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sábado, 23 de dezembro de 2017

PSOL de Pernambuco decide lançar chapa "100% feminina" nas eleições de 2018

Do blog de Betinho Gomes.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL Pernambuco) decide lançar uma chapa majoritária composta só por mulheres "100% feminina" para concorrer nas eleições 2018. Na cabeça da chapa ao governo de Pernambuco, a historiadora Dani Portela, na disputa ao Senado, a jornalista Albanise Pires e a advogada Eugênia Lima. De acordo com a nota divulgada nesta quinta-feira (21), o partido ainda decidirá que vai assumir o lugar de vice na chapa feminista. Confira AQUI, a nota na íntegra no #BlogPautaPolítica.


PSOL apresentará chapa feminista nas eleições de 2018 - O PSOL lançará como candidata ao governo do Estado nas eleições 2018 a historiadora e advogada Dani Portela, mulher negra e feminista. Para disputa ao Senado o partido lançará Albanise Pires, ex presidente do partido e candidata mais bem votada do PSOL nas eleições 2016 para vereadora no Recife e Eugênia Lima, que foi a candidata mais bem votada do PSOL nas eleições 2016 para vereadora em Olinda. A vaga de vice está em aberto para ser ocupada por outra candidata mulher de outras legendas que o PSOL buscará entendimentos para as eleições 2018. A condição feminina e feminista é exigência para a ocupação da vaga.

A definição de uma chapa majoritária exclusivamente de mulheres se deu em função da compreensão da legenda de que o debate de gênero deve ganhar maior centralidade na sociedade e o momento eleitoral pode e deve ser palco dessa disputa pelo protagonismo feminino na política.

Com esta definição, o PSOL coloca com força a importância da participação das mulheres na política e na disputa do poder institucional. O PSOL, que já exige nos seus estatutos a paridade de gênero na ocupação das instâncias partidárias, dá um passo adiante em Pernambuco ao buscar superar também as cotas de gênero impostas pela legislação eleitoral.

A chapa feminista do PSOL apresentará um programa politico e uma plataforma eleitoral que debaterá todas as questões que afetam a vida das pernambucanas e pernambucanos, como a saída para a crise na segurança pública e na saúde; uma política de investimento na área de educação, a construção de uma saída para a questão ambiental, sobretudo na questão da desertificação do semiárido; a necessidade de um novo modelo de planejamento urbano, debatendo a mobilidade urbana e o transporte público, assim como criando uma política de desenvolvimento e geração de emprego e renda.

Esses temas também serão apresentados sob a ótica de gênero. A insegurança pública afeta a liberdade das mulheres. Em 2017 tivemos já mais de 5 mil homicídios em Pernambuco, mas também tivemos mais de 2 mil estupros. Uma via pública sem iluminação pode não ser um grande problema para um homem, mas é um grande risco para uma mulher. Na saúde, as demandas das mulheres são bastante distintas, como a falta de maternidades, a violência obstétrica. O tema das creches não pode escapar ao debate majoritário, assim como a situação das mulheres nas Escolas de Referência, que perdem as gratificações na licença maternidade. No transporte público, as mulheres não vivem apenas com o “desconforto”, os atrasos e os ônibus lotados, elas sofrem com o assédio sexual e a violação de sua dignidade e integridade física. No tema do desenvolvimento social e econômico, as mulheres não tem as mesmas oportunidades no mercado de trabalho e recebem menos.

A chapa feminista do PSOL se dirige a todas as pernambucanas e pernambucanos se apresentando como uma alternativa real ao governo de Paulo Câmara e ao bloco (Pernambuco quer mudar) representado majoritariamente por figuras masculina ligadas à oligarquia patriarcal pernambucana.

Dani Portela

Albanise Pires

Eugênia Lima

Recife, 21 de Dezembro de 2017

Fórum Social Mundial 2018 abre inscrições

Do Blog de Betinho Gomes.

As inscrições para o Fórum Social Mundial 2018 (FSM 2018) já estão abertas no site www.fsm2018.org. Os interessados podem se inscrever nas modalidades: Participante, Comitê e Grupo de Trabalho, Entidade, Atividades, Inscrições Solidárias e Casos Especiais. O prazo para as inscrições vai até o dia 28 de fevereiro de 2018, com exceção para as inscrições de participantes e de organizações que podem ser feitas online, até o dia 12 de março, e no local durante o evento. O FSM 2018 será realizado entre os dias 13 e 17 de março do ano que vem e terá como território principal o Campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas outros espaços de Salvador também abrigarão atividades do evento. Do Parque do Abaeté, em Itapuã, ao Parque São Bartolomeu, no subúrbio, vários locais se tornarão territórios de diálogo e convergência do Fórum.

