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quinta-feira, 21 de junho de 2018

Geóloga da Petrobras diz que Congresso brasileiro saqueia seu próprio país


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Ana Patrícia Laier, geóloga da Petrobras há 18 anos, é especializada em formaçções geológicas de reservatórios de petróleo. Sabe, portanto, do que está falando ao explicar didaticamente o “caso” das áreas de cessão onerosa que a Petrobras adquiriu durante seu processo de capitalização, realizado em 2010 e, agora, liberadas pelo gvoerno Temer e pela maioria da Câmara dos Deputados para ser, em 70%, leiloada a empresas, certamente estranfeiras.
Trata-se, essencialmente, de áreas do campo de Búzios (antes conhecido como Franco) e ainda a de outros que, somadas, representam um podencial de extração de cerca de 20 bilhões de barris. Isso é mais do que temos, hoje, em reservas de petróleo certificadas. No negócio da capitalização, a União vendeu à estatal o direito de explorar o mínimo que se estimava na época, 5 bilhões de barris, com ap revisão de que jazidas excedentes pudessem ser adjudicadas à Petrobras pelo regime de partilha, dividindo com o governo brasileiro o que viesse a ser produzido a mais.
E o mais, viu-se à medida em que os estudos sísmicos e os poços pioneiros avançavam, era muito mais: quadruplicou a expectativa dos reservatórios de óleo. E, com ela, a expectativa de ganhos para o Estado brasileiro, algo em torno de 650 bilhões de reais.
Consumada a alienação de 70% das áreas, claro que este valor cairá. É por isso que a doutora Laier espanta-se: “como pode umCongreso ameraçar saquear seu próprio país?”

A história do pré-sal e o que significa para o povo brasileiro

Ana Patrícia Laier, no site do Clube de Engenharia
A Cessão Onerosa foi a forma encontrada pelo governo em 2009/2010 de capitalizar a Petrobras para a exploração e desenvolvimento do pré-sal, que é a maior província petrolífera descoberta (no mundo) em mais de 35 anos. Antes disto, o Mar do Norte teve sua primeira descoberta comercial com Ekofisk em 1969 e o pré-sal de Santos foi descoberto em 2006 com Parati (1-RJS-617D) e comercial com Tupi (1-RJS-628A) descobridor do campo de  Lula.
Através da Lei da Cessão Onerosa o Congresso Nacional autorizou a União a vender para a Petrobras o direito de produzir até 5 bilhões de barris de petróleo a partir de acumulações que a empresa viesse a descobrir em 7 grandes áreas, 6 definitivas e intransferíveis e uma contingente, a área de Peroba, recentemente leiloada. A lei foi sancionada e o contrato foi assinado entre a Petrobras e a União. Duas certificadoras foram contratadas para calcular os volumes, uma pela Petrobrás e outra pela ANP. Foram alocados volumes nas 6 áreas definitivas: Franco (Búzios); Sul de Tupi (Sul de Lula); Florim (Itapu); Nordeste de Tupi (Sépia); Sul de Guará (Sul de Sapinhoá) e Entorno de Iara (Norte e Sul de Berbigão; Norte e Sul de Sururu, Atapu).
O projeto tinha sido feito por grupo de trabalho formado por técnicos da ANP e da Petrobras em 2009. Tudo dentro da mais estrita legalidade e visando a otimização da riqueza para toda a sociedade brasileira. Algo semelhante havia sido feito pelo governo Norueguês antes da privatização parcial da Statoil com a venda das ações na bolsa de valores em 2001. O governo norueguês vendeu para sua estatal de petróleo e gás parte de seu portfólio de participações na produção de campos de petróleo e gás.
Pelo direito de produzir os 5 bilhões, a Petrobras pagou à União US$ 42 bilhões (quase 75 bilhões de reais). A União aumentou sua participação na estatal reinvestido este dinheiro na mesma. A captação na bolsa foi um sucesso. A Petrobras iniciou então a campanha exploratória nestas áreas. Adquiriu levantamentos sísmicos 3D; perfurou poços pioneiros e confirmou a presença de acumulações onde petróleo de excelente qualidade (grau API dentro da faixa dos intermediários) em reservatórios de excelente qualidade no pré-sal, play ( área de exploração) que já havia sido comprovado a esta altura dos acontecimentos. Lula iniciou sua produção definitiva em 2010.
Conforme previsto no contrato da Cessão Onerosa a Petrobras foi declarando a comercialidade na medida em que finalizava a etapa de delimitação/avaliação destas acumulações e elaborava o plano de desenvolvimento a ser submetido à ANP. Búzios e Sul de Lula foram os primeiros a terem a comercialidade declarada em dezembro de 2013. Itapu, Sul de Sapinhoá e Sépia lhes seguiram em setembro de 2014. E finalmente, em dezembro de 2014, os campos Norte e Sul de Berbigão, Norte e Sul de Sururu e Atapu tiveram sua comercialidade declarada.
Ao realizar a etapa de exploração e avaliação das áreas, a Petrobras verificou que nelas havia muito mais petróleo e gás do que fora adquirido com a Cessão Onerosa. Ainda segundo um modelo de desenvolvimento que otimizaria a geração de riqueza para a nossa sociedade, foi aprovada a contratação direta da Petrobras para produzir em regime de partilha o excedente da Cessão Onerosa. Isto ocorreu na reunião do Conselho Nacional de Política Energética realizada em 24 de junho de 2014 e presidida por Dilma Rousseff.
Em 2014 o excedente era calculado como sendo algo entre 9,8 a 15,2 bilhões de barris. Para a sociedade serão gerados com este modelo cerca de R$ 650 bilhões, sendo que destes, cerca de 500 bilhões serão destinados à educação. Então, o volume recuperável de petróleo que está em jogo é no mínimo 20 bilhões de barris que a Petrobras já tinha o direito de produzir. Como pode um Congresso ameaçar saquear seu próprio país?! Reage brasileiro!
 Madalena França via Tijolaço

Parabéns a brilhante Educadora Rosário Barbosa.

A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Rosário Silva Barbosa, pessoas sorrindo Hoje é dia de celebrar a vida, e por conseguinte a meiguice, elegância ,gentileza  e brilhantismo dessa moça bonita, Maria do Rosário Barbosa.
Sempre homenageio nestes dias especiais, pessoas que me fazem ver o mundo mais bonito, mesmo em tempos estranhos, de falta de amor e humanidade.
Ter você na minha página de amigos é um privilégio.
Se  fosse embrulhada para presente, seria um pacote perfumado de tudo de bom. É bela , sociável, uma das pessoas mais inteligentes com quem convivi e mesmo assim, de uma humildade e ética surpreendente.
Você simplesmente brilha, sem nenhum esforço para se fazer notar. Pessoas assim , são as que eu considero verdadeiramente especiais.
Nesta data festiva , venho desejar a você; muita paz, saúde, amor e Deus como  fonte de guia e inspiração. O resto fica pequeno diante de você,   por ser um ser humano extremamente grande na essência da palavra.
Feliz aniversário e que Deus continue lhe abençoando  poderosamente!

Receba com carinho ela é pra você com a minha admiração e respeito.
Resultado de imagem para uma roda vermelha em uma mão feminina
Um forte abraço: Madalena França.

Você acharia ruim, ter uma deputada em Orobó? Eu também não . Desde que para isso nosso dinheiro não esteja como num riacho desaguando em vários municípios vizinhos!


A imagem pode conter: 7 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em péA imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé

Ainda estamos em pré- campanha, nem começou ainda o período eleitoral oficial e a cada dia se anuncia lideranças políticas de outros municípios se arrumando em Orobó. Ninguém é inocente o suficiente para achar que esses vereadores estão vindo apoiar a Senhora Juliana gratuitamente. Cada um , está levando o seu "bolão"! Ninguém vai ser situação e romper com o prefeito do seu município, para apoiar uma candidata de outro ,sem receber muitas vantagens. Isso é Obvio.
 As imagens a cima, mostram Letícia que é esposa do Vereador Mano de Etiene, aqui em Orobó. Veio de graça?
A imagem pode conter: 6 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé
No Orobó Notícias, tem uma nota de que um vereador da situação de Machados,Manoel de Deda Maço, também declarou situação, a pre-candidata esposa do prefeito de Orobó. Semana passada noticiei aqui mesmo, vereadores e lideranças de Casinhas , que estão se servindo da prefeitura de Orobó em troca de votos.

Seria ruim ter uma deputada em Orobó? Claro que não. Porém é preciso ter discernimento para entender que em 2012 o prefeito declarou a Justiça eleitoral não ter bens. No primeiro mandato construiu uma mansão , há indícios de outros bens espalhados pela região. A profissão de sua esposa é de professora. Eu trabalho há 32 anos na profissão, tenho 2 concursos e nunca fiquei rica. De onde está saindo tanto dinheiro para atender cirurgias, medicamentos, piçarros ,melhoramentos de estadas , empregos bem remunerados a pessoas de outros municípios e compra de vereadores na região?
Não podemos esquecer que este prefeito de Orobó, foi cassado no início  do seu governo pela Juíza de primeira instância  e depois se livrou acolhido por negociatas para votar nos Ministros do Temer Mendonça Filho e Fernando Bezerra Filho.
Está mais do que na hora, do povo de Orobó tirar a trave dos olhos e curar-se dessa Cegueira. Essas negociatas provavelmente estão sendo feitas com o dinheiro do povo de Orobó. Reclama-se que aqui não se tem empregos e nosso dinheiro paga a gente de fora enquanto ficamos desempregados? Isso é Justo? E se essa candidata ganhar? Como fica Orobó depois?  Com seu povo sofrendo, enquanto servimos os municípios próximos? Sábado entrevistei na rádio FM-Orobó o prefeito João Lira e ele me garantiu que , gastar o dinheiro do município em outro, para atender aos seus próprios interesse, é Crime.
Vocês devem estar se perguntando: De onde esse blog tira todas essas informações? 
Orobó, escute bem: Eu não saio de casa. A não ser para o meu trabalho que é a metros do meu domicílio. Essas valiosas informações são de pessoas aliadas ao prefeito, que come e bebe todo dia com ele. São pessoas do próprio governo dele, insatisfeitos com essa situação. Na política os amigos são raríssimos. O bolso fala mais alto! Quando alguém vê , o seu esvaziando para encher o do vizinho, eles mesmos divulgam, fazem chegar a imprensa, para estancar a sangria.
Ninguém tem nada contra Juliana ser deputada.  Desde que para isso , nosso dinheiro  não esteja como num riacho desaguando em vários municípios vizinhos!
Por Madalena França.





Me contaram: Prédio da Pousada Caiana Ruindo. Lei do Retorno?

 Quem não se lembra da triste imagem em vídeo amador que circulou na internet em toda região em  que a máquina da prefeitura de Orobó, derrubava a barraca de Genival do lado do Campo de futebol na margem da PE-88, dois dias após as eleições municipais de de 2016?
Aquela imagem injusta, insana e prepotente nunca me saiu da cabeça!
Embora não sendo comigo, ela parecia rasgar meu peito. Se tem algo que me enoja, é ver  o uso do poder de quem deveria proteger o povo, para atentar contra ele. De casa ,em tempo real, eu assistia aquela cena pela internet, e me perguntava: Onde está Deus? Onde está a Justiça?
Hoje no quadro me contaram, eu vim provar por A+ B que a justiça de Deus pode até tardar um pouquinho, mas ela nunca falha!
Aqui se faz e mais tarde se paga.
Me contaram que o prédio da Pousada Caiana do Vice prefeito Biu Abreu, deu um estalo que abalou as paredes, provocou pânico nas pessoas que saíram correndo e abriu rachaduras. Graças a Deus ,Humanos não foram atingidos.Porém meu primeiro pensamento foi: "Os poderosos derrubaram o ganha pão de um pobre e Deus fez ruir através da natureza, um prédio construído a pouco tempo , como quem avisa: Poderoso Sou Eu!"
Por que questionar esse episódio e fazer esse paralelo?
Tanto o prédio, quanto a barraca em questão, foram construídos num espaço pertencente a BR. O do pobre foi derrubado por vingança política e do homem de posses, permaneceu intocável, mesmo ambos estando na mesma situação.
Sem prejudicar ninguém em saúde, Deus mostrou que não se deve nunca, fazer o mal a outras pessoas. O que não é bom para nós, também não é bom fazer aos outros.
Bem que na época, Biu Abreu poderia ter segurado a mão raivosa de seu parceiro de chapa, o prefeito Chaparral. mas ele preferiu ser cúmplice, agora ele não pôde segurar a mão de Deus.
De forma alguma o tenho como inimigo, fora da política.Poucos dias atrás, conversei com ele. Apenas quis falar da lei do retorno, como lição de vida para todos nós.

Por Madalena França.


Por que os adolescentes estão deletando a própria vida?


O suicídio dos que não viram adultos nesse mundo corroído: por que, neste século, mais adolescentes têm respondido ao desespero deletando a própria vida?

