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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Miriam Leitão diz que Bolsonaro usa o Dinheiro da nação contra a Democracia e é perigoso o país deixa-lo no cargo

 247 – A jornalista Miriam Leitão, que fez campanha pelo golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e pela prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os dois fenômenos que permitiram a ascensão do fascismo no Brasil, hoje diz que Jair Bolsonaro está gastando o

 dinheiro de todos os brasileiros para destruir a democracia no País, em sua coluna no Globo.


"O caso de Bolsonaro não é apenas de mau governo. É um perigo para o país deixá-lo no cargo. Lá ele está usando recursos públicos, o aparato presidencial, a máquina do Estado contra a democracia. Para uma pessoa que sempre sonhou com a ditadura, ele está no lugar certo. Por isso, a única defesa possível é o impeachment, que já defendi neste espaço várias vezes", escreve Miriam Leitão.

"Impeachment porque ele é um inimigo da democracia, impeachment porque ele cometeu inúmeros crimes de responsabilidade, impeachment porque, como disse o ex-ministro Celso de Mello, Bolsonaro é um político que não está à altura do cargo que exerce, não tem estatura presidencial e senso de estadista", prossegue.

"Bolsonaro atirou em seu próprio pé. As perdas em valor de mercado na bolsa chegaram a R$ 195 bilhões em um único dia, segundo a Economática. Somente a Petrobras perdeu quase R$ 20 bi. A instabilidade sempre bate nos preços e todos os economistas com os quais falei disseram que já há contaminação de 2022, com redução do crescimento e alta da previsão de inflação. Os problemas econômicos pioram por causa do presidente Bolsonaro, mas ele continua com o seu projeto: um golpe contra a democracia. Ele é o sujeito dessa ação",

Postado por Madalena França

"Conhecereis a mentira e a mentira vos aprisionará", diz Barroso, em recado claro a Bolsonaro

Do 247 Postado por Madalena França

Luís Roberto Barroso

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, mandou um recado a Jair Bolsonaro, ao alertar que o Judiciário não compactuará com mentiras sobre as instituições. De acordo com o magistrado, uma das estratégias "do autoritarismo é criar ambiente de mentiras".

"Quando esse debate é contaminado por discursos de ódio, campanhas de desinformação e teorias conspiratórias infundadas, a democracia é aviltada. O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser: 'conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará'", disse ele em sessão virtual do TSE. 

O magistrado criticou o que chamou de "retórica vazia, política de palanque". De acordo com o ministro, "insulto não é argumento, ofensa não é coragem, incivilidade é uma derrota do espírito". "A falta de compostura nos envergonha perante o mundo", continuou. "Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo".

Segundo Barroso, "uma das manifestações do autoritarismo é a tentativa de desacreditar o processo eleitoral e as instituições eleitorais para, em caso de derrota, pode alegar fraude e deslegitimar o vencedor". "Começa a ficar cansativo no Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades para que não sejamos dominados pela pós-verdade. É muito triste o ponto a que chegamos". 

O presidente do TSE também destacou que "o extremismo tem se valido de campanhas de ódio, de desinformação, que visam enfraquecer os fundamentos da democracia". "Quando o fracasso bate à porta, porque é o destino do populismo, é preciso encontrar culpados. O populismo vive de arrumar inimigo para justificar o seu fiasco", acrescentou.

Orobó no seu aniversário de 93 anos ganha valiosos presentes: Estamos evoluindo, ganhamos todos quando mais se faz

                                            Um pouco da História de Orobó para o Mundo.


Orobó é uma terra linda, cheia de mil encantos, de gente inteligente e culturalmente evoluída. Temos como padroeira Nossa Senhora da Conceição, de quem 80% da população é devoto. Respeitamos a diversidade religiosa e convivemos bem com todas as religiões, fisicamente temos um clima agradável , paisagens lindas, alcançamos o exterior com a Cultura da renda frivolité, a culinária é diversa e para ninguém botar defeito, o comércio é diversificado e empreendedor. Aqui bem procurando, tudo se acha. Como destaque está o Setor da Educação e da Cultura: Orobó tem mestres e doutores em Educação, escritores, poetas, especialistas em várias áreas, escolas bonitas e conservadas professores comprometidos com o Educar para vida profissional e cidadã. É uma pequena cidade, grande em conhecimento, conquistas e vitórias.
Nos 93 anos de Orobó temos muito a comemorar. Porém temos nossos males a ser tratados com olhar de mais amor.
Por ser uma cidade tipicamente rural e em tempos muito difíceis , saindo da Ditadura Militar do Brasil, Orobó sempre foi governado por partidos de Direita e ficou esquecida no meio do nada. Mesmo sendo os Aguiar gente generosa com uma história bonita no servir, seus partidos eram sempre da linha conservadora. Sozinhos eles tinham amor, mas não o poder de conquistar o que Orobó realmente precisava. Era necessário  muito mais para crescer. E essa guinada foi dada  quando sentou na cadeira do Poder um agricultor, sindicalista e nascido no meio do Povão. Não há como negar que o desenvolvimento real, de um novo tempo , começou ali, com Mané do Povo. Manoel João teve a sorte de chegar ao poder e encontrar Miguel Arraes no governo do estado. A luz elétrica chegou a zona rural, candeeiros foram apagados, casas de taipa e palha derrubadas e dignidade do povão recuperada com direito a lazer e até ver o primeiro Trio elétrico brilhar na avenida. Posteriormente com Lula no Poder Orobó ganha o maior prefeito visionário na administração. Com Zé Francisco Orobó ganha outras dimensões. Cresce, evolui do ponto de vista cultural, financeiro, o comércio ganha força a Educação Brilha, e nos tornamos o Orobó produtivo e conhecido na Região. Orobó cresceu junto com o Brasil que Crescia com Lula no Comando. Era uma estrela lá e outra cá a brilhar. Depois tivemos o ultimo governo de Manoel João que por razões a mim desconhecida, não foi bom. Talvez tenha sido confiança demais numa equipe que não rendeu. Porém Orobó Já tinha criado asas e não parou de voar.
Chega então ao poder um jovem ambicioso e inegavelmente trabalhador. Ficou conhecido na Região como prefeito das Obras. E não há como negar que nesse sentido, com Chaparral Orobó voou ao patamar mais alto. Porém por outro lado,  sentimentos  tristes e destrutivos se arraigaram: A vingança, o ódio, a perseguição ofuscaram o brilho desenvolvimentista dos Governos Chaparral. A Polarização em Orobó dividiu a população entre bajuladores fanáticos, claro que há exceções, e Opositores ferrenhos. Isso foi muito ruim para a Democracia Plena numa sociedade que para evoluir em todos os sentidos precisa de paz.
Há de um lado os que cegam diante de direitos negados, perseguições, chegando ao ponto de se derrubar casa de opositores e do outro lado, aqueles que não enxergam a parte boa do desenvolvimento. A sociedade parece ter se dividido entre os amigos e inimigos do Poder. Isso é muito ruim. Para se conviver bem em qualquer município, há de se respeitar o Direito do outro, a vontade do outro, a propriedade do outro e principalmente, o voto do outro, sem que para isso ,as pessoas tenham que se odiar, se engalfinhar, se intrigar, se matar.
Orobó no seu aniversário de 93 anos ganha valiosos presentes: Estamos evoluindo, ganhamos todos quando mais se faz
A prefeitura começou desde o dia primeiro reinaugurar quadras Poliesportivas, o projeto do Clube Municipal está lindo, se for concluído Ótimo! antes tarde que nunca,! Parabéns ao Prefeito Biu Abreu e todos os envolvidos. Se é bom para o Povo é bom para Todos!
Chaparral quer ser deputado? Que lute, todo cidadão merece lutar pelo seus sonhos. Um deputado de Orobó seria ruim para região? Claro que não. Boa sorte para ele! Não é cultivando ódio que eu ou qualquer pessoa será feliz.
Porém há de se entender, que há uma grande parcela da população que  se afina com o grupo político da Oposição  Liderado por Thomás e Dui do Bujão que tem outros compromissos com a sociedade. Ontem chegou a Orobó o inicio de um sonho para a cidade e o distrito de Matinadas. É um investimento de aproximadamente 4 milhões e meio para melhorar a vida do povo com água potável em suas torneiras. Parabéns ao grupo que conseguiu. O sol nasceu para todos. Que Deus abençoe essa vitória.
Uma palavra se quer nos blogs da cidade sobre o assunto, foi dada. É uma Obra Maravilhosa, que vai beneficiar 11 mil famílias, os canos já chegaram ao local, a obra tem previsão para  estar concluída em seis meses. Vitória para o povo. Quanto mais gente ajudando melhor. Não aplaudir é não querer o bem do povo!

O Orobó que eu Sonho - Começa pelo respeito as diferenças. Eu como Blogueira, quero circular por todos os espaços, aplaudir tudo o que for bom, criticar construtivamente o que tiver errado, sem ser vista como inimiga. Eu tenho minhas posições políticas mas, inimigos não é recordação que se guarde num baú para remoer decepções. Isso não leva ninguém a nada. Eu sonho com um Orobó que todos se respeitem. Atualmente estou muito contente de estar chegando em todas as instituições e estar sendo tratada com dignidade. Eu agradeço ao Prefeito Biu Abreu . Gentileza gera gentileza. Ele não foi meu candidato. No primeiro de Janeiro, o desejei sorte e um bom governo. Isso se chama democracia com decência.

Parabéns minha amada Orobó! Sua história também é minha! Eu quero te ver feliz e próspera, uma terra onde todos tenham vez , voz e sejam felizes. Afinal, quando tudo está bem , todos ganham juntos.
Que seus 93 anos que chegam no próximo sábado nasça colorido de muito amor num NOVO TEMPO!



Por Madalena França.

O silêncio dos bons é muito mais perigoso do que o grito dos más.

 


Bom dia! Excelente quinta-feira
Por Madalena França

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Caminhoneiros protestam na BR-101 em Igarassu, contra o preço do combustível

 

De uma forma contraditória, os caminhoneiros protestam em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra o preço do combustível, que teve maior aumento durante o governo Bolsonaro

Protesto de caminhoneiros em Igarassu - Foto: Reprodução

Caminhoneiros realizam paralisação nesta quarta-feira (8) em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 
De uma forma contraditória, os caminhoneiros protestam em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o preço do combustível, que teve maior aumento durante o governo de Bolsonaro 
O trânsito está parcialmente fechado nos dois sentidos da BR 101, mas há uma faixa liberada em cada sentido, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal  (PRF).

O protesto se realiza no km 43,5 da BR, na altura do bairro de Ana de Albuquerque, na região central da cidade. 
Postado Por Madalena França via Casinhas Agreste



Orobó e Matinadas iniciam obras para abastecimento d’água

 

Do Blog do Luiz Correia

Postado por Madalena França

 


Os munícipes de Orobó e do distrito de Matinadas, no Agreste, acompanharam nesta manhã o pontapé inicial para a implantação do sistema de abastecimento de água da região. Presente ao evento para a assinatura das ordens de serviços, o deputado  Clodoaldo Magalhães agradeceu ao Governo Estadual, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado e a Compesa por tornar este momento tão esperado possível. 

“As obras vão beneficiar diretamente 11 mil habitantes destas duas localidades e receber investimentos de mais de 4 milhões. Os serviços eram esperados há anos e agora a população poderá contar com um sistema que irá trazer dignidade e melhor qualidade de vida a todos. Agora, esses moradores não precisarão mais defender de carros pipas. Eles terão água tratada diretamente nas suas torneiras”, comemorou Clodoaldo. 




De acordo com o deputado Clodoaldo Magalhães, em Orobó, a obra consistirá na ampliação de 7 quilômetros de novas tubulações, que vão contornar a zona urbana de Bom Jardim para abastecer a cidade de Orobó. “Além deste serviço, também está prevista a ampliação da capacidade da estação elevatória para o município”.

Matinadas terá a implantação do sistema completo de abastecimento de água, com previsão de seis meses para a execução. O distrito vai receber 7 quilômetros de tubulação, além da construção de um reservatório elevado e da implantação de 920 ligações domiciliares, permitindo o atendimento de 100% da população. Os moradores serão abastecidos com água tratada, a partir do Sistema Integrado Natuba, o qual já abastece a vizinha Paraíba. 



Estiveram presentes, Mário Heitor, representando a Secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos e Compesa; o secretário Rodrigo Novaes, o líder político de Orobó Thomás Brito, seu grupo político e outras lideranças da região, além da sociedade civil. 

Câmara dos deputados aprova benefício para órfãos da Covid-19

 


Folha de Pernambuco
As comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública da Assembleia Legislativa aprovaram nesta quarta-feira (8) um benefício de meio salário mínimo para crianças e adolescentes que ficaram órfãos por conta da Covid-19.
Batizado de “Benefício Continuado Pernambuco Protege”, a quantia será concedida aos menores de famílias com renda de até três salários mínimos. 
Os órfãos serão contemplados sob as mesmas regras adotadas no pagamento da pensão alimentícia: até completarem 18 anos ou 24 se ingressarem em curso superior. O benefício está previsto no Projeto de Lei (PL) nº 2591/2021 do Poder Executivo.
De acordo com o texto do PL, o benefício valerá para crianças e adolescentes dos quais ambos os pais, biológicos ou por adoção, tenham falecido nesse período de pandemia, sendo que ao menos um deles em razão da Covid-19. Serão assistidos os menores residentes no Estado há pelo menos um ano e que não tenham sido beneficiados por pensão por morte do sistema previdenciário ou assistencial.Repúdio
A CCJ da Assembleia Legislativa avalia emitir posicionamento oficial de repúdio às manifestações contrárias ao Supremo Tribunal Federal, realizadas neste feriado de Sete de setembro, em todo o Brasil, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
A medida foi sugerida pelo líder do governo na Alepe, deputado Isaltino Nascimento (PSB), que recebeu apoio dos demais integrantes da comissão, e será avaliada pelo presidente do colegiado, deputado Waldemar Borges (PSB). 
“Não há republiqueta no mundo aonde o presidente da República diz, em público, que não obedecerá ordens judiciais. É a barbárie total que pretende ser instalada no País e esse tipo de comportamento é repudiado com força pelo povo brasileiro”, frisou Borges.
Postado por Madalena França

Após batalha contra o câncer, morre aos 52 anos o produtor Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos

 

Ele descobriu a doença no ano passado; ele deixa a esposa com quem foi casado por 17 anos e uma filha de 4 aninhos

Redação Contigo! Publicado em 08/09/2021, às 16h13


Morre aos 52 anos o produtor Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos - Reprodução/Instagram
Morre aos 52 anos o produtor Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos - Reprodução/Instagram

Morreu nesta quarta-feira (8) o produtor musical Dudu Braga, filho de Roberto Carlos. Ele tinha 52 anos e estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein.

A morte foi confirmada por pessoas próximas ao produtor que estavam no hospital.

O velório será restrito aos familiares mais próximos.

Dudu Braga ficou muito debilitado após a descoberta de um câncer no peritônio.

Ele foi diagnosticado com a doença em setembro de 2020. Na época, ele mostrou otimismo. Em julho, um tratamento proposto pela junta médica não teve efeito.

"Estou bem, ou melhor, estou indo. Continuo fazendo as sessões de quimioterapia, só que mudamos o tratamento para um outro quimioterápico. [...] O tumor está estável, não houve uma regressão nem uma progressão. [...] Os médicos decidiram trocar o medicamento", explicou em uma entrevista

Em abril, após alguns dias internado, Dudu Braga teve alta do hospital e conversou com os fãs. Esta foi uma de suas últimas aparições nas redes sociais.

Dudu Braga deixa a esposa Valeska Braga  e a filha, Laura, de 4 aninhos.

HISTÓRIA DO BRASIL ATUAL: O GOLPE COMEÇOU

 


Por Vladimir Safatle.