Apenas coletivos ou organizações podem inscrever Atividades que farão parte da programação do Fórum, e que serão autogestionadas. Ou seja, as organizações devem ficar responsáveis por definir os nomes de palestrantes e suas presenças em Salvador, por meios próprios e seu formato das atividades. Já a organização do FSM 2018 garantirá o espaço para a realização da atividade proposta e divulgação da mesma na programação no site do Fórum.

Resultado de um longo processo de diálogo no Coletivo Brasileiro e consultas nacionais e internacionais, as Atividades poderão ser inscritas a partir de 19 eixos temáticos, que vão da “Comunicação e Mídia Livre”, passando por “Migrações” e “Vidas Negras Importam”.

Para a edição do FSM 2018, a novidade é unir aos eixos, lemas e bandeiras com o intuito de contribuir ao processo de mobilização e articulação das resistências entre si, que são abertos e podem ser propostos por redes, plataformas, organizações e movimentos sociais. Alguns lemas já sugeridos em consultas feitas no site do Fórum são: “A vida não é mercadoria”, “Nada sobre nós, sem nós”, “Cidadania sem Fronteiras”, entre outros.

Os eixos temáticos do FSM 2018 são:

Ancestralidade, Terra e Territorialidade;
Comunicação, Tecnologias e Mídias livres;
Culturas de Resistências;
Democracias;
Democratização da Economia;
Desenvolvimento, Justiça Social e Ambiental;
Direito à Cidade;
Direitos Humanos;
Educação e Ciência, para Emancipação e Soberania dos Povos;
Feminismos e Luta das Mulheres;
Futuro do FSM;
LGBTQI+ e Diversidade de Gênero;
Lutas Anticoloniais;
Migrações;
Mundo do Trabalho;
Um Mundo sem Racismo, Intolerância e Xenofobia;
Paz e Solidariedade;
Povos Indígenas;
Vida Negras Importam.

Fonte: Ascom/FSM

Prefeitura de Limoeiro perde "quebra de braço" contra os vereadores na Justiça



A 2ª Vara Cível da Comarca de Limoeiro negou o seguimento de um recurso apresentado pela Prefeitura Municipal de Limoeiro (PML) contra o presidente da Câmara de Vereadores, Juarez Cunha (DEM). A gestão municipal apresentou um mandado de segurança contra a decisão dos vereadores de vetar a permissão de o prefeito João Luís (PSB) utilizar, teoricamente, 20% do orçamento anual sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. Uma emenda supressiva apresentada pelo vereador Marcos Sérgio (PSD) dentro dos prazos estabelecidos e aprovada por 12 vereadores suprimiu o artigo da Lei Orçamentária Anual (LOA) que daria essa autorização ao gestor.

Conforme documentos que a nossa reportagem teve acesso, o veto parcial do prefeito e o reenvio da matéria para apreciação dos vereadores aconteceu fora do prazo de 15 dias úteis (contando um dia após o recebimento). Isso teria acontecido no décimo sexto dia. No documento anexo ao reenvio do projeto, o prefeito chegou a afirmar que “não economizará esforços no sentido de questionar tal iniciativa perante o Poder Judiciário, inclusive, buscando a responsabilização pessoal daqueles que ajudarem na tentativa de convalidação” do que o executivo credita como ato nulo. Mas na tarde desta sexta-feira (22), às 14h39, depois da análise do processo, o juiz decretou que a decisão dos vereadores seria constitucional e o processo não prosseguiu, permanecendo a decisão dos vereadores.

Embate – Ao recorrer de forma intempestiva, ou seja, fora do prazo, o projeto da LOA do município de Limoeiro precisa ter a sua promulgação e, com isso, passar a ter validade no próximo ano. Pela primeira vez na história a promulgação (oficialmente aceito) será dada pelo presidente da Câmara de Vereadores. Juarez tem até o dia 29 de dezembro, último dia útil do ano, para tal medida. Caso ele não faça, a prefeitura ficará sem orçamento para 2018, podendo até travar o pagamento dos servidores municipais.