suicídio adolescentes estão deletando a própria vida
Desde que dois alunos do Colégio Bandeirantes, tradicional escola de elite de São Paulo, se mataram no espaço de 15 dias no mês de abril, o suicídio de adolescentes entrou no debate público no Brasil. Psicanalistas e profissionais de saúde mental têm sido chamados à rede privada de ensino para falar sobre o tema. Pais e professores estão em busca de pistas para compreender por que mais jovens tiram a própria vida e como é possível prevenir a tragédia. Casos de adolescentes que se matam já fazem parte da crônica das cidades de todos os tamanhos no país, do Rio Grande do Sul aos estados da Amazônia. No Brasil, entre 2000 a 2015, os suicídios aumentaram 65% dos 10 aos 14 anos e 45% dos 15 aos 19 anos, segundo levantamento do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Mapa da Violência no Brasil. Nos últimos dois anos, os números podem indicar uma pequena estabilização, mas só daqui mais um ano será possível afirmar se é uma tendência ou apenas uma oscilação. No mundo, o suicídio já é a segunda causa de morte entre adolescentes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Por que mais jovens se suicidam hoje do que ontem?
Essa é a pergunta óbvia de onde costuma partir o debate. Mas a pergunta ainda mais óbvia talvez seja: por que não haveria mais adolescentes interrompendo a própria vida nos dias atuais do que no passado? Na leitura do momento, me parece que o espanto se justificaria se, num mundo distópico, houvesse menos jovens com dificuldade de encontrar sentidos diante do desespero.
Quando adolescentes se matam, eles dizem algo sobre si mesmos, mas também dizem algo sobre a época em que não viverão.
A inversão da pergunta não é um jogo retórico. Ela é decisiva. É decisiva também porque devolve a política à pergunta, de onde ela nunca poderia ter saído. E a recoloca no campo do coletivo.
Essa dimensão não apaga a singularidade de cada caso, mas é necessário situar essa singularidade no contexto do seu tempo histórico. Quando adolescentes se matam, eles dizem algo sobre si mesmos, mas também dizem algo sobre a época em que não viverão. É esse o ângulo que me parece importante chamar a atenção, porque em geral ele é apagado. É nas particularidades de cada história que podemos encontrar caminhos para prevenir o ato de desespero, mas é também na conformação do mundo em que a violência autoinfligida ocorre que devemos buscar pistas para compreender o que o suicídio expressa sobre essa época.
Os adolescentes de hoje herdarão um mundo corroído pela mudança climática provocada pelas gerações anteriores, incluindo a de seus pais, onde a água vem se tornando o grande desafio e a paisagem já começa a ser desfigurada. As séries de TV, principal produto cultural e também de entretenimento, expressam o sentimento dessa época: um presente que já é uma distopia e a impossibilidade de imaginar um futuro que não seja apocalíptico. A internet, onde os adolescentes e a maioria dos adultos vive, arrancou a ilusão sobre o que chamamos de humanidade. Ao permitir que cada um se mostrasse sem máscaras, que cada um pudesse “dizer tudo”, abriu-se uma ferida narcísica cujos impactos levaremos muito tempo para dimensionar. Essa ilusão sobre o quê e quem somos nós cumpria um papel importante no pacto civilizatório. Sua perda é parte da explicação da dificuldade de compartilhar o espaço público, hoje interditado por ódios.
Por que, diante desse cenário, mais adolescentes não teriam dificuldade para encontrar saídas? Por que alguém que está vivendo uma fase da vida em que precisa dar conta de um corpo em transformação e assumir a responsabilidade de encontrar seu lugar não estaria desorientado diante do mundo que o espera – ou mesmo sem nenhuma confiança de que vale a pena ser adulto nesse planeta?
Se cada caso é um caso, o significado de ser adolescente nessa época determinada não pode ser deletado de qualquer resposta que pretenda ser uma resposta. Aberta, em constante construção, mas uma resposta.
Um adolescente que faz perguntas duras a si mesmo e aos adultos não está apresentando um comportamento desviante. São perguntas inteligentes, são perguntas de quem percebe o mundo que vive, são perguntas de quem se recusa a se alienar. O desafio que o suicídio nos apresenta, como sociedade, é conseguir construir junto com os jovens uma resposta que não seja a brutalidade de tirar a própria vida.
Essa tarefa não é individual, não é um problema apenas do adolescente que não consegue encontrar sentido ou de sua família. Mas uma construção coletiva. Inclui esse adolescente, mas não é só dele. Se há uma possibilidade nesse momento é a de que o desespero de ver adolescentes morrendo fez com que se rompesse o silêncio sobre o suicídio.
A crença de que falar sobre o suicídio aumenta o número de casos estabeleceu um silêncio em torno das mortes que colaborou para que se localizasse o problema e a suposta solução no indivíduo. Colaborou para a ideia sem substância do suicídio como covardia do adolescente e fracasso dos pais. O suicídio, convenientemente, deixou de ser uma questão da sociedade para ser um problema de uma pessoa ou família com um tipo de defeito. Ou foi colocado na conta de uma patologia mental, com vários nomes disponíveis no mercado. É um fato que há casos de suicídio relacionados a doenças mentais, mas não é possível desconectar qualquer doença da época em que ela é produzida.
A questão não é a doença mental, quando ela existe, ou a angústia e o desespero, mas por que o suicídio tem sido a resposta e não outra a acontecimentos como a doença mental, a angústia e o desespero. É no fato de que ao longo das diversas épocas já houve outras respostas possíveis, outras respostas compatíveis com seguir vivendo, que podemos construir reflexões que nos arranquem da repetição que acaba tratando como problema exclusivamente individual o que é também produção social.
Voltar a falar de suicídio é importante, mas é igualmente importante “como” falar sobre suicídio. Se a questão for apenas estabelecer manuais, como se houvesse uma lista de alarmes para identificar aquele que se descola da manada, ou se a saída encontrada for reforçar a causa e a solução no indivíduo, é só mais um reforço para a tragédia da nossa crescente dificuldade de fazer comunidade. Em resumo: não dá para viver num mundo literalmente corroído e subjetivamente corroído e dizer que o desvio é de quem sofre com ele e não encontra outra saída que não seja o suicídio. Ou da família que não pôde ou não soube como impedir que o adolescente tirasse a própria vida.
Se podemos fazer algo com a tragédia que é termos criado um mundo onde um número maior de adolescentes não se tornará adulto, é reaprendermos a viver em comunidade, redescobrirmos como tecer redes de cuidado mútuo. Isso não tira a responsabilidade individual. Ao contrário, a aumenta. Mas coloca a responsabilidade individual onde ela deve estar: fazendo “laço” com os outros. Fazendo junto.

