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domingo, 24 de abril de 2016

Com manobras, cassação de Cunha deve voltar ao início


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O processo de cassação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara chegou ao seu prazo limite na última sexta (22) sem ter atingido nem a metade da fase de instrução e sob ameaça de voltar à estaca zero; protocolada em 13 de outubro e efetivamente instaurada em 3 de novembro, a investigação deveria ter um desfecho em até 90 dias úteis; além disso, nesta última semana de abril deve começar a funcionar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal da Casa, que irá analisar recursos do presidente da Câmara e de aliados que pedem a anulação de todo o trabalho feito até agora pelo Conselho de Ética

sábado, 23 de abril de 2016

Orobó: Prefeito cobra extraordinária taxa de Iluminação pública e deixa as rua nas trevas.

Hoje pelo facebook uma grande revolta da população, evidencia o absurdo que está ocorrendo no nosso município. O prefeito Cléber José de Aguiar, fez um projeto de lei e aumentou a taxa de iluminação pública de forma abusiva. Uma dona de casa de baixa renda está pagando vinte, outras trinta, quarenta reais da mencionada taxa, enquanto comerciantes estão pagando de quatrocentos ou até mais, somente da iluminação pública.Algumas pessoas estão pagando mais pelas luzes das ruas do que pelo consumo de sua casa. Pude ver a conta do Senhor Eilton (mosquito) do Mercadinho Nossa Senhora Aparecida de Serra de Capoeira. O mesmo está indignado. Somamos Juntos e somente de iluminação pública, somando o mercado e sua residência, pagou quatrocentos e vinte e cinco reais este mês. Um absurdo total. Em frente a casa dele, tinha um poste às escuras. Ele então resolveu  arcar do seu próprio bolso com mais uma despesa. Mandou colocar a lâmpada.Já que está pagando, que seja às claras!
Hoje leitores assíduos deste blog,me pediram para noticiar um fato. Aqui quem manda é o leitor! Havendo provas, no caso fotos, ou vídeos, este veículo de comunicação noticia e faz o apelo: Senhor prefeito: já que Vossa Excelência está cobrando tão caro pela iluminação, peça para repor as lâmpadas das ruas das contribuintes abaixo listadas . Elas mesmas colocaram suas reclamações a público e é preciso cumprir com os direitos do consumidor. Ninguém pode pagar por um serviço que não foi executado. Se o cliente não recebeu o serviço não deve pagar por ele.

Veja Você mesmo o que disseram as pessoas a seguir:


    Ainda quero saber o motivo do aumento da. Conta de luz.. Pq a minha veio 35,00 RS de iluminação pública e minha rua ta assim tudo no escuro e um absurdo. Vamos povo lutar pelos nossos direitos somos cidadão. Um Orobo novo com os bolsos dos oroboenses ferrados . por isso vamos lutar por um Orobó melhor...
Claudia Interaminense foi triste, pede para os amigos blogueiros compartilharem, quem sabe não resolve.
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Jaine Barbosa
Jaine Barbosa Pois é nega quero intender isso, a que veio 43:00 ainda quero in tender de que luz que estamos pagando pq a que da medo de sair pra fora isso e um absurdo
Jessica Sales
Jessica Sales Pois somos duas porq a minha rua está do mesmo geito escura q faz até medo sair pra comprar pão. ..isso é um absurdo os cúmulos dos cúmulo. ..quando abrimos a conta vem uma taxa dessa q infernoooooo isso é um desrespeito com nós cidadãos !!!!
Claudia Interaminense
Claudia Interaminense Olha ai Madalena Margarida, Eronildo Barbosa, vamos da uma força para o pessoal que está sem a tão cobrada iluminação pública.
Eronildo Barbosa
Eronildo Barbosa Pronto compartilhei, qualquer coisa me informe ra bem?
Claudia Interaminense
Claudia Interaminense agora resolve kkkk
Obs: As pessoas escrevem por celular, logo tem pequenas falhas na escrita ou linguagem popular.  Elas continuam na forma original da página de cada pessoa para não comprometer a veracidade dos fatos. Só estou explicando isso, porque uma desavisada veio criticar um erro de digitação que apareceu no meu blog. Gostaria de dizer que o importante é se fazer entender.  Não estamos em concurso de Oratória ou de Línguas, estamos buscando MAIS DIREITOS E MAIS CIDADANIA.
Escrito por Madalena França.

“A alegação é fraca”, diz Joaquim Barbosa sobre processo de impeachment de Dilma em SC…


Barbosa em Florianópolis nesta sexta-feira de manhã Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
Barbosa em Florianópolis nesta sexta-feira de manhã
Foto: Betina Humeres / Agencia RBS

Com ênfase na atual situação política do Brasil, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa palestrou na manhã de ontem (22), em Florianópolis, durante a abertura do Simpósio das Unimeds, no Costão do Santinho. Pela primeira vez Barbosa se posicionou sobre o atual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Do ponto de vista jurídico, o jurista ressaltou que não vê problemas no andamento do procedimento. No entanto, acredita que há um problema na fundamentação do processo.

