(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)
Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o
ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Nesta celebração busquemos o Senhor, que é bom e misericordioso para com todos e sempre
está perto dos que o invocam. Dispondo-nos a acolher o convite para trabalharmos em
favor do seu Reino, reunimo-nos para ouvir sua Palavra, receber seus dons e experimentar
o amor que tem por nós, a fim de glorificarmos seu Filho com nossa vida.
Primeira Leitura: Isaías 55,6-9
Leitura do livro do profeta Isaías – 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte
para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no
perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos
não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos
vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos quanto está o
céu acima da terra. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 144(145)
O Senhor está perto da pessoa que o invoca!
1. Todos os dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre. /
Grande é o Senhor e muito digno de louvores, / e ninguém pode medir sua grandeza. – R.
2. Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. / O Senhor é
muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.
3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto
da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.
Segunda Leitura: Filipenses 1,20-24.27
Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 20Cristo vai ser glorificado no meu
corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. 21Pois, para mim, o viver é Cristo e
o morrer é lucro. 22Entretanto, se o viver na carne significa que meu trabalho será frutuoso,
neste caso, não sei o que escolher. 23Sinto-me atraído para os dois lados: tenho o desejo de
partir, para estar com Cristo – o que para mim seria de longe o melhor -, 24mas para
vós é mais necessário que eu continue minha vida neste mundo. 27Só uma coisa importa:
vivei à altura do Evangelho de Cristo. – Palavra do Senhor.
Evangelho: Mateus 20,1-16
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde abrir o nosso coração, Senhor; / ó Senhor, abri o nosso coração, / e então do
vosso Filho a palavra / poderemos acolher com muito amor! (At 16,14) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus
contou esta parábola a seus discípulos: 1“O Reino dos céus é como a história do patrão
que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os
trabalhadores uma moeda de prata por dia e os mandou para a vinha. 3Às nove horas
da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça desocupados 4e lhes
disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram
. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde e fez a mesma coisa.
6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes
disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém
nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou
a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma
diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido
contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida
vieram os que foram contratados primeiro e pensavam que iam receber mais. Porém
cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento,
começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu
os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse
a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata?
14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o
mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que
me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16Assim, os últimos serão os
primeiros, e os primeiros serão os últimos”.- Palavra da salvação.
Reflexão:
A parábola compara o Reino dos Céus a um proprietário que vai em busca de
trabalhadores para sua vinha. Revela triste realidade do tempo em que o evangelho foi
redigido: o desemprego (“ninguém nos contratou”) e muita gente sem terra. O narrador
insiste bastante sobre a “justiça”. O que é justiça? É aquilo que é conforme a vontade de
Deus; é cada um ter o suficiente para suprir as necessidades básicas do ser humano
(“uma moeda de prata por dia”). O patrão, porque é bom, vê a necessidade do outro.
E se no Reino dos Céus existirem “primeiros e últimos”, os primeiros serão aqueles que
a sociedade considera como últimos (“os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão
os últimos”). As comunidades precisam começar sempre pelos últimos, assim como fez o
capataz na hora do pagamento. Alargando um pouco a parábola, podemos perceber que os
primeiros a receber a revelação foram os judeus, mas nem sempre estavam dispostos a
abrir a porta também aos que chegaram depois (os pagãos).
Oração
Ó Jesus, manifestação viva do amor gratuito do Pai, a salvação que nos ofereces não
depende dos nossos méritos, nem do tempo que dedicamos ao teu serviço. Não é
reservada a poucos privilegiados, mas está aberta a todos os que, a qualquer hora,
te buscam de coração sincero. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo