Era tão óbvio quanto o escurecer ao final do dia que estávamos caminhando
para uma convulsão social. Alguns, como este blogueiro, já previam isso há
alguns meses.
para uma convulsão social. Alguns, como este blogueiro, já previam isso há
alguns meses.
Num primeiro momento parecia que a crise econômica seria o combustível
desta explosão. Também foi, mas não só.
desta explosão. Também foi, mas não só.
Este imenso pipocar de tudo também tem relação com a derrocada do governo
Temer e com a criminalização da política que está inviabilizando qualquer pacificação.
Temer e com a criminalização da política que está inviabilizando qualquer pacificação.
Há quem ache isso bom. Tanto à direita quanto à esquerda.
Do ponto de vista à esquerda, alguns defendem que o atual sistema político
tem que ser jogado fora. E que uma grave crise pode abrir espaço para algo
novo.
tem que ser jogado fora. E que uma grave crise pode abrir espaço para algo
novo.
Do ponto de vista à direita, já há quem sonhe com um desfecho via
endurecimento e um golpe dentro do golpe. Onde setores do judiciário,
mídia, grandes empresários e forças de segurança se juntariam pra acabar
com o impasse. Criando uma democracia fake, onde não haveria sequer
eleições em 2018.
Evidente que essas duas posições não são majoritárias (pelo menos ainda)
no debate. A mais à esquerda é quase ingênua. Tem possibilidades
absurdamente remotas neste contexto.
Já à direita não. O ato institucional com outro nome assinado pelo ministro
da Defesa hoje abre uma fresta para o lado mais truculento.
É provável que ele não resolva o problema de Temer, que está desmoralizado.
Mas quem vier depois dele pode usá-lo para botar ordem na casa.
O braço de ferro sobre o futuro do Brasil está sendo jogado por inúmeras
forças neste momento. Não é jogo de amadores. Mas ao mesmo tempo
muitos amadores estão na disputa.
E quando isso acontece, qualquer coisa pode acontecer.
Mas o que parece mais provável, se o campo da política (com o PSDB e tudo
junto, pra plagiar o senador Romero Juca) não se somar por uma imediata
Diretas Já, é que pior vai acontecer.
E não me parece que devo dizer aqui o nome disso. O pior é o que já vivemos
antes.
Blog do Ravai