Uma insurreição nunca precisou da maioria da população para impor sua vontade. Ela precisa de uma minoria substantiva, aguerrida, unificada e intimidadora, pois potencialmente armada.


Quem conhece a história do fascismo italiano sabe a quantidade inumerável de vezes que Mussolini, em sua ascensão ao poder, foi dado como politicamente morto, isolado, acuado, fragilizado. No entanto, apesar das finas análises de comentaristas da vida política italiana, apesar das sutis leituras que pareciam ser capazes de pegar as mais inusitadas nuances, Mussolini, o bronco Mussolini chegou onde queria chegar. Isso ao menos deveria servir para lembrarmos da existência de três erros que levam qualquer um a perder uma guerra, a saber, subestimar a dedicação de seu oponente, subestimar sua força e, por fim, sua capacidade de pensar estrategicamente.

O mínimo que se pode dizer é que a oposição brasileira é exímia em praticar os três erros contra Bolsonaro e seus adeptos. Ela parece animada pela capacidade de tomar seus desejos por realidade, de justificar sua paralisia como se fosse a mais madura de todas as astúcias. Agora, a isso ela acrescentou uma patologia que, nos antigos manuais de psiquiatria, chamava-se “escotomização”, ou seja, a capacidade de simplesmente não ver um fenômeno que ocorre na sua frente. Mesmo tendo 600.000 mortes nas costas por negligencia de seu governo em relação à pandemia, Bolsonaro conseguiu um 7 de setembro para chamar de seu, com mais de 100.000 pessoas na Paulista e quantidade semelhante na Esplanada dos Ministérios.

Ele se colocou como o líder inconteste de uma singular sublevação do governo contra o estado, afirmando que não reconhece mais a autoridade do STF. Ou seja, ele assumiu para o mundo que está em rota de colisão com o que restou da institucionalidade da vida política brasileira. Seus apoiadores saíram desse dia com sua identificação reforçada e compreendendo-se como protagonistas de uma insurreição popular que de fato está a ocorrer, mesmo que com sinais trocados. Uma insurreição que mostra a força do fascismo brasileiro.

De nada adianta falar que essa manifestação “flopou”, que estavam presentes apenas 6% do esperado. Uma insurreição nunca precisou da maioria da população para impor sua vontade. Ela precisa de uma minoria substantiva, aguerrida, unificada e intimidadora, pois potencialmente armada. Bolsonaro tem as quatro condições, além do apoio inconteste das Polícias Militares e das Forças Armadas, que por nada nesse mundo, mas absolutamente nada irá deixar um governo que lhe promete salários de até 126.000 reais.

Aqueles que se comprazem acreditando que o verdadeiro apoio de Bolsonaro é 12% são os que normalmente fazem de tudo para que nós não façamos nada. Mas para quem quiser de fato encarar o que está a ocorrer no Brasil, não há nada mais a dizer do que “o golpe começou”. A manifestação do 7 de setembro marcou uma clara ruptura no interior do governo Bolsonaro. De fato, acerta quem diz que o governo acabou. Mas isso significa apenas que Bolsonaro pode agora abandonar a máscara de governo e assumir a céu aberto o que esse “governo” sempre foi, desde seu primeiro dia, a saber, um movimento, uma dinâmica de ruptura que se serve da estrutura do governo para ampliar-se e ganhar força.

Assim, ele pode fortalecer seu núcleo duro, transformar eleitores em fieis seguidores sem precisar ter entregue nada que um governo normalmente entregaria, sequer a proteção contra a morte violenta produzida por uma pandemia descontrolada. Nunca um presidente falou ao povo, em seu momento de maior tensão, que partilhava abertamente o desejo de romper e ignorar uma institucionalidade que é simplesmente a representação dos clássicos interesses oligárquicos das elites brasileiras.

Infelizmente, que o “povo” em questão era a massa dos que sonham com intervenções militares, que amam torturadores, que abraçam a bandeira nacional para esconder sua história infame de racismos e genocídios, isso era algo que poucos poderiam imaginar. Por outro lado, por mais que certos setores do empresariado nacional simulem desconforto com sua presença, o que realmente conta é que Bolsonaro entrega a eles tudo o que promete, sabe preservar seus ganhos como ninguém, luta por aprofundar a espoliação da classe trabalhadora sem temer o que quer que seja.

Não por outra razão, seu 7 de setembro foi precedido por manifestos de empresários defendendo a “liberdade”: nova senha para o “direito” de intimidação e de ameaça. Enquanto isso, a oposição brasileira acha que ainda estamos no terreno dos embates políticos. Ela prepara-se para eleições, finge sonhar com frentes amplas esquecendo que, desde o fim da ditadura, sempre fomos governados por frentes amplas e vejam onde chegamos. Todos os governos eram alianças “da esquerda à direita”. Não foi por falta de frente ampla que estamos nessa situação. O cálculo simplesmente não é este. A esquerda precisa entender de uma vez por todas a natureza do embate, ouvir aqueles mais dispostos ao confronto, esses que não tiveram medo de ir para a rua hoje, e assumir uma lógica de polarização. Isso implica que ela precisa mobilizar a partir da sua própria noção de ruptura, em alto e bom som. Uma ruptura contra outra. Não há mais nada a salvar ou a preservar nesse país. Ele acabou. Um país cuja data de sua independência é comemorada dessa forma simplesmente acabou. Se for para lutar, que não seja para salvá-lo, mas para criar outro.

brasil.elpais.com/


Convocados pelo presidente Jair Bolsonaro, dezenas de milhares de manifestantes bolsonaristas foram às ruas em diversas cidades do país. O presidente discursou em duas delas, em São Paulo e Brasília. Nas falas, elevou o tom das críticas ao Supremo Tribunal Federal.A expectativa era grande, e de todos os lados. Mas afinal, qual foi o saldo deste dia? Neste vídeo, nossa repórter Camilla Veras Mota fala sobre o que aconteceu e quais podem ser os impactos políticos dos protestos pró-Bolsonaro no feriado de 7 de Setembro. Confira no vídeo. #BBCNewsBrasil #7deSetembro #Protestos

Professor Edgar Bom Jardim - PE

O dia seguinte de Jair Bolsonaro às manifestações de 7 de setembro

 Presidente Jair Bolsonaro lidera na Avenida Paulista, em São Paulo, manifestação contra o STF e o Congresso. Foto: Isac Nóbrega/PR


Se a situação de Jair Bolsonaro estava ruim, agora piorou com a ressaca da manifestação golpista de 7 de setembro.

O mundo político não fala outra coisa: ou impeachment ou cassação.

Ao vice Hamilton Mourão (PRTB) interessa a abertura de processo de impeachment na Câmara, com isso ele assumiria a cadeira de presidente da República.

Para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o melhor dos mundos seria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassasse a chapa Bolsonaro-Moro. Nesse cenário, o parlamentar do Centrão herdaria o Palácio do Planalto, haja vista ele ser o segundo na linha sucessória com a falta do titular do cargo.

No entanto, partidos do Centrão decidiram consultar bancadas sobre impeachment de Bolsonaro. A decisão dos líderes foi motivada pelo teor do discurso do presidente nos atos pró governo em São Paulo.

“Aviso aos canalhas: não serei preso”, disse Bolsonaro na Avenida Paulista, referindo-se aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente ainda afirmou que “ou esse ministro se enquadra, ou pede para sair”.

“Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês. Determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Digo a vocês que qualquer decisão do ministro Alexandre de Moraes esse presidente não mais cumprirá”, disse Jair Bolsonaro, diante de um público de 125 mil pessoas, segundo estimativa da Secretaria de Segurança Pública paulista (SSP) e da Polícia Militar.

A marcha golpista de Bolsonaro em Brasília e São Paulo, no Dia da Independência, repercutiu negativamente no Brasil e no mundo. New York Times, The Guardian, El País, Página 12, Clarín, Le Monde, Financial Times, Nikkei, Caixin, Wall Street Journal, Gazetta Wyborcza, Ekstra Bladet, Aftonbladet, BildPlus, Times of London, dentre outros, mostraram as ameaças de autogolpe do presidente brasileiro.

Por mais que as imagens tenham impressionado, o presidente da República continua sem votos suficientes para chegar no segundo turno.

“Depois do fiasco, Bolsonaro recorre a bravatas golpistas contra as instituições. Perdeu e seguirá sendo enquadrado pela democracia implantada com muitas dores, perdas e sangue. O fascismo não triunfará”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que investiga corrupção e propina na compra de vacinas pelo governo federal.

O relator da comissão de investigação disse que Bolsonaro enfraquece “hemorragicamente” diante de 584 mil mortes de Covid, inflação, desemprego, retrocessos. Um golpista se lixando para o povo. Fracasso retumbante das convocações pagas exacerbou o radicalismo.”

“Bolsonaro só lidera a parcela que o segue cegamente como zumbi. Comemora o desemprego, a volta da fome e a fila do osso, o aumento da comida, da conta de luz, da gasolina, boicota a vacina, espalha o vírus, ri dos enlutados e prega a anarquia militar. Felizmente, são minoria”, fulminou o senador.

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT, principal agremiação de oposição, disse que o Brasil precisa da união de todos os verdadeiros democratas nesse momento. “Nós, do campo democrático, não podemos ter medo. Nós devemos ser firmes e defender a democracia e os direitos do povo.”

O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT Ciro Gomes afirmou que Bolsonaro queimou os navios. “Ele está dizendo com clareza que seu destino é a cadeia, a morte ou é a vitória. Isso é argumento para alguém pedir votos? Não é argumento! Bolsonaro, tem uma quarta opção: pede pra sair! Nós vamos avançar com o Impeachment!”, apontou.

“Eu vou participar de todo e qualquer movimento, qualquer que seja a convocatória, que tenha por premissa a defesa da democracia, das liberdades, do Estado de Direito, do ambiente de paz e de reconciliação do Brasil para colocar um fim nessa escalada de ódio e de golpe”, completou Ciro, indicando que poderá fumar o cachimbo da paz com o ex-presidente Lula.

O ex-senador e pré-candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião (sem partido), disse que o Brasil viu no 7 de setembro não uma afronta à democracia, mas um espetáculo ridículo e desmoralizante de políticos sem nenhuma inteligência, patriotismo, ou compostura. “Que vergonha!”, exclamou. Segundo ele, os pronunciamentos de Bolsonaro foram medíocres, inexpressivos, tolamente agressivos. Ele sugeriu a renúncia para evitar o impeachment.

O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), revelou que está dialogando com partidos de diferentes campos políticos para fazer avançar o impeachment. “Os ataques e ameaças de Bolsonaro contra a democracia passaram de todos os limites, e temos o DEVER de afastá-lo do cargo”, disse.

Íntegra do pronunciamento de Arthur Lira, presidente da Câmara, sobre as manifestações de 7 de setembro [vídeo e texto]

 Íntegra do pronunciamento de Arthur Lira, presidente da Câmara, sobre as manifestações de 7 de setembro [vídeo e texto]


O Blog do Esmael disponibiliza texto e vídeo do pronunciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acerca dos atos de 7 de Setembro. Ele minimizou chamando de “bravata” em rede social o movimento de Jair Bolsonaro, que ameaça o STF e de não reconhecer resultado das eleições 2022.

Lira não mencionou impeachment de Bolsonaro, ou seja, ele jogou a batata quente para o Tribunal Superior Eleitoral (STF). A corte tem processos de cassação da chapa em andamento. Nesse cenário, o presidente da Câmara assumiria o Palácio do Planalto.

Leia a íntegra:

“Diante dos acontecimentos de ontem, quando abrimos as comemorações de 200 anos como nação livre e independente, não vejo como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos.

Esperei até agora para me pronunciar porque não queria ser contaminado pelo calor de um ambiente já por demais aquecido. Não me esqueço um minuto que presido o Poder mais transparente e democrático.

