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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

“Na USP não entra escola sem partido”, garante reitor


 

O reitor da Universidade de São Paulo(USP), Vahan Agopyan, defendeu nesta segunda-feira(12) a autonomia universitária, prevista pela Constituição, e afirmou que é impossível aplicar um projeto como o ‘Escola Sem Partido’ na USP. “Na universidade é impossível. É um local de debate. No auge da ditadura os debates eram intensos aqui. Obedecemos às leis, mas coisas que ferem a autonomia da USP, a USP não precisa seguir. Isso fere. Porque a universidade é um locus de debate. Você não pode impedir”, destacou o reitor em entrevista para o Estado de São Paulo.
“O debate é importante porque estamos formando cidadãos, nós formamos profissionais, mas o grande objetivo da USP é formar excelentes cidadãos e excelentes líderes. Não consigo imaginar um professor fazendo proselitismo para os alunos, mesmo quando o professor da um curso de Marxismo, mostra as críticas, faz parte da formação”, acrescentou Agopyan.
O reitor da USP, no entanto, não deixou de manifestar preocupação em relação ao avanço do extremismo e sua interferência na vida universitária.
De acordo com o reitor, “quando começaram a divulgar os resultados das eleições já estavam convocando nas redes sociais para comemorar a vitória e marchar para a Historia e Geografia”.
“E então já passaram a chamar todos para defender Historia e Geografia. Era que nem torcedores gangsteres de time de futebol, marcando dia e hora para começar uma briga, chamando pessoas externas. Tivemos que intervir e fazer um controle seletivo nas entradas. Entraram uns 20 black blocks e 20 neonazistas. E tinha polícia. Como eram só 20 e 20 e uns simpatizantes, não deu nada. Se fossem 100, seria perigoso”, observou.
Ao comentar os riscos de um clima de denuncismo na instituição, o reitor da USP foi enfático: “Denunciar para quem? Eu não vou criar um mecanismo de controle ideológico dentro da universidade”, enfatizou.
*Foto de Kevin David/A7 Press/Folhapress
Por Madalena França





Venha e traga sua família para a bela festa da Poesia



Por Madalena França

Limoeiro: momento político favorece formação de terceira via para 2020


Imagem | Divulgação
Aquela “conversa” de que uma eleição começa quando a outra termina não foge a regra na política de Limoeiro. Definido o cenário estadual, as articulações a médio prazo começaram de olho nas eleições municipais de 2020. A turbulência vivida pela gestão do prefeito João Luís (PSB), que desde o primeiro mês não conseguiu emplacar estabilidade e vive mergulhada em projetos que se tornaram polêmicos (gerando insatisfação em parcela da sociedade), tem oportunizado o surgimento de uma terceira via, inclusive, com amplo aceno da classe empresarial. Seria o momento de um candidato sem viés político? Essa tem sido uma pergunta muito comum.

Em 2012 o cavalo passou quase selado para um grupo de empresários e a oportunidade ficava para depois. Outro fator que fortalece a possível terceira via é o declínio do grupo do deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos) nas urnas. O resultado da eleição municipal de 2016 ainda é lembrado com melancolia, somado a grande redução de votos do próprio deputado na eleição deste ano, sem falar na inexpressiva votação do irmão dele, o deputado estadual José Humberto (PTB), que não conseguiu a reeleição. A título de informação: dos 9 vereadores eleitos no palanque do grupo de Teobaldo na última eleição municipal, apenas 3 permanecem.  

Mas quem seria o nome dessa terceira via. Com sonho declarado, o empresário Wellington Vasconcelos (PSB) não perdeu tempo e assumiu, mesmo que indiretamente, o posto de pré-candidato. Recentemente, ele deixou o cargo de secretário executivo de Indústria e Comércio, tornando-se ainda mais independente do ponto de vista político. Mesmo assim, ele diz que não teve rompimento com o prefeito, mas ao mesmo tempo afirma que Limoeiro precisa de renovação. Já arriscam nas conversas de porta de loja uma futura chapa: Wellington Vasconcelos e Neto Nicolau (da Casa Primor), este último sempre que perguntado diz que continua focado nos negócios da família. Mas uma fonte nos revelou que amigos do comércio o pressionam “indiretamente”.

Nesse cenário, o nome do ex-vereador Zé Nilton (Avante) também aparece com força popular. Com mais de 3 mil votos para deputado estadual diante de uma reduzida estrutura de campanha,  Zé não esconde para ninguém que é pré-candidato a prefeito em 2020. Ele não mudou o estilo e segue com prestação de serviço mesmo sem mandato. E no meio disso tudo, o nome do atual vice-prefeito Marcelo Motta (PSB) é mais um citado como possível candidato. Motta adotou um silêncio estratégico nos últimos meses. Manteve-se no PSB, foi fiel, coordenou a campanha vitoriosa de João Campos (PSB) para federal, tem a “benção” do socialista Nilton Mota e não vem sendo atingido pelas críticas contra a gestão do prefeito. Intimamente, deve saber o melhor momento para tomar uma decisão.
Madalena França via Blog do agreste

Em Orobó, Toyoteiro Para e Educação de Jovens e Adultos é prejudicada...

imagem ilustrativa
Imagem relacionada
Em Orobó o transporte para áreas rurais de dificuldades de acessibilidade é feito num toyota semelhante a este da imagem.
Acabo de chegar da Escola onde teria hoje expediente de quatro aulas complementares a minha carga horária da amanhã.
Estranhei não ter nenhum aluno na turma e tomei conhecimento que o toyoteiro parou de transportar os alunos por falta de pagamento, tendo recebido até o mês de Junho,.
Sem condições de rodar todos esses meses, de certo ficaram sem combustível para esse fim e com razão resolveram parar.
Prejudicados estão os alunos que em pleno período letivo e aproximando-se do fechamento do ano, não estão frequentado. Como fica o direito a educação?
Esse é o Orobó ficando cada vez mais "bonito"!

Por Madalena França.

URGENTE: Bolsonaro reconhece derrota na reforma da previdência


 
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) reconheceu derrota ao não conseguir votar reforma da previdência este ano.Bolsonaro havia se unido a Michel Temer na semana passada para votar mudanças ainda em 2018, mas hoje o ministro extraordinário da equipe de transição, Onyx Lorenzoni, jogou a toalha e disse que o fim das aposentadorias ficou para 2019.
Mais cedo, o presidente eleito também tinha reconhecido a dificuldade de aprovar a reforma da previdência no Congresso.
“Ele [Paulo Guedes] está achando que dificilmente aprova alguma coisa este ano”, afirmou Bolsonaro. “Não é esta a reforma que eu quero”, despistou o presidente eleito, confirmando que vai tomar café com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar sobre o assunto. Também informou que vai “apertar a mão” dos colegas do Congresso Nacional.
Sem chance de votar a reforma da previdência que põe fim à aposentadoria, Bolsonaro estuda para este ano projetos ‘infraconstitucionais’ — meia sola — que não dependem de maioria qualificada de 308 votos.
“A tendência é que fiquem para o ano que vem”, afirmou o realista Onyx.
Madalena França via Esmael.

Parabéns para meu aluno nota 10 ,o Bernardo...

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livreA imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Andreza Batista, pessoas sorrindo, selfie

Menino falante, estudioso, e amigo dos amigos. O Bernardo é o garoto da turma que todos se dão muito bem com ele. Extrovertido, brincalhão e bom intérprete.
Será que o Bernardo vai ser ator? Ele representa muito bem nas aulas de teatro.
São muitas as características desse meu amado aluno. Todas só me deram orgulho até aqui. Tirando a falação que ele não pára nas aulas, por isso o chamo atenção de vez em quando. Não é mesmo querido Bernardo?
Imagem relacionadaQueria desejar a você toda felicidade do mundo . Muito sucesso e perseverança. Com a sua inteligência e capacidade de ser amigo dos amigos, atencioso e obediente, você pode ser o que quiser!
Acho que cai bem para você qualquer profissão que seja atingir grandes públicos. Jornalista, ator, apresentador de TV ou um bom advogado. Vai pensando no que você quer tá bom?
Um grande abraço e um abençoado e feliz aniversário!
Lhe quero muito bem.
Deus lhe abençoe hoje e sempre.

Por Madalena França.

Dói ver o depoimento de uma mãe oroboense que perdeu seu filho por falta de ajuda...

Diz o ditado popular que só temos o que Deus permite. Será que Deus envia uma criança ao mundo para morrer por atraso no nascimento?
É de ficar estarrecido ao ler o depoimento dessa mãe nas redes sociais. É público e qualquer um pode ver.
Lamentável a Saúde tão elogiada nas mídias locais de Orobó, passar por uma situação de tanto descaso.
Leia você mesmo o que postou publicamente a senhora Lyana Artur:

A imagem pode conter: texto

Ela continua dizendo que o filho passou da hora de nasce.( o médico dizia não era a hora. Unguliu ou inalou meconio. Isso é justo? Uma mãe perder seu filho desse jeito? Um hospital sem recursos! Enquanto uns roubam dos pobres, os pobres sofrem.")
O trecho entre parenteses são palavras da mãe. Segundo ela foi informada pelos médicos que a criança teria inalado ou engolido Mecônio .Para os que não sabem ,Mecônio é um material fecal de cor esverdeada bastante escura, produzida pelo feto e normalmente é expelida nas primeiras 12 horas após o nascimento. 
Lamentamos o acontecido e pedimos a deus que conforte o coração dessa mãe.

Por Madalena França.

Redação Pragmatismo Redação Pragmatismo Editor(a) AMÉRICA LATINA12/NOV/2018 ÀS 16:49COMENTÁRIOS Imagens de deputada recebendo a notícia da morte da filha ganharam o mundo


Redação Pragmatismo
AMÉRICA LATINA12/NOV/2018 ÀS 16:49COMENTÁRIOS

Imagens da tristeza e do desespero de uma deputada recebendo o telefonema que a informava sobre a morte de sua filha ganharam o mundo. A deputada mexicana sofreu uma crise nervosa em sua cadeira no plenário

Imagens de deputada recebendo a notícia da morte da filha ganharam o mundo
México vive alarmante onda de crimes e assassinatos. A violência tem afetado quase todas as regiões do país e 2018 tende a ser o ano mais sangrento em décadas.

Um dos casos mais recentes e chocantes aconteceu em meio a uma sessão na Câmara dos Deputados.
A parlamentar Carmen Medel Palma recebeu por telefone a notícia do assassinato de sua filha, Valeria Cruz Medel, de 22 anos, em Ciudad Mendoza, no Estado de Veracruz e as imagens de sua tristeza ganharam o mundo.
Segundo informações locais, um homem armado entrou em uma academia e abriu fogo contra Valeria Cruz.
Quando ficou sabendo do crime por um telefonema, a deputada Medel, do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), sofreu uma crise nervosa em sua cadeira no plenário e começou a gritar de raiva. A sessão parlamentar foi suspensa.
Pablo Gómez Álvarez — um dos nomes mais importantes do partido da deputada Medel— falou em nome de todos os deputados. “Valeria foi hoje vítima do estado de violência em que vivem os mexicanos e mexicanas… Estamos todos sujeitos a essa crise de violência. Todos juntos, como legislatura, devemos responder, devemos pacificar o México”, afirmou.
O governador de Veracruz, Miguel Ángel Yunes, informou que cinco pessoas foram presas pelo assassinato de Valéria.
Em 2018 o México já ultrapassou os 22 mil homicídios.
Yahoo News
Madalena França via Pragmatismo Político

Moro diz que não é ‘político’ e que ‘não mente’. Falso e falso fazem uma verdade.


