jovem, aqui está sua cédula para votar”, que mostrava um pesado paralelepípedo. 
Enquanto alguns slogans falavam de uma sociedade materialista, como “Metrô, trabalho,
 dormir”, outros celebravam a utopia: “Sejam realistas, exijam o impossível”.
Apesar de terem sido pintados rapidamente e apagados para sempre, os slogans foram tema
 de exposições e leilões. Na semana passada, a casa Artcurial organizou a venda de 500 
cartazes em Paris, incluindo um que mostra uma jovem lançando um paralelepípedo 
enquanto proclama: “A beleza está na rua”. A peça foi vendida por 3.380 euros (cerca de
 R$ 14.200).

Mesmo 50 anos depois, líderes da geração de maio de 68 permanecem fiéis ao seus

 ideais

A geração que protagonizou o movimento de Maio de 1968 se mantém fiel a seus ideais de 
justiça e de liberdade, afirmam especialistas ouvidos pela Agência AFP no momento em que
 a França se prepara para celebrar o 50º aniversário de um dos meses mais tumultuados de 
sua história.
As conclusões são ainda mais surpreendentes dado o mito que cerca os jovens que 
protagonizaram a maior greve geral da história francesa, marcada pela confluência entre
 um profundo mal estar popular e aspirações de mudança.
Durante décadas, eles foram retratados como estudantes rebeldes, com frequência de
 famílias abastadas, que após terem saboreado o poder trocaram suas camisas à la Mao 
por roupas feitas sob medida, abandonando rapidamente seus ideais anticapitalistas.
Tornaram-se editores de jornais, como Serge July, cofundador do “Libération”; funcionários
 do governo, como o ex-ministro Bernard Kouchner; ou dirigentes de partidos políticos, como
 Daniel Cohn-Bendit, conhecido como “Dany, o Vermelho”.
Em 2007, o ex-presidente Nicolas Sarkozy defendeu que o legado daquela época fosse 
liquidado” e atacou “todos esses políticos que dão lições que nem eles mesmos seguem”.
Alguns críticos acusam toda a geração de introduzir um individualismo desenfreado e um
 consumismo frenético, ou seja, de estimularem uma “americanização” imperdoável da 
sociedade francesa.
Cohn-Bendit e muitos outros ex-líderes estudantis são agora denunciados por terem cerrado
 fileiras em torno de Emmanuel Macron, o ex-banqueiro com frequência chamado de
 “presidente dos ricos”. Os sociólogos porém, afirmam que, apesar de alguns casos 
conhecidos, a esmagadora maioria dos manifestantes que marcaram o movimento de Maio
 de 1968 se mantém fiel a seus ideais.
Quando investigamos as pessoas anônimas que participaram do movimento, nos damos
 conta de que a ideia de que a geração de Maio de 1968 deu as costas para a causa é completamente falsa”, explica a pesquisadora Julie Pagis, do Centro Nacional de Pesquisa
 Científica da França.
Entre os membros de 170 famílias analisadas por Pagis para um livro sobre o tema, “apenas 
uma pessoa” deu uma guinada para a direita. “Há uma grande fidelidade à esquerda, ou à 
extrema-esquerda”, diz a pesquisadora.
Mais da metade ainda tem atividades militantes” e “muitos continuam participando 
regularmente de manifestações públicas”, completa.
Ainda querem, por diferentes meios, mudar o mundo”, diz Julie Pagis, acrescentando que, 
hoje, muitos se manifestam contra as reformas de Macron.
Já o historiador Pascal Ory afirma que o espírito de Maio de 1968 não apenas influenciou a 

esquerda e anarquistas da época, mas se prolongou por meio de novos combates 
influenciados por perspectivas libertárias”, como o feminismo, a ecologia e a luta contra o
 racismo.
Para Olivier Fillieule, professor na Universidade de Lausanne, na Suíça, grande parte dos 
membros da geração de Maio de 1968 pagou um preço por seu ativismo político, em termos 
de rejeição social ou diminuição das perspectivas de emprego. “O estereótipo do estudante
 de 1968 que deu as costas a seus ideais não tem qualquer fundamento”. Segundo ele, essa
 ideia é frequentemente defendida por pessoas que buscam “há 50 anos culpar um suposto ‘pensamento de 1968’ por todos os males da sociedade”. (JACQUES KLOPP da AFP)