Após a cadeia, Garotinho diz que não é igual a Cabral…


Depois de um mês na cadeia, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) afirma que não é igual ao ex-aliado Sérgio Cabral (PMDB), que continua preso.

Ele atribui a condenação por crime eleitoral uma vingança por ter acusado o sucessor de corrupção.

“As diferenças entre nós são absurdas. Nele você encontra sinais contundentes de riqueza: barras de ouro, joias, mansões, iates. Em mim, não”, diz.

Apesar de rejeitar a comparação, Garotinho repete argumentos usados pelo desafeto em depoimentos à Justiça: diz que foi alvo de delações falsas e reconhece que é amigo de empreiteiros, mas nega ter pedido doações ilegais.

Ele também diz ter se inspirado em Nelson Mandela (1918-2013) na cadeia. No início do mês, Cabral se deixou fotografar com uma biografia do líder sul-africano antes de um interrogatório.

O ex-governador recebeu a Folha de bermuda e chinelos em seu apartamento no Flamengo, zona sul do Rio. A sala estava decorada com balões vermelhos e a inscrição “Bem-vindo, Garotinho. Te amamos” em letras de cartolina.

Continua…

Sua mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, fazia artesanato na varanda. Ela foi presa com o marido e libertada depois de uma semana, com tornozeleira eletrônica.*

O senhor foi preso três vezes em um ano. Por que acreditar que tudo é uma perseguição?
Os fatos mostram isso. A primeira prisão ocorre logo após minha denúncia na Procuradoria-Geral da República. A segunda é no dia seguinte da audiência de conciliação com o desembargador Luiz Zveiter [ex-presidente do TJ-RJ], onde eu me recuso a me retratar das coisas que havia dito. A terceira logo após eu protocolar e ter um encontro pessoal com a presidente do CNJ para entregar documentos que o comprometeriam. Não tem como não ser isso.

Não é uma estratégia de vitimização? O senhor já foi condenado.
A Operação Chequinho faz parte do mesmo enredo de proteção.

Nesse caso a sua prisão foi mantida por unanimidade no TRE.
O tribunal aqui é todo vendido. Está todo aqui [na denúncia].

Por que um empresário de Campos [André Luiz Rodrigues, delator] faria parte dessa perseguição?
Ele é o cidadão que mais recebe da Prefeitura de Campos, comandada hoje por meu adversário. Ele foi perguntado se tinha alguma prova, disse que não se recordava de quanto tinha me dado. Isso não é delação.

Ele apresentou e-mail, notas fiscais, contratos supostamente fictício com a JBS.
O contrato não está assinado [por representante da JBS].

Mas há e-mails que comprovam a negociação.
Eu desconheço. Pressionaram ele, colocaram na frente de um delegado

Há também denúncia de um “braço armado” para intimidar empresários. O senhor conhece o policial civil aposentado preso?
Claro. Toninho é uma pessoa conhecida em Campos. Ele provavelmente contratou Toninho para sacar algum dinheiro alto dele. Normalmente empresário faz isso.

Por que ele faria uma delação premiada assumindo crimes para relatar ameaça?
Ele já estava respondendo por sonegação fiscal. É oferecido a ele a delação para que as investigações cessassem.

Há ainda o relato da atuação de um empresário na organização do caixa dois. O senhor conhece Ney Flores?
Ele é um empresário de Campos meu amigo assim como vários outros são meus amigos. Não tem nada.

Mas o senhor criticou muito Cabral pela amizade com o Fernando Cavendish. Qual é esse nível de amizade.
Qual o nível? A filha dele era quem respondia algumas coisas no meu Facebook. Nunca frequentei a casa dele, nunca saí para jantar com ele. Mas vou dizer que não conheço o cara, com a filha dele trabalhando comigo? Creio fielmente que as duas ações serão trancadas.

Há relato também de uma reunião em que o senhor teria pressionado empresários para doar R$ 5 milhões.
Nenhum dos participantes dessa reunião confirma isso, a não ser [o deputado] Geraldo Pudim, que é meu adversário hoje e ligado ao [deputado afastado Jorge] Picciani, e o delator. Vê se é crível se eu vou fazer um pedido de colaboração numa mesa com um monte de gente. “Gente, eu preciso de R$ 5 milhões”. Dá para acreditar? Houve essa reunião, mas o assunto não era esse.