“O impeachment é uma bomba”, diz Joaquim Barbosa, que promete falar mais sobre o assunto em SC

— Sinto um mal estar com esse fundamento. A alegação é fraca e causa desconforto. Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma presidente sobre esse fundamento num país como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população. Quanto à justeza e ao acerto político dessa medida tenho dúvidas muito sinceras — afirmou.

Continua…

Leia trechos da palestra do ex-ministro em Florianópolis

Como solução, Barbosa apontou novas eleições para um caminho de retomada:

— Organizem eleições, deixem que o povo resolva.Deem ao povo a oportunidade de encontrar a solução. A solução que propus é uma transição conduzida pela própria presidente. Mas ela já perdeu o timing. 

O jurista criticou também a relação atual entre os poderesExecutivo e Legislativo, em que, segundo ele, existe uma relação de perversão. Barbosa afirma que o presidente brasileiro precisa fatiar seu governo para contentar oCongresso Nacional. Em comparação, citou o caso doEUA, onde, explicou,Barack Obama tem minoria no Congresso e usa de artifícios como uma boa comunicação para evitar a relação perversa com os congressistas.

Ao descrever a relação entre o Senado e a Câmara dos DeputadosBarbosadestacou que há uma diferença depostura e comportamento. Afirmou ainda que ossenadores, por serem mais experientes, devem avaliar as ações dos deputados. Como comparação do comportamento de como agem os deputados, lembrou da votação do impeachment no último domingo.

— Por exemplo, o Brasil assistiu no domingo aquele espetáculo, no mínimo, bizarro — concluiu.

Barbosa também criticou a forma com que presidente Dilma conduziu o país. Também afirmou que ela cometeu “erros imperdoáveis”:

— A nossa presidente, ainda presidente, não soube conduzir o país. Ela não soube exercer a liderança que se espera de um chefe de Estado. Agiu como se governasse apenas para o seu grupo político e para os seus aliados políticos na ocasião. Ela não soube se comunicar com a nação, fez péssimas escolhas, cometeu erros imperdoáveis num governante dessa estatura.

O ex-presidente do STF não quis falar com a imprensa no evento, mas respondeu a duas perguntas do público presente. Ele está hospedado no próprio Costão do Santinho, onde ocorreu o simpósio. Durante a palestra, ele ficou o tempo todo em pé. Para responder às perguntas, se sentou em uma cadeira especialmente solicitada por ele por conta do problema na coluna que enfrenta

Deu no Guardian: A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura e apoia o golpe.

sábado, 23 de abril de 2016


Matéria do jornalista David Miranda no jornal "The Guardian" incomodou os donos da Globo a ponto deles escreverem carta ao jornal tentando rebater alguns pontos.

Eis a matéria de David Miranda traduzida (grifos meus):

A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment
David Miranda

Corrupção é só um pretesto para os ricos e poderosos que falharam em derrotá-la nas eleições
• Para ler este artigo em Inglês, clique aqui

A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.

Aliás, a maioria dos grandes grupos de mídia atuais – que aparentam ser respeitáveis para quem é de fora – apoiaram o golpe militar de 1964 que trouxe duas décadas de uma ditadura de direita e enriqueceu ainda mais as oligarquias do país. Esse evento histórico chave ainda joga uma sombra sobre a identidade e política do país. Essas corporações – lideradas pelos múltiplos braços midiáticos das Organizações Globo – anunciaram o golpe como um ataque nobre à corrupção de um governo progressista democraticamente eleito. Soa familiar?

Por um ano, esses mesmos grupos midiáticos têm vendido uma narrativa atraente: uma população insatisfeita, impulsionada pela fúria contra um governo corrupto, se organiza e demanda a derrubada da primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, e do Partido dos Trabalhadores (PT). O mundo viu inúmeras imagens de grandes multidões protestando nas ruas, uma visão sempre inspiradora.

Mas o que muitos fora do Brasil não viram foi que a mídia plutocrática do país gastou meses incitando esses protestos (enquanto pretendia apenas “cobri-los”). Os manifestantes não representavam nem de longe a população do Brasil. Ao contrário, eles eram desproporcionalmente brancos e ricos: as mesmas pessoas que se opuseram ao PT e seus programas de combate à pobreza por duas décadas.

Aos poucos, o resto do mundo começou a ver além da caricatura simples e bidimensional criada pela imprensa local, e a reconhecer quem obterá o poder uma vez que Rousseff seja derrubada. Agora tornou-se claro que a corrupção não é a razão de todo o esforço para retirar do cargo a presidente reeleita do Brasil; na verdade, a corrupção é apenas o pretexto.

O partido de Dilma, de centro-esquerda, conseguiu a presidência pela primeira vez em 2002, quando seu antecessor, Lula da Silva, obteve uma vitória espetacular. Graças a sua popularidade e carisma, e reforçada pela grande expansão econômica do Brasil durante seu mandato na presidência, o PT ganhou quatro eleições presidenciais seguidas – incluindo a vitória de Dilma em 2010 e, apenas 18 meses atrás, sua reeleição com 54 milhões de votos.

