Claro que foi mera coincidência, não é?
Na véspera da eleição para a presidência do Senado “vazam” na Folha gravações feitas há mais de quatro anos – quando, ao que se saiba, ainda não havia investigação sobre a JBS – entre o senador Renan Calheiros e Ricardo Saud, diretor e lobista de Joesley Batista.
Insinuações e arranjos, dada a natureza dos interlocutores, claro que há, mas não a indicação concreta de algum negócio direto entre ambos.
Não se sabe porque, menciona-se uma “comemoração” da eleição de Dilma, quando todos sabem que foi Aécio Neves quem reecebeu dinheiro da JBS antes, durante e muito depois da eleição, em malas, não em falas. Tanto é que a própria reportgem da Folha admite que ela nomeou Kátia Abreu, que sofria “resistência de Joesley Batista” e que não prosperou a indicação de quem queriam para a chefia do Ministério da Agricultura.
Não se sabe se a gravação tinha autorização judicial e muito menos porque permaneceu “na gaveta” por mais de quatro anos.
O que se sabe é que isso sugere a existência de “dossiês” policiais a serem usados conforme as conveniências políticas.
Os arapongas formaram mesmo um partido político.
Até porque agora seu chefe supremo é o vazador-mor da República.
Madalena França
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