O senhor está lembrando o Cabral questionando os relatos de propina. Ele diz [ao juiz Marcelo Bretas]: “O senhor me imagina pedindo propina para um empresário”?
Ele [Cabral] diz para um empresário. O que eu digo é que não crível colocar cinco empresários numa mesa para pedir R$ 5 milhões. E o delator é capaz de relatar palavras exatas três anos depois da reunião

Na Operação Chequinho, há acusação de aumento no número de beneficiados pelo Cheque Cidadão em Campos.
Ele foi reduzido com a crise do petróleo. Em março, conseguimos recursos. Assim retomamos as obras e os programas sociais. Então há uma reinclusão.

O senhor afirma ter sido agredido na prisão. Por que, na sua avaliação, esse caso não foi concluído?
O retrato falado estava 99% feito, só faltava botar o nariz. Aí dá pane no sistema, e nunca mais voltei lá. Cadê a perícia das câmeras?
O pavimento onde fiquei tem três galerias. A onde eu fiquei inicialmente. A galeria B, desativada, e a C, onde estão os presos da Lava Jato. No segundo dia de manhã, me avisam que eu vou para a galeria B. Fui para uma cela com apenas um colchão, na parte de um beliche. De madrugada, sou acordado por uma pessoa que me chamou: “Psiu, psiu”. Levantei e olhei. Ele disse: “Desce daí. Você gosta de falar muito, né?”. Ele deu uma paulada aqui [no joelho] muito forte. Depois apontou uma pistola dizendo: “Você não vai morrer hoje para não sujar para o lado do pessoal ali”, apontando para a galeria do pessoal da Lava Jato. “Mas vou deixar uma lembrancinha para você”. Ele vai e pisa no meu pé.

A delegacia e o governo dizem que o senhor se autolesionou.
A Seap [Secretaria de Administração Penitenciária] está caindo em contradição porque instaurou um inquérito a um mês e a primeira pessoas a ser ouvida fui eu, ontem, antes de sair. Ela diz isso com base em quê?

A sua prisão, da Rosinha, Cabral, Picciani, foi interpretada como um símbolo da falência do Estado, sobre como o crime contaminou a cúpula do Rio.
Minha leitura é diferente. É o que ocorre há dez anos no Estado nos últimos anos. Finalmente os denunciados conseguiram a vingança contra o denunciante.

Não é uma vitimização?
Os fatos falam por si mesmo. As diferenças são absurdas. Você encontra de maneira contundente sinais exteriores de riqueza em todas essas pessoas. Bois, fazendas, mineradoras do Picciani. Barras de ouro, joias, mansões, iates do Cabral. De mim não encontra nada disso.

Caixa dois é um crime menor?
Não, caixa dois é crime. Eles é que têm provar. Eu estou provando que não fiz. O ônus da prova cabe ao acusador. Diferente de muitos, sou a favor de delação premiada. Mas sou a favor como meio de obtenção de prova. Mas pegar a palavra de um cara sem nada, se torna instrumento de vingança.
Por que alguém deve acreditar que o Garotinho está falando a verdade? Há muito tempo eu disse que estava instalado no Estado o maior esquema de corrupção do país. É mentira ou verdade? Hoje está tudo provado. Mereço crédito ou desconfiança?

O senhor que viveu no Palácio Laranjeiras, como se sentiu no Complexo de Gericinó?
Quem melhor definiu o que é estar na prisão foi Nelson Mandela. Ele disse que, quando se está na prisão, deve pensar o seguinte: “Por que eu estou aqui”? (Folha de S.Paulo – Ítalo Nogueira e Bernardo Mello Franco)

Odebrecht e Andrade Gutierrez apresentam recibos do pagamento de propina a Aécio Neves




Odebrecht confirma que Aécio recebeu R$ 50 milhões por meio de offshore
Executivo diz que conta está vinculada ao empresário Alexandre Accioly

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, reforçam a suspeita de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia

Tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada. E teve impacto direto na delação de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez, que foi obrigada a esclarecer sua participação no episódio. De acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões).

A Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura, que havia sido citada por um de seus ex-executivos, Henrique Valladares, em depoimento à PGR. A identificação do titular da conta além disso não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio e integrante do grupo mais restrito de amigos do tucano. Aécio nega as acusações. Accioly enjeita com veemência a afirmação do delator, o único que sustentava, até aqui, seu envolvimento.