A primeira geração formada nas redes sociais a partir de “likes” e “blocks”

Não se pode esquecer ainda e principalmente que a marca de se tornar adolescente neste século é a marca de tecer sua experiência na internet. A geração atual é a primeira formada a partir de “likes” e “blocks”, carinhas sorridentes e carinhas furiosas. Ao mesmo tempo que experimenta a possibilidade de deletar o quê ou quem perturba, enfrenta a impossibilidade de deletar seus vestígios para sempre.
Estrear na vida e já ser condenado à memória eterna. Ser formado na impaciência dos segundos e na sobreposição dos tempos. Acreditar que um vídeo de mais de dois minutos ou um texto de mais de dois parágrafos são longos demais. Arriscar-se nas redes sem os limites do corpo, podendo ser algo num minuto e outra coisa inteiramente diferente no minuto seguinte. Mas, ao mesmo tempo, sentir os efeitos profundos dos estímulos digitais no corpo. Os dias acelerados que se emendam e a fábrica de ansiedade. A impossibilidade da desconexão. A vida editada e “feliz” de todos, enquanto dentro de você a tristeza é vivida como fracasso num mundo de tantos bem sucedidos de Facebook, sem saber quem ou o quê é real ou “fake”.
Num vídeo postado dias atrás pelo Channel 4 News, Jaron Lanier, filósofo da internet e criador da realidade virtual, sugere que os adolescentes deveriam abandonar as redes sociais por pelo menos algum tempo. “Somos fisgados por um esquema de recompensas e punições, em que as recompensas acontecem quando você é retuitado por outros e as punições quando você é maltratado por outros nas redes”, diz. Essa manipulação, segundo Lanier, não é tão dramática quanto o vício em heroína ou o vício em jogo, mas obedece ao mesmo princípio. “Deixa as pessoas ansiosas e irritadas, e torna especialmente os adolescentes depressivos, o que pode ser muito grave”, afirma. “Há uma grande quantidade de evidências e estudos científicos. O exemplo mais assustador é a correlação entre o aumento do suicídio entre adolescentes e o aumento do uso das redes sociais.”
Jaron Lanier dá um conselho aos adolescentes: “Se você é uma pessoa jovem e você só vive nas redes sociais, o primeiro dever com você mesmo é conhecer você mesmo. Você deve experimentar viajar, você deve se desafiar. Você não vai se conhecer sem essa perspectiva. Então, dê a você mesmo pelo menos seis meses sem redes sociais. Eu não posso dizer a você o que é o certo. Você tem que decidir”.