A elite do país e seus grupos midiáticos fracassaram, várias vezes, em seus esforços para derrotar o partido nas urnas. Mas plutocratas não são conhecidos por aceitarem a derrota de forma gentil, ou por jogarem de acordo com as regras. O que foram incapazes de conseguir democraticamente, eles agora estão tentando alcançar de maneira antidemocrática: agrupando uma mistura bizarra de políticos – evangélicos extremistas, apoiadores da extrema direita que defendem a volta do regime militar, figuras dos bastidores sem ideologia alguma – para simplesmente derrubarem ela do cargo.

Inclusive, aqueles liderando a campanha pelo impeachment dela e os que estão na linha sucessória do poder – principalmente o inelegível Presidente da Câmara Eduardo Cunha – estão bem mais envolvidos em escândalos de corrupção do que ela. Cunha foi pego ano passado com milhões de dólares de subornos em contas secretas na Suíça, logo depois de ter mentido ao negar no Congresso que tivesse contas no exterior. Cunha também aparece no Panamá Papers, com provas de que agiu para esconder seus milhões ilícitos em paraísos fiscais para não ser detectado e evitar responsabilidades fiscais.

É impossível marchar de forma convincente atrás de uma faixa “contra a corrupção” e “democracia” quando simultaneamente se trabalha para instalar no poder algumas das figuras políticas mais corruptas e antipáticas do país. Palavras não podem descrever o surrealismo de assistir a votação no Congresso do pedido de impeachment para o senado, enquanto um membro evidentemente corrupto após o outro se endereçava a Cunha, proclamando com uma expressão séria que votavam pela remoção de Dilma por causa da raiva que sentiam da corrupção.

Como o The Guardian reportou: “Sim, votou Paulo Maluf, que está na lista vermelha da Interpol por conspiração. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. ‘Pelo amor de Deus, sim!’ declarou Silas Câmara, que está sob investigação por forjar documentos e por desvio de dinheiro público.”

Mas esses políticos abusaram da situação. Nem os mais poderosos do Brasil podem convencer o mundo de que o impeachment de Dilma é sobre combater a corrupção – seu esquema iria dar mais poder a políticos cujos escândalos próprios destruiriam qualquer carreira em uma democracia saudável.

Um artigo do New York Times da semana passada reportou que “60% dos 594 membros do Congresso brasileiro” – aqueles votando para a cassação de Dilma- “enfrentam sérias acusações como suborno, fraude eleitoral, desmatamento ilegal, sequestro e homicídio”. Por contraste, disse o artigo, Rousseff “é uma espécie rara entre as principais figuras políticas do Brasil: Ela não foi acusada de roubar para si mesma”.

O chocante espetáculo da Câmara dos Deputados televisionado domingo passado recebeu atenção mundial devido a algumas repulsivas (e reveladoras) afirmações dos defensores do impeachment. Um deles, o proeminente congressista de direita Jair Bolsonaro – que muitos esperam que concorra à presidência e em pesquisas recentes é o candidato líder entre os brasileiros mais ricos – disse que estava votando em homenagem a um coronel que violou os direitos humanos durante a ditadura militar e que foi um dos torturadores responsáveis por Dilma. Seu filho, Eduardo, orgulhosamente dedicou o voto aos “militares de 64” – aqueles que lideraram o golpe.

Até agora, os brasileiros têm direcionando sua atenção exclusivamente para Rousseff, que está profundamente impopular devido a grave recessão atual do país. Ninguém sabe como os brasileiros, especialmente as classes mais pobres e trabalhadoras, irão reagir quando verem seu novo chefe de estado recém-instalado: um vice-presidente pró-negócios, sem identidade e manchado de corrupção que, segundo as pesquisas mostram, a maioria dos brasileiros também querem que seja cassado.

O mais instável de tudo, é que muitos – incluindo os promotores e investigadores que tem promovido a varredura da corrupção – temem que o real plano por trás do impeachment de Rousseff é botar um fim nas investigações em andamento, assim protegendo a corrupção, invés de puni-la. Há um risco real de que uma vez que ela seja cassada, a mídia brasileira não irá mais se focar na corrupção, o interesse público irá se desmanchar, e as novas facções de Brasília no poder estarão hábeis para explorar o apoio da maioria do Congresso para paralisar as investigações e se protegerem.

Por fim, as elites políticas e a mídia do Brasil têm brincado com os mecanismos da democracia. Isso é um jogo imprevisível e perigoso para se jogar em qualquer lugar, porém mais ainda em uma democracia tão jovem com uma história recente de instabilidade política e tirania, e onde milhões estão furiosos com a crise econômica que enfrentam.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

TRE aceita pedido de cassação de deputada que dedicou voto a marido corrupto preso

1/4/2016 07:45


O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) vai investigar as denúncias de abuso de poder contra o prefeito de Montes Claros, no Norte do estado, Rui Muniz (PRB), e a esposa dele, a deputada eleita no pleito do ano passado e que será empossada no próximo domingo, Raquel Muniz (PSC). De acordo com o desembargador Paulo Cézar Dias, a ação proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral possui “indícios e elementos de prova suficientes” para que o processo fosse aceito. De acordo com a ação, os dois teriam usado a estrutura do município, localizado no Norte de Minas, para beneficiar a campanha da candidata que concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado. A denúncia ainda atinge outros três servidores municipais da cidade. Além da cassação, o Ministério Público Eleitoral pede a inelegibilidade dos envolvidos pelo prazo de oito anos.

O despacho é da última terça, mas foi publicado nessa quinta-feira. No texto, o desembargador ainda determina que a Prefeitura de Montes Claros envie a Justiça a cípia do decreto que concedeu gratificação de 70% do salário para um dos servidores também investigado na ação. Além disso, a Justiça solicitou que a 11ª Promotoria de Justiça da Comarca de Montes Claros, envie cópia integral dos autos do inquérito civil instaurado.

De acordo com acusação feita pelo Ministério Público Federal em Minas, teria sido criado um esquema que concedia gratificações a servidores do município que atuassem na campanha de Raquel. Apesar de o serviço não estar ligado à função diretas deles, o pagamento era feito com recursos da prefeitura. O recrutamento, conforme o MPE, era feito por um servidor da Secretaria de Articulação Política e Administração Regional. A expectativa é que cerca de 20 funcionários municipais tenho participado.

Conforme a procuradoria, os depoimentos colhidos em investigação comprovaram que a candidata “cooptava servidores públicos pagos com recursos do erário municipal, oferecendo-lhes gratificações que representariam acréscimo em suas remunerações, também custeadas com as verbas públicas de Montes Claros, para trabalharem em prol de seus interesses eleitoreiros particulares, incrementando, assim, o contingente de cabos eleitorais”.

O esquema, ainda conforme a denúncia, contava o atendimento de pacientes vindos de cidades que não fazem parte do polo regional de Montes Claros, o que já ocorre normalmente. As consultas e os exames ocorriam sem o devido encaminhamento, inclusive vindos de cidades que não fazem parte do núcleo regional. Para viabilizar as consultas a gerente de uma das unidades de saúde determinava que os médicos assinassem os pedidos, como se eles tivessem partido do consultório local. “O expediente enganoso acabava por causar prejuízos não só aos cofres de Montes Claros, que deixavam de receber pelos serviços médicos prestados a pacientes de outros locais, como aos próprios munícipes de Montes Claros, que se viam preteridos em seus atendimentos em razão dos agendamentos irregulares”, descreve a denúncia.

A ação relata que Raquel Muniz, na condição de chefe de gabinete do marido, colocou a estrutura administrativa do Município de Montes Claros à disposição de eleitores de localidades próximas, sempre com o intuito de obter dividendos eleitorais.“A liberalidade feita com recursos públicos se dava em reuniões com lideranças políticas da região em que eram fechados acordos, cuja contrapartida era a obtenção de apoio em prol da candidatura de Raquel Muniz a deputada federal nas eleições de 2014, pleito no qual se sagrou vencedora”, afirma a ação.

A repoertagem tentou contato com a prefeitura, mas não obteve sucesso. Em nota divulgada na época da denúncia, a deputada Raquel Muniz disse que desconhece as denúncias envolvendo sua campanha. Segundo ela, sua vitória correu “de forma limpa e transparente, sempre pautada pelos princípios da legalidade”. Raquel ainda negou que tenha usado a estrutura da Prefeitura de Montes Claros e ressaltou que as contas da campanha foram aprovadas. “Denúncias se dão sempre em função de interesses de candidatos derrotados no pleito, assim como em função da gestão austera e sem favorecimentos políticos levada a cabo pelo seu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz”, disse na nota.

Sobre Rui Muniz, a deputada afirma que o trabalho dele “tem sido reconhecido em todo o Estado, pela correção de seus atos e pela coragem no enfrentamento de detentores de antigos feudos de interesses políticos e financeiros no município que perderam espaço diante de uma nova forma de gestão absolutamente transparente”.