O ano que marcou o mundo

Em 1968, os Estados Unidos acumularam fracassos no Vietnã, a juventude tomou as ruas 
de Berlim, Paris e México, e a Tchecoslováquia desafiou Moscou. Foi um ano de revoltas e esperança, que muitas vezes acabou em desilusão. Em meados dos anos 1960, estudantes
 dos Estados Unidos e Europa eram os principais críticos da guerra do Vietnã. Em 1968, o 
movimento foi ampliado, incorporadas críticas ao capitalismo e introduzidas novas 
reivindicações: liberdade sexual, feminismo e ecologia. Na Alemanha, a tentativa de 
assassinato, em 11 de abril, do líder estudantil Rudi Dutschke, iniciou uma revolta em 
Berlim, que se ampliou para dezenas de cidades alemãs.
Na Cidade do México, em 2 de outubro, a 10 dias dos Jogos Olímpicos, as forças de 
segurança mataram centenas de estudantes, quando os jovens realizavam uma 
manifestação na Praça das Três Culturas, no bairro de Tlatelolco, pedindo a abertura 
democrática no país. Na Tchecoslováquia, o líder do Partido Comunista tentou liberalizar 
o regime. A Primavera de Praga foi sufocada pelos tanques soviéticos, que invadiram o 
país em 21 de agosto. Além disso, o líder do movimento pelos direitos civis Martin Luther 
King foi assassinado em 1968, ano que viu as chocantes imagens da fome causada pela 
guerra da Biafra, na Nigéria.

Acompanhe Pragmatismo Político
Madalena França.

Procurador federal é preso com drogas e tenta subornar policiais em Ipanema


Siga a gente
Rio – Um procurador federal foi preso com drogas após tentar subornar policiais militares, na madrugada desta quarta-feira, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, Zona Sul do Rio. Os PMs faziam um patrulhamento pela orla da praia quando encontraram dois suspeitos em um quiosque. Segundo a corporação, Ricardo Marques de Almeida, de 35 anos, tentou jogar uma cápsula com pó branco dentro de uma pia do local.
Os policiais apreenderam a embalagem e prenderam Ricardo. No entanto, no momento em que estava sendo levado para a delegacia, o procurador alegou que estava passando mal e pediu que a guarnição parasse em um posto de gasolina. Os agentes permitiram, mas, na volta, ele ofereceu R$ 300 para ser solto. Ricardo foi preso por corrupção ativa e levado para a 14ª DP (Leblon).


Os PMs que não aceitaram o suborno são o cabo Claudio Loureiro Ribeiro e o sargento Luciano Magalhães Nunes, ambos do 23º BPM (Leblon). Policiais contaram em depoimento que o procurador “estava cheirando cocaína perto do número 4560, próximo ao Sofitel”. O procurador foi levado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e seguiu para a Polinter. Segundo a polícia, o procurador não quis prestar depoimento na delegacia.

7 dicas preciosas para a felicidade de quem já passou dos 30


A felicidade é um estado de espírito, mas pode ser plantada como uma semente

7 dicas preciosas para a felicidade de quem já passou dos 30
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 2 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
LIFESTYLE CONSELHOS
Os conselhos existem mas lembrem-se: a felicidade não é uma cartilha. Aquilo que 
pode funcionar para mim, pode não funcionar para você.