Netflix, cinema e a vida depois da perda

No ano passado, o psicanalista Mário Corso foi convidado para dar uma palestra aos alunos de uma escola pública do interior do Rio Grande do Sul. A diferença é que ele não foi convidado pela direção da escola ou pelos professores ou mesmo pelos pais. A iniciativa foi dos alunos. Eles tinham identificado uma colega com ideias de suicídio e decidiram formar uma rede de cuidado. “Os colegas estão mais próximos e sabem melhor do que ninguém quando algo realmente sério está acontecendo”, diz Corso. “Essa experiência de ajudar a combater o mal-estar na escola, de entender as dificuldades da socialização, seria uma formação extra e muito proveitosa que a escola pode dar aos adolescentes. Existem muitos adolescentes cuidadores. É preciso fazer uma aliança com eles.”
Todo profissional que trabalha com saúde mental é marcado pela perda de pacientes. É algo que se carrega pela vida, mas que em geral é elaborado e vivido no espaço privado. A diferença é que Corso ficou assinalado também na esfera pública. Em 2006, um de seus pacientes, Vinicius Gageiro Marques, de 16 anos, transmitiu a própria morte pela internet e teve ajuda de pessoas de diferentes países para consumá-la. A incitação ao suicídio é um crime previsto no Código Penal do Brasil.
Mais de um ano depois do suicídio de seu jovem paciente, Corso me deu uma entrevista que se tornou uma referência, pela profundidade e honestidade com que falou do que viveu. A morte do adolescente teve repercussão internacional e marcou um momento em que as pessoas perceberam que, com a internet, os jovens frequentavam mundos que pais e professores não alcançavam. No segundo semestre, será lançado o filme Yonlu, nome com que Vinicius se apresentava nas redes e assinava a sua produção artística, dirigido por Hique Montanari.
Mário Corso é autor de vários livros, inclusive um infantil. Três deles, escritos junto com a também psicanalista Diana Corso, relacionam produção cultural e psicanálise, dos contos de fadas às atuais séries de TV. O mais recente é Adolescência em Cartaz – filmes e psicanálise para entendê-la (Artmed, 2017). Fiz cinco perguntas a ele:
P: Você acha que o sofrimento que provoca o suicídio hoje, na era da internet, é diferente do sofrimento que provocava o suicídio nos adolescentes de gerações anteriores?
R: Creio que o sofrimento dos adolescentes é o mesmo. Uma solidão imensa, uma sensação de inadequação, uma desesperança próxima ao desespero. A ideia que não há lugar no mundo para si, um mundo complexo demais para ser decodificado, aliado ao momento de fragilidade dos laços entre os pares, é um cruzamento perigoso e doloroso. O que mudou foram as possibilidades de comunicação. Para o bem e para o mal. Por exemplo, o bullying antes era restrito a um lugar, ficava na escola. Hoje ele não para, não dá trégua e não dá àquele que sofre o direito de recomeçar. A internet não esquece.
Estar marcado em um colégio, por uma experiência negativa, antes podia ser solucionado trocando de escola. Hoje, você leva contigo aquilo que gostaria de esquecer. Uma pesquisa rápida e tua ficha é entregue. Por um lado, a rede pode até ajudar os mais fóbicos, pois ela permite ensaiar-se em um ambiente onde o corpo não está em jogo, e propicia a pessoas de hábitos diferentes encontrarem sua praia. Por outro, ela também tem seu lado obscuro: permite que portadores de sofrimentos e patologias, que antes eram isoladas, como a anorexia, se apoiem em parceiros, igualmente tomados na loucura, que incentivam seguir dentro da doença e dão a ela um sentido de pertença, de identidade, muitas vezes letal. O mesmo com o suicídio. Antes isolado, o adolescente tinha menos recursos, até, digamos, técnicos, para saber como se matar. Raramente ele iria encontrar pessoas tão ou mais perturbadas para trocar ideias sobre as “vantagens” do suicídio. Na rede, seguem existindo fóruns de proselitismo do suicídio.
P: O que a morte de Yonlu mudou na sua clínica ou no seu modo de entender o suicídio?
R: Não houve mudanças significativas na clínica ou no entendimento das razões do suicídio. A principal mudança foi em mim. Desci mais um degrau da minha personalidade já melancólica. Já tinha perdido pacientes, mas casos graves, adultos vindos de anos de depressões crônicas, dos quais, entre idas e vindas, eu fui apenas mais uma tentativa fracassada. São perdas distintas. Sendo nesse caso alguém tão jovem, talentoso, inteligente, é difícil se apaziguar. Os psicoterapeutas elaboram pouco sobre os efeitos de serem depositários e testemunhas de tanto sofrimento. Mas são cicatrizes incuráveis. Talvez um dia eu consiga entender melhor tudo isso. Ainda lateja.
P: Desde aquela época, mais de uma década atrás, a sua postura era de que era necessário falar sobre o suicídio. Mas só agora, e em grande parte por conta de séries como 13 Reasons Why (“Os 13 porquês”, Netflix), o silenciamento sobre o suicídio entre adolescentes começa a ser rompido. Por que é importante falar e o que você gostaria de dizer?
R: Falar sobre o problema já é um começo. É um assunto tabu, ninguém se sente à vontade para dar a partida. Ninguém sabe bem o que dizer. O que está em jogo é o sentido da vida. E quem sabe dizer por que a vida vale a pena? Não sabemos dizer até porque é uma questão mal colocada. Não existe resposta racional. A resposta é emocional. Vivemos não por razões, mas por pertencer a uma rede afetiva, por ter uma sociedade que nos dá um lugar. Estamos aqui porque alguém um dia quis assim e ficou inscrito em nós essa marca. A vontade de viver é algo que os pais transmitem, ou não, sem dar-se conta. Mas é um território imponderável, nebuloso.
Acredito que estamos no momento de construir algo novo. Creio que a arte já começou. O seriado da Netflix foi um bom começo. Antes de ele ser feito, eu não acreditaria que daria certo. Tomado pelo paradigma de Werther, de que narrar o suicídio emularia outros, eu não faria. (No século 18, após a publicação do livro Os sofrimentos do Jovem Werther, do escritor alemão Goethe, teria havido uma onda de suicídios de jovens na Europa que foi considerada efeito do romance.) A Netflix fez, e a resposta foi oposta: mais gente falando no assunto e pedindo ajuda.
P: O que você, que analisa a produção cultural pelo viés da psicanálise, acha da série?
R: Ela tem uma grande sacada: eles criaram um herói romântico aparentemente típico. Hannah, a personagem, é uma alma sofrida e sensível, que passou por traumas e é incompreendida. O mundo não seria bom o suficiente para ela. Mas, no decorrer da série, ela se comporta de forma tão pouco empática ao sofrimento dos outros, ela é tão autocentrada e egoísta, que ninguém quer ser como ela. Ela exige cuidado e uma delicadeza que ela mesmo não tem com ninguém. Ela é cega à dor alheia. Ou seja, eles viraram o fio. Ninguém vai querer ser a Hannah mesmo que admitamos que ela tem suas razões e seu sofrimento. Ela ajuda a narra a dor e a vontade de ir embora, mas não desperta identificações diretas. Se um estúdio de TV inventou uma narrativa que faz falar sem estimular o ato, por que a comunidade de quem trabalha com saúde mental não conseguiria? Nós temos é que nos botar a pensar. É um tempo de inventar. Creio que é um desafio que temos que nos colocar. É preciso dar uma visibilidade ao problema real que o suicídio é. Não noticiar os casos, mas encontrar uma nova via de ele estar sempre em pauta.
P: Existiria algo na educação dada atualmente às crianças e aos adolescentes que os deixariam mais vulneráveis?
Corso: É algo que se pensa pouco. Nós temos uma conquista civilizatória interessante, que é a infância protegida, reconhecida em suas particularidades. Não devemos mudar isso, mas talvez pensá-la melhor. Nossas crianças crescem numa bolha de proteção que rompe na adolescência. Abruptamente, descobrem a dureza do mundo, a violência, a exigência desmedida – nesse caso, às vezes dos pais. Sentem-se traídos pelo mundo de conto de fadas que receberam. Será que não exageramos, que não haveria um modo de desde mais cedo mostrar o mundo como o mundo realmente é? Existe uma depressão típica do começo da adolescência que diz respeito ao dar-se conta do peso do mal-estar da civilização. Utopias já não colam, vivemos na época das distopias, crenças religiosas tampouco, o jovem sente que está em um mundo absurdo. E precisamos pensar que ele não desenvolveu os anticorpos que nós já temos… Isso chega de modo à vista. Será não poderia ser em suaves prestações? Brinco, mas creio que exageramos na dose do mundo Disney. Em resumo: não os preparamos para o infortúnio, não discursamos sobre as derrotas, as perdas, e elas são a única certeza nessa vida. Ensinamos a ganhar, a dizer que serão vencedores. Ensinamos o fácil e esquecemos o essencial: saber suportar as rudezas de um momento civilizatório complicado.