Ricardo Boechat fez o melhor comentário sobre a fala de Jair Bolsonaro

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Após a exaltação chocante de Jair Bolsonaro a um torturador, ao vivo, em rede nacional, durante a votação do impeachment, Ricardo Boechat fez uma breve – e irretocável – observação sobre a fala do deputado. Conteúdo já foi compartilhado mais de 116 mil vezes
Por Pragmatismo Político
boechat
Durante o Jornal da Band de segunda-feira (18), o jornalista Ricardo Boechat não silenciou diante de mais uma polêmica fala de Jair Bolsonaro, que exaltou um dos principais torturadores do Brasil, Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante sua votação na sessão do impeachment.
“Perderam em 1964, perderam agora em 2016”, disse Jair Bolsonaro, em referência ao golpe militar enquanto anunciava seu voto favorável ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu voto é sim”, defendeu o deputado fluminense.
O jornalista Ricardo Boechat decidiu fazer algumas observações sobre a fala chocante. “Registre-se a infinita capacidade do deputado Jair Bolsonaro de atrair para si os holofotes falando barbaridades sucessivamente”.
Assista a íntegra da fala abaixo, que já conta com mais de 116 mil compartilhamentos no Facebook e foi visualizada quase 5 milhões de vezes.
VÍDEO:
“Torturadores não têm ideologia. Torturadores não têm lado. Não são contra ou pró-impeachment. Torturadores são apenas torturadores. É o tipo humano mais baixo que a natureza pode conceber. São covardes, são assassinos e não mereceriam, em momento algum, serem citados como exemplo. Muito menos numa casa Legislativa que carrega o apelido de casa do povo”, disse Boechat.
Ustra
Amelinha Teles, uma das centenas de pessoas que foi brutalmente torturada por Brilhante Ustra, afirmou que a homenagem de Bolsonaro ao coronel pode ser o resgate de uma das páginas mais tristes da história do Brasil.
“O que significa essa declaração do deputado é que ele quer que o Estado brasileiro continue a torturar e exterminar pessoas que pensem diferente dele. Que democracia é essa que quer a tortura, a repressão às pessoas que não concordam com suas ideias?”.
Dilma
A presidente Dilma Rousseff classificou como “lamentável” a defesa que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fez do torturador coronel Brilhante Ustra na justificativa do voto favorável ao impeachment.
“Acho lamentável. Fui presa nos anos 1970, de fato, eu conheci muito bem esse senhor, ao qual se refere. Ele era um dos maiores torturadores do Brasil. Recaem sobre ele também acusações de morte. É só ler os papéis da Comissão da Verdade e mesmo outros relatos.”
Para a presidente, este tipo de fala ganha força por causa da crise política.
“Eu lastimo que esse momento tenha dado abertura para esse tipo de fala. A aventura golpista levou à uma situação que nós não vivíamos no Brasil: de raiva, de ódio. Num processo como o nosso que a democracia resulta de uma luta é terrível ver alguém votando em homenagem ao maior torturador que o Brasil conheceu.”
Ao que parece mesmo com a Vivo dando um passo atrás e decidindo que irá disponibilizar planos ilimitados para seus usuários, a guerra começada pela operadora não irá terminar tão cedo, já que isto poderá acarretar em um aumento nos preços deste tipo de serviço, fazendo com que seja necessário pagar ainda mais caro do que fazemos atualmente para utilizar algo que já está disponível há mais de uma década.
Caso você esteja se perguntando qual a posição da Anatel quanto a este iminente aumento no valor dos planos ilimitados, saiba que está procurando defesa no lugar errado. De acordo com o polêmico presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, João Rezende, obrigar as operadoras a oferecerem planos ilimitados como fez o Ministério das Comunicações fará apenas com que as companhias busquem outras formas de manter seu lucro, o que obviamente precisará ser repassado aos consumidores que não quiserem aderir aos planos franqueados.
Isto apenas demonstra mais uma vez que a Anatel não está tão preocupada com o impacto que este tipo de medida pode ter na vida dos usuários, principalmente aqueles que dependem da internet para estudar ou trabalhar, algo que vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. Além disso, famílias com um número maior de pessoas usufruindo da mesma conexão irão romper o limite da franquia facilmente, sendo obrigadas a desembolsar uma verdadeira fortuna caso queiram utilizar sua internet sem este tipo de limitação.
Vale lembrar, contudo, que mesmo que a Anatel esteja mais interessada em proteger seus próprios interesses e de companhias parceiras, existem órgãos que estão lutando ao lado do consumidor contra este enorme retrocesso, como o caso da OAB, do Procon e de inúmeras petições online, o que significa que ainda estamos longe de ver um fim nesta guerra. Com tudo isso, não é estranho vermos muita gente pedindo a retirada do presidente da Anatel de seu cargo, já que ele tem sido o grande responsável por muito do que está acontecendo, chegando ao ponto de afirmar que as empresas educaram mal os usuários e que a culpa da imposição de limites é de quem joga online, algo já desmentido como vimos em um recente teste.
Até o momento, o que temos de concreto é que a Vivo resolveu adiar por tempo indeterminado a imposição de limites de franquia em seus planos atuais, porém deixou bem claro que isto está sendo feito "em caráter promocional", o que significa que a empresa ainda possui a intenção de aplicar a mudança no futuro, nos restando apenas aguardar para vermos como os órgãos que devem brigar ao lado do consumidor pelos seus direitos irão reagir quando isto de fato acontecer.

Amadeu Sarinho confirma pré-candidatura à prefeito em Orobó

O município de Orobó poderá contar com 3 candidatos à prefeito nas eleições municipais deste ano. O servidor público Amadeu Sarinho, presidente do Diretório Municipal do PSDB, confirmou nesta sexta (22) na Rádio Jornal Limoeiro que segue com a pré-candidatura a majoritária com o aval da Executiva Estadual. O tucano afirmou que grupos políticos ligados ao governo estadual tentam “barrar” o projeto político dele, mesmo assim a pré-candidatura continua viva. Amadeu disse ainda ter experiência técnica em gestão pública e que surge como opção de inovação na política oroboense. Perguntado sobre partidos que podem “abraçar” o projeto, ele falou que vem mantendo diálogos com alguns, destacando o PV, mas sem revelar nomes pessoais. Para a proporcional, Sarinho confirmou que alguns nomes se colocaram a disposição como pré-candidatos a vereador. “Em Orobó, um grupo segue com a força do poder e outro com a força do financeiro, mas o nosso segue com a força do povo. Nosso nome nasceu naturalmente e isso nos mantém firmes”, pontuou.

