Pesquisar neste blogue comdeuseaverdadedeorobo

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Marília Arraes é um fenômeno", declaração foi do ex-prefeito de São Paulo em conversa com pré-candidata do Partido Liana Cirne, que pretende disputar vaga na Câmara Federal

"Marília Arraes é um fenômeno!" declaração foi do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em conversa com a pré-candidata do PT à Câmara dos Deputados, a professora Liana Carne, da Faculdade de Direito do Recife

Em visita de cortesia ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, onde foi recebida na sede do Instituto Lula, apara uma conversa de quase duas horas sobre a conjuntura política-eleiroral de Pernambuco, bem como sobre estratégias para a defesa do ex-presidente Lula, a pré-candidata à Câmara dos Deputados, pelo PT, Liana Cirne, ouviu de Haddad declarações que contradizem o que tem sido divulgado pela mídia local no tocante à importância de uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores, encabeçada pela vereadora do Recife, Marília Arraes, a quem Fernando Haddad chegou de qualificar como verdadeiro fenômeno.

Em entrevista ao Blog da Noelia Brito, a advogada e professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, Liana Cirne ainda revelou que segundo palavras do próprio Haddad, uma candidatura própria do PT, em Pernambuco, principalmente diante do impressionante desempenho de Marília Arraes nas pesquisas eleitorais,  apontando para a possibilidade de uma vitória do pleito para o governo de Pernambuco seria importante para o PT.

Liana Cirne que além da defesa das pautas feministas, como professora de Direito Processual Civil de uma das mais destacadas Faculdades de Direito do País, a Faculdade de Direito do Recife, mais conhecida como "Casa de Tobias Barreto, tem se destacado como uma das mais ativas e veementes vozes, dentro do PT e no meio acadêmico, na defesa da inocência de Lula, sendo incansável ao apontar todas as ilegalidades do processo que condenou o ex-presidente e o levou à prisão, antes mesmo do trânsito em julgado de sua condenação, pelo juiz Sergio Moto.

Liana, que retornou muito animada da longa e esclarecedora conversa com Haddad, inclusive figura entre uma das autoras do livro sobre o processo movido contra Lula, juntamente com outros juristas de renome nacional.

Ainda segundo Haddad, as visitas de cortesia trocadas entre ele e Paulo Câmara não devem ser interpretadas para além do que realmente são: meras visitas de cortesia inerentes ao próprio universo da política partidária e que em hipótese nenhuma sinalizam para a concretização de uma aliança entre o PT e o PSB, como tem sido aventado por alguns setores da mídia local.

Ao Blog, Liana ainda contou que ao saber da ojeriza que a militância vinha manifestando à hipótese de uma possível aliança entre o PT e o PSB, Haddad se mostrou bastante impressionado, revelando que desconhecia os ataques que o PSB desferira contra o PT e seus militantes durante os últimos anos, quando muros de todo o Estado foram pichados com acusações levianas de que o PT havia matado Eduardo Campos, agravadas com os ataque ferozes do atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio, à figura da presidenta Dilma Rousseff, quando o prefeito, que figura como uma das principais lideranças do PSB a nível nacional, inclusive compondo sua Direção Executiva, bradava a plenos pulmões que deveriam "tirar essa mulher dali" referindo-se à presidente Dilma, na eleição em que o PSB de Pernambuco, em peso, deixou de apoiar o PT para apoiar a candidatura de Aécio Neves, do PSDB.

O próprio Haddad fez questão de destacar as diferenças regionais com relação a eventuais alianças, chegando a comparar a situação da Paraíba com Pernambuco, já que naquele estado o atual governador, Ricardo Coutinho, apesar de também ser do PSB, sempre apoiou a reeleição e a ex-presidente Dilma Rousseff, ao passo que o PSB de Pernambuco e demais parlamentares desse Partido teriam dado os votos decisivos para a concretização do golpe parlamentar que retirou Dilma para implantar o governo mais corrupto e mais deletério para a classe trabalhadora, da história do Brasil.

As colocações de Fernando Haddad durante a conversa com a professora Liana Cirne demonstram que a impressa local está ou muito mal informada ou tem procurado ouvir as pessoas erradas sobre o que realmente pensam as principais lideranças nacionais do Partido dos Trabalhadores sobre a candidatura própria do PT em Pernambuco, encabeçada por Marília Arraes.
Madalena França Via Noelia  Brito

Morre cantor brega José Ribeiro, aos 84 anos, em Pindoretama - Ceará



postado por Madalena França via blog do Manuel Mariano
O cantor brega José Ribeiro morreu, aos 84 anos, no fim da manhã desta quarta-feira (9), no município de Pindoretama, no Ceará. O falecimento se deu por volta das 11h40 da manhã, segundo informação confirmada pelo hospital municipal da cidade, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Vivendo em Pratiús, distrito de Pindoretama, José Ribeiro teve um ataque cardíaco fulminante no mercantil do qual era dono na localidade, após passar mal e reclamar de falta de ar.  A esposa do cantor ligou para o hospital da região, solicitando uma ambulância. A equipe médica do hospital de Pindoretama fez os procedimentos de reanimação, mas não houve êxito.

José Ribeiro passou a morar em Pindoretama há 2 anos, de acordo com Luziane Ramos, que é sobrinha da esposa dele. "Desde muitos anos ele convivia com a minha tia, mas era a distância. Quando ele estava por perto, mantinha contato com ela. Mas faz 2 anos que ele decidiu se mudar para a cidade e morar com minha tia", afirma Luziane.

O músico continuava fazendo shows e viajando normalmente, de acordo com Luziane. No fim de março, por exemplo, se apresentou nos festejos de Pratiús.

Velório

O corpo do cantor será velado no Ginásio de Pratiús, na quinta-feira (10), a partir das 7h. O sepultamento está marcado para as 16h30, no município de Pindoretama.

José Cipriano, nome de batismo de José Ribeiro, é natural de Barbacena, interior de Minas Gerais. Ficou conhecido nacionalmente por diversas músicas, mas a de maior sucesso foi "A Beleza da Rosa".

O Brasil era mais feliz com Dilma e não sabia, diz pesquisa


  | 

O instituto Paraná Pesquisas assegura que, após o impeachment de Dilma Rousseff, a vida melhorou somente para 8,3% dos brasileiros. Traduzindo a sondagem: o Brasil era mais feliz com Dilma e não sabia.
A vida piorou ou permaneceu igual para a imensa maioria, 90,5%.
A Paraná Pesquisas entrevistou 2.002 eleitores brasileiros entre os dias 27 de abril e 2 de maio, cuja margem de erro é de 2% para mais ou para menos. A sondagem está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BR- 02853/2018.
Por Madalena França via Blog do Esmael.

AÉCIO PERDEU O FORO E GANHOU UM FÓRUM PRIVILEGIADO EM MINAS









Como bem disse Boulos no Roda Viva: “Quem é seletivo na aplicação das leis não somos nós, é o Estado brasileiro.”

Aécio perdeu o foro e ganhou de presente um Fórum privilegiado em Minas. Isso mesmo!
Alexandre Moraes tira do STF caso de Aécio, remetendo-o para a justiça de BH.
A denúncia de Aécio foi pro quintal de sua casa em Minas. Então, como diziam Moro e Dallagnol, o problema era o foro privilegiado?
Não! Nunca foi. Esse é só mais um embuste da Lava Jato.
Certamente quem vai investigar e julgar Aécio são os mesmos, PF, MP e judiciário que não descobriram o dono da meia tonelada de pó do helicóptero

Fonte :`A postagem de Carlos Henrique Machado

Madalena França

Bolsonaro recepcionado com protesto de professores no Paraná


  | 

Audima
Partindo da premissa de que quem apanha nunca esquece, professores prometem “recepcionar” os deputados Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Fernando Francischini (PSL-PR), nesta quinta (10), em Paranavaí, Noroeste do Paraná.
No dia 29 de abril de 2015, professores paranaenses foram recebidos com balas de borracha e bombas durante protesto contra o confisco da previdência dos servidores públicos. Na época, Francischini era o secretário de Segurança no então governo Beto Richa (PSDB). 213 foram feridos no Centro Cívico.
Os profissionais do magistério prometem amanhã uma “inesquecível recepção” para a dupla de parlamentares.
Bolsonaro e Francischini participam às 16h30 de um ato político no Sindoscom (Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí).
Madalena França Via Blog do Esmael.

Quanto tempo a inflação resiste ao dólar a 3,61?


dolarmai208
No momento em que escrevo, o dólar é negociado a R$ 3,61.
Uma variação de 15% sobre sua cotação de 12 meses atrás: em 9 de maio de 2017, a cotação estava em R$ 3,18.
Hoje ou amanhã, a Petrobras anunciará novo reajuste dos combustíveis, pressionados pela alta do petróleo, que segue subindo depois do “rompimento moderado” de Donald Trump do acordo atômico com o Irã, porque desacompanhado (ainda) de sanções econômicas.
Há um limite para que a baixa demanda por produtos “segure” a inflação em níveis relativamente baixos.
A fala do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, insinuando que os juros ainda podem cair, não recebeu crédito nem mesmo entre os “adoradores do BC”.
O motivo é simples: a alta da moeda americana vai, necessariamente, refletir-se na taxa de inflação e, portanto, no juro real.
Porque sem uma política de compensações, um aumento no dólar não será absorvido sem repasses pelo mercado.
No final do ano passado, entre as 57 empresas que detinham metade da dívida das dívidas de pessoas jurídicas, 40% dos compromissos eram em dólar, contra 28% em 2014.
Não há mágica em economia.
O que há é uma tranquilidade aparente, dados os compromissos da imprensa com o modelo de estagnação e arrocho fiscal que se implantou aqui como se implantou na Argentina, que acaba de se esborrachar contra a parede.
Os argumentos de que a situação é diferente da de nossos vizinhos – em razão das fortes reservas cambiais acumuladas nos governos petistas – são apenas parcialmente verdadeiros. Um movimento mais forte de venda de dólares pelo Banco Central representaria, como de alguma forma já representa, mais especulação contra a moeda brasileira.
Com a crise externa que não dá qualquer pinta de caminhar para acalmar-se e as incertezas eleitorais que só aumentam, vai se criando um caldo fortemente inflamável.

Madalena França.

Historiador suíço mostra por que Lula é um preso político


Professor na Universidade de Zurique, o historiador Antoine Acker diz que o Brasil entrou numa era “não democrática” e explica por que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político. “Como explicar que o ex-presidente Lula esteja confinado em uma solitária, privado de suas visitas e proibido de expressar-se publicamente? Este tratamento de exceção, habitualmente reservado aos criminosos perigosos dá margem a muitas dúvidas”, diz ele. Acker lembra ainda que a condenação, “sem base material”, foi tomada apenas com base em “convicções” e visa exclui-lo do processo eleitoral de 2018
Por Antoine Acker, professor assistente na Universidade de Zurique – Como explicar que o ex-presidente Lula esteja confinado em uma solitária, privado de suas visitas e proibido de expressar-se publicamente? Este tratamento de exceção, habitualmente reservado aos criminosos perigosos dá margem a muitas dúvidas. Ele é o resultado de uma condenação de 12 anos de prisão do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) por ter supostamente recebido um apartamento triplex em troca de favores atribuídos à empresa OAS. Esta sentença sem base material, como o admitiu o próprio Ministério Público, se apoia unicamente sobre as convicções dos seus investigadores. Durante o processo de acusação o juiz não conseguiu provar o usufruto do triplex por Lula e nem ao menos identificar um ato de favoritismo cometido durante seu mandato presidencial.
A prisão de Lula faz pairar muitas dúvidas sobre a parcialidade da justiça em relação aos suspeitos das outras tendências políticas no escândalo da Petrobras, um gigantesco caso de corrupção no qual, a questão do “triplex da OAS” não é mais do que um mínimo enredo. As posições nem sempre isentas da mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) suscitaram a cautela de muitos juristas. De um lado, o STF mostrou-se inflexível frente a Lula, particularmente quando autorizou sua prisão antes do esgotamento de todos os recursos judiciários. Do outro, ele recusou, malgrado os reiterados pedidos do procurador geral, a emissão de um mandado de prisão contra Aécio Neves, líder da direita brasileira, pego em flagrante delito de extorsão de fundos públicos em 2017.


Equilíbrio democrático ameaçado
No contexto da “Lava Jato”, a vasta operação judiciária que acompanha o escândalo Petrobras, alguns membros do Supremo Tribunal Federal tomaram inesperadas liberdades com o princípio de neutralidade. O mais controverso dentre eles, Gilmar Mendes, esteve, em dois meses, quarenta e três vezes ao telefone com Aécio Neves, já na época sob investigação. Sua presidente, Carmen Lúcia, recebeu em seu domicílio o atual Chefe de Estado Michel Temer que é objeto de uma investigação da Corte por fatos graves de corrupção. Estes comportamentos ambíguos, ameaçam o equilíbrio democrático. Ao organizar a prisão de Lula, a justiça elimina o favorito da eleição presidencial de outubro de 2018, enquanto que seu concorrente de centro direita, Geraldo Alckmin, investigado por desvio de fundos públicos acabou de ser salvo das garras da “Lava Jato”. Para a surpresa de todos, a candidatura de Alckmim poderá ser mantida graças à transferência do seu dossiê ao Tribunal Superior Eleitoral, um órgão cujos trâmites são notórios pela sua lentidão.
A agenda política que parece guiar alguns magistrados pode ser compreendida como uma solução de continuidade ao impeachment de Dilma Roussef (PT), afastada da Presidência da República em 2016, em proveito de seu vice-presidente Michel Temer, graças a uma manobra do Congresso. Não só Roussef é uma das raras personalidades a não ter à sua carga nenhum processo judicial, como também, quando estava à frente do executivo, havia reforçado consideravelmente a força da Lava Jato, dando-lhe poderes mais amplos para a investigação do delito de corrupção e estendendo a competência dos juízes em matéria de negociação de pena. Uma conversa telefônica de Romero Jucá, chefe do partido conservador agora no poder (PMDB), gravada sem seu conhecimento pouco antes da sua destituição de Dilma Roussef, é profundamente perturbadora. Ele fala em organizar um “grande acordo nacional” para substituir Roussef por Temer (também do PMDB) com o concurso do “Supremo” (o STF) e os “generais” do Exército como garantia. Assim, não raros são aqueles que interpretam o impeachment de 2016 como uma forma sofisticada de golpe de estado, visando a pôr uma clique de políticos corrompidos fora do alcance da justiça. De fato, dois terços dos ministros nomeados então por Temer estavam sob investigação da “Lava Jato” ou eram réus de outros processos.
Ameaças de intervenção armada
O novo presidente não hesitou a apropriar-se dos fundos públicos para comprar o voto dos deputados a fim de obter um arquivamento dos processos penais que o acusavam. Sua chegada ao poder levou a hemorragia de processos da “Lava Jato”, em um contexto de degradação do Estado de Direito e de chantagens relativas a um eventual golpe militar. O general Villas Boas, chefe do Estado-Maior, quase que declaradamente, ameaçou o país de uma intervenção do exército em caso de decisão favorável a Lula por parte do STF. O sistema de governo que se organizou desde 2016, repousa sobre relações de pressão entre as instituições políticas, judiciárias e militares e de cumplicidade entre alguns dos indivíduos chave que as compõem. Se sua culpabilidade não for provada antes da realização das próximas eleições, Lula entrará para a história como o primeiro prisioneiro político desta “não democracia”.
(este artigo foi originalmente publicado no jornal Le Temps e traduzido para o Brasil 247 por Sylvie Giraud) Veja o artigo original em Francês
Madalena França Via Falando Verdades.

Gugu pode Ser Condenado pela morte de duas irmãs...

Gugu pode ser condenado pela morte de duas irmãs, após 11 anos

Um laudo dos peritos mostrou que um apartamento do apresentador pode ter relação com a morte das meninas

Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 21 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA JUSTIÇA
Oprocesso movido por Conceição Gonçalves Ferreira contra Gugu Liberato pode 
chegar ao fim, após 11 anos. A mulher acusa o apresentador de ser o culpado pela morte por
 asfixia das duas filhas, Keilua Ferreira Baisotti, de 6 anos, e Kawai Ferreira Baisotti, 
de 12. As meninas inalaram gás durante banho num apartamento que ficava logo abaixo da cobertura de Liberato, que estava em reforma, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. As informações são do
 Extra.
Um laudo dos peritos mostrou que a alteração de uma chaminé coletiva pode ter 
causado a morte das meninas. A audiência acontecerá no próximo dia 29. "Espero pelo
 fechamento de um ciclo. Há 11 anos, aguardo por Justiça. O caso das minhas filhas não
 pode ser encarado como mais uma estatística. Existem responsáveis pela morte deles, e 
eles têm responder por isso", desabafa a mãe.
Conceição, que é corretora e mora em Milão, na Itália, está disposta a provar que a morte
 das filhas não foi por acaso. "O prazo para a ação criminal expirou, mas a cível continuou
. Paguei mais de R$ 20 mil para a perícia emitir um laudo que comprova a culpa dos réus.
 Nenhum dinheiro pagaria a vida das minhas meninas. Na época, a advogada de Gugu 
me ofereceu um acordo em torno de 200 e poucos mil reais. Nem sei de quanto é essa
 causa. Minhas filhas deveriam estar vivas. Mas parece que só mexendo no bolso das
 pessoas para elas entenderem o que é a dor de uma mãe", finalizou.
Madalena França via Notícia ao Minuto.