1. Planeje o futuro que você quer
O importante é você saber identificar, nesses conselhos, 
algo de útil para a sua realidade. A felicidade é um estado de espírito, mas pode ser 
plantada como uma semente. Confira quais são estes conselhos elaborados pelo 'Mega 
Curioso':
Quando somos mais jovens, é bastante comum darmos muito valor aos planos que as 
outras pessoas fazem para as nossas vidas. Aos 30 anos, está mais do que na hora de 
tomarmos as rédeas e decidirmos o nosso futuro. Isso envolve tudo: filhos, carreira, 
educação etc. Como você se vê aos 40? E aos 50? E aos 80? Está na hora de começar
 a colocar em prática um plano de vida real, para poder aproveitar bem todas as fases da
sua vida.
2. Cuide de seu corpo
Se aos 30 você ainda não sabe preparar uma refeição saudável, está passando do tempo
 de você aprender. O nosso corpo já não é tão jovem quanto antes, e o ideal é nos 
prepararmos desde já. Que tal começar uma atividade física? Que tal largar os cigarros?
 Que tal investir em um plano de saúde? Tudo isso está relacionado e você precisa começar
 com urgência.
3. Saiba o que te traz alegria
Invista seu tempo naquilo que te faz feliz. Antes dos 30, é comum nos focarmos em 
nossas panelinhas e fazermos coisas que agradem a galera toda. Depois dos 30, está na
 hora de você focar em atividades que te fazem bem – e não pense, jamais, que isso é 
egoísmo. Afinal, por que perder tempo em mais uma noitada ruim em um bar apenas para
 sair de casa? Seja mais criterioso e seletivo!
4. Fuja da rotina
O item acima pode te levar ao marasmo e à rotina, mas fuja disso! Nunca fique 
acomodado e sempre esteja aberto a coisas novas por conta própria. Afinal, às vezes a
 vida muda nossa rotina e precisamos ter cabeça para lidar com isso. É uma demissão que
 acontece, a morte inesperada de algum amigo, um acidente de carro: situações que nem
 sempre então sobre nosso controle e que mudam nossa dinâmica de vida a todo o momento.
5. Aprenda a dizer “não”
A melhor maneira de isso acontecer é na prática. Aprender a dizer “não” é um das coisas
 mais difíceis da vida, mas que te traz um senso de tranquilidade incrível, afinal, 
você não precisa se submeter a situações que você não concorda.
6. Conheça seus limites
Os 30 anos são importantes já que eles trazem a maturidade cobrada pelo mundo. É nessa
 década que você deve conhecer seus próprios limites – desde a quantidade de cerveja que
 você pode beber sem dar vexame ao número de “piadas” que você suporta de boca 
calada. Contrariar as pessoas é normal. Quanto mais cedo você aceitar que não irá 
agradar a todos, melhor será.
7. Demonstre que você realmente gosta das pessoas importantes
Essa é uma fase da vida que devemos nos preocupar bastante com nós mesmos, mas 
jamais devemos deixar de lado as pessoas queridas. São elas que nos darão colo quando 
algo der errado. São elas que nos darão conselhos importantes. São eles que estiveram 
nos melhores e nos piores momentos de nossas vidas. Dar valor a isso é fundamental!
 Marque presença e demonstre sempre o seu carinho por elas.
Madalena França

O abraço de afogado de Alckimin e Temer


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O pré-candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) vem se aproximando do ilegítimo Michel Temer (MDB). O movimento tem a bênção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ajudou a preparar o terreno. Mas causa reboliço dentro do ninho tucano. A imagem de ambos anda tão ruim que a aproximação parece um movimento suicida. Um verdadeiro abraço de afogado.
A verdade é que a direita e centro direita vêm tendo dificuldades em apresentar algum nome competitivo para a corrida presidencial. Os outros tucanos que já disputaram a presidência (Serra e Aécio) estão fora do páreo. Alckmin continua na disputa por pura exclusão.
Não é a toa que a mídia golpista vem fazendo diversos “balões de ensaio”. Luciano Huck, Marina Silva, Joaquim Barbosa… Mas nenhum desses nomes está empolgando os eleitores. Jair Bolsonaro (PSL), nome com alguma expressão pela extrema direita, não inspira confiança nos donos do capital.
Ciro Gomes é um caso à parte neste cenário. Ele tenta se diferenciar de Lula, mas navega praticamente no mesmo campo. Dificilmente será adotado pela mídia golpista. O que parece na verdade é que ele tenta se posicionar para assumir o espólio de Lula, caso o ex-presidente seja impedido de se candidatar.
Temer vai tentar cobrar a fatura da retirada de direitos dos trabalhadores, das privatizações e de tantas outras “bondades” oferecidas ao mercado. Alckmin parece tentar personificar esse legado. O ex-governador tucano já acenou com a privatização da Petrobras, inclusive.
O problema maior desses dois é mesmo combinar com os eleitores. A esmagadora maioria dos brasileiros rechaça a cartilha neoliberal que eles defendem e que está sendo imposta pelo golpe de 2016.
Enquanto isso, a esquerda vai conseguindo construir laços promissores, na solidariedade contra a prisão de Lula.
Madalena França Via Blog do Esmael