CIRO: CUNHA É “BANDIDO” E “COMPROU 250 DEPUTADOS”


Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) disse que o sistema político brasileiro está em colapso e que atualmente o país passa por um vácuo de poder; "Esse vácuo é substituído por interesses pessoais, um movimento de ascensão pentecostal e ladroeira. Eduardo Cunha não virou presidente da Câmara - sendo o bandido que é - por acaso. Ele comprou 250 deputados", disparou durante evento promovido pela Universidade Harvard e o MTI; ele também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por não ter realizado as reformas estruturantes necessárias ao país em troca de alterações na Constituição visando assegurar a sua reeleição em 1998

PT indica nomes e completa comissão do impeachment


22/04/2016 14:19
Serão titulares os senadores Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann, José Pimentel e Telmário Mota
Por: Reuters
portalweb@diariosp.com.br
O bloco de Apoio ao Governo no Senado --formado por PT e PDT-- informou nesta sexta-feira os nomes dos seus representantes na comissão especial do impeachment que analisará o processo autorizado pela Câmara dos Deputados.
Serão titulares do bloco na comissão os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR).

 Lindbergh Farias (PT-RJ) - Foto: Pedro França/ Agência Senado 
A comissão deverá ser instalada na segunda-feira e deverá ter como presidente o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) e como relator Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Além de Lira, o PMDB, que tem a maior bancada da Casa, indicou os senadores Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), José Maranhão (PB) e Waldemir Moka (MS).
O bloco de Oposição --PSDB, DEM e PV-- terá, além de Anastasia, os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Foram ainda indicados para formar a comissão os senadores Wellington Fagundes (PR-MT), Zezé Perrela (PTB-MG), Romário (PSB-RJ), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT) e Gladson Cameli (PP-AC).

DILMA DENUNCIA GOLPE NA ONU....

sexta-feira, 22 de abril de 2016




No discurso feito na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, sobre Mudanças Climáticas, a presidenta Dilma Rousseff denunciou o golpe de estado camuflado que ocorre no Brasil. A presidenta disse:
"Não posso terminar a minha fala sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia, um povo trabalhador que tem grande apreço pela liberdade, que, acredito, saberá impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade".
Para meu gosto seria melhor a palavra "golpe" no lugar de "retrocessos". Mas talvez meu gosto não alcance a inteligência de Dilma no intrincado jogo da política externa. O simples uso da palavra golpe desviaria o noticiário sobre o golpe em si, para a discussão lateral se seria pertinente chamar o golpe de golpe naquele fórum, como já faz a imprensa golpista brasileira.

A própria sobriedade de Dilma é a imagem da dignidade que resta do Brasil no exterior, em contraste com a imagem grotesca de Cunhas, Gilmares, Aécios, Perrelas e seus assemelhados.

Para a imprensa estrangeira mais influente, bem mais fiel aos fatos do que aos discursos e frases de efeito, meia palavra basta. Todo mundo já entendeu que o que ocorre no Brasil é um golpe de corruptos e contra os pobres, disfarçado, deturpando dispositivos constitucionais.

Além disso, entrevistas da própria presidenta no exterior atraem muito mais interesse jornalístico e repercussão do que discursos oficiais.

Para saciar nosso gosto, vamos fazer nossa versão no popular do que gostaríamos de mudar no discurso de Dilma. Em negrito é que mudamos:
"O Brasil é um grande país, com um povo que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia que, setores inconformados com a melhor distribuição de renda e o protagonismo social do povo, tentam golpear. Um povo trabalhador que tem grande apreço pela liberdade, abomina traidores, conspiradores e opressores. Um povo que, se conseguir acesso à informação ampla, rompendo as cercas da desinformação opressora da mídia hegemônica reacionária, saberá impedir o golpe".
Em tempo: não é hora de criticar Dilma e seu governo. Ela cometeu erros políticos e ela mesmo sabe disso. Mas agora ela é 100% vítima. É hora de criticarmos o Cunha, o Temer, os golpistas, os traidores, os omissos, os conspiradores. E qualquer presidente honesto teria dificuldades enormes para governar diante de um Congresso de Cunhas eleito em 2014.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Encontro Marcado 30 de abril na Pscina Águas da Serra com a galera da alegria. Imperdível!

https://www.reidacutelaria.com.br/content/images/thumbs/0003442_jogo-de-bingo-com-globo-pequeno-treis-reis.jpgDia 30 de abril a diversão está garantida. Haverá um bingo beneficente na pscina Águas da Serra de Maciel França, em Serra de Capoeira. 
A professora Marinalva Florêncio organiza com o nono ano da Escola José Miguel um dia especial para você. Agradável, e a custo mínimo . Veja como funcionará;
Adquira sua cartela com a professora ,ou com os alunos do nono ano ao preço de apenas três reais. A sua cartela  funcionará como ingresso de entrada no local. Se desejar usar a pscina para o banho você pagará apenas um real a mais.
O local é super agradável, tem excelente condições de higiene, ótimo atendimento e bebidas quentes e geladas, com saborosos comes e bebes. Você vai ver muita gente alegre e bonita e concorrer a ótimos prêmios:


1º prêmio: um galeto PATROCINADOR RESTAURANTE (BOCA LIVRE)
2º prêmio: uma caixa de cerveja PATROCINADOR ( MOSQUITO DO MERCADINHO NOSSA SENHORA APARECIDA)
3º prêmio: um litro de whisky PATROCINADOR  (MERCADINHO BRITO)
Venha participar não fique de fora, será as 14 horas no dia 30 de abril de 2016. 
AGRADECEMOS AOS PATROCINADORES, E A SUA PRESENÇA. OS ESTUDANTES CONTAM COM VOCÊ.

Um Pouco de Humor Cura. Vamos rir meu povo.!







      Pelo desejo de cortar meu pó de giz, pelo projeto que me faria trabalhar cinco anos a mais, pela progressão das faixas salariais que não recebo, pelo cuscuz com pescada todos os dias, pela UEX em suas mãos, pelo salário mínimo que divido com a amiga, pela taxa exorbitante de iluminação pública que pago, pelo difícil acesso que não recebo, pelas alsas dos meus sutiãs que se quebram no balanço dos carros, pelos meus rateios que há três anos não vejo,pela obrigação de passar todos os alunos, até os que desistem no I bimestre, pelo pão e pelo circo EU DIGO SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
























      Pelo desejo de cortar meu pó de giz, pelo projeto que me faria trabalhar cinco anos a mais, pela progressão das faixas salariais que não recebo, pelo cuscuz com pescada todos os dias, pela UEX em suas mãos, pelo salário mínimo que divido com a amiga, pela taxa exorbitante de iluminação pública que pago, pelo difícil acesso que não recebo, pelas alsas dos meus sutiãs que se quebram no balanço dos carros, pelos meus rateios que há três anos não vejo,pela obrigação de passar todos os alunos, até os que desistem no I bimestre, pelo pão e pelo circo EU DIGO SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Na Melodia de um Sonho, Suave Canto Esmagado.

Uma razão para escrever.Ah, se o mundo pudesse ver
A alma de um sonhador
A angústia de um defensor
De um povo escravizado.

Na cegueira da inocência
Os medos de uma criança
Na luz da imaginação
O sangue da esperança
Jorrando igual cahoeira
Nos passos que a vida dança.

Do grito da liberdade
Nascem as condenações
Da força unida do povo
Se  rompem grilhões de aço
Evidenciando  a dor
Dos heróis crucificados.

O ar puro do amor
Oxigenando a alma
No sopro que a vida deu
A um coração ofegante
Do ritmo dessas batidas
Nascem  notas fascinantes.

Na melodia de um sonho
Suave canto esmagado
Nas corda do violão
Lágrimas dos assassinados
Na música que o Brasil toca
Um povo inconformado.

E no funk das paixões
A métrica que tenho dó
De consciências estupradas
Das mazelas espelhadas
Ao meu povo de Orobó.


Inspiração poética da professora Madalena França
em 21/04/2016.

Inspirações








Palmatória e pau de arara: Dilma conta detalhes de como foi torturada


Redação Pragmatismo
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Barbárie 20/Apr/2016 às 17:48
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"A pior coisa que tem na tortura é esperar, esperar para apanhar", afirmou Dilma, que sofreu choques elétricos, passou pelo pau de arara e dividiu a cela com uma mulher grávida. A presidente conta ainda como perdeu um dente após ser esbofetada. Seu relato é tão estarrecedor quanto o de outras vítimas