O presente só é possível se o futuro for possível

No início dessa coluna, eu propus mudar a pergunta. Não “por que mais adolescentes estão se matando hoje” – e, sim, “por que não haveria ainda mais adolescentes morrendo hoje”. Minha interrogação parte da realidade de um planeta corroído e abandonado pelas utopias. A esse cenário se soma a profunda crise da democracia como sistema capaz de melhorar a vida das pessoas. “Terra arrasada” não é mais uma figura de linguagem, mas uma literalidade. Na dificuldade de enxergar um futuro próximo, quase nos assemelhamos aos marinheiros do passado, que acreditavam que o mundo acabava num barranco, de repente.
Sem perspectiva, sonho, imaginação, desejo, a percepção já é de vida interrompida. Tragado pelos dias de um presente acelerado, em que o corpo é atingido por estímulos 24 horas por 7 dias na semana, mas não tem nem espaço nem tempo para elaborar nenhuma experiência porque logo vem outra por cima, a sensação é de afogamento. Sem perspectiva de futuro, o presente é vórtex.
Sugiro então uma terceira interrogação para esse momento: o que podemos fazer junto com os adolescentes, porque não acredito em juventude sem responsabilização, para que volte a valer a pena viver nesse mundo? Ou como podemos construir juntos uma ideia de futuro que não seja uma distopia? A impossibilidade de imaginar um futuro possível tem impactos profundos sobre a vida de todos, muito mais do que a maioria consegue dimensionar no cotidiano. Recuperar a capacidade de imaginar um mundo onde se possa viver é o imperativo que atravessa essa época. Imaginar a partir da realidade brutal – e não negando-a, como a maioria tem feito.
Esse momento de rompimento do silêncio sobre o suicídio é rico de possibilidades. Mas apenas se formos capazes de recolocar a questão no campo da política. É nisso que as escolas deveriam apostar, assim como todos os espaços de compartilhamento. O desafio, tanto na rede pública quanto na privada, é o de fazer comunidade, inclusive e principalmente entre as redes. Não é porque se chama de “comunidade escolar” que é uma comunidade escolar. Comunidade é algo bem mais profundo e demanda esforço contínuo de fazer laços com o fora e com o dentro, reconhecendo as fronteiras para poder ultrapassá-las.
Será uma pena se esse despertar violento, despertar sobre corpos de alunos mortos, seja desperdiçado pela visão estreita de olhar para o acontecimento como se ele fosse desconectado de sua época, individualizado e isolado. Ou colocar questões de saúde mental como se elas pertencessem a um arquivo impermeável, que não se comunicasse com todos os outros. Os sintomas de nosso tempo expressam onde estão os nossos buracos. Os mais sensíveis sentem primeiro.
Criar uma resposta para o suicídio de adolescentes é também criar uma resposta para a nossa vida nesse planeta. É enfrentar o tema da mudança climática e de sua adaptação a ela, é enfrentar a responsabilidade da nossa espécie com todas as outras cuja casa destruímos, é enfrentar a crise da democracia e criar maneiras de fortalecê-la, para que ela volte a significar possibilidade de combater as desigualdades e fortalecer os direitos.
O mal-estar do nosso tempo, este que tanto afeta aqueles que estão estreando na vida, é alimentado pela nossa impossibilidade de enxergar uma vida possível logo ali na frente. Como os adultos também não enxergam, o desamparo é total. Se um colégio ou qualquer outra instituição quiser de fato enfrentar o suicídio entre adolescentes deve se dedicar também a construir com eles uma ideia de futuro que não seja o apocalipse climático – ou nuclear. Ser parte dessa criação de futuro, mesmo na extrema desesperança do presente, é fazer laço com a vida ao fazer laço com os vivos. O suicídio é também a impossibilidade de fazer parte.
Sem imaginar um futuro possível, não há presente possível. É isso que todos nós precisamos compreender. É isso que os jovens corpos tombados estão também dizendo em seu silenciamento violento. Só se combate a vontade de morrer criando um mundo em que vale a pena viver. Essa é a principal tarefa da escola e de todas as instituições.
Na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), de 2014, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro disse uma frase provocadora, no melhor sentido: “Os índios entendem de fim de mundo porque já viveram o fim do mundo em 1500”. Retomo essa afirmação para lembrar que os jovens indígenas Guarani-Kaiowá, as novas gerações de um dos povos originários mais massacrados do planeta, se suicidam desde os anos 80. Seu suicídio invisível para os brancos, invisíveis como eles mesmos, tem contado uma narrativa do fim do mundo. É para eles, para esta dor, que deveríamos estar olhando, para este mundo que lá se corrompeu antes pela força do extermínio.
Para os Guarani-Kaiowá, palavra é “palavra que age”. Responder ao suicídio dos adolescentes com vida é romper as barreiras do isolamento e se tornar palavra que age para fazer futuro.
Eliane Brum, ElPaís
Madalena França via Pragmatismo Político.