“Eu não sou um político que minto”, disse Sérgio Moro, ontem à noite, no Fantástico, para, 30 segundos depois, corrigir-se: “Não sou um nenhum político e não minto”.
Nas velhas proposições de lógica, o Doutor Moro teria dado um belo exemplo para aquelas regras de “verdadeiro” ou “falso”. Na prática, porém, produziu uma dupla convicção: é político e mente.
Tudo o que Moro faz é mentiroso e seus próprios atos e palavras o provam.
Diz que não está agindo como juiz e integrante do futuro Governo, mas escolhe dar entrevistas sobre seus projetos e planos dentro de seu gabinete na 13ª Vara Federal, de onde se lançou para o cargo que agora vai ocupar.
Aliás, como bom político, já deu mais entrevistas que o próprio presidente eleito, inclusive a coletiva onde expôs seus planos em pleno auditório da Justiça Federal do Paraná.
Nota-se, por aí, que Sua Excelência “não mistura as estações”, não é? O decoro mandou lembranças…
Na entrevista ao Fantástico, porém, Moro foi além da hipocrisia – “nunca vi uma proposta discriminatória do sr. Presidente eleito” – e da pretensão de ser o “conselheiro de assuntos autoritários” de Jair Bolsonaro, como a “licença para matar” dos policiais, a redução da maioridade penal e a liberação da posse de armas.
Arrogou-se o papel de “juiz do Governo”, ao dizer que fará, para Bolsonaro, o “juízo de consistência” de eventuais denúncias contra integrantes da administração federal. Claro está que com rigor muito menos intenso que o praticado quando eram seus adversários que estavam em causa: já decretou o perdão, por exemplo, de Onyx Lorenzoni, recebedor confesso de “caixa 2”, mas remido pela confissão e, segundo a Globo, por já ter doado metade do dinheiro irregular para a caridade.
E, de novo, traiu-se ao afirmar – e em seguida desmentir – que esta tivesse sido uma imposição sua ao Presidente eleito para assumir o cargo:
O que me foi assegurado e é uma condição… Não é bem uma condição, não fui lá estabelecer condições. Mas eu não assumiria um papel de ministro da Justiça com risco de comprometer a minha biografia, o meu histórico. Isso foi objeto de discussão e afirmação do senhor presidente eleito, que ninguém seria protegido se surgissem casos de corrupção dentro do governo.
O “não político” que “não mente” mal se contém diante da perspectiva de poder que lhe está aberta e não disfarça o julgamento que tem de sua “superioridade moral e intelectual” sobre o presidente eleito. Conta que será vencedor em qualquer hipótese: ou reunindo cacife para ser o próximo Presidente ou, se as coisas “derem errado”, sair do Governo em troca de uma cadeira no Supremo.
Moro, o homem que quer ser rei, está esquecendo, porém, que o poder tem suas regras. E a primeira delas é que nem sempre a sorte está ao lado do ambicioso.
Madalena França Via Tijolaço

As travessuras do “meu garoto”: prender 100 mil sem-terra


Não se pode falar, agora, como na história de fechar o Supremo com “um cabo e um soldado”, em nova “travessura” do deputado Eduardo Bolsonaro,  filho do presidente eleito, quando declara ao Estadão que, com a caracterização como “terrorismo” dos movimentos sociais, não haveria problema algum em “prender 100 mil pessoas”.
Seu irmão, Flávio Bolsonaro, não desgruda do mentecapto eleito para o governo do Rio de Janeiro, inclusive nas tratativas com Israel para a aquisição de drones armados, para promover execuções aéreas de criminosos (ou supostos criminosos), como num videogame de adolescentes.
Ambos, é claro, operam com autorização do pai a quem, aliás, devem os votos que tiveram.
E sabem – os três – que não há a menor viabilidade política no que estão dizendo.
Cumprem o papel de manter “acesa a chama” da propaganda fascista da qual Jair tem, agora, conveniência em manter-se afastado, ao menos por enquanto.
Logo teremos mais disso, quando a bancada eleita pelo arranjo obtido com o aluguel do PSL começar a atuar na Câmara.
É bom que o Dr. Moro se prepare: terá de “entregar” muitos corruptos no campo da política se quiser sobreviver num governo que precisa, acima de tudo, ter uma “pauta moral” para sustentar o entreguismo desvairado e o corte de direitos sociais que praticará, certo que ao mesmo tempo que se proclama nacionalista e “popular”.
Vão construir o discurso de que “os políticos” e “a Justiça” não deixam o “homem trabalhar” e, com isso, não é preciso muito para ver o que deve ser tirado do caminho.
Nada disso, tal como a suposta “espontaneidade” de Bolsonaro em seus tuítes e “lives” é, de fato, espontâneo ou improvisado.
O tamanho do circo deve ser inversamente proporcional à quantidade de pão.
Madalena França Via Tijolaço

A esperteza da capitalização previdenciária

Por Fernando Brito
Como os nossos “analistas” econômicos não podem falar as coisas de maneira simples, pouca gente está sendo informada do golpe de esperteza que seria o regime de capitalização a ser implantado – pela turma do “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro para a economia, Paulo Guedes.
Em poucas linhas – porque há páginas e páginas a preencher com os casos em que é, simplesmente, impossível aplicá-la – a história é a seguinte: sob o controle de bancos e outros agentes financeiros, seria criada uma “nova Previdência” para todas as pessoas que, a partir de agora, entrassem no mercado de trabalho. Como são “entrantes”, só há receita, não há despesa, porque os benefícios só começariam a ser pagos, em escala considerável, daqui a 30 ou 40 anos.
É, na essência, o velho golpe da ‘pirâmide’: muitos investem, poucos recebem, se é que vão receber, porque em 30 anos muitos terão “sumido” e deixarão a conta para o governo, possivelmente à conta de um “fundo garantidor” estatal, como é tradição brasileira. Do aventureiro italiano Carlo Ponzi ao Tenente Felipe Albuquerque – de QUEM  onde veio o nome “filipeta”, papel sem valor, com que ele vendia a prazo mais barato que à vista – a história do “pague hoje e leve depois” sempre foi boa fonte de renda para os “espertos”.
Diferentemente deles, porém, nem a promessa de grandes rendimentos há: quem tem plano de previdência (quanto mais recentes, piores) sabe que as taxas são altas e a remuneração é baixa, exceto naqueles de “alta performance”, destinados a quem pode fazer contribuições pesadas.
Mas, no geral,  durante anos, será dinheiro barato, captado de forma compulsória, em geral indisponível para quem o entrega e sem qualquer garantia de prover uma renda mínima a quem não acumule saldo suficiente para isso – especialmente os que tiverem trabalho intermitente, que se aposentem por idade com baixo grau de contribuição.
Esquemas de capitalização previdenciária  podem ser válidos para quem ganha muito bem e pode dispor de recursos para investir numa renda de longo prazo. Mesmo assim, só compensa porque o Estado os subsidia com dilação fiscal: isenta hoje do Imposto de Renda para tributar (em geral a alíquotas menores) quando do resgate dos valores.
Vale lembrar que, hoje, no Brasil, apenas um terço dos benefícios previdenciários se destina a quem aposentou-se por tempo de contribuição.
Como o regime só se aplicará a quem estiver começando a trabalhar – ou a contribuir, no caso de quem nunca saiu da informalidade – todo o déficit previdenciário atual (e o futuro, de quem já está no mercado) ficará por conta do governo, tendo efeito zero no saneamento do rombo previdenciário.
Até porque não vai tocar no déficit provocado pelos altos vencimentos do serviço públicos, cobertos pela isonomia de remuneração que o empregado vindo da iniciativa privada não tem, como também não no dos militares que, per capita, tem um déficit 20 vezes maior que o atribuído ao pessoal do Regime Geral da Previdência.
Até Bolsonaro está resistindo – ou ao menos parecendo resistir – ao esquema proposto por Paulo Guedes, porque sabe que este projeto não resolve em nada os problemas da previdência.
Mas entrega ao sistema financeiro o “filé” das contribuições previdenciárias: o recolhimento de hoje que só vai virar benefício daqui a algumas décadas.
Se virar, claro, porque do contrário chama-se o bom e velho Estado para resolver.
Madalena França Via Tijolaço

domingo, 11 de novembro de 2018

Os generais e o ex-capitão


Fica-se sabendo, pela entrevista do general Eduardo Villas-Boas a Igor Gielow, na Folha, que o comandante do Exército admite ter pressionado – via Twitter, vejam só – o Supremo Tribunal Federal da não conceder um habeas corpus ao ex-presidente Lula:
Eu precisei ter o domínio da narrativa. Por isso, às vezes nós éramos mais enfáticos na expressão, sempre no limite para não invadir o espaço de outras instituições.
Eu reconheço que houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera da votação no Supremo da questão do Lula.
Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática. Me lembro, a gente soltou [o post no Twitter] 20h20, no fim do Jornal Nacional, o William Bonner leu a nossa nota.
Ao fim de carreira, o general admite, melancolicamente, que não tinha o comando de sua Força.
Teve medo de “pronunciamentos enfáticos” de militares da reserva e até de “civis identificados conosco”  que, aliás, foi falha imperdoável da reportagem não indagar quem seriam estes “generais de terno e gravata”.
Villas-Boas passa, na entrevista, a nítida impressão de que quer se eximir do desastre que será, para nossas Forças Armadas, serem mais que comandadas, identificadas com um ex-capitão oportunista, a quem não teve coragem ou competência para afastar dos oficiais generais que saíam (saíam?) do Alto Comando do Exército diretamente para o “baixo comando” bolsonarista, sem nenhum objetivo estratégico que não o de abocanhar parte do poder e impor um discurso conservador que, a esta altura, nem tem como se sustentar por meios próprios, tanto que tem de se servir de Sérgio Moro para dar operacionalidade à repressão política.
Chamei aos generais bolsonaristas de “baixo comando” porque, a esta altura, é impossível deixar de perceber que é Bolsonaro quem tem, afinal, prestígio com a tropa, pela sua inserção nela, inclusive no baixo oficialato a quem, durante anos, deixaram cacifar-se, o que seria evitável pelo conceito simples e direto que sobre ele lançou o ex-presidente general Ernesto Geisel: “é um mau militar”, por lhe faltarem, escandalosamente, as noções de hierarquia e disciplina essenciais às estruturas castrenses.
Nem é preciso falar, claro, na gratuita humilhação a que, com a confirmação de sua “ordem tuitada” – claramente expressa na entrevista – submeteu o Supremo Tribunal Federal.
No final das contas, a corte suprema cometeu o mesmo erro suicida ao deixar Sérgio Moro transformar-se  em personificação do Judiciário, tal como o Exército deixou Bolsonaro transformar-se em sua encarnação pública.
Daí a razão de Janio de Freitas, na Folha, preocupar-se com  “o risco de [o Exército]  ser identificado com possíveis insucessos de Bolsonaro e seu governo”, algo que hoje não é preciso mais que um pouco de bom-senso para se prever.
Dificilmente haverá no comando, ao menos do Exército, um núcleo capaz de preservá-lo deste desastre.
Ao contrário, parece que, pela fraqueza de seus comandos, como o de Villas-Boas, atenderá às ordens de “civis identificados” com ele, transformando-o em milícia de um projeto político, seja lá que desastre for.
Madalena França.

Orobó: Um encontro para celebrar a dignidade política e a vitória de ser cidadão pleno...

  No último domingo, 17 de Outubro, houve um encntro de amigos, que celebraram juntos o direito de ser livre, de ter dignidade cidadã, de di...