ANDRADE GUTIERREZ REFORÇA SUSPEITA

Nos últimos meses, no entanto, ex-integrantes da Andrade Gutierrez levaram à Lava-Jato informações que miram novamente em Accioly: em depoimento à PF, o ex-executivo e delator da empreiteira, Flávio Barra, confirmou o repasse de R$ 20 milhões a Aécio por meio de um contrato com a Aalu Participações e Investimentos, empresa controladora da rede de academias Bodytech que pertence ao empresário carioca, a uma sobrinha dele e a um ex-banqueiro.

Segundo o relato de Barra, a empresa, que leva as iniciais dos dois sócios, firmou um contrato de R$ 35 milhões com a Andrade para mascarar propina paga pela empreiteira ao tucano, em 2010. O valor seria uma contrapartida pela defesa, por parte de Aécio, então governador de Minas, da participação da Andrade no consórcio de construção da Usina. O delator não soube dizer por que a empresa transferiu R$ 15 milhões além do valor previamente acertado.
Comprovante, segundo a Odebrecht Extrato de transferência de dinheiro para empresa em paraíso fiscal Klienfield services: offshore da Odebrecht usada para pagar propina no exterior 67,350 USD: uma das parcelas pagas pela empresa Embersy: offshore que a Odebrecht afirma ter sido usada para operacionalizar um pagamento a Aécio Neves. Está sediada nas Ilhas Marshall UBS AG: banco de origem suíça que presta serviços financeiros em dezenas de países Singapure: filial do UBS, citada pelo ex-executivo da Odebrecht, Henrique Valladares. 
Ao Globo, Accioly confirmou o repasse, mas negou se tratar de propina, e sim investimento da Andrade Gutierrez na rede de academias. Segundo ele, a Andrade nunca recebeu dividendos e “permanece como acionista” da holding controladora da Bodytech, por meio de uma Sociedade em Conta de Participação (SCP) com a empresa Safira Participações, que pertence ao grupo mineiro.

A Andrade, por sua vez, negou a alegação de Accioly. Em nota, informou que “não é e nunca foi sócia na rede de academias” e que sua relação com o empresário se restringiu à aquisição, em 2010, de uma “opção de compra futura de ações” que jamais teria sido exercida e, por isso, perdeu a validade.

As duas empresas foram informadas sobre a apresentação de versões contraditórias entre si, mas mantiveram o posicionamento original. A relação entre Andrade e a holding que controla a Bodyech não é explicitada nas demonstrações contábeis das empresas, o que contraria recomendações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Na segunda semana de abril deste ano, mesma época em que foi tornada pública a íntegra da delação da Odebrecht, vinculando o nome de Accioly a pagamentos para Aécio, a Andrade fez uma alteração na Junta Comercial elevando o capital social da Safira de R$ 5 mil para R$ 35 milhões. É o mesmo valor repassado em 2010 para Accioly. A Andrade não quis informar se o dinheiro investido foi devolvido, nem comentar as razões da alteração contratual.

Em seu depoimento, Barra afirmou ter tido conhecimento da relação do contrato com um pagamento a Aécio alguns anos depois da assinatura e disse não ter sido responsável por operacionalizar o repasse. igualmente colaborador e ex-executivo da Andrade, Rogério Nora citou em depoimento o nome de Sérgio Andrade, um dos sócios da empreiteira, como o responsável por tratar deste assunto diretamente com Aécio.

Apesar de ter firmado acordo de leniência em 2016 e ter 11 ex-executivos entre colaboradores da Lava-Jato, a Andrade Gutierrez não havia apresentado às autoridades episódios de corrupção envolvendo o ex-governador de Minas. O tema passou a integrar uma nova rodada de conversas com a PGR e faz parte do recall do acordo, atualmente em negociação, e é considerado sensível pela empresa, por envolver um dos sócios do grupo.

OFFSHORE NAS ILHAS MARSHALL

A Lava-Jato igualmente obteve novas evidências envolvendo o pagamento de R$ 30 milhões da Odebrecht ao tucano, relacionados ao mesmo contrato da Usina de Santo Antônio. Em depoimento à PGR, o delator Henrique Valladares disse ter sido orientado por um emissário de Aécio, Dimas Toledo, a depositar parte dos valores em uma conta bancária de Cingapura. Valladares sustenta que o número da conta veio anotado em um bilhete, ao lado do nome de Accioly. Outras contas igualmente receberam parte dos pagamentos.

Com base em registros dos sistemas Drousys e MyWebDay, usados para as operações de pagamento de propina na Odebrecht, interlocutores da empreiteira informaram a procuradores e integrantes da PF que a conta de Cingapura é da offshore Embersy Services Limited, sediada nas Ilhas Marshall, país com pouco mais de 60 mil habitantes, localizado no Oceano Pacífico.

A empresa funciona desde agosto de 2001 e está ativa. Há cerca de quatro meses, a empreiteira realizou uma varredura em arquivos e entregou aos investigadores registros de seu sistema de aproximadamente US$ 300 mil repassados à Embersy.

Extratos de movimentações financeiras de offshores da Odebrecht obtidos pela Lava-Jato em 2015, por meio de cooperação jurídica com autoridades de Antígua e Barbuda, já traziam registros de transações para a Embersy, entre novembro de 2008 e janeiro de 2009, que totalizaram pouco mais de US$ 740 mil. No entanto, o MPF não sabia a razão das transações, o que só foi possível graças à colaboração da empresa.

Independentes dos EUA desde 1986, as Ilhas Mashall permite o anonimato de proprietários de empresas offshore. A Lava-Jato investiga se Embersy foi usada apenas para transação de valores entre contas ou se está, de fato, diretamente vinculada ao beneficiário final da propina.

Nos registros internos da empreiteira, a transferência de valores para a Embersy está vinculada ao código “mineirinho” forma como Aécio era identificado nos sistemas de propina.

Henrique Valladares relatou que o pagamento a Aécio foi acertado em reunião com a presença de Marcelo Odebrecht, em Belo Horizonte, no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro, no início de 2008. Em depoimento, Marcelo igualmente citou o pagamento ao tucano e disse ter estimulado Valladares, que cuidava da área de energia do grupo, a levar os pagamentos adiante.

De acordo com o ex-presidente do grupo Odebrecht, o objetivo dos pagamentos a Aécio era influenciar decisões da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) — estatal de energia mineira — e Furnas — estatal federal — a favor da empreiteira baiana.

Na época Aécio exercia seu segundo mandato como governador de Minas e integrava a oposição ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável por licitar Santo Antônio. Apesar disso, o tucano tinha influência no setor elétrico devido à sua relação com Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, umas das empresas sócias da usina, além de estar a frente do estado que comanda a Cemig, outra sócia do empreendimento.

A relação de intimidade entre Aécio e Dimas foi citada por outros delatores da Lava-Jato, como o ex-senador Delcídio Amaral e o lobista Fernando Moura. Henrique Valladares sustenta igualmente que era o ex-diretor de Furnas o responsável por levar ao seu escritório papéis com as contas em que a propina para Aécio deveria ser depositada. Publicado no Globo Leia também:José Serra e Aloysio Nunes, livres de investigação  não vão pagar pelos crimes de corrupção. Saiba por que aqui 

sábado, 23 de dezembro de 2017

Investigação do cartel de trens em SP completou 4 anos ainda sem condenações



São 14 ações na Justiça estadual e federal sobre o caso

Há quatro anos, contratos de modernização, obra e compra de trens em São Paulo entraram na mira do Ministério Público sob a suspeita de existência de cartel entre empresas multinacionais com conivência de agentes públicos. As investigações começaram após um acordo de leniência entre o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a empresa alemã Siemens em junho de 2013.

Atualmente são 14 as ações na Justiça sobre o caso, mas sem nenhuma condenação até agora. Segundo as investigações realizadas até o momento o esquema tinha como alvo contratos firmados por duas empresas do governo paulista: Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Metrô.

O cartel teria começado em 1999 e passado por todas as gestões do PSDB no estado. Siemens, Bombardier, Alstom, T’Trans, MPE e IESA são apontadas como participantes do cartel paulista. Em troca de contratos superfaturados para fornecimento de trens, manutenção de sistemas e obras, elas teriam pago propina a funcionários e dirigentes das estatais paulista.

A denúncia mais recente apresentada à Justiça, em fevereiro deste ano, estimou em, ao menos, R$ 26 milhões a lavagem de dinheiro de propina em um único contrato da linha 5 do Metrô. Nesta denúncia do Ministério Público Federal, a cúpula da CPTM foi acusada e, em maio, tornaram-se réus. Leia também:José Serra e Aloysio Nunes, livres de investigação  não vão pagar pelos crimes de corrupção. Saiba por que aqui 

Moro cita Batman e Poderoso Chefão em sentenças e vira piada entre juízes



Doutor em Direito do Estado, com passagem pela Harvard Law School, o juiz federal Sergio Moro costuma fazer citações, em sentenças ou palestras, a pensadores e juristas dos Estados Unidos. As menções do magistrado, no entanto, não se restringem às referências acadêmicas e adentram a cultura norte-americana.


Moro arrancou olhares de surpresa e até alguns risos da plateia ao citar uma frase do Homem-Aranha para dizer o que achava da própria responsabilidade quanto ao combate à corrupção durante palestra em 2015. “Quanto maior o poder, maior a responsabilidade”, afirmou.

Responsável pelos casos da Lava Jato relativos à Petrobras, o magistrado também costuma explicar o esquema de propinas na estatal por meio de um clássico norte-americano. O filme “O Poderoso Chefão”, de 1972, que trata da máfia italiana, já foi citado em algumas palestras do magistrado e em uma de suas sentenças.Moro revela a maioria de suas inspirações ou dá exemplos da Lava Jato durante seminários pelo Brasil e até no exterior. Segundo levantamento até abril deste ano, ele percorreu 13 cidades de nove Estados brasileiros e outras seis no exterior para realizar 46 palestras desde que a operação foi deflagrada, em março de 2014. Em média, Moro realizou mais de uma palestra por mês desde a eclosão da Lava Jato.
fonte plantão Brasil




sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Juiz nega pedido de prisão domiciliar para Paulo Maluf


Segundo o magistrado, a Papuda, onde o parlamentar ficará preso, tem estrutura de saúde para atendê-lo

Juiz nega pedido de prisão domiciliar para Paulo Maluf
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 46 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
POLÍTICA VAI FICAR NA PAPUDA
Ojuiz substituto da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, Bruno Aielo Macacari, negou provisoriamente na noite desta sexta-feira (22) um pedido de prisão domiciliar para o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

O juiz justificou a sua decisão com o fato do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Presídio da Papuda, onde Maluf ficará preso, ter estrutura de saúde.No pedido feito na última terça-feira (19), os advogados do parlamentar apontaram “prejuízo à integridade física e moral”, por conta da idade e de problemas de saúde enfrentados pelo acusado – câncer de próstata, hérnia de disco e problemas cardíacos.

Temer está solto por ser impopular ou é impopular por estar solto?


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Michel Temer é tão cínico e vaidoso que acaba virando a piada de suas próprias piadas.
Hoje fez um “café da manhã” com jornalistas e produziu esta pérola que se reproduz acima.
“A popularidade é uma jaula”.
Segundo ele, “quando você procura o populismo, você se enjaula, porque você fica com medo de praticar certos atos indispensáveis para o Brasil”.
Atos indispensáveis, como cortar os gastos em saúde, em educação, tirar direitos dos trabalhadores, criar o “emprego pisca-pisca”, vender poços de petróleo e, de quebra, dizer a Joesley Batista: “olha, tem de manter isso, viu?”
Mas a veia cômica de Temer estava desobstruída.
“Minha popularidade cresceu 100%”, disse, referindo-se ao resultado da pesquisa que lhe deu míseros 6% de aprovação, contra os 3% do levantamento anterior. Muito engraçado.
Fez “gracinha” perguntando a Henrique Meirelles se ele seria candidato e disse que ele será um grande eleitor porque  seu “capital político será útil para o nome de centro que escolher apoiar”.
Realmente será uma briga para ver quem escreve debaixo dos cartazes: “eu sou o candidato de Michel Temer”!
Este sujeito é tão “sem-noção” que começo mesmo a acreditar que ele vá ter a veleidade de candidatar-se, depois de “cozinhar” Meirelles e Geraldo Alckmin.
Quem sabe para tentar escapar à “popularidade” que hoje enjaula seus comparsas Eduardo Cunha, Henrique Alves e Geddel Vieira Lima.

Atenção Professores da Rede Municipal de Orobó! Quem trabalhou na Educação Fundamental de 98 a 2006, e no Fundeb de 2007 a 2020 tem muito dinheiro a receber!

  Precatórios do FUNDEF e FUNDEB é a dívida pública, devida pela União (Governo Federal) , transitado em julgado com decisão favorável ao mu...