O suicídio de um país


arofogo
É preciso ser muito otimista – ou ingênuo, se preferir – para não crer que estamos a caminho de uma ainda maior deterioração da já precária ordem econômica mundial.
A esta altura, não é difícil prever que a “guerra comercial” de Donald Trump mais cedo ou mais tarde perderá o apêndice “comercial”.
A “retomada econômica” – aquela que seria imediata, com a “invasão” de investidores estrangeiros logo após a queda do governo do PT, depois passou a ser “lenta, gradual, porém segura” e, afinal, virou um festival de sinais de alerta se acendendo à nossa frente – deu chabu.
Some-se ainda a isso um cenário eleitoral absolutamente anárquico, onde a direita tem vários candidatos, a esquerda, quase nenhum e, ainda assim, o conservadorismo não sabe se e como vencerá.
No entanto, tudo o que se lê e se vê acontecer é um sem fim de ações policiais, provocações do MP e arreganhos do Judiciário.
Será que, diante disso, ficaremos diante de afirmações de “purismo” eleitoral – de uns e de outros – e deixaremos de compreender que estão dadas, como poucas vezes, as condições de enfrentar uma direita dividida em um país onde teve toda a liberdade de agir e só colheu fracassos?
Verdade que processos políticos exigem maturação. Não tenho a menor dúvida de que, neste momento, Lula está atento a isso. Decisões e adesões de afogadilho nunca são bom caminho. Muito menos as fundadas em simpatias ou antipatias pessoais.
Será preciso que se perceba a inviabilidade de qualquer projeto excludente.
Que se veja, com clareza, que o Brasil, como nação, está morrendo e que não se pode, diante deste risco, também ser suicida.
Madalena França Via Tijolaço.