O parecer do jurista que garante o registro da candidatura de Lula

Parecer do jurista Luiz Fernando Casagrande Pereira, especialista em Direito Eleitoral, garante o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 15 de agosto. De acordo com o TSE e a legislação eleitoral, o petista pode e deve participar das sabatinas eleitorais promovidas pelos órgãos de imprensa. Abaixo, confira a íntegra do documento.
A prisão de Lula não aprisiona a candidatura
Por Luiz Fernando Casagrande Pereira*
O ex-presidente Lula teve a condenação confirmada em segunda instância. Ainda há recursos que podem ser julgados no STJ e no STF. E não se pode dizer, antecipadamente, que os recursos não serão providos. Há muitos criminalistas (sem nenhuma ligação com o PT ou com Lula) que sustentam a fragilidade da decisão.
Aqui é importante dizer que sem decisão definitiva nestes recursos a prisão de Lula não aprisiona a candidatura. São temas que não se comunicam.
A Lei autoriza que o PT requeira o registro da candidatura de Lula, em meados de agosto deste ano. Em relação ao ex-presidente existe hoje uma inelegibilidade provisória – que pode ser revogada a qualquer tempo, mesmo depois da eleição. Nenhum especialista na matéria questiona esta conclusão.
A verdade é que não há nenhuma margem legal para um indeferimento antecipadodo registro da candidatura de Lula. Nunca houve na história das eleições um indeferimento antecipado. A discussão sobre a inelegibilidade só poderá acontecer lá no ambiente do processo de registro. E desde a Lei 13.165/2015 (que já não pode mais ser alterada para a eleição de 2018 – art. 16 da Constituição Federal), o processo de registro só se inicia em 15 de agosto de 2018. Para insistir: aconteça o que acontecer, o tema do registro eleitoral não pode ser antecipado.
O PT poderá fazer o pedido de registro de Lula em 15 de agosto de 2018 (a campanha só dura 45 dias). Com o pedido de registro, Lula está autorizado a fazer campanha. No final do mês de agosto começa o horário eleitoral gratuito. Se o processo de registro (e a impugnação do registro) de Lula for o mais célere possível (apenas cumprindo os prazos mínimos), não termina no TSE antes da metade de setembro de 2018. E ainda caberia recurso ao Supremo. É assim porque enquanto o registro estiver em discussão (sub judice), Lula (como qualquer candidato) “poderá efetuar todo os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito e ter o nome mantido na urna eletrônica” (art. 16-A da Lei Eleitoral). E o registro de Lula estará sub judice até o dia da eleição, a considerar os casos anteriores.
Ainda que o TSE seja célere, Lula poderá disputar (e ganhar) a eleição mesmo com o registro indeferido. O próprio TSE informou que apenas nas últimas eleições 145 prefeitos ganharam a eleição com o registro indeferido. O exemplo de Lula estaria longe de ser inédito.
Há vários casos de prefeitos eleitos enquanto estavam presos. E, inclusive, com autorização para participar de atos de campanha, como a gravação do horário eleitoral gratuito.
Por que, afinal, a Lei Eleitoral autoriza que alguém concorra com o registro indeferido (e mesmo preso)? Por uma razão singela: tanto a prisão como a inelegibilidade são meramente provisórias e podem ser revertidas mesmo depois da eleição (desde que antes da diplomação).
A possibilidade de reverter a inelegibilidade está expressa no art. 26-C da própria Lei do Ficha Limpa. Por este dispositivo, Lula tem até a diplomação (depois da eleição, portanto) para suspender a inelegibilidade. Como está na atual jurisprudência sempre que houver plausibilidade no recurso interposto, a inelegibilidade deve ser suspensa. Recentemente, Lula interpôs recursos ao STJ e STF contra a decisão do TRF da 4ª Região. Como já mencionado, há professores de direito penal sem nenhuma ligação política que entendem que os recursos veiculam teses juridicamente plausíveis. E a simples plausibilidade dos recursos é tudo que Lula precisa para, a qualquer tempo, suspender a inelegibilidade. Basta a plausibilidade, diz a jurisprudência.
Se a inelegibilidade não for suspensa até a eleição, Lula será eleito com o registro indeferido (como 145 prefeitos ganharam em 2016). A discussão ficaria para depois da eleição. Neste caso, Lula eleito presidente, o Poder Judiciário teria que decidir depois da eleição se o registro (a própria eleição, portanto) é válido ou não.
Por tudo isso, é certo que a legislação brasileira assegura a candidatura de Lula. Nas últimas décadas, muitos foram os casos idênticos ao de Lula (disputa de eleição com inelegibilidade provisória). A Justiça Eleitoral sempre garantiu candidaturas sub judice, diante da possibilidade de posterior reversão da inelegibilidade. O sistema atual não é bom, mas os casuísmos são piores.
*Luiz Fernando Casagrande Pereira, especialista em Direito Eleitoral, jurista e professor.
Madalena França via Blog do Esmael

Sancionada lei contra abuso sexual de crianças e jovens atletas

  O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais co...