Nossa Casa tem compromisso com o Brasil real – que vem sofrendo com a pandemia, com o desemprego e a falta de oportunidades. Na Câmara dos Deputados, aprovamos o auxílio emergencial e votamos leis que facilitaram o acesso à vacinação. Avançamos na legislação que permite a criação de mais emprego e mais renda. A Casa do Povo seguiu adiante com as pautas do Brasil – especialmente as reformas. Nunca faltamos para com os brasileiros. A Câmara não parou diante de crises que só fazem o Brasil perder tempo, perder vidas e perder oportunidades de progredir, de ser mais justo e de construir uma nação melhor para todos.

Os Poderes têm delimitações – o tal quadrado, que deve circunscrever seu raio de atuação. Isso define respeito e harmonia. Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas – como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão – e a nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com sua soberania e independência entender que cruzaram a linha.

Conversarei com todos e com todos os poderes. É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo.

Bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade. O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia estimula incitações e excessos.

Em tempo, quero aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular e liberdade e respeito à opinião do outro.

Foi isso que inspirou Niemeyer e Lúcio Costa, quando imaginaram a Praça dos Três Poderes: colocaram o Executivo, o Judiciário e o Legislativo no meio. Equidistantes – mas vizinhos e próximos suficientes para que hoje a gente possa se apresentar como uma ponte de pacificação entre Judiciário e Executivo. E é este papel que queremos desempenhar agora. A Câmara dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos. Para que todos possamos nos voltar ao Brasil Real que sofre com o preço do gás, por exemplo.

A Câmara dos Deputados apresenta-se hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história tem ainda mais o que perder. Nosso país foi construído com união e solidariedade e não há receita para superar a grave crise socioeconômica sem estes elementos.

Esta Casa tem prerrogativas que seguem vivas e quer seguir votando e aprovando o que é de interesse público. E estende a mão aos demais Poderes para que se voltem para o trabalho, encerrando desentendimentos.

Por fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022. Com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania.

Que até lá tenhamos todos, serenidade e respeito às leis, à ordem e, principalmente, à terra que todos nós amamos.

Muito obrigado!”

Pronunciamento de Lira [vídeo]

Leia tambémPronunciamento de Arthur Lira sobre as “bravatas” de Jair Bolsonaro; acompanhe ao vivo

URGENTE: Partidos convocam reunião de emergência sobre o impeachment

 Ciro Gomes e Gleisi Hoffmann concordam com a emergência do impeachment do presidente Jair Bolsonaro


Sob o impacto das manifestações contra o STF, no 7 de Setembro, legendas convocaram reunião suprapartidária para o início da noite desta quarta-feira (08/09). O objetivo é azeitar a campanha pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT, disse que o encontro será entre partidos de origem na redemocratização.

Mais cedo, o Blog do Esmael anotou que Ciro Gomes (PDT) se dispôs a se reunir com o ex-presidente Lula e o PT para avançar o impeachment na Câmara e nas ruas do País.

“Eu vou participar de todo e qualquer movimento, qualquer que seja a convocatória, que tenha por premissa a defesa da democracia, das liberdades, do Estado de Direito, do ambiente de paz e de reconciliação do Brasil para colocar um fim nessa escalada de ódio e de golpe”, disse o pedetista.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), enumerou os motivos para o impeachment: bloqueio de estradas; invasão do Ministério da Saúde por bolsonaristas; crise nos mercados. “São sinais de que Bolsonaro perdeu qualquer condição de se manter no governo. E não adianta ficar pensando em ‘emendas’ nessa hora, pois daqui a pouco nem isso vai andar.”

A seguir a convocação de Gleisi Hoffmann para a reunião de emergência, hoje à noite:

1. As ameaças golpistas do 7 de Setembro deixaram Bolsonaro ainda mais isolado politicamente na sociedade. Os partidos de oposição se reúnem no fim do dia de hoje para debater os próximos passos da campanha do impeachment

2. Convidamos outros partidos, especialmente os que têm origem na luta pela redemocratização, para se juntar a nós nesta jornada pela Democracia e pelo Brasil. Não se trata de aderir a atos já marcados, mas de construirmos juntos o caminho.

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