Pistoleiros torturam bebês de famílias sem-terra no Pará


  • Encapuzados, pistoleiros invadem acampamento com dez famílias de sem-terra e promovem barbárie no local: bebês e crianças foram vítimas de sessão de tortura por quase uma hora. Além disso, uma mulher grávida foi pisoteada
pistoleiros torturam bebês
Famílias agredidas foram despejadas em janeiro da Fazenda Esperantina, de propriedade da siderúrgica Sidenorte Marabá
Um grupo de homens armados atacou um acampamento com dez famílias de trabalhadores rurais no município de São João do Araguaia, próximo à Marabá, no Estado do Pará. Encapuzados, chegaram às margens do rio Araguaia, onde elas estavam acampadas, em duas caminhonetes com pistolas, revólveres e escopetas. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, adultos e até bebês foram vítimas de uma sessão de tortura por quase uma hora.
”Os adultos foram espancados a golpes de paus, facões e coronhadas. As marcas ficaram espalhadas pelos corpos dos trabalhadores. Os pistoleiros dispararam suas armas próximo do ouvido de duas crianças gêmeas de três meses de idade para aterrorizar sua mãe. Atiraram em redes com crianças dentro, além de derrubarem e pisotearem crianças no chão. Uma das mães que estava grávida, que também foi pisoteada e teve sangramento”, afirma nota da CPT, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No acampamento, havia crianças entre três meses e dez anos de idade.
A Polícia Civil de Marabá esteve no local no sábado (5) para dar início à investigação do caso.
Após as torturas, os pistoleiros colocaram fogo nos barracos nos trabalhadores rurais, queimando seus pertences e documentos pessoais. As famílias foram obrigadas a subirem nas caminhonetes para serem deixadas na rodovia Transamazônica, a 30 quilômetros de distância. Teria sido dada ordem para que as famílias fossem para o Tocantins e não voltassem mais.
De acordo com a CPT, esse grupo fora despejado em janeiro da fazenda Esperantina, de propriedade da siderúrgica Sidenorte. Sem ter para onde ir, decidiu acampar às margens do rio, a cerca de dez quilômetros da fazenda. Ainda não é possível apontar um responsável pelo ocorrido.
”Mesmo os despejos considerados legais não respeitam a vida e os direitos humanos das famílias, muitas delas com crianças novas e idosos. O que ocorreu mostra que, mesmo distante da área desocupada, elas ficam vulneráveis”, afirma José Batista Afonso, advogado e coordenador da Comissão Pastoral da Terra em Marabá. Ele afirma que isso tem sido discutido com o Ministério Público paraense e com a Vara Agrária. ”Outro fato recorrente é a formação de milícias para fazer despejos ou espancar trabalhadores a serviço de proprietários rurais. E não temos visto interesse da polícia para desmontar essas quadrilhas.”, afirma.
E parte dessas quadrilhas têm contado com presença dos próprios policiais. Por exemplo, na mesma região, o Massacre de Pau D’Arco deixou dez trabalhadores rurais mortos, em maio do ano passado, durante uma suposta reintegração de posse na fazenda Santa Lúcia. Onze policiais militares e dois policiais civis foram acusados do crime e a maioria deles está presa por ordem judicial.
Para Batista, a situação piorou na região nos últimos dois anos. ”É a retomada da pistolagem, agora não mais contratada individualmente para eliminar lideranças. O que vemos é a formação de milícias armadas no campo que não só cometem homicídios, mas também são encarregadas de praticar outras formas de violência, como torturar e expulsar”.
Segundo ele, a situação é mais comum entre os pequenos grupos de trabalhadores acampados. Quando o acampamento é maior, eles se protegem mais e ficam menos vulneráveis.
”Isso lembra a década de 80, quando se contratava batalhões de pistoleiros para fazer chacinas e expulsar camponeses”, lembra Batista. Mas, para ele, essa retomada tem sido feita a moldes mais modernos, com armas mais sofisticadas, que facilitam o ato de matar, e a participação mais frequente de policiais, que contam com treinamento especializado. Ao mesmo tempo, não é mais uma contratação de um único fazendeiro isoladamente, mas uma articulação da categoria em uma determinada região. De acordo com nota da CPT, nos últimos dois anos foram cinco ações em que pistoleiros foram usados para despejar e torturar trabalhadores rurais.
A violência no campo no governo Temer –O ano de 2017 foi o mais violento no campo desde 2003. De acordo com o levantamento anual da CPT, divulgado em abril, 70 assassinatos em conflitos foram registrados.
Altamira (PA), base para a construção da hidrelétrica de Belo Monte e de um sem-número de violações aos direitos de trabalhadores e povos do campo, apresentava 107 mortes para cada 100 mil habitantes segundo o Atlas da Violência 2017, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A taxa no Rio, no ano passado, foi de 40 mortos para cada 100 mil habitantes.
De acordo com a CPT, os assassinatos de sem-terra, indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores, assentados, entre outros, tiveram um crescimento brusco a partir de 2015. No ano passado, o Pará registrou 21 assassinatos – sendo que dez apenas no Massacre de Pau D’Arco. Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Maranhão e Amazonas completam a lista dos seis estados mais mortais. Das 70 mortes, pelo menos 28 ocorreram em massacres.
*Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo
Acompanhe Pragmatismo Político
Madalena França

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...