dilma ditadura tortura
Relato de Dilma sobre tortura sofrida na ditadura é estarrecedor (Imagem: A jovem Dilma Rousseff)
Em dezembro de 2014, foi divulgado o relatório da Comissão Nacional da Verdade, que detalha como a tortura era praticada por agentes do Estado durante o regime militar.
Na época, a presidente Dilma Rousseff era uma das líderes da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, e foi presa em janeiro de 1970. Em relato para a Comissão Estadual de indenização às Vítimas de Torturas de Minas Gerais, em 2001, Dilma relatou as torturas que sofre e como teve um dente arrancado a socos.
“A pior coisa que tem na tortura é esperar, esperar para apanhar”, relatou, contando que sofreu choques elétricos e foi amarrada em um pau de arara. “Me deram um soco e o dente deslocou-se e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz completou o serviço com um soco arrancando o dente”, disse Dilma.
Leia mais abaixo em reportagem publicada pelo portal Terra, em 2014:
“Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer. Ninguém sabe que você está aqui. Você vai virar um ‘presunto’ e ninguém vai saber”, era uma das ameaças ouvidas de um agente público no período em que esteve presa.
O relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), divulgado na quarta-feira, detalhou como a tortura era praticada por agentes públicos durante o período militar. As informações contidas nos depoimentos dão uma noção mais clara dos requintes de crueldade sem poupar nem mesmo mulheres, adolescentes ou inocentes presos de forma clandestina e sem qualquer direito básico a defesa, algo injustificável mesmo por aqueles que pregam a volta dos militares como se vê em algumas manifestações ou se ouve de alguns parlamentares.
Naquela época, a presidente Dilma Rousseff era uma das líderes de uma organização chamada Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Ela foi presa em janeiro de 1970, pela Operação Bandeirante. Assim como outros opositores do regime militar, Dilma foi torturada e até hoje alega sofrer com sequelas físicas e psicológicas.
No relato que fez à Comissão Estadual de indenização às Vítimas de Tortura de Minas Gerais, em 2001, Dilma conta como teve um dente arrancado a socos, sobre as sessões de tortura (algo que parecia ser uma praxe entre os presos interrogados), sobre ser amarrada em um pau de arara e sobre os choques.
Eu vou esquecer a mão em você. Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer. Ninguém sabe que você está aqui. Você vai virar um ‘presunto’ e ninguém vai saber”, era uma das ameaças ouvidas de um agente público no período em que esteve presa. “Tinha muito esquema de tortura psicológica, ameaças (…) Você fica aqui pensando ‘daqui a pouco eu volto e vamos começar uma sessão de tortura’”, contou Dilma.
Dilma foi levada para a Operação Bandeirante no começo de 1970, em Minas Gerais. “Era aquele negócio meio terreno baldio, não tinha nem muro direito. Eu entrei no pátio da Operação Bandeirante e começaram a gritar: ‘Mata!’, ‘Tira a roupa’, ‘Terrorista’,’Filha da puta’, ‘Deve ter matado gente’. E lembro também perfeitamente que me botaram numa cela. Muito estranho. Uma porção de mulheres. Tinha uma menina grávida que perguntou meu nome. Eu dei meu nome verdadeiro. Ela disse: ‘Xi, você está ferrada’. Foi o meu primeiro contato com o ‘esperar’. A pior coisa que tem na tortura é esperar, esperar para apanhar. Eu senti ali que a barra era pesada. E foi. Também estou lembrando muito bem do chão do banheiro, do azulejo branco. Porque vai formando crosta de sangue, sujeira, você fica com um cheiro”, relata.
Oficialmente, a tortura sempre foi negada pelos militares. De acordo com o relatório da CNV, era uma prática instituída dentro do regime militar, inclusive com premiação de torturadores com a Medalha do Pacificador.
No caso de Dilma, o principal responsável pela tortura era o capitão Benoni de Arruda Albernaz. “Quem mandava era o Albernaz, quem interrogava era o Albernaz. O Albernaz batia e dava soco. Ele dava muito soco nas pessoas. Ele começava a te interrogar, se não gostasse das respostas, ele te dava soco. Depois da palmatória, eu fui pro pau de arara”, conta. Albernaz era o chefe da equipe A de interrogatório preliminar da Oban quando Dilma foi presa, em janeiro de 1970.
Dente arrancado a socos
Um dos pontos mais gráficos nos trechos do depoimento de Dilma contidos no relatório fala sobre o episódio no qual teve um dente arrancado a socos, que lhe acarretou sequelas até os dias atuais. “Uma das coisas que me aconteceu naquela época é que meu dente começou a cair e só foi derrubado posteriormente pela Oban. Minha arcada girou para outro lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente deslocou-se e apodreceu. Tomava de vez em quando Novalgina em gotas para passar a dor. Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz completou o serviço com um soco arrancando o dente”, conta Dilma.
Mas para estas pessoas, a principal memória dos dias em que foram submetidos a práticas desumanas e quase medievais de tortura, em pleno século 20, são as sequelas que perpetuam até hoje em suas vidas.
Acho que nenhum de nós consegue explicar a sequela: a gente sempre vai ser diferente. No caso específico da época, acho que ajudou o fato de sermos mais novos, agora, ser mais novo tem uma desvantagem: o impacto é muito grande. Mesmo que a gente consiga suportar a vida melhor quando se é jovem, fisicamente, mas a médio prazo, o efeito na gente é maior por sermos mais jovens. Quando se tem 20 anos o efeito é mais profundo, no entanto, é mais fácil aguentar no imediato.
Fiquei presa três anos. O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente o resto da vida.
Quando eu tinha hemorragia – na primeira vez foi na Oban – pegaram um cara que disseram ser do Corpo de Bombeiros. Foi uma hemorragia de útero. Me deram uma injeção e disseram para não me bater naquele dia. Em Minas Gerais, quando comecei a ter hemorragia, chamaram alguém que me deu comprimido e depois injeção. Mas me davam choque elétrico e depois paravam. Acho que tem registros disso até o final da minha prisão, pois fiz um tratamento no Hospital de Clínicas.
As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”, relatou Dilma.
Lendo relatos como esse, seja da presidente ou de qualquer outra pessoa que esteve custodiada pelos militares naquela época, fica claro que, independente da orientação política ou do que cada um acredita, uma sociedade civilizada não deveria compactuar ou esquecer da selvageria que foi praticada naquela época e que se perpetua até hoje, de forma arbitrária, entre as camadas mais pobres, talvez como resquícios daqueles tempos.

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