A versão Meirelles do ‘fumei, mas não traguei’

 
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Durante um debate nos EUA sobre a legalização da maconha Bill Clinton foi questionado sobre o fato dele ter fumado maconha. “Fumei, mas não traguei”, despistou.
Agora, no Brasil, surgiu a versão Henrique Meirelles do ‘fumei, mas não traguei’ a maconha.
Surpreendido com a repercussão da entrevista na IstoÉ, na qual o ex-ministro dos bancos privados defende a descriminalização da maconha, Meirelles correu para pedir perdão a pastores evangélicos.
De acordo com O Globo, o pré-candidato do MDB e de Michel Temer marcou encontros com religiosos de São Paulo e Brasília para explicar “que achava necessário encontrar uma solução para a descriminalização da maconha para não levar o consumidor às já superlotadas prisões brasileiras, mas que, pessoalmente, era contra o uso de drogas.”
Ora, Meirelles. Bastaria você repetir a fórmula de Clinton: “Fumei, mas não traguei”. Voltar atrás da única proposta descente que apresentou — a descriminalização da maconha — não soma. Apenas gera desconfia em todos.
Madalena França via Esmael

E se as crianças presas fossem americanas?


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Finalmente, da metade da capa para baixo, ganha algum – e ainda muito pouco – destaque na Folha o fato de haverem crianças brasileiras presas – e são ao menos 49, em lugar das oito informadas ontem – por seus pais estarem sendo processsados por imigração ilegal aos Estados Unidos.
A imprensa e a diplomacia brasileira, diante do caso absurdo, não fazem mais que miar lamentos e preferem destacar a “ordem” de Donald Trump para que sejam reunidas aos pais – e sigam presas, portanto. No máximo, uma nota do Itamaraty dizendo que o episódio “é “uma prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança”.
Tão pouca é a reação que candidato do fascismo por estas bandas não se acanha em, nos jornais, estar mendigando uma audiência para prestar vassalagem a Donald Trump.
Basta aos amigos e amigas imaginarem, para que se tenha ideia do absurdo que é isso, se uma, apenas uma, criança norte americana estivesse detida num abrigo com grades e telas, posta a dormir num colchonete em uma quadra de esportes ou em barracas de lona,  como se viu nas fartas fotografias distribuídas pelas agências de notícias.
E separadas dos pais, também presos, por uma distância maior que a entre Porto Alegre a Manaus, em linha reta, como registra a Folha:
A reportagem da Folha (…) identificou a localização das 15 instituições que receberam os brasileiros. A maior parte das crianças está na região de Chicago, que concentra 29 delas. Oito estão no estado fronteiriço do Arizona, sete, no Texas, e duas, na Califórnia. Também há menores brasileiros em instituições da Flórida e de Nova York. Os pais, por outro lado, estão em prisões federais próximas à fronteira –ou seja, a até 3.500 km de distância dos abrigos. Na maior parte dos casos, eles não sabiam do paradeiro das crianças até que o consulado brasileiro fizesse contato.
Imagine o desespero de crianças que, algumas, têm apenas cinco anos de idade.
Faltaria pouco para nos ameaçarem com os marines, não é? No mínimo, nosso embaixador em Washington teria sido chamado a dar explicações e exigir a repatriação de pais e filhos.
Mas agora o “problema” parece estar “resolvido”, com as crianças “podendo” ficar presas com os pais!
Se alguém precisava de uma “ilustração” prática do que é o  “complexo de vira-latas”, aí está: os pais pegos pela “carrocinha” e os filhotes levados com eles para o canil.

 Fonte ;Tijolaço
Madalena França

Frases do Dia sobre amor com verdade!

O começo da sabedoria é...

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Por Madalena França.

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Madalena França

2025: metade das estradas brasileiras intransitáveis


A partir de 2025, mais de 50% das estradas brasileiras vão estar em péssimas ou inaceitáveis condições de conforto e conveniência
É o que  afirma um estudo da Plataforma de Infraestrutura em Logística de Transportes da escola de negócios Fundação Dom Cabral. 
Segundo Paulo Resende, professor de logística da fundação, “continuaremos um país sobre rodas se não houver um plano ousado para não só ampliar as qualidades das rodovias, como o potencial das ferrovias, portos e dutos”.
O estudo será lançado nesta quinta (21).  (Mônica Bergamo - Folha de S.Paulo)

Madalena França via Magno Martins.

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...