Numa sessão marcada por confusão, uma votação anulada e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado; candidato do presidente Jair Bolsonaro, Alcolumbre recebeu 42 votos; Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos
2 DE FEVEREIRO DE 2019 ÀS 19:01 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado, 2, presidente do Senado Federal, numa sessão marcada por tensão, confusão, votação anulada por denúncia de fraude e pela desistência da candidatura pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Alcolumbre recebeu 42 votos. Esperidião Amin (PP-SC) obteve 13 votos, Angelo Coronel, oito votos, Fernando Collor, três votos; Reguffe, seis votos e Renan Calheiros, cinco votos.
Os senadores Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM) não votaram.
Após uma confusão na apuração dos votos para a Presidência do Senado, os senadores decidiram repetir a eleição na tarde de hoje (2). Na hora da apuração dos votos, foram encontrados 80 envelopes com 80 cédulas e outras duas cédulas avulsas na urna, o que levantou suspeitas sobre fraude nas eleições. O total de senadores é de 81. Após a decisão sobre uma nova eleição, os papeis com os primeiros votos foram triturados.
No meio da segunda votação, o senador Renan Calheiros anunciou sua desistência da disputa, denunciando irregularidades na declaração de votos por senadores. "Este processo não é democrático", disse Renan, que após citar a decisão da bancada do PSDB de anunciar os votos, bem como do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que anunciou voto em Davi Alcolumbre (DEM-AP); "Eles querem ganhar de qualquer jeito. Mas eu não sou Jean Wyllys. Eu não vou renunciar ao meu mandato", disse
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Com 42 votos, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito hoje (2) em primeiro turno presidente do Senado. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura na tarde de hoje.
Renan Calheiros teve 5 votos. Espiridião Amin (PP-SC) ficou com 13 votos, Ângelo Coronel (PSD-BA) teve 8 votos, Reguffe recebeu (sem partido-DF) 6 votos e Fernando Collor (Pros-AL) ficou com 3 votos
Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal.
O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM.
Aos 41 anos, o senador estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar.
É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa.
Eleição
A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Ontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita em cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna. Após ser suspensa ontem, a sessão começou hoje por vota das 12h.
Em seu discurso ainda como candidato, Alcolumbre prometeu, se eleito, ampliar a transparência dos atos legislativos e de todos os fatos envolvendo o Senado. "O Senado deve se balizar pelos pilares da independência, transparência, austeridade e protagonismo. Os desafios do atual momento brasileiro são imensos. Por um lado, a complexa crise fiscal exige reformas urgentes a fim de corrigirmos as distorções. Por outro, é preciso reverter a profunda crise política que minou a confiança nos políticos", disse Alcolumbre, acrescentando que o povo clama por um novo modelo de fazer político. "Mais igualitário, mais democrático e com ampla participação cidadão".
Fonte:247